O post que esta em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/02/potenza-basilicata-italia.html de certa forma tangencia o tema ligações. E mostra como o
mundo (planeta Terra) é pequeno mesmo.
Na minha vida este tipo de coisa é uma constante. Coincidências,
ou não, encontros e desencontros.
Conversando ontem com a Wanda, sobre nosso período paulista
(moramos no estado por 17 longos anos), ela me lembrou, sem intenção, um fato
curioso.
Quando nos conhecemos, em 1959, ela tinha um namorado, em
Cachoeiro de Itapemirim, onde morava, e eu uma namoradinha em Niterói. Foi lá,
naquela cidade capixaba que a conheci, mas nem lembro de havermos trocado muitas
palavras.
A família dela apreciava o rapaz, e fazia gosto no casamento.
Eu não pensava em me casar, pois não teria meios econômicos. (A piada que cabe é que hoje ainda não teria – rs –
lol).
No ano seguinte ela veio a Niterói, com um grupo de
estudantes, acompanhadas pela mãe de uma delas, a Tereza, amiga até hoje.
Na foto aparecem (Wanda/Tereza) no desfile cívico do 7 de setembro, em Cachoeiro, levando o brasão do Estado do Espírito Santo. Foi o ano em que concluíram o curso normal, o máximo possível na cidade naquela época.
Na foto aparecem (Wanda/Tereza) no desfile cívico do 7 de setembro, em Cachoeiro, levando o brasão do Estado do Espírito Santo. Foi o ano em que concluíram o curso normal, o máximo possível na cidade naquela época.
Em Niterói, as meninas capixabas ficaram hospedadas no Caio Martins, como já contei, por conta
das ambições políticas do Roberto Silveira, então governador do Estado do Rio
de janeiro, cuja capital era Niterói.
Assim que cheguei ao ginásio do Caio Martins, onde fui na
qualidade de diretor da Federação de Estudantes Secundários, oficialmente
anfitriã, Tereza (único nome real que citarei no post), ao me ver falou “a Wanda
foi fazer uma compra mas não vai demorar”.
Caramba! Pensei com meus botões. Então é recíproco, ela também
está interessada numa aproximação. Sim, eu queria revê-la, mas não era a única intenção
de minha ida ao local.
À tarde haveria, como houve, um bailinho, lá mesmo no Caio
Martins, ao som de toca-discos. Claro que a tirei para dançar.
No dia seguinte, como contei recentemente, decidimos
formalizar um início de namoro. Ela terminou seu namoro em Cachoeiro, para preocupação da família, e eu terminei meu compromisso
com a namoradinha em Niterói.
O namorado da Wanda em Cachoeiro tinha um irmão, que veio a
casar com uma amiga da Wanda. Afinal na cidade todo mundo conhecia todo mundo.
Até mesmo eu, que passei a ir à cidade muito esporadicamente (para namorar),
acabei ficando conhecido.
Certa noite, enquanto passeávamos, de mãos-dadas, como hábito
e regra na época, pela Praça Jerônimo Monteiro, o serviço de alto-falantes
instalado no centro da cidade, anunciou: “estão desfilando na praça uma das
filhas do Campanha (meu futuro sogro)
com aquele rapaz de Niterói. Formam um bonito casal”.
Não vou usar “caramba!” como expressão de surpresa, porque já
usei adredemente. Mas fiquei espantado de como éramos policiados, monitorados,
na cidade.
Casamento 31.12.1964 |
Volto ao casamento do ex-futuro cunhado de Wanda, com uma
conhecida dela, para dizer que isto ocorreu antes de nos casarmos em 31 de
dezembro de 1964.
Casei em Cachoeiro e partimos em lua-de-mel. Ao final, já
viemos para Niterói, onde eu vivia. Nunca moramos em Cachoeiro.
Em 1972 por razões profissionais mudamos para São Paulo
(capital), e em 1979 nossos filhos Jorge e Ricardo estudavam num colégio no
bairro do Brooklin, onde morávamos.
Pois muito bem, neste mesmo colégio, distante mais de mil
quilômetros da cidade de Cachoeiro onde moravam minha mulher e esta quase
concunhada, estudava um filho desta, com o irmão do quase noivo da Wanda vinte anos antes. Avistaram-se e, para
surpresa maior de ambas, “descobriram” que moravam na mesma rua.
É preciso explicar que ara uma rua curta, que ligava apenas
duas outras importantes vias do bairro, que corriam paralelas. Chama-se
Domingos D’Arco (CEP 04565-020) e liga a
rua Pensilvânia à rua Flórida. Nos USA Pennsylvania e Florida não ficam tão
perto assim. Mas no Brookin, em São Paulo, ficam.
Cacilda! Esta rua tem não mais do que seis casas de cada
lado. Estamos falando de 12 casas, numa mesma rua secundária, transversal.
A amizade entre Wanda e esta agora vizinha, que em Cachoeiro
nunca foi muito firme, acabou por consolidar em São Paulo.
E ainda deu-se o seguinte, que torna mais curioso esse
reencontro tão longe e tanto tempo depois. Como estávamos prestes a retornar
para Niterói, resolvemos vender alguns bens móveis, que não compensava
transportar para cá. Esta ex-quase concunhada nos comprou o jogo de sala de
jantar (mesa e cadeiras).
Houve, envolvendo Tereza e a cidade de Cachoeiro de Itapemirim, uma outra coincidência que será melhor entendida pelos irmãos Freddy e Riva, amigos e colaboradores do blog.
ResponderExcluirTeresa foi, durante muito tempo, namorada de Salvatore NOCE. Chegamos a sair juntos, em Cachoeiro, os 4 (eu e wanda , ele e Tereza). Por questiúnculas romperam o namoro. Ela casou com outro e vive feliz em Vitória-ES, com 5 filhos. Ele casou e divorciou. Casou novamente e faleceu em 2000. Deixou uma firma administradora de condomínios, que leva seu nome e atualmente é administrada por sua segunda esposa.
Eu e Salvatore ficamos 35 anos sem nos ver ou mesmo trocar mensagens. Sequer sabia da existência da firma dele, até porque neste interregno vivi 17 anos em São Paulo. Quando nos reencontramos, em Niterói, fui convidado para dar assessoria jurídica para esta firma. Cinco meses depois de nosso reencontro (e do convite), ele faleceu.
Até as pedras se encontram neste mundo.
O seu comentário faz mais jus ao titulo de encontros e desencontros do que o post propriamente.
ResponderExcluirNossas vidas são mesmo pontuadas por esses encontros e desencontros, chegadas e partidas.
Helga
Tem razão, Helga.
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