24 de março de 2023

Tem gosto para tudo

 

Só isso justifica a aceitação, o prestígio e a fama de tolos, para meu gosto, como Luiz Penido, Marcos Mion e Sergio Malandro.

O dito popular "tem gosto para tudo" é perfeito. Assim como o outro da mesma lavra: "tem sempre um chinelo velho para um pé doente."

Não acho graça em nenhum dos três; antes pelo contrário eles me fazem perder o humor natural que tenho.

É muito difícil, privilégio dos gênios, fazer o simples. Eles não sabem.

Não lembro, no momento, de outros histriônicos. Mas que eles existem e pululam por aí não tenho dúvidas.

Prefiro rever pela décima primeira vez ao filme "Casablanca" ou "O Poderoso Chefão" pela quarta vez, do que assistir a um programa televisivo comandado pelo Mion. E comprar o jornal no dia seguinte para  saber o resultado do jogo, mas narração do Penido nem pensar.

Um narrador esportivo de rádio, é claro, tem que passar para o ouvinte alguma emoção, mas daí a se esgoelar, como um alucinado, vai uma enorme distância.

Minha mulher diz que eu não gosto e ninguém. Não é verdade, é que aprecio a elegância, a sobriedade, o humor refinado.

Tenho a pretensão de, estando na classe "C" da economia, ter ares e preferências intelectuais de classe "AA".

Peço perdão a plebe ignara, a patuleia, a periferia, a choldra, mas elegância é fundamental.

3 comentários:


  1. Perdão.

    Quanto ao narrador esportivo, tenho saudade da poesia usada por Oduvaldo Cozzi, em narração de num jogo envolvendo o Flamengo, na década de 1950:
    "Dequinha é um lago azul sereno, no tempestuoso mar da defesa do Flamengo".

    Eu, vascaíno, aplaudi de pé. Até porque era verdade. Dequinha era um bom center-half, como Danilo foi no Vasco.

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  2. Acho que não adianta nem tentar comparar essas "estrelas" de hoje com as da nossa geração.

    Começa que a atual geração os desconhece, e se conhece não os aceita. Fim.

    Até na forma de jogar futebol, os que admiramos meus filhos falam .... Ah, pai, houve muita evolução no preparo físico, no peso das bolas, na arbitragem, nos gramados, individualismo não resolve mais (só raramente), e por aí vai.

    O mesmo se aplica aos artistas da TV. Esse Mion, por exemplo, qual o sentido dele marketear que usou um tênis de 24.000 reais no último programa ? O que esse tipo de declaração incentiva ?

    Os valores mudaram, muito, temos que ou nos adequar, ou silenciar. No meu caso evito tudo que me incomoda, desde seres vivos a inanimados.

    Um exemplo clássico : quem é seu ídolo no futebol ?

    No meu conceito de ídolo, só tenho um : CASTILHO.

    Vai perguntar isso para as novas gerações ?

    Outro ponto importante em termos de futebol : nós vimos o que é um Maracanã com 180.000 pessoas torcendo, charanga, fogos, bandeiras, tudo na paz.

    FLUi

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  3. Somos, segundo conceito dos mais jovens, saudosistas.

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