28 de janeiro de 2012

Etta James e Johnny Otis

Duas perdas no mundo musical, em especial nos gêneros blues e rhythm and blues.
Faleceram Etta James e Johnny Otis. Etta no dia 20 último e o Johnny três dias antes, ou seja, em 17 de janeiro.
A coincidência é que Otis foi o descobridor e incentivador da ótima cantora de blues. Etta é bem mais conhecida, penso eu, do que o cantor, além de baterista, pianista, vibrafonista, líder de banda, empresário e produtor musical, que além de lhe propiciar as oportunidades, foi o responsável por seu batismo como Etta James, no mundo artístico. Foi ele quem achou que a inversão das silabas do nome constante de sua certidão de nascimento - Jamesetta - resultaria em melhor sonoridade. E funcionou.
Etta James está longe de ser minha cantora preferida, até porque não tenho uma preferida como já expliquei reiteradas vezes.
Várias delas têm seus momentos de grades performances, de emoção e técnica vocal.
Alinho Etta entre as, digamos, 10 melhores da área do jazz e adjacências (gospel, blues, R&B). Parece pouco figurar entre as 10, mas não é, se considerarmos o enorme elenco de cantoras norte-americanas e até de outras nacionalidades que abraçaram o jazz e o blues como seus gêneros interpretativos.
Para não parecer vago demais, vá lá que seja, eu a incluiria entre as 5 que mais mexem com meus sentimentos, com minha sensibilidade, com minha emoção. As outras seriam Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Sara Vaughan e Nina Simone.
Já o Johnny Otis poderia ser colocado, em importância como arranjador, líder de banda, músico e produtor musical, no mesmo nível do Quincy Jones.
Tenho algumas gravações da Etta James, muito boas, inclusive cantando gospel, que foi como ela começou, aos 5 anos de idade, na escola Echoes of Eden da Igreja Batista de St. Paul, em Los Angeles.

Lady Day
Mas como sugestão para os não iniciados, indicaria o álbum ‘Mystery Lady”, através do qual ela prestou uma homenagem a grande “Lady Day”, como ficou conhecida Billie Holiday.

Algumas interpretações são comoventes. É preciso ouvir e deixar-se possuir. A música entra pelos poros.

6 comentários:

  1. Há quem não goste de jazz, ou mesmo blues.
    Para estes sugiro 3 diferentes canções, românticas, nas vozes de 3 diferentes cantoras entre as citadas, com 3 diferentes estilos e registros vocais, que têm em comum o sentimento colocado na interpretação, na pronúncia de cada silaba.Os endereços estão abaixo:
    http://www.youtube.com/watch?v=1HupN_svBmQ

    http://www.youtube.com/watch?v=0Q7w7gk1JhQ&feature=related

    http://www.youtube.com/watch?v=noSDr0er-kM

    Esqueçam as imagens. Apenas ouçam.

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  2. Estou ouvindo Get out of town, com Ella Fitzgerald, enquanto escrevo.
    Bela interpretação. Interessante que esta música não é muito divulgada.
    Quem dera pudessemos só falar de coisas amenas, música e poesia.
    Bom final de semana

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  3. Obrigado, Gusmão.
    Para você e Berenice também.

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  4. Quanto a Ella Fitzgerald, realmente esta canção não está entre as mais badaladas da grande intérprete do cancioneiro americano.
    Abraço

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  5. Seja bem-vindo, Igor.
    Obrigado pela visita.
    Relevo o exagero do "adorando", dou um desconto e credito a sua generosidade.
    Visitarei, sim, o seu blog.
    Abraço

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  6. Morreu hoje uma das lendas do blues: B.B.King

    Leiam em
    http://g1.globo.com/musica/noticia/2015/05/morre-aos-89-anos-bb-king-o-rei-do-blues.html

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