31 de maio de 2013

PROUDLY

Pela vez primeira assisti a uma defesa de tese de doutorado. Pudera, o doutorando era meu filho Ricardo. A tese por ele defendida perante uma banca de seis doutores/professores, tem como titulo: “Schedule-based asynchronous duty cycling with Nested Block Designs”.

Precisei de quase uma semana somente para decorar o nome do trabalho. Imagino que seja grego para a maioria de meus poucos, mas fieis, leitores, exceto para os engenheiros. Em especial o Freddy, que atuou na área de telecomunicações.

Foi a maior concentração de doutores por metro quadrado que jamais vira. Além dos seis membros da banca examinadora/julgadora, originários da UFRJ, UNICAMP e UFF, estavam presentes no auditório, cheio para os padrões deste ato (defesa de tese) muitos outros doutores/professores, agora colegas de meu filho, assim como alguns de seus alunos na UFF.

Meu titulo de doutor é fajuto, embora legal. Esqueceram de revogar um antigo decreto imperial, que outorga ao bacharel em direito, com registro profissional o titulo de doutor. Já falei disso aqui no blog.

O do Ricardo é acadêmico, fruto de exaustivo trabalho de pesquisa e testes de validação, e estudos ao longo de quatro anos.

Estou orgulhoso. E não era para estar?

 
Ricardo C. Carrano

30 de maio de 2013

Outro primo distante

Há algum tempo escreví, aqui neste espaço virtual, um post sobre um primo distante. Está em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/04/primo-distante.html?showComment=1369828947468#c2602841846584364302 .

Pedro Wilson Carrano Albuquerque
Para minha grata surpresa um outro primo, este um pouco mais distante, passou pelo blog deixando um generoso comentário, encontrável no mesmo link acima.

O Pedro Wilson, este é seu nome, está mais distante no que respeita à consanguinidade, mas mais próximo fisicamente do que o Rick Carrano, porque está em Brasilia, capital da República, enquanto  este último está em Greenville, Carolina da Sul, USA.

O Pedro Wilson realizou um excelente, e imagino estafante e oneroso, trabalho de pesquisa, para fazer a genealogia de nossa família. Muitas viagens e contatos por carta e telefone (interurbanos), porque a internet era incipiente.

Graças a ele descobri que a família tem um brasão, que localizou e extraiu da obra “Trenta Centurie di armi gentilize”, de Carlo Padiglione.

Às páginas 62 e seguintes de seu livro “Encontro com os Ancestrais” o autor leciona brevemente sobre heráldica e, claro, sobre o brasão da família, que está também no sitio http://www.genealogiabr.com/carrano.html.

Explica  o significado das cores, da roda e das estrelas. Mesmo para você que não é da família, asseguro que seria muito interessante a leitura do texto  didático, sem ser maçante, sobre heráldica.

Deixo com ele mesmo a palavra sobre o tema, bastando clicar em http://buratto.org/gens/gn_carrano2.html

Além disso tem o livro um capítulo sobre a origem do antropônimo CARRANO, resultado de muitas pesquisas históricas. Se for de seu interesse acesse através do link  http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=168&cat=Ensaios e saiba mais a respeito.


Imagens: Foto do Pedro Wilson extraída via Google e o brasão do citado livro.

29 de maio de 2013

O artigo e o substantivo

Por
Carlos Frederico March
(Freddy)



Um texto bem humorado

Já faz bom tempo, ainda na época em que as mensagens eram trocadas por e-mail e não mandadas por redes sociais, facebook ou algo que o valha, cheias de figurinhas dançando em edições de power-point que passam de tela em tela, irritando quem quer apenas ler o conteúdo, eu recebi o texto que transcrevo adiante.

O tempo passou e não me foi possível recuperar o autor dessa pérola, que ademais quase que se tornou de domínio público de tantas vezes que frequentou as caixas de entrada dos internautas alguns anos atrás. Se alguém souber-lhe o nome, que nos faça a gentileza de registrar na área de comentários para que possamos fazer jus ao seu criador. Lá vai!

O ARTIGO E O SUBSTANTIVO

Um  substantivo  masculino,  com  um  aspecto plural, com alguns anos bem  vividos pelas reposições da vida.  E  o  artigo  era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas  com um maravilhoso predicado nominal.  Era  ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito  oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e  filmes  ortográficos.
O substantivo  gostou  dessa  situação:  os  dois sozinhos, num lugar sem  ninguém  ver  e  ouvir.  E  sem  perder  essa  oportunidade, começou a se  insinuar, a perguntar, a conversar. O  artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno  índice.

De  repente,  o  elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o  substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns  sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando   elevador  recomeça  a se movimentar. Só que em vez de descer, sobe e pára  justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal,  e entrou com ela em seu aposto.

Ligou  o  fonema,  e  ficaram  alguns  instantes em silêncio, ouvindo uma  fonética clássica, bem suave e gostosa.    Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
 Ficaram  conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez  a  se  insinuar.  Ela  foi  deixando,  ele  foi  usando seu forte adjunto  adverbial,  e  rapidamente  chegaram  a um imperativo, todos os vocábulos  diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu  ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um  período  simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela  confessou  que  ainda era vírgula.

Ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou  outra soletrada em seu apóstrofo. É  claro  que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente  oxítona às vontades dele, e foram para  o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.  Entre  beijos,carícias,  parônimos e substantivos, ele foi avançando cada  vez  mais:ficaram  uns  minutos  nessa  próclise,  e  ele, com todo o seu  predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam  na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um  perfeito  agente  da  passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do  seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício.  Ele  tinha  percebido tudo,e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois,  que  se  encolheram  gramaticalmente,  cheios  de preposições, locuções e  exclamativas. Mas  ao  ver aquele  corpo  jovem,  numa  acentuação  tônica,  ou  melhor,  subtônica,  o  verbo  auxiliar  diminuiu  seus advérbios e declarou o seu  particípio na história. Os  dois  se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por  todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto  adnominal.

Que  loucura,  minha  gente.  Aquilo  não  era  nem  comparativo: era um  superlativo  absoluto.  Foi  se  aproximando  dos  dois, com aquela coisa  maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos.  Foi  chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao  seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois.  Só  que  as  condições  eram estas: enquanto abusava de um ditongo  nasal,  penetraria  ao  gerúndio  do substantivo, e culminaria com um complemento  verbal no artigo feminino.

O  substantivo,  vendo  que  poderia se transformar num artigo indefinido  depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final  na  história:  agarrou  o  verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela  janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com  o artigo.



Nota do Editor: O Freddy faz a ressalva de que não deu o devido  crédito por desconhecer o autor do texto. Em busca na rede encontramos um site onde ele está publicado, também lá sem indicação expressa do autor. Quem souber, por favor, informe. http://www.letras.etc.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&catid=32%3Amiscelanea&id=45%3Ao-romance-do-artigo-e-do-substantivo&Itemid=54

28 de maio de 2013

Impressões de Viajante: Natal - 1




Por
Carlos Frederico March
(Freddy)








Eu não gosto de viajar pelo Nordeste do Brasil. Minha preferência é e sempre será o Sul, com algumas incursões por Minas Gerais e Goiás (Rio Quente). Não é por não conhecê-lo, muito pelo contrário. Além de ser obrigado a me hospedar diversas vezes em Salvador, Recife e Fortaleza por conta de responsabilidades durante meu trabalho na Embratel, fiz viagem específica para conhecer todas as capitais de Salvador até Fortaleza, numa grande excursão pela CVC chamada "Nordeste Espetacular". Nome inadequado, deveria se chamar "Praias do Nordeste". Quem sabe um dia escrevo 
sobre ela, realizada em 2003?

Tive também oportunidade de me hospedar num dos resorts de Costa do Sauípe - BA. Adorei o local mas não gostei do Resort, depois vim a saber que fui mal orientado pela agência de turismo. Eles sempre focam no mais barato, esquecem de nos perguntar nosso perfil - e no caso eu não conhecia nada do local, nem pude opinar. São 5 resorts e me indicaram o pior deles. Sobre isso, posso também escrever em outra oportunidade.

E sobre Natal? Bem, já havia me hospedado em 2002 num magnífico resort chamado Ocean Palace. Na época, um dos melhores da chamada Via Costeira, longa praia que termina num local muito badalado chamado Ponta Negra. Na mesma Via Costeira, hospedei-me no ano subsequente no Parque da Costeira, ótimo resort próximo ao Ocean Palace. Foi durante a excursão Nordeste Espetacular, acima referida. 

Por conta disso, já havia feito city-tour na capital potiguar e conhecia o básico. Centro da cidade com Forte dos Reis Magos e Artesanato do Antigo Presídio, Dunas de Genipabu com passeio de buggy (hoje proibido) ao norte, Cacimbinhas e Pipa ao sul. Fizera até um pitoresco passeio de táxi pela parte não turística de Natal, já que na época eu já cogitava mudar de cidade após a aposentadoria e não havia ainda escolhido qual (calhou de ser Nova Friburgo - RJ).

Perguntarão vocês: se o cara não gosta do Nordeste, porque tantas viagens para lá? Bem, eu gosto de praia. Fui criado em Niterói e frequentei demais as praias internas e oceânicas de minha cidade durante adolescência e juventude. Porém, depois de casado, parei de ir. Minhas filhas foram criadas essencialmente sem conhecer as ondas do mar.

Já eu sinto falta do barulho das ondas na arrebentação... Sinto falta de olhar o horizonte, plano e contínuo. Faz-me bem observar uma tempestade se aproximando feroz pelo mar, as ondas começando a criar cristas prateadas sobre uma água cada vez mais plúmbea. Estando eu bem abrigado, é bom acrescentar! 

Gosto de ver o sol nascer rápido. Naquelas latitudes próximas ao Equador, o dia nasce num piscar de olhos! Tão diferente do Sul, onde a transição noite-dia se dá preguiçosamente... Idem o crepúsculo. 

Só que raramente estou localizado a ponto de ver o Sol se por sobre a água, por conta da nossa costa ser virada para o nascente. 

Mas em contrapartida essa mesma posição geográfica me permite admirar a Lua nascer e logo despejar um tapete prateado sobre a imensidão. Oh, havendo algumas nuvens consistentes e esparsas o visual é mais maravilhoso ainda: elas se iluminam como flocos de algodão no céu de ébano, acrescentando mais adereços ao espetáculo. 

Saudade estabelecida em minha mente, lá fomos nós para Natal de novo! Só que desta vez, como acontecera em Sauípe, fomos vítima de sugestões mal apresentadas pela agência de viagens. 

Orçamento um pouco mais curto, escolher Ocean Palace ou Sehrs (ou similares) estava fora de questão. Foi-nos indicado o Rifóles Praia, que eu já havia vislumbrado nas passagens anteriores e até nem gostado muito. Contudo, foi-nos recomendado como ideal para nossos propósitos de momento, por isso aceitamos.

Foi nosso calvário! Estava em obras para construção da nova piscina com bar molhado. Até aí, nada demais. Só que fomos acomodados no andar mais baixo e de frente para a obra! Reclamamos, claro, e nos foi informado que era o melhor que tinham para nos oferecer. O hotel estaria lotado e a disponibilidade alternativa era de apartamentos virados para outra obra (hotel em construção bem ao lado). 

Convivemos com serra elétrica, britadeira, compactador de concreto e até, já em reparos internos do hotel, uma feroz máquina de furar com martelete que parecia penetrar em nosso cérebro! Liguei para a agência, mas vejam... A hospedagem se deu no sábado (18/5). Consegui contato com a agência na 2ª feira (20/5), que ficou de pegar informações adicionais e dar uma solução. Na 3ª feira (21/5) me retornaram sugerindo troca de hotel.

Ora bolas, eu fora para descansar e curtir uma praiazinha de leve, e havia uma bem interessante em frente ao Rifóles. Trocar de hotel significava refazer malas (estava tudo já arrumado nos armários e banheiro), fazer o traslado, reacomodar tudo no novo hotel, que ninguém garante que não teria também suas mazelas... Optamos por permanecer, até porque num dos dias a seguir haveria um passeio de dia inteiro, livrando-nos do desconforto das obras. Acertamos ou erramos em não trocar? 

Não sabemos dizer... 


Vista do apartamento 416 - Hotel Rifóles

Nosso apartamento dava uma bela vista para a Praia de Ponta Negra e Morro do Careca, além de ver o mar. Era só olhar por cima da obra e fazer de conta que ela não estava lá! Uma abstração mental! 

Consegui curtir algumas admiráveis auroras e até um nascer da Lua, que estava ficando cheia. Por azar, exatamente no dia 23 (totalmente cheia) o céu se tornou nublado e choveu. 

Fora isso, fizemos o básico do básico: um city tour no domingo, incluso no pacote.  Interessante como a cada excursão as coisas acontecem diferentes. Como já disse, era a terceira vez que íamos a
Natal e foi só agora que conhecemos finalmente o famoso cajueiro de Pirangi, o maior do mundo. 

Houve oportunidade de ficar um pouco na Praia de Camurupim (que não conhecíamos) e entrar no Forte dos Reis Magos (antes só o visitamos por fora). Em vez do Antigo Presídio e sua feira de artesanato, conhecemos o novo Shopping do Artesanato, por sinal muito perto do Hotel Rifóles. 

O único opcional que fizemos foi o de Pipa/Cacimbinhas, que será objeto de outro post.  Declinamos das ofertas de conhecer outras praias do norte e fazer passeios de buggy. Primeiro porque o tema seria ficar pegando sol nas referidas praias e curtindo choupanas e palhoças rústicas. Brincadeiras  como esquibunda e aerobunda, além dos buggies, são chamarizes de turistas mas também não nos cativaram - já conhecemos.

Tinha o apelo da culinária local, lagostas, camarões, peixes... Quem me segue nos posts e respectivos comentários sabe que meu espectro gastronômico é muito limitado. Nós detestamos frutos do mar, e Mary não come nem peixe. Como conseguimos sobreviver nas excursões ao Nordeste é um exercício de paciência e muita procura! Desta feita, tivemos alguma sorte. 

Na praia em frente ao hotel parava uma carrocinha que fazia uns crepes maravilhosos, tanto doces como salgados. Tinha de queijo com tomate e orégano. Tinha de frango. E nos doces tinha um de banana com calda de chocolate que é a coisa mais próxima de uma fondue de chocolate que eu já comi! Delicioso! 

O bufê do hotel, à noite, sempre tinha algo para servir a quem não gostava de frutos do mar. Uma das noites, a francesa, teve uma carne maravilhosa! E na do chef idem. Até na noite do Pescador havia maminha de alcatra e frango ao gorgonzola. Deu para sobreviver legal! 

Em termos de restaurantes externos, focamos na Pizzaria Cipó Brasil, recomendada por parentes e pela própria operadora de turismo. Fomos lá duas vezes e apreciamos muito tanto as pizzas e drinks como o local, que tem uma decoração bem típica. Atendimento perfeito, sentimo-nos plenamente à vontade. 

Quanto a fotos de várias das atrações visitadas, postá-las-ei em outra oportunidade. Até lá!

27 de maio de 2013

E o vômito continua...

Em junho de 2011, neste blog, em   http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/06/o-que-penso.html   lamentei que o, até agora, bem-sucedido empresário Eike Batista, tivesse um filho com o histórico, curriculum e vida pregressa do Thor.

Qual não foi minha surpresa ao ler em revista semanal que o filho Olin, pronuncia-se Ólin, com o “o” aberto, que vem a ser irmão do Thor, é um pouco pior. Ou parece ser.

Expulso de vários colégios, só pensa em festas e farras nababescas. Diverte-se como Dj, seja lá o que isto signifique e torra o dinheiro do pai. Dinheiro que o pai ganhou por benesses do governo que lhe concedeu direito de exploração de petróleo em águas rasas, de custo mais baixo, deixando para a Petrobrás, que é nossa, o alto custo das águas profundas.

Finalmente acertaram na cor da camiseta da seleção nacional: preta. Esta é a cor consagrada no ocidente, nos últimos anos, ao luto familiar. Décima nona no ranking oficial deixa-nos também enlutados.

Luis Roberto Barroso tem um curriculum profissional e acadêmico muito respeitável. Méritos não lhe faltariam para compor os quadro de ministros do STF.

Mas teria sido por seus méritos que foi indicado? Ou ele vendeu a alma ao diabo, leia-se PT, a quem já serviu defendendo o bandido Cesare Batistti, assassino italiano que por obra e graça de filigranas jurídicas engrossa a já enorme quadrilha de delinquentes que vivem no Brasil?

Não quero crer que sua indicação tenha sido contrapartida por sua lealdade ao governo, um prêmio por bons serviços.

26 de maio de 2013

Divirtam-se III

O médico e o alfaiate

Um cara sofria de dor de cabeça crônica infernal.
Foi ao médico que, depois dos exames de praxe, disse:

- Meu caro, tenho uma boa e uma má notícia.
A boa é que posso curá-lo dessa dor de cabeça para sempre.
A má notícia é que para fazer isso eu preciso castrá-lo!
Seus testículos estão pressionando a espinha, e essa pressão provoca uma dor de cabeça infernal.
Para aliviar o sofrimento preciso removê-los.


O cara levou um choque e caiu em depressão.
Passou dias meditando.
Indagava se havia alguma coisa pela qual valesse a pena viver.
Não teve outra escolha a não ser submeter-se à vontade do bisturi.

Quando deixou o hospital, pela primeira vez, depois de 20 anos, não sentia mais dor de cabeça.
No entanto, percebeu que uma parte importante de si estava faltando. Enquanto caminhava pelas ruas notava que era um homem diferente, mas que poderia ter um novo começo.
Avistou uma loja de roupas masculinas de grife.

"É disto que eu preciso", disse para si mesmo.
- Quero um terno novo!!!, pediu ao vendedor.
O alfaiate, de idade avançada, deu uma olhadela, e falou:
- Vejamos... é um 44 longo.
O cara riu: - é isso mesmo, como é que o senhor soube?- Estou no ramo há mais de 60 anos, respondeu o alfaiate.

Experimentou o terno, que lhe caiu muito bem.
Enquanto se admirava no espelho, o alfaiate perguntou:
- Que tal uma camisa nova?

Ele pensou por alguns instantes:
- Claro!

O alfaiate olhou e disse:
- 34 de manga, e 16 de pescoço.E ele pasmo:
- Mas, é isso mesmo, como pôde adivinhar?
- Estou no ramo há mais de sessenta anos, disse.

Experimentou a camisa e ficou satisfeito.
Enquanto andava pela loja, o alfaiate sugeriu-lhe:
- Que tal uma cueca nova?
- Claro.O alfaiate olhou seus quadris, e lascou:
- Vejamos... Acho que é 36.O cara soltou uma gargalhada:
-
Desta vez, te peguei. Uso o tamanho 34 desde os 18 anos de idade.
O alfaiate sacudiu a cabeça negativamente:
- Você não pode usar 34.
O tamanho 34 pressiona os testículos contra a espinha, e essa pressão deve provocar em você uma dor de cabeça infernal.



QUE MALDADE !...

Um jornalista do Correio Popular descobre que existe um bordel em Brasília, ao qual vão todos os políticos, e decide investigar. 
Fala com a cafetina e pergunta:
- FHC vinha aqui?
- Sim, claro! Dava gosto, um cavalheiro! As melhores meninas, o melhor champanhe, as melhores gorjetas. Cada vez que vinha, era uma festa!
- Guido Mantega vem?
- Sim! Mas não é a mesma coisa. Sempre pede desconto, nunca pede champanhe, nunca está de acordo com a conta, sempre se queixa e nos ameaça com mais impostos.
- Gabeira... também vem?
- Sim, mas não procura meninas e, sim, meninos.
- E a Dilma?
- Bem... essa é o contrário: procura meninas e não meninos.
- E o Lula?
- Também vem, mas esse fica só um pouquinho.. Entra, bebe um copo de cachaça, dá um beijo na mãe e sai...

25 de maio de 2013

Desidratado


Estou ficando desidratado. Não consigo parar de vomitar desde que soube, através dos jornais http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/05/renan-calheiros-assume-presidencia-do-pais-e-despacha-no-planalto.html , que Renan Calh....... já ia escrevendo calhorda, assumiu a presidência do país.

Assim como o Gastão, personagem do Jaguar, sinto ânsias de vômito todas as vezes em que me deparo com situações tão absurdas, tão deprimentes, tão bizarras, tão esdrúxulas, tão repugnantes, tão vexatórias quanto este camarada assumir o posto de comando do país, por alguns segundos que fossem.

Nem em meus piores pesadelos vivi situação tão desconfortável. Por essas e outras é que acho casa vez mais babaquice esta história de patriotismo, de nacionalismo, de viva o Brasil.

Nascer aqui foi uma fatalidade. Não soube ou não tive competência para escapar de meu destino.

Acho que boa pátria é como o bom bairro. Você escolhe onde vai morar, levando em conta fatores locais, como segurança, educação, meio ambiente, vizinhança, enfim, estas coisas que tornam sua vida mais tranquila, mais alegre, mais feliz em suma.

Minha pátria, ou meu bairro, definitivamente, não seria aqui. Mas quis o destino, nesta encarnação, por algum castigo que devo merecer, que eu teria que nascer, viver e – muito provavelmente – morrer neste país.

24 de maio de 2013

Impressões de viajante: Rio Quente Resorts - 1




Por
Carlos Frederico March
(Freddy)







O começo de tudo: RQVC


O autor na piscina do Hotel Turismo (RQ Resorts - Rio Quente/GO)
Porque iniciar uma série de posts focando num único empreendimento? Afinal de contas a região apresenta inúmeras opções para quem quer curtir lazer baseado em fontes de águas quentes. Caldas Novas é um destino por demais conhecido no circuito de águas brasileiro e eu aqui estou, como que fazendo apologia justo de um concorrente, que é o município de Rio Quente, que solicitou (e lhe foi concedida) emancipação de Caldas Novas há alguns anos atrás. 

O motivo é simples. Conheci a então Pousada do Rio Quente em 1993, passei um Reveillon em 1994/5 e em maio de 2000 associei-me ao RQVC - Rio Quente Vacation  Club. É um programa de férias compartilhadas que me concede uma semana anual (ou mais) em várias das unidades hoteleiras do agora Rio Quente Resorts, pagando apenas uma taxa de manutenção e tendo descontos nas principais refeições (café, almoço e jantar). A hospedagem é paga através de débito dos pontos adquiridos e meu título tem validade por 30 anos. 

Sou instado a visitá-lo ao menos uma vez por ano sob pena de ver debitados pontos do programa por  não-uso, além de ter de pagar a taxa de manutenção anual, que é devida tendo o sócio usado ou não o Resort! Vai daí, eu vou ao Rio Quente com certa regularidade e o que não me falta são experiências diversas acumuladas nesses 20 anos (1993 - 2013). 

O autor com integrantes do Grupo 1001 Noites (Semana Árabe em 2011)
Como ponto de partida, informo que o Rio Quente Resorts hoje (ref: maio/2013) conta com diversos hotéis dentro e fora do perímetro do complexo de lazer. 

- Dentro: Pousada, Vacation Villa e Turismo. 
- Dentro mas com acesso exclusivo: Cristal. 
- Fora: Suíte & Flats I, Suíte & Flats III e Giardino. 
- Fora, a 4km do portal: EcoChalés & Camping (não conheço).

Todo empreendimento hoteleiro tem uma vacância natural ao longo do ano. No Rio Quente Resorts, em maio de 2000, informaram-me ser por volta de 22%. Para cobrir, ou minimizar, ou mesmo aproveitar essa vacância, é que foi criado o programa de férias do RQVC.

O título, na versão que foi por mim adquirida, vale para todos os hotéis menos o Pousada (que sendo o mais procurado não foi incluído no programa). Também não vale para o Cristal, que na época nem existia. Hoje há outras versões de título, mas com validade bem menor que 30 anos e preço um tanto salgado. O título VIP é o do Hotel Cristal e custa mais que um bom automóvel. 

Tendo adquirido o título do RQVC, você é instado a se associar ao RCI, que é um consórcio internacional de administração de resorts. Possibilita a você trocar suas semanas e pontos do RQVC por semanas em outros resorts no Brasil e no mundo todo! 

Ficou cansado do Rio Quente? Vá para Floripa, Bahia, Nordeste. Vá para Orlando, Florença, Cidade do Cabo. Há resorts associados espalhados literalmente em cada país interessante de cada continente desse nosso lindo planeta azul.


                            Westgate Leisure Resort (Orlando, Florida-EUA)











Parece uma boa, não? Hmmm... Para começar, a anuidade do RCI não é exatamente barata. Depois, para fazer jus ao intercâmbio você paga a cada troca uma taxa (cara), além de ter de depositar a taxa de manutenção do próprio RQVC. Fica então dependente de ter vaga no resort escolhido, há uma espécie de fila. E, não se esqueça, o que você ganha é a hospedagem, mas terá de bancar aéreo, traslados, alimentação... 

Eu consegui usar bem as facilidades do RCI apenas duas vezes. A primeira delas foi brinde por ter me associado. Ofereceram-me uma semana gratuita, a escolher: Punta del Este, Porto Seguro ou Aquiraz, nos arredores de Fortaleza. Optei pelo Acquaville Resort, na Praia de Porto das Dunas (Aquiraz-CE), a 800m do famoso Beach Park. 

Acquaville Resorts (praia Porto das Dunas, Aquiraz-CE)
A segunda vez foi quando consegui juntar uma promoção da RCI com um intercâmbio e emendei duas semanas no Hotel Casa da Montanha em Gramado, em pleno Natal Luz de 2007 - explico mais adiante.

Em contrapartida, perdi minha reserva para Bariloche em 2008 pois, depois de tudo pago, descobri que não conseguiria chegar lá! Entendam: o RCI não é responsável pelo aéreo e traslados, apenas pela hospedagem. Para azar meu havia um congresso de cardiologia em Buenos Aires justo na semana escolhida. 

Não havia nenhum voo combinado Rio/Buenos Aires/Bariloche que me atendesse com conforto e, por conta do congresso, nenhuma hospedagem disponível para um pernoite sequer em Buenos Aires. A opção que consegui seria passarmos a madrugada em bancos dos aeroportos  Ezeiza ou Aeroparque, entre voos. Não nasci pra isso! Arquei com um prejuízo de quase 1.000 reais... 

Não bastasse, comparando pacotes promocionais de agências avulsas ou pela Internet com essas facilidades de "hospedagem gratuita" via RQVC/RCI (com taxas e mais taxas), descobre-se que financeiramente empata, de maneira que é bem mais simples fazer por fora! 

Dou testemunho de que a tal semana "grátis" que passei com minha família em Aquiraz-CE só se viabilizou porque eu usei milhagens para chegar a Fortaleza. Tivesse eu de arcar com o aéreo a preço praticado naquela oportunidade, não valeria a pena.

Para quem tem plena gerência de seu tempo e disponibilidade financeira, o RCI oferece de vez em quando "semanas de escape". São oportunidades de semanas em resorts mundo afora a preços de banana. Tipo: Aruba mês que vem, em promoção especial com hospedagem, aéreo e traslado? Beleza! Mas quem é que pode bancar um modo de vida desses?   
Divi Village Resorts (Aruba, Caribe)
Em cima disso, dou mais um testemunho: as 2 semanas que passei no Hotel Casa da Montanha foram fruto de um escape a preço promocional que  me foi oferecido por telemarketing do RCI. Só o aceitei depois de garantir um intercâmbio da Pousada com o  Casa da Montanha, dentro das regras do RCI, mas exigindo na negociação a semana subsequente. Tinha vaga, deu tudo certo! 

Hoje, aposentando, eu tenho a tal gerência de meu tempo, mas o ocorrido com a perda da reserva para Bariloche me desencantou. Não sou mais sócio do RCI, ficando pois restrito a usufruir apenas do Rio Quente Resorts, via RQVC.

Fechando essa primeira abordagem: minha grande experiência junto ao Rio Quente Resorts se deve a que eu o venho frequentando na média de uma vez por ano desde 2000. Tenho expectativas de fazê-lo por mais uns 17 anos, tempo de duração de meu título do RQVC, mas procuro amenizar a mesmice convidando pessoas de nosso relacionamento para partilhar a experiência das águas quentes a preços módicos. 

Sim, porque se houver vaga nos hotéis posso reservar mais de uma unidade de cada vez, e o tenho feito sempre que meus parentes e amigos se apresentam como companhia.  

Não, não é tão fácil como pensam: basta colocar no papel os gastos de aéreo e traslado!

Há muitos outros aspectos a abordar, aguardem os textos subsequentes. 

Toboáguas entre a vegetação, no Hot Park

Estações de Pesca Ecológica (tem de devolver o peixe)

Bar 24 horas, no Parque das Fontes (lazer na madrugada)



Crédito de fotos: - Westgate, Acquaville e Divi Village: Google
                         - Demais fotos: acervo do autor

23 de maio de 2013

Duas domésticas


Quando me sentei, no banco logo atrás, elas já conversavam. Não sou muito bom em avaliação de idade, mas aparentavam, certamente, 50 anos. Um pouquinho menos, um pouquinho mais. Mulatas, gordinhas e bem arrumadas.

O que entreouvi, a principio distraidamente, mas em seguida com ouvidos aguçados, foi mais ou menos o seguinte diálogo, a partir do momento em que uma delas doutrinava, com aparente segurança, sobre a diferença entre tempo de serviço e tempo de contribuição.

Deixemos a palavra com as mesmas:

- Na aposentadoria por tempo de serviço, você tem que ter contribuído por 30 anos, isto não mudou. O que mudou foi a idade mínima para se aposentar, que voltou a ser de 55 anos.

- Mas não tem aposentadoria por idade?

-Tem, aí você tem que ter 60 anos e ter contribuído por 15 anos para a previdência.

- Acho que não entendi direito.

- É que para se aposentar por idade você tem que contribuir pelo menos durante 15 anos. Agora, se você vai se aposentar por tempo de serviço aí a exigência é de 30 anos de contribuição.

Devo ter perdido alguma coisa da conversa, porque o que voltei a ouvir dizia respeito a se aposentar ou não.

- Você vai mesmo parar de trabalhar?

- Vou, estou cansada. Trabalho desde os 15 anos. E você?

- Nesta casa estou há 13 anos. Eu vou continuar trabalhando para ganhar mais um dinheirinho.

- Quanto você ganha?

- Hein!?

A outra parecia não querer revelar o salário. Mas houve a insistência:

- Você ganha mais do que o salário?

- Ganho. E você lá?

- Também ganho, mas é por fora. Tem uma parte que é por fora, não está na carteira.

Eram 9:30h  da manhã e o trânsito estava muito ruim. Segue a conversa.

-Que horas tem aí?

- No meu são nove e trinta.

- No meu são nove e trinta e cinco.

- O meu está certo com o da patroa.

- São SÓ 5 minutos de diferença.

Achei graça, intimamente, pela avaliação de que a diferença entre os relógios era de 5 minutos, como se 5 minutos nada representassem. Quando sabemos que 5 minutos podem ser a diferença entre estar vivo ou morto.

Mas as últimas palavras de uma delas, que iria desembarcar do ônibus logo na primeira parada ao entrar na Gavião Peixoto, foram estas:

- Este é o horário que costumo chegar mesmo. Chego e ela ainda está refestelada na cama.

“Ela”, no caso, presumo ser a patroa, por cujo relógio a doméstica acerta o seu. E a empregada do relato disse mesmo refestelada. Juro!

Nota explicativa: não fui conferir na legislação se estão corretas as informações dadas por uma à outra. Se o caso, vá checar.

22 de maio de 2013

Cappuccino caseiro da Wanda



Por
Wanda Carrano
(Mulher do blogueiro)










Você pode comprar o industrializado, a venda nos melhores supermercados. E pode também procurar no Google e encontrará algumas receitas.








Poderá, outrossim, ter uma máquina como a da foto ao lado, e fazer o cappuccino "profissional".
Existem dezenas de marcas e tipos  no mercado.








Todavia, aqui em casa, faço da seguinte maneira:

Ingredientes
1 lata de leite em pó (desnatado se preferir)
4 colheres das de sopa de café solúvel
2 colheres das de sopa de achocolatado 
1 xícara de açúcar (ou adoçante Tal e Qual)
1 colher das de sobremesa (rasa) de bicarbonato
1 colher das de chá, de canela em pó

Modo de preparo
Misture tudo num recipiente, mas misture bem mesmo até ficar uniforme a cor. Guarde num pote, vidro, ou qualquer recipiente fechado hermeticamente.

Modo de tomar

Ferva bem a água necessária e despeje na xícara onde já colocou uma colher das de sopa (cheia) do pó do capuccino. Bata com um mixer de mão (a pilha).






Notas: 
1 - as imagens são do Google.
2 - se não ficar a seu gosto, ajuste a receita da próxima vez, aumentando ou diminuindo, açúcar, achocolatado ou o café em pó.
3 - Se a Nestlé patrocinasse o blog, eu diria que uso o Leite Ninho e o Nescau. Mas na verdade prefiro o Toddy.
4 - com capuccino é possível fazer várias outra iguarias, como rabanada ou cheesecake, por exemplo. Veja em  http://www.mexidodeideias.com.br/index.php/receitas/receitas-com-cappuccino/

21 de maio de 2013

Aos 60, a minha primeira vez !





Por
Paulo March
(Riva)






Sim, pela primeira vez em décadas eu não li uma linha sequer dos jornais de sábado e domingo.



Tenho assinatura do GLOBO apenas para os fins de semana, e sempre leio o Boa Chance, o Caderno de Niterói, Prosa e Verso, Ela, o Segundo Caderno às vezes, as seções de esportes, internacional e as manchetes.



Há alguns meses escrevi aqui no blog uma matéria sobre a compra do meu iPhone, com o título " O iPhone e o vaso sanitário", numa alusão ao fato de não mais levar o jornal para o banheiro, um vício milenar ...... agora só levo o Zepp ( nome do meu iPhone).



Com ele e mais meu netbook, tenho acesso a tudo que gosto de ler, e fico hiper informado em tempo real de tudo que acontece no planeta Terra.



Na 2ª feira caiu a ficha ... percebi que, aos 60 anos de idade, abandonei os jornais .... não cheguei perto, naveguei na web nos 2 dias, e pior, não senti falta deles !



Estou viciado em internet ?


Sim, estou ! Não vivo sem o Twitter. Adoro ver o nosso blog, curto o Facebook da Isa, onde pego carona, converso com um dos meus filhos que mora na Suécia, entro em chats, faço dezenas de pesquisas para minhas viagens, uma loucura total ! Como agora, escrevendo esse texto num ótimo aplicativo para iPhone, chamado Write 2.




E agora ?








Ah, sim .... gostaria de dizer que ainda não abandonei os livros. Não consigo lê-los em formato eletrônico. Gosto de manuseá-los, rabiscar, cheirar, carregar comigo, sempre ! No momento, devorando "As aventuras de Pi".






Isso é muito ruim ?

É um caminho sem volta ? ... acho que sim.



E você ? Está assim também ?




PMarch via iPhone

Notas do Editor:
 1) O post mencionado está em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/10/iphone-and-toilet.html
 2) Imagens pinçadas no Google.