O Uruguai é um pequeno pais. Só é maior do que o Suriname,
aqui na América do Sul. Sua população gira em torno de 3.400.000, sendo que
mais da metade, cerca de 1.800.000 residem na capital. Mas têm um invejável
rebanho bovino, com 33.000.000 de cabeças de gado. Leiteiro e de corte.
A base da economia é agropastoril. O turismo a segunda maior
fonte de receita, daí que por vezes assistimos comerciais exaltando as belezas
do país até em canais a cabo no Brasil.
Exportam muita carne. Mas importam quase tudo que é
industrializado. Tem uma personagem (diarista), na escolinha do prof. Raymundo (Chico Anysio), que tem um bordão que
é o seguinte: “sou pobre mas sou limpinha”.
Assim é o Uruguai, é terceiro mundo, mas preocupado com a
educação, com a corrupção (é o segundo menos corrupto, segundo organismos
internacionais) e com acolhida e atendimento cortês aos visitantes.
Cá para nós, dois títulos mundiais e dois títulos olímpicos no
futebol (medalhas de ouro), não é para qualquer um não. A Celeste tem história.
Falam castelhano, que é uma língua muito parecida com o espanhol,
mas tem origem no Reino de Castilla (antigo reino da Península Ibérica). Na
rede escolar, a partir da sexta série, o ensino do português é obrigatório. O pais foi pioneiro na distribuição de lap top e liberação de internet para alunos da escola
primária. Foi igualmente o primeiro país, no continente, a tornar gratuito e
obrigatório o estudo no nível primário.
O Uruguai já pertenceu à Coroa Portuguesa, e com a independência
do Brasil, seu território pertenceu ao nosso país. Mas conquistou sua independência
pouco depois da nossa, graças à intermediação (interferência) inglesa, que
visava garantir a livre navegação pelo Rio da Prata. Os mesmos britânicos
ajudaram D. João VI a se mandar de Portugal, ameaçado por Napoleão, cobrando a abertura dos portos brasileiros
“às nações amigas”.
Ou seja, os britânicos queriam liberdade nos mares, rios e portos. Seus navios piratas fizeram história, mas aí já é outra.
O Uruguai tem um herói, correspondente ao nosso Tiradentes,
chamado Artigas, general que encetou várias lutas em favor da separação do Uruguai
do domínio estrangeiro (Portugal/Espanha/Argentina/Brasil).
O que eu vi, ouvi e li por lá, há poucos dias em viagem de
curta duração pelo litoral, foi basicamente o seguinte. Estando em Montevidéo,
capital, se viajar 170 Km para oeste,
sempre beirando o Rio da Prata, chega-se à Colonia del Sacramento, criada pelos
portugueses, cidade antiga que conserva suas características. Se a viagem for para
o leste, também margiando o Rio da Prata, chega-se a Punta del Este, distante
130 Km.
Conclusão, percorrendo 300 quilômetros fica-se conhecendo as
maiores atrações turísticas do pais, com o Rio da Prata sempre presente.
Uma olhada no mapa dá uma ideia mais nítida do que acabo de escrever.
Colonia del Sacramento deve ser visitada; assim como Punta
del Este. As motivações são distintas.
O fundador de Colonia – Manuel Lobo – que foi governador da
capitania do Rio de Janeiro, recebeu uma empreitada e tanto da Coroa
Portuguesa. Numa terra que ficava em território espanhol, em face do Tratado de
Tordesilhas, ocupada por índios, construir uma vila, um povoado. Seria uma
cunha importante para os portugueses eis que Buenos Aires (então dos espanhóis)
fica a apenas 35 quilômetros, do outro lado do Rio da Prata. Moleza! O Lobo deu conta do recado.
Mas isto é história e não serei eu a contá-la pois não sei o
bastante.
Estes postais a seguir mostram alguns aspectos da cidade. Não tenho
fotos pois a câmera ficou sem pilhas. Descarregaram e as reservas estavam no
hotel. Domingo, em Colônia, final de ano, nem o Centro de Informações
Turísticas estava funcionando. Só os toiletes (banõs) estavam abertos.
Punta del Este é um balneário de boa reputação. Tem um
hotel/cassino invejável. Olha a foto do Conrad, que segundo consta tem brasileiro como sócio. Como aqui o jogo é proibido, investe-se no exterior.
Os cartões postais e fotos abaixo revelam um pouco do balneário. A escultura foi premiada num concurso internacional. De perto impressiona.
Esta praia é a que aparece no postal acima, vista de outro ângulo. Também é onde fica a escultura |
Observem que nos postais aparece a bandeira do país. E é assim em toda parte. A exemplo dos norte-americanos que colocam seu símbolo nacional em todos os prédios públicos, também os uruguaios hasteiam sua bandeira nacional em todo lugar.
Mas vamos ao que interessa: e os Tannat?
ResponderExcluir<:o)
Freddy
Visitei uma "bodega", a menor das vinícolas que conhecí, incluindo as nacionis. Deve ser objeto de post.
ResponderExcluirTambém gostaria de sua opinião sobre os tannats. Antecipo que esta variedade não está entre minhas preferidas, embora já tenha degustado vinhos razoáveis dela.
ResponderExcluirRealmente não há muito mais a dizer sobre o país, em termos de atração turística.
Outros posts já publicados aqui mesmo, já mencionaram outras atrações e curiosidades do país.
Helga
Os índios que ocupavam o território onde hoje está o Uruguai, eram os Charruas e os Guaranis.
ResponderExcluirHelga e Freddy,
ResponderExcluirOs Tannats irão evoluir, acho. Aqui no continente, ainda prefiro os Malbecs argentinos, inclusive os cortes com Syrah.
Deve sair um post a respeito.