Durante a cerimônia
de abertura dos jogos olímpicos, aqui no Rio, que assisti na casa de minha nora
e meu filho mais novo, não foi difícil para mim durante a conversa lembrar do
primeiro atleta de ponta de que tive notícia.
Zatopek |
Falo do
fundista Emil Zátopek, corredor tcheco (5.000m e 10.000m), uma das lendas do esporte olímpico, que
brilhou na edição de 1952, em Helsinque, na Finlândia.
Ficou muito
famoso no Brasil porque no ano seguinte veio disputar a tradicional corrida de
São Silvestre, em São Paulo, que ganhou com certa facilidade.
Nesta época,
eu contava doze anos de idade e o único esporte que acompanhava era o futebol,
em especial o campeonato carioca, onde brilhava o C.R. Vasco da Gama.
Um pouco
mais tarde, quando a II Guerra Mundial terminou e virou uma página triste da
história da humanidade, e já estando no curso ginasial, tomei conhecimento de
um corredor norte-americano que obtivera grandes êxitos, em 1936, na edição olímpica
realizada em Berlim.
Owens |
O citado
corredor, não era da raça pura – ariana – defendida e desejada por Hitler, o que
gerou lendas e objeto de propaganda politico-ideológica, na disputa entre as
forças do eixo e dos aliados.
Falo de Jesse
Owens, corredor negro que se causou furor no Führer (Hitler), sem trocadilho, em seu país provocou
quase indiferença porque ainda muito presente a discriminação racial. Uma mágoa
de Owens teria sido não haver recebido sequer um telegrama de Roosevelt, antão
presidente dos EEUU da América.
Segundo o
atleta, anos mais tarde, se é que Hitler se ausentou do estádio das disputas
por causa de suas vitórias (que contrariava a tese da raça superior), isto teria
doído menos do que a omissão do presidente de seu país.
Os jogos
olímpicos continuaram e continuam revelando mitos, lendas e heróis dos
esportes, muito especialmente nas competições individuais, como atletismo e
natação. Quem esquecerá de Usain Bolt?
Assim, de
memória, lembro de Mark Spitz, enorme sucesso antes do fenômeno Michael Phelps, sem esquecer do russo
Alexander Popov, também detentor de recordes mundiais e olímpicos.
Spitz |
Phelps |
Recordo da
repercussão das vitórias de Carl Lewis, nas mesmas modalidades que consagraram
Jesse Owens, ou seja, nos 100 e 200 metros rasos, e ainda no revezamento 4X100
m.
Lewis |
Entre os
brasileiros, destacaram-se os nadadores Ricardo Prado, Gustavo Borges e Fernando
Scherer (Xuxa); e no atletismo o atleta de salto triplo João Paulo de
Oliveira (o João do Pulo ), que repetiu os feitos de Adhemar Ferreira da Silva. Também tivemos um
corredor que chegou ao ouro em Olimpíada, que foi o Joaquim Cruz.
João do Pulo |
Nos tempos
mais modernos, de Pequim para cá, nosso desempenho tem sido muito fraco, inobstante
as raríssimas exceções que confirmam que menos por política e incentivo governamental,
o que prevalece é o esforço e dedicação do atleta, alguns dos quais quase anônimos
como o Thiago Braz, vencedor e recordista do salto com vara, ontem, aqui na Rio
2016.
Só para registro. o Michael Phelps conquistou 28 medalhas olímpicas, sendo 23 de ouro. Bateu recordes e é o único tetracampeão de uma prova (por isso os quatro dedos da foto).
ResponderExcluirAguardarei até quinta-feira o resultado do Usain Bolt nos 200m, para então falar deste outro mito que poderá se consagrar definitivamente.
Confesso que nunca prestei atenção aos jogos olímpicos, a não ser em 72, devido ao sequestro dos atletas de Israel. Nunca acompanhei resultados de nenhuma modalidade.
ResponderExcluirMeu foco sempre foi somente o futebol, com alguma coisa de boxe, devido ao Eder Jofre e ao Cassius Clay (como era chamado na época em que eu curtia).
Nessa de agora, aqui no Brasil, vejo as manchetes, raramente vejo algum jogo ou competição. Por acaso ontem vi a disputa do brasileiro no salto. Muito legal, apesar das reclamações francesas.
Quando abro a grade da SKY fico perdido no que escolher, até porque na grade não explica se é VT ou se é ao vivo - poderiam pelo menos colocar um símbolo para sabermos.
Aqui no trabalho estou vendo Brasil x Suécia no iPhone, futebol feminino. Está cheirando a penalties !!
O Centro do Rio está uma festa diária, impressionante a quantidade de pessoas circulando para todos os lados, e muito policiamento.
That´s all folks.
Futebol feminino a uma hora da tarde é desumano. E com prorrogação é caso de tortura.
ResponderExcluirTemperatura de 29 graus. Cento e vinte minutos de jogo. E duas penalidades perdidas.
ResponderExcluirÉD claro que a temperatura desgasta as duas equipes. Lógico que as duas jogaram o mesmo tempo: 120 minutos. Só as suecas que tiveram mais frieza e técnica para cobrar as penalidades.
Esse jogo me fez lembrar da copa de 1954. Na fase de grupos, a Hungria meteu 8X3 na Alemanha.
Entretanto, na final, deu Alemanha (3X2), que ficou com o título.
Para quem não lembra o Brasil ganhou da Suécia na fase de grupo, por 5X1.
Frustrações de hoje:
ResponderExcluirFabiana Murer (salto com vara)
Robert Scheidt (regata)
Futebol feminino
Clarissa e Larissa (vôlei de praia)
Isso por enquanto. Todos nos deixavam a esperança de melhores resultados.
Boxer cubano, preterido nas seletivas em seu país, resolveu ir competir pelo Azerbaijão e acaba de eliminar o cubano escolhido para representar a ilha dos Castro. Ironias.
ResponderExcluirVirou moda atleta que tem em outro país melhores condições de treinamento (ou mais $$$), mudar de bandeira, como se fosse um posto de gasolina deixando a Esso e virando Ipiranga.
Por isso acho que este negócio de reverência ao hino pátrio, do orgulho da nacionalidade, são coisas do passado.
FORÇAS ARMADAS bombando nas conquistas do Brasil.
ResponderExcluirQual o significado disso ?
Aguardo opiniões, leituras sobre os fatos.
Tem uma graninha equivalente ao soldo de um terceiro sargento. E a utilização das instalações militares e equipe médica.
ResponderExcluirAcho um projeto interessante.
O objetivo é formação de equipe de ponta para disputa dos jogos mundiais militares.
As meninas do vôlei de quadra da China ganharam das brasileiras, por questão de aerodinâmica. Elas não têm coxas grossas e nem bunda grande.
ResponderExcluirE a dinastia Grael continua no poder quando se fala em disputa de regata. Medalha de ouro para Martine Grael e Kahena Kunze, na classe Classe 49er FX feminina.
ResponderExcluirUsain Bolt, de novo.
ResponderExcluirEle já é quase um showman.
Ganhar medalhas de ouro e quebrar recordes mundiais é para poucos. Agora, manter-se no topo durante três ciclos olímpicos é para muito poucos.
ResponderExcluirO Phels, outro gênio, manteve-se por 4 ciclos. Só não tem o carisma do Bolt.