É preciso ler. Ler o que soma, o que enriquece, o que faz crescer, o que informa e o que forma, o que eleva o espírito, o que alegra o coração, o que nos ajuda a amadurecer. A leitura, como a luz solar, é essencial para a vida.
Borges, o celebrado escritor argentino Jorge Luiz Borges, autor de vasta e importante obra literária, já deixou consignado que se jactava muito mais do que lera, do que escrevera.
Não tenho coisa alguma a acrescentar sobre a relevância de se ler.
Borges, o celebrado escritor argentino Jorge Luiz Borges, autor de vasta e importante obra literária, já deixou consignado que se jactava muito mais do que lera, do que escrevera.
Não tenho coisa alguma a acrescentar sobre a relevância de se ler.
Pela minha estante já passaram obras que reputo fundamentais, como por exemplo algumas destas abaixo. Seus autores devassaram a alma humana, deixando-nos nus.
Escreveram em diferentes períodos históricos, em diferentes países, em línguas diversas (exceto Saramago e Nelson), estilos diferentes, mas todos mestres no ofício de observar e analisar o comportamento humano.
Escreveram em diferentes períodos históricos, em diferentes países, em línguas diversas (exceto Saramago e Nelson), estilos diferentes, mas todos mestres no ofício de observar e analisar o comportamento humano.
Dostoiévski
Shakespeare
Nelson Rodrigues
José Saramago
Escritores que espargem filosofia através da boca de seus personagens.
A mesquinhez, a torpeza, a vilania, o egoismo, a maldade, a traição e outras deturpações humanas reveladas de maneira subliminar, ou cifradas ou simbolizadas.
O primeiro livro que li e me levou à reflexão foi "O Pequeno Príncipe". Alguns ensinamentos transmitidos nos diálogos entre personagens são definitivos.
Foi um pecado o livro ficar tisnado como sendo o preferido de misses. Isto porque, malgrado a beleza física, proporção e equilíbrio das medidas de busto e quadris e de peso e altura, a maioria não primava pela cultura geral.
Assim como um determinado carro fabricado pela Volkswagen, no passado, com várias qualidades, ficou estigmatizado como carro de praça - táxi.
Uma pena, nos dois casos, do livro e do automóvel.
Aprendi, com Saint-Exupéry, a não pedir e a não alimentar expectativas de que seria atendido pedindo o inexequível, o absurdo, como lecionou o rei que não determinava o por do sol antes do final da tarde e tampouco que seus generais voassem de flor em flor como borboletas.
Ele era o soberano e tudo podia, menos exigir o absurdo. Deveria preservar sua autoridade e não cair em descrédito e ser desrespeitado com ordens inexequíveis.
Isto vale para, por extensão, não esperar de algumas pessoas mais do que elas são capazes de dar.
Nelson e Shakespeare, dramaturgos, escreveram peças nas quais nos enxergamos, ou aos nossos filhos, pais, amigos e inimigos. Chefes, empregados, canalhas, todos desnudados, radiografados.
NOTAS:
1) os livros citados são meros exemplos que não esgotam a obra, vasta e importante de todos eles. Saramago foi minha última realmente boa descoberta. Depois de Eça de Queiroz e Machado de Assis.
2) https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/11/bibliotecas-publicas-e-privadas.html
Manuel Maria Barbosa du Bocage, grande poeta português, ficou rotulado de imoral e reconhecido como autor de piadas de sacanagem, muito provavelmente não por sua obra literária, mas por sua vida "desordenada nos costumes".
ResponderExcluirO nosso Nelson Rodrigues foi taxado inicialmente de obsceno, vulgar, até vir a ser reconhecido pelo público mais esclarecido, pela crítica, por atores e atrizes consagrados como grande dramaturgo, senão o maior até hoje, em língua portuguesa.