O Riva, último remanescente dos fieis seguidores deste blog, frequentadores do Pub da Berê, se admirou de como migramos de assuntos, passando de pau para cavaco, sem mais nem menos.
Sendo, como é, até no nome, um blog de generalidades, não deveria causar espécie.
Minha neta, em tempos idos, ainda uma menina, com este blog ainda incipiente (e insipiente até hoje), certo dia comentou: "vô como você consegue tanto assunto?"
Respondi que os assuntos são selecionados em conversas entreouvidas no transporte coletivo; pinçados de leitura de jornais e revistas; paisagens admiradas; caminhadas vadias pelo calçadão e, notícias absurdas como a seguinte:
A Câmara paga uma ajuda (acho que de R$ 38.000,00) aos deputados eleitos, para cobrir despesas de suas mudanças para Brasília.
Você está estarrecido? Justificadamente? Fico horrorizado, mas vá lá que seja.
Paga também, para o mesmo fim no sentido contrário, no mesmo valor, ajuda para mudança dos que deixarão Brasília por final de mandato.
Se já assimilei a ajuda para os que chegam por quê não admitir a ajuda para os que estão chegando, né?
Entretanto - que horror!!! - pasmem amigos.
Se o parlamentar for reeleito ele recebe em dobro, ou seja, R$ 76.000,00 para sair e voltar.
Você pensa que é piada, sacanagem minha, não é?
Não é não, trata-se de mais uma jaboticaba. Coisas que só acontecem no Brasil.
Mas voltemos, agora que foram reveladas as fontes de inspiração, às mudanças de rumos de assuntos aqui abordados.
Alguns links surgem naturalmente. Exemplo: na postagem anterior mencionei a Escola Preparatória e Cadetes do Ar. E já comentei nesta espaço que estudei com o Comandante Paulo Pessoa (na época capitão de mar-e-guerra). A junção das duas coisas levou-me a esta curiosidade a seguir narrada.
Paulo Pessoa, foi um querido e muito conhecido professor de matemática, com livros publicados.
Quando citado aqui pela primeira vez, provocou comentários de ex-alunos (civis e militares) interessados em adquirir seus livros.
A par de ser, segundo constava, professor de balística na Escola Naval.
Um neto dele veio em meu socorro e postou no blog um comentário sobre aquisição dos livros procurados (já tivemos os 15 minutos do Andy Warhol).
Bem, de nossa turma de alunos dele (talvez 10), em preparação para os exames de ingresso no Exército, na Marinha e na Aeronáutica, três de nós pretendíamos a escola de cadetes do ar.
Além deste blog manager, tinha o Eurico Cesar Rodrigues da Costa e o Roberto Marconi Durão.
Os três aprovados nos exames de conhecimentos; e reprovados nos exames médicos.
Não é curioso? Não!? Então perdão... mas rendeu meu post de hoje.
Nenhum de nós conseguiu o ingresso na Aeronáutica por problemas físicos: eu por discromatopsia, Eurico por deficiência auditiva num dos ouvidos e o Durão por desvio do septo.
Eurico virou engenheiro químico e eu e Durão advogados. A diferença é que ele, concursado, virou procurador do INSS.
Bem feito para mim, ter que ralar até os 83 anos para ganhar o pão nosso de cada dia.
Lendo seu post, acabo de relembrar (pela 100ª vez) minha recusa de ingressar no BB em 1969 ... "que isso, pai ? tá louco ? eu vou ser engenheiro !!" retruquei imediatamente.
ResponderExcluirNão ainda aos 83, mas aki estou aos 70 ralando o cu nas ostras pra pagar as contas, sem previdência privada.....e buscando um novo trabalho.
Realmente a minha observação sobre sua fonte de inspiração, sua neta também questionou, me levam à forma como os John Lennon compunha, e guardadas as abissais proporções, eu também tive a minha fase áurea de compositor nos anos 70 e 80. São quase 100 letras e músicas.
Não sei como é, mas parece exatamente como vc mencionou ... uma das primeiras composições minhas, Camille, foi lendo a 1ª página do O GLOBO em 1970. Uma que fiz pra MV foi numa camionete da construtora, voltando da obra para casa pela Ponte, num dia qualquer. A do Edifício San Martin, que ficou "famosa", foi observando os vizinhos no prédio. E tantas outras que dá um kivro.
Lennon ao final da sua vida se incentivava para compor em sua digamos farmacopeia particular, antes de pegar o violão.
Engraçado que existem composições maravilhosas, verdadeiros hinos de uma época, que seus compositores não sabem como nem porque fizeram.
Creio que no GE é meio assim mesmo, um garfo vadiamente largado em cima de uma mesa pode ser motivo para escrevermos alguma coisa.
Isso se chama, na minha leitura, criatividade inspirada.
FLUi
ResponderExcluirCriatividade inspirada? Gostei.
Quem sabe servirá de tema para post?
Ideal para a Alessandra dissecar o tema .....
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