Invertidos os algarismos, vocês me encontrarão aos 37 anos de
idade.
Morando em Ribeirão Preto, numa casa recém-adquirida, construída por um distribuidor de mármore, que
comprava no Espírito Santo, beneficiava e vendia em
Ribeirão.
Em razão disso, a casa tinha duas amplas suítes das quais
tenho a maior saudade até hoje, pois eram lindíssimas: uma verde e uma rosa. Ou
seja, os mármores utilizados, nas paredes e no piso eram rajados de verde num e
tinha veios rosados no outro.
Até a suite de empregada (quarto e banheiro conjugados) que
ficava no alpendre tinha pia em mármore. No outro lado do alpendre ficava a
lavanderia.
Na frente um jardim ainda em formação, pois como mencionei a
casa acabara de ser construída.
Comparada com à casa em que residia anteriormente, lá mesmo
em Ribeirão Preto, era um pouco menor e não tinha a piscina, que embora pequena
permitia aos meus filhos refrescarem-se no verão que lá
em Ribeirão é muito quente. Tanto quanto o de Niterói.
Eu preferia me refrescar no Pinguim, tradicional choperia da
cidade, com fama em toda a região da Mogiana. Era inigualável. Quem conheceu
(ao tempo em que só havia uma) sabe do
que estou falando.
Aos domingos passeávamos nas cidades próximas, ou não tão próximas
mas as quais era possível ir e voltar no mesmo dia sem grande cansaço. Como
Pirassununga, onde depois de banharmos as minhocas (tentando pescar) íamos almoçar num
restaurante à beira do rio que dá nome a cidade.
E tinha a sede campestre da Sociedade Recreativa, onde íamos
vez ou outra como convidados, eis que ainda não adquirira o título societário,
em fase de negociação.
E tinha as calçadas
onde os meninos andavam de bicicleta e jogavam bola, tendo uma infância como a
que tive, de pés descalços e exposição ao sol. Ou seja, ar livre.
A Cava do Bosque, parque da cidade, com pequeno zoológico,
bar e restaurante, era uma alternativa
válida para um ou outro domingo.
Não tinha cabelos brancos, ou, se já os tinha, eram tão
poucos e ficavam tão escondidos que não se percebia.
Hoje, dobrando (quase) de idade, pois estou completando 73 e
contava 37 nesta época relatada, olho
para trás e vejo que valeu a pena. Aliás tudo vale a pena se a alma não é
pequena, não é? Com a devida licença,
ora pedida ao Fernando Pessoa.
Parabéns p'ra você, nesta data querida, etc, etc...
ResponderExcluirAbraço
Parabéns, Carrano.
ResponderExcluirQue você tenha ainda pela frente muitos anos com saúde e força para curtir a vida.
Abraços
Freddy
Obrigado, Amigos!
ResponderExcluirAMÉM!!!
Detalhe : as calças "bocas de sino" hehehe ....pelas contas deve ser 1977, ou 76, pois elas foram usadas por uns 12 anos, desde a década de 60.
ResponderExcluirAntes do "meu parabéns", 2 registros:
- em 1977 foi o ano do meu casamento, também com um terno modelito "boca de sino". Acho que foi a última vez que cortei meu cabelo curto ! rsrsrs
- aos 37 anos, em 89, já tinha meus 3 filhos e já morava há 7 anos aqui na Otavio Carneiro.
Uma das coisas que me recordo nessa idade é que comecei a jogar tênis, infelizmente muito tardiamente. Apesar de rapidamente aprender, treinar muito, e jogar relativamente bem, não conseguia mais enfrentar jogadores jovens. Não convencido disso, caí na besteira de participar de um torneio no IPC, em Icaraí, achando que poderia competir em igualdade de condições com os caras.
Arquibancada cheia, a raquete pesou 300 kilos, e levei 2 pneus ( perdi os 2 sets de 6x0) !!
Lembro que até não joguei mal , mas o cara brincou comigo o jogo inteiro, esperando meus erros, que aconteceram em profusão rsrsrs. Nunca mais participei de um torneio, e acabei abandonando o tênis alguns anos depois, com bursite no ombro direito.
Apenas recordações, sempre boas de qqer maneira ... aprendizado constante.
Meu amigo, chega de lero-lero ... Parabéns !! ... que o Cara Lá de Cima continue iluminando seu caminho com muita energia, saúde, e muitas alegrias em família e com os amigos.
Tim Tim !!!!
Riva & Isa
Tim Tim!!!
ResponderExcluirObrigado ao casal.
Pois é, Riva, ter o que lembrar e contar, significa passar pela vida e viver. Ou, no dizer de Francisco Octaviano:
"Quem passou a vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu."
Abraço forte.