16 de agosto de 2016

Minhas memórias olímpicas

Durante a cerimônia de abertura dos jogos olímpicos, aqui no Rio, que assisti na casa de minha nora e meu filho mais novo, não foi difícil para mim durante a conversa lembrar do primeiro atleta de ponta de que tive notícia.

Zatopek
Falo do fundista Emil Zátopek, corredor tcheco (5.000m e 10.000m), uma das lendas do esporte olímpico, que brilhou na edição de 1952, em Helsinque, na Finlândia.

Ficou muito famoso no Brasil porque no ano seguinte veio disputar a tradicional corrida de São Silvestre, em São Paulo, que ganhou com certa facilidade.

Nesta época, eu contava doze anos de idade e o único esporte que acompanhava era o futebol, em especial o campeonato carioca, onde brilhava o C.R. Vasco da Gama.

Um pouco mais tarde, quando a II Guerra Mundial terminou e virou uma página triste da história da humanidade, e já estando no curso ginasial, tomei conhecimento de um corredor norte-americano que obtivera grandes êxitos, em 1936, na edição olímpica realizada em Berlim.

Owens
O citado corredor, não era da raça pura – ariana – defendida e desejada por Hitler, o que gerou lendas e objeto de propaganda politico-ideológica, na disputa entre as forças do eixo e dos aliados.

Falo de Jesse Owens, corredor negro que se causou furor no Führer (Hitler), sem trocadilho, em seu país provocou quase indiferença porque ainda muito presente a discriminação racial. Uma mágoa de Owens teria sido não haver recebido sequer um telegrama de Roosevelt, antão presidente dos EEUU da América.

Segundo o atleta, anos mais tarde, se é que Hitler se ausentou do estádio das disputas por causa de suas vitórias (que contrariava a tese da raça superior), isto teria doído menos do que a omissão do presidente de seu país.

Os jogos olímpicos continuaram e continuam revelando mitos, lendas e heróis dos esportes, muito especialmente nas competições individuais, como atletismo e natação. Quem esquecerá de Usain Bolt?

Bolt
Assim, de memória, lembro de Mark Spitz, enorme sucesso antes do fenômeno  Michael Phelps, sem esquecer do russo Alexander Popov, também detentor de recordes mundiais e olímpicos.

Spitz

Phelps
Recordo da repercussão das vitórias de Carl Lewis, nas mesmas modalidades que consagraram Jesse Owens, ou seja, nos 100 e 200 metros rasos, e ainda no revezamento 4X100 m.

Lewis
Entre os brasileiros, destacaram-se os nadadores Ricardo Prado, Gustavo Borges e Fernando Scherer (Xuxa); e no atletismo o atleta de salto triplo João Paulo de Oliveira (o João do Pulo ), que repetiu os feitos de  Adhemar Ferreira da Silva. Também tivemos um corredor que chegou ao ouro em Olimpíada, que foi o Joaquim Cruz.

João do Pulo
Nos tempos mais modernos, de Pequim para cá, nosso desempenho tem sido muito fraco, inobstante as raríssimas exceções que confirmam que menos por política e incentivo governamental, o que prevalece é o esforço e dedicação do atleta, alguns dos quais quase anônimos como o Thiago Braz, vencedor e recordista do salto com vara, ontem, aqui na Rio 2016.
 
Thiago Braz

12 comentários:

  1. Só para registro. o Michael Phelps conquistou 28 medalhas olímpicas, sendo 23 de ouro. Bateu recordes e é o único tetracampeão de uma prova (por isso os quatro dedos da foto).
    Aguardarei até quinta-feira o resultado do Usain Bolt nos 200m, para então falar deste outro mito que poderá se consagrar definitivamente.

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  2. Confesso que nunca prestei atenção aos jogos olímpicos, a não ser em 72, devido ao sequestro dos atletas de Israel. Nunca acompanhei resultados de nenhuma modalidade.

    Meu foco sempre foi somente o futebol, com alguma coisa de boxe, devido ao Eder Jofre e ao Cassius Clay (como era chamado na época em que eu curtia).

    Nessa de agora, aqui no Brasil, vejo as manchetes, raramente vejo algum jogo ou competição. Por acaso ontem vi a disputa do brasileiro no salto. Muito legal, apesar das reclamações francesas.

    Quando abro a grade da SKY fico perdido no que escolher, até porque na grade não explica se é VT ou se é ao vivo - poderiam pelo menos colocar um símbolo para sabermos.

    Aqui no trabalho estou vendo Brasil x Suécia no iPhone, futebol feminino. Está cheirando a penalties !!

    O Centro do Rio está uma festa diária, impressionante a quantidade de pessoas circulando para todos os lados, e muito policiamento.

    That´s all folks.

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  3. Futebol feminino a uma hora da tarde é desumano. E com prorrogação é caso de tortura.

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  4. Temperatura de 29 graus. Cento e vinte minutos de jogo. E duas penalidades perdidas.

    ÉD claro que a temperatura desgasta as duas equipes. Lógico que as duas jogaram o mesmo tempo: 120 minutos. Só as suecas que tiveram mais frieza e técnica para cobrar as penalidades.

    Esse jogo me fez lembrar da copa de 1954. Na fase de grupos, a Hungria meteu 8X3 na Alemanha.

    Entretanto, na final, deu Alemanha (3X2), que ficou com o título.

    Para quem não lembra o Brasil ganhou da Suécia na fase de grupo, por 5X1.

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  5. Frustrações de hoje:
    Fabiana Murer (salto com vara)
    Robert Scheidt (regata)
    Futebol feminino
    Clarissa e Larissa (vôlei de praia)

    Isso por enquanto. Todos nos deixavam a esperança de melhores resultados.

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  6. Boxer cubano, preterido nas seletivas em seu país, resolveu ir competir pelo Azerbaijão e acaba de eliminar o cubano escolhido para representar a ilha dos Castro. Ironias.

    Virou moda atleta que tem em outro país melhores condições de treinamento (ou mais $$$), mudar de bandeira, como se fosse um posto de gasolina deixando a Esso e virando Ipiranga.

    Por isso acho que este negócio de reverência ao hino pátrio, do orgulho da nacionalidade, são coisas do passado.

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  7. FORÇAS ARMADAS bombando nas conquistas do Brasil.

    Qual o significado disso ?

    Aguardo opiniões, leituras sobre os fatos.

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  8. Tem uma graninha equivalente ao soldo de um terceiro sargento. E a utilização das instalações militares e equipe médica.
    Acho um projeto interessante.
    O objetivo é formação de equipe de ponta para disputa dos jogos mundiais militares.

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  9. As meninas do vôlei de quadra da China ganharam das brasileiras, por questão de aerodinâmica. Elas não têm coxas grossas e nem bunda grande.

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  10. E a dinastia Grael continua no poder quando se fala em disputa de regata. Medalha de ouro para Martine Grael e Kahena Kunze, na classe Classe 49er FX feminina.

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  11. Usain Bolt, de novo.
    Ele já é quase um showman.

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  12. Ganhar medalhas de ouro e quebrar recordes mundiais é para poucos. Agora, manter-se no topo durante três ciclos olímpicos é para muito poucos.

    O Phels, outro gênio, manteve-se por 4 ciclos. Só não tem o carisma do Bolt.

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