Assisti Nine, de Rob Marshall. O filme é baseado em um musical da Broadway, que por sua vez é inspirado no clássico filme 8 ½, do diretor italiano Federico Fellini. Se não me falha a memória, 8 ½ é um filme quase autobiográfico do Fellini.
Rob Marshall foi o mesmo diretor de Chicago, também um musical.
Nine tem no elenco lindas mulheres, tais como Penélope Cruz, Nicole Kidman, Kate Hudson e trás de volta às telas a ainda bela - embora seu rosto revele sua idade - e grande estrela do cinema dos anos 50, Sophia Loren.
Embora o gênero não seja muito de meu agrado, o filme me agradou. Gostei de ver explicitada a hipocrisia da igreja católica, a desmitificação (de mítica) de diretores de cinema, as relações interpessoais nos bastidores de produção e conflitos existenciais.
Aquela história de uma idéia na cabeça e uma câmera não mão é tangenciada neste filme, embora no caso do Guido Contini, que vem a ser o diretor do filme dentro do filme, que se chamaria “Itália”, e é interpretado pelo Daniel Day-Lewis, não tenha nem mesmo uma idéia na cabeça.
Mas Roma está presente, com lambretas (vespas), Coliseu, etc., e outras pequenas cidades italianas.
E a Itália, vamos combinar, é um país de muitos encantos. Dou nota 7 para o filme. E 10 para Penélope Cruz, que nem exibe o que realmente tem de melhor, e para a Itália.
- x –
Quero assistir Invictus, do Clint Eastwood, que é ator, cineasta, produtor, compositor e não sei o que mais, na área cinematográfica.
A julgar pelos seus últimos filmes, a direção do Cint é uma garantia de bons resultados.
Nunca imaginei que o Inspetor 'Dirty' Harry Callahan, ou o cowboy dos westerns spaghetti de Sergio Leone, pudesse se transformar num diretor sensível capaz de realizar obras como As pontes de Madison, Gran Torino, Menina de Ouro, Cartas de Iwo Jima e, principalmente Bird, no qual conta um pouco da história do grande Charlie "Bird" Parker, considerado um dos mais importantes músicos de jazz.
- x –
Atualmente nem pestanejo quando entram em exibição filmes do Clint Eastwood ou do Woody Allen. Não tenho me arrependido, embora Barcelona seja um filme comercial (e outros virão por aí). Mas bem realizado. Tal qual o Clint, também o Allen é ator, diretor e produtor. E bom músico.
Nesta linha, de ator, diretor e compositor de trilhas, só mesmo, que eu saiba, o Charles Chaplin. Estou falando de gente do primeiro time. Top de linha.
30 de janeiro de 2010
29 de janeiro de 2010
Atualidades XIII
Gosto de escrever, embora prefira ler. E também gosto de emitir opinião sobre as coisas que me incomodam ou me agradam. Por isso, somando as duas coisas, desde há muito envio cartas para as seções a isto destinadas em vários periódicos (O Fluminense, O Globo, Jornal do Brasil, revista Veja, jornal da OAB, etc).
Já mantive coluna, que depois se transformou numa página semanal, no Niterói Notícias, hebdomadário editado por Hermes Santos.
Nesta coluna, que contava com o suporte luxuoso de ser ilustrada pelo Carias, publicada entre julho de 1999 e maio de 2000, bem assim nas cartas para os veículos de comunicação, eu tratava exatamente dos mesmos assuntos que agora abordo neste blog. Um ou outro tema é novo aqui. Sabem o que me espanta? Nada mudou. Melhor dizendo, mudou para pior. A infestação de camelôs nas ruas, as mazelas do Judiciário, a criminalidade crescente, a impunidade como regra, etc.
Isto significa que as minhas teses estavam, como estão, equivocadas. Estou fora da realidade, pois tudo isto tem que ser encarado com naturalidade. Os Arrudas estão cada vez mais “caras de pau”, negando a evidência de imagens (que segundo os experts valem mais do que palavras) e verifica-se que Maluf fez escola. Nem o presidente vê ou sabe das coisas. Mas assina o que lhe é colocado na mesa. O Ruy, se vivo fosse, reeditaria seu célebre discurso: “De tanto ver prosperar as nulidades...”
No Judiciário, pelo que se tem notícia, a raposa foi nomeada para tomar conta do galinheiro (com todo respeito às galinhas) e então o Desembargador Corregedor, que teria a missão de controlar os atos e desvios de conduta dos magistrados e serventuários de justiça, está envolvido em maracutaias e falcatruas.
- X –
Ótima notícia. Zico se propõe a ajudar o Flamengo. Ôba!!! Como vascaíno acho que será uma ótima contribuição do “Galinho” para nossa meta de superar as conquistas do rubro-negro.
Lembro com saudades do período entre 1948 e 1952, época em optei por torcer pelo Vasco, quando a gente não perdia para o Flamengo. Foram sete anos. Sete anos, repito, sem derrota para “eles”
Quem sabe com Zico lá iniciamos uma nova era.
- X -
Leiam o post anterior. Nele há um link para um sitio que vale a pena visitar, principalmente se você é empresário ou profissional liberal.
Já mantive coluna, que depois se transformou numa página semanal, no Niterói Notícias, hebdomadário editado por Hermes Santos.
Nesta coluna, que contava com o suporte luxuoso de ser ilustrada pelo Carias, publicada entre julho de 1999 e maio de 2000, bem assim nas cartas para os veículos de comunicação, eu tratava exatamente dos mesmos assuntos que agora abordo neste blog. Um ou outro tema é novo aqui. Sabem o que me espanta? Nada mudou. Melhor dizendo, mudou para pior. A infestação de camelôs nas ruas, as mazelas do Judiciário, a criminalidade crescente, a impunidade como regra, etc.
Isto significa que as minhas teses estavam, como estão, equivocadas. Estou fora da realidade, pois tudo isto tem que ser encarado com naturalidade. Os Arrudas estão cada vez mais “caras de pau”, negando a evidência de imagens (que segundo os experts valem mais do que palavras) e verifica-se que Maluf fez escola. Nem o presidente vê ou sabe das coisas. Mas assina o que lhe é colocado na mesa. O Ruy, se vivo fosse, reeditaria seu célebre discurso: “De tanto ver prosperar as nulidades...”
No Judiciário, pelo que se tem notícia, a raposa foi nomeada para tomar conta do galinheiro (com todo respeito às galinhas) e então o Desembargador Corregedor, que teria a missão de controlar os atos e desvios de conduta dos magistrados e serventuários de justiça, está envolvido em maracutaias e falcatruas.
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Ótima notícia. Zico se propõe a ajudar o Flamengo. Ôba!!! Como vascaíno acho que será uma ótima contribuição do “Galinho” para nossa meta de superar as conquistas do rubro-negro.
Lembro com saudades do período entre 1948 e 1952, época em optei por torcer pelo Vasco, quando a gente não perdia para o Flamengo. Foram sete anos. Sete anos, repito, sem derrota para “eles”
Quem sabe com Zico lá iniciamos uma nova era.
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Leiam o post anterior. Nele há um link para um sitio que vale a pena visitar, principalmente se você é empresário ou profissional liberal.
Comunicação Social
Tenho um filho formado em Comunicação Social, bem sucedido profissionalmente. Porque competente. E duas noras com a mesma formação (sorry periferia)*.
Este filho é sócio majoritário e presidente de uma firma de comunicação interativa. Aproveito o ensejo, antes de entrar no cerne deste post, para convida-los a uma visita em http://www.tauvirtual.com.br/ mesmo que seja só por curiosidade (feito o merchandising!).Basta clicar.
Este filho, que carrega a cruz que lhe impus de ter o mesmo nome, lendo meu blog, resolveu fazer uma sugestão.
Para ele, que volto a dizer é do ramo, esta minha mania de colocar alhos e bugalhos num mesmo post chamando-o de atualidades, é uma prática inadequada. E ofereceu sua argumentação técnica, preciosa e gratuita (ele mesmo grafou rsrsrs), que não dá para questionar.
Só para encerrar, durante muito tempo eu tive esta mania de comentar vários assuntos numa só mensagem. Escrevia e-mail para filhos e noras, sob os título de “secos e molhados”, “trivial variado” e que tais, contando novidades, informando, etc. Era quase um cliping. Agora, com o blog, suspendi esta prática.
* este "sorry periferia", era utilizado por Ibrahim Sued em sua coluna. Para quem não sabe, foi um dos mais destacados colunistas sociais. Criou outras expressões, mais ou menos utilizadas, como por exemplo "cavalo não desce escada".
Este filho é sócio majoritário e presidente de uma firma de comunicação interativa. Aproveito o ensejo, antes de entrar no cerne deste post, para convida-los a uma visita em http://www.tauvirtual.com.br/ mesmo que seja só por curiosidade (feito o merchandising!).Basta clicar.
Este filho, que carrega a cruz que lhe impus de ter o mesmo nome, lendo meu blog, resolveu fazer uma sugestão.
Para ele, que volto a dizer é do ramo, esta minha mania de colocar alhos e bugalhos num mesmo post chamando-o de atualidades, é uma prática inadequada. E ofereceu sua argumentação técnica, preciosa e gratuita (ele mesmo grafou rsrsrs), que não dá para questionar.
Assim sendo, vou me preparar para, a partir de abril, fazer entradas diferentes, de sorte a agradar aos poucos e fiéis leitores e, quem sabe, ampliar o número de pessoas interessadas nestas mal traçadas.
Até lá, continuarei comentando o que me der na telha, analisando fatos no momento em que estão ocorrendo, dando dicas sobre variados assuntos (o blog se intitula generalidades) e criticando os mesmos personagens, até que outros assumam a berlinda.
Só para encerrar, durante muito tempo eu tive esta mania de comentar vários assuntos numa só mensagem. Escrevia e-mail para filhos e noras, sob os título de “secos e molhados”, “trivial variado” e que tais, contando novidades, informando, etc. Era quase um cliping. Agora, com o blog, suspendi esta prática.
* este "sorry periferia", era utilizado por Ibrahim Sued em sua coluna. Para quem não sabe, foi um dos mais destacados colunistas sociais. Criou outras expressões, mais ou menos utilizadas, como por exemplo "cavalo não desce escada".
25 de janeiro de 2010
Atualidades XII
Está sendo lançado no Brasil (não comprei, ainda), um CD duplo que reúne dois dos maiores pianistas de jazz. O encontro dos dois aconteceu em 1993, num daqueles famosos festivais que são realizados em pequenas cidades no sul da França, neste caso chamada Marciac.
Bem, isto eu li no material de divulgação de lançamento do CD, editado aqui pela Biscoito Fino.
Abro parênteses para comentar que os franceses são tarados por jazz e estes festivais que eles realizam com muita frequência em várias cidades, principalmente do sul, reúnem feras do gênero. No passado eram mais feras, mas isto já é outra história.
O que posso acrescentar é que tenho CDs dos dois. Em formação rítmica básica. Eles ao piano, claro, e com baixistas e bateristas que formavam seus trios.
Outra coisa que posso acrescentar, é que ambos foram diretores musicais e pianistas de ninguém menos do que Ella Fitzgerald. O Hank Jones, que ainda é vivo, pelo que sei (mais de 90 anos), no período compreendido entre 1948 e 1953. Anos mais tarde, entre 1968 e 1978, o Tommy Flanagan (já falecido) assumiu este papel.
Claro que tenho CDs da Ella com os dois ao piano, em momentos distintos. Embora ache que o Oscar Peterson foi o que melhor pontuou, floreou delicada e sutilmente, ao piano, em algumas interpretações da grande cantora.
O Hank teve dois irmãos músicos de jazz, igualmente virtuosos. Thad, trompetista e Elvin, baterista, esteve no Brasil com seu próprio trio.
- x –
Em Búzios - salve Brigitte Bardot, lembram? - duas cadeiras e guarda-sol estão saindo por 25 reais. Bota mais 5 da água de coco, são mais 10. Estou supondo que você está acompanhado, dai duas cadeiras.
Parece que além do prestígio de que a cidade já desfruta há muito tempo (os argentinos ajudaram na divulgação), tem uma novela da TV Globo parcialmente ambientada lá.
- x –
O Supremo Tribunal Federal decidiu pela extradição de um uruguaio que agiu como repressor de militantes de esquerda contrários a governos militares na Argentina e no Uruguai. Chama-se Manuel Cordero.
Já o caso Battisti, terrorista assassino, porque militante de esquerda, dependerá da decisão do presidente Lula.
O vento sopra numa só direção neste governo que reza, nas sombras, à sorrelfa, pela cartilha bolchevique.
Mas o STF facilitou as coisas, com a esdrúxula e ambígua decisão, provocada pelos ministros Eros e Marco Aurélio.
24 de janeiro de 2010
Atualidades XI
Guardo na memória cenas impressionantes exibidas na TV. A mais recente foi a colisão do avião com uma das torres gemeas no World Trade Center, em NY; o anônimo chinês que enfrentou os tanques, na praça da Paz Celestial é outra; há mais tempo, a chegada e a primeira caminhada dos astronautas na lua; a atleta maratonista que chegou trôpega na linha de chegada.
Enfim, outras marcantes imagens povoam nossa memória, ora como chocantes, deprimentes, ora como fantásticas, incríveis.
A cena exibida no noticiário de TV, em 21de janeiro, foi comovente. Em meio aos escombros no Haiti, foi retirado com vida, após oito dias soterrado, um menino de sete anos.
Claro que os presentes, fossem os socorristas, fossem os curiosos que acompanhavam o resgate, aplaudiram o menino no colo do homem que o retirou debaixo dos blocos de concreto. Diante dos aplausos, que fez o menino desidratado, faminto: abriu os braços e um largo sorriso, como fazem os artistas em resposta aos aplausos do público. Foi lindo e comovente.
- x –
Embora sem grande divulgação (vi apenas uma pequena nota na imprensa), consta que o ministro Eros Grau pretende antecipar sua aposentadoria.
Seria ótimo. Parafraseando alguém que já não lembro, se for verdade, esta aposentadoria “preencheria uma lacuna na mais alta corte”.
- x –
Em face do aparelhamento do Estado, das empresas públicas e dos fundos de pensão de estatais, com preenchimento de vagas estratégicas com petistas, ex-dirigentes sindicais ligados a CUT et caterva, ocorre –me uma velha piada, dos tempos dos governos militares, que reciclo com mudança de personagens, claro:
Passeando pelos jardins internos do convento, uma freira pergunta a outra se ela sabe quem será designada Madre Superiora. A indagada responde que não, não sabe, mas o boato é que será uma ex-integrante de movimento de inspiração trotskista, ligada a ministra Dilma Rousseff, no Comando de Libertação Nacional.
- x -
Eu tinha programado dar uma trégua e parar de falar por algum tempo do ministro Nelson Jobim. Afinal vocês estão cansados de saber o que penso dele. Mas ele não deixa, por causa de seu “multilateralismo laringológico” (licença Elio Gaspari).
O fato que deu origem ao ácido e oportuno comentário do jornalista, foi uma entrevista do ministro da Defesa, ao chegar do Haiti menos de três dias após o terremoto. Vejam as palavras dele: “Desaparecido é o termo ténico para corpos não encontrados. Evidentemente que neste momento a palavra desaparecido funciona como um eufemismo”.
Eu assisti esta entrevista, na qual o posudo ministro insinuou que quem não havia ainda aparecido estaria morto.
Condenou à morte mais de cem pessoas que foram retiradas dos escombros na capital haitiana após a citada entrevista.
Não vá o sapateiro além das sandálias, ou “ne sutor ultra crepidam”*
Felizmente as palavras de Nelsom Jobim são apenas words, words, words...
* consta que solicitado a dar as características de uma sandália calçada por Alexander Magno, numa tela pintada por Apeles, um sapateiro começou a criticar os demais elementos do quadro do retratista oficial do general conquistador. Essas palavras foram a reação do pintor, apud Plínio, o Velho, em uma de suas obras sobre história.
Bem, Apeles era grego. Possivelmente suas palavras foram proferidas em grego e não em latim, como no texto. Ou não!
Enfim, outras marcantes imagens povoam nossa memória, ora como chocantes, deprimentes, ora como fantásticas, incríveis.
A cena exibida no noticiário de TV, em 21de janeiro, foi comovente. Em meio aos escombros no Haiti, foi retirado com vida, após oito dias soterrado, um menino de sete anos.
Claro que os presentes, fossem os socorristas, fossem os curiosos que acompanhavam o resgate, aplaudiram o menino no colo do homem que o retirou debaixo dos blocos de concreto. Diante dos aplausos, que fez o menino desidratado, faminto: abriu os braços e um largo sorriso, como fazem os artistas em resposta aos aplausos do público. Foi lindo e comovente.
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Embora sem grande divulgação (vi apenas uma pequena nota na imprensa), consta que o ministro Eros Grau pretende antecipar sua aposentadoria.
Seria ótimo. Parafraseando alguém que já não lembro, se for verdade, esta aposentadoria “preencheria uma lacuna na mais alta corte”.
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Em face do aparelhamento do Estado, das empresas públicas e dos fundos de pensão de estatais, com preenchimento de vagas estratégicas com petistas, ex-dirigentes sindicais ligados a CUT et caterva, ocorre –me uma velha piada, dos tempos dos governos militares, que reciclo com mudança de personagens, claro:
Passeando pelos jardins internos do convento, uma freira pergunta a outra se ela sabe quem será designada Madre Superiora. A indagada responde que não, não sabe, mas o boato é que será uma ex-integrante de movimento de inspiração trotskista, ligada a ministra Dilma Rousseff, no Comando de Libertação Nacional.
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Eu tinha programado dar uma trégua e parar de falar por algum tempo do ministro Nelson Jobim. Afinal vocês estão cansados de saber o que penso dele. Mas ele não deixa, por causa de seu “multilateralismo laringológico” (licença Elio Gaspari).
O fato que deu origem ao ácido e oportuno comentário do jornalista, foi uma entrevista do ministro da Defesa, ao chegar do Haiti menos de três dias após o terremoto. Vejam as palavras dele: “Desaparecido é o termo ténico para corpos não encontrados. Evidentemente que neste momento a palavra desaparecido funciona como um eufemismo”.
Eu assisti esta entrevista, na qual o posudo ministro insinuou que quem não havia ainda aparecido estaria morto.
Condenou à morte mais de cem pessoas que foram retiradas dos escombros na capital haitiana após a citada entrevista.
Não vá o sapateiro além das sandálias, ou “ne sutor ultra crepidam”*
Felizmente as palavras de Nelsom Jobim são apenas words, words, words...
* consta que solicitado a dar as características de uma sandália calçada por Alexander Magno, numa tela pintada por Apeles, um sapateiro começou a criticar os demais elementos do quadro do retratista oficial do general conquistador. Essas palavras foram a reação do pintor, apud Plínio, o Velho, em uma de suas obras sobre história.
Bem, Apeles era grego. Possivelmente suas palavras foram proferidas em grego e não em latim, como no texto. Ou não!
22 de janeiro de 2010
Catástrofes naturais e as visões de Voltaire e Rousseau
O fato é histórico, e existem milhares de registros a respeito. Os personagens são reais, e é notória a desavença filosófica e religiosa entre os mesmos. Existem mesmo teses, estudos, criticas literárias e livros a respeito.
Estou falando do terremoto em Lisboa, ocorrido em 1775; e do literato - também filósofo - Voltaire, e do filósofo - também homem de letras - Rousseau. Ou, para os detalhistas, François-Marie Arouet (mais conhecido como Voltaire) e Jean-Jacques Rousseau.
Acho que em comum eles só tinham o hifen compondo seus nomes.
Mas vamos ao porque desta digressão. Como os fatos são históricos e a polêmica ideológica causada, principalmente, a partir do poema de Voltaire sobre o episódio do terremoto em Lisboa (publico ao final), entre ele e Rousseau ser fato conhecido, pode ter havido uma mera coincidência. E até acredito que foi mesmo o que aconteceu, eis que estamos tratando de dois homens letrados, cultos e eruditos, quais sejam Zuenir Ventura* e Inácio Strieder**.
O fato, todavia, é que entre as matérias assinadas por ambos, existem abordagens muito semelhantes em conteúdo, embora discrepem um pouco na forma e na síntese.
Eu, de minha parte, que recentemente lí o Caim, do José Saramago, acrescento que Voltaire conseguiu um grande aliado na responsabilização de Deus por eventos naturais deste porte.
Pela boca de Caim, Saramago cobra de Deus porque no castigo a Sodoma e Gomorra, ele não perdoou sequer as criancinhas.
Voltaiare, por seu turno, questionou porque foi escolhida Lisboa e não Paris ou Londres, muito mais pecaminosas. E fala também das crianças.
Recentemente um líder evangélico de nome Pat Robertson (nunca ouvira falar dele), disse que a tragédia no Haiti deve-se a pacto feito pelos haitianos com o demônio, em 1804, para expulsar os franceses.
Eu continuo achando que nem deus nem o diabo, aqui na terra (que gira em torno) do sol, têm culpa em cartório nestas questões climáticas. Há uma força, chamada natureza, que tem leis próprias e que jamais será domada.
Trecho livremente traduzido, obtido na rede, do poema de Voltaire:
“Poème sur le désastre de Lisbonne”
«Ó infelizes mortais!
Ó deplorável terra!
Ó agregado horrendo que a todos os mortais encerra!
Exercício eterno que inúteis dores mantém!
Filósofos iludidos que bradais "Tudo está bem";
Acorrei, contemplai estas ruínas malfadadas,
Escombros, despojos, cinzas desgraçadas,
Estas mulheres e crianças amontoadas
Estes membros dispersos sob mármores quebrados
Cem mil desafortunados que a terra devora
(...)
Direis vós, perante tal amontoado de vítimas:
"Deus vingou-se, a morte é o preço dos seus crimes" ?
Que crime, que falta cometeram estas crianças
Sobre o seio materno esmagadas e sangrando?
Lisboa, que já não é, teve ela mais vícios
Que Londres ou Paris, mergulhadas em delícias?
Lisboa em ruínas, e dança-se em Paris.»
(...)
* Em O Globo, edição de 20.01.2010
** No blog Recanto das Letras, em 13.01.2010
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/2027944
Estou falando do terremoto em Lisboa, ocorrido em 1775; e do literato - também filósofo - Voltaire, e do filósofo - também homem de letras - Rousseau. Ou, para os detalhistas, François-Marie Arouet (mais conhecido como Voltaire) e Jean-Jacques Rousseau.
Acho que em comum eles só tinham o hifen compondo seus nomes.
Mas vamos ao porque desta digressão. Como os fatos são históricos e a polêmica ideológica causada, principalmente, a partir do poema de Voltaire sobre o episódio do terremoto em Lisboa (publico ao final), entre ele e Rousseau ser fato conhecido, pode ter havido uma mera coincidência. E até acredito que foi mesmo o que aconteceu, eis que estamos tratando de dois homens letrados, cultos e eruditos, quais sejam Zuenir Ventura* e Inácio Strieder**.
O fato, todavia, é que entre as matérias assinadas por ambos, existem abordagens muito semelhantes em conteúdo, embora discrepem um pouco na forma e na síntese.
Eu, de minha parte, que recentemente lí o Caim, do José Saramago, acrescento que Voltaire conseguiu um grande aliado na responsabilização de Deus por eventos naturais deste porte.
Pela boca de Caim, Saramago cobra de Deus porque no castigo a Sodoma e Gomorra, ele não perdoou sequer as criancinhas.
Voltaiare, por seu turno, questionou porque foi escolhida Lisboa e não Paris ou Londres, muito mais pecaminosas. E fala também das crianças.
Recentemente um líder evangélico de nome Pat Robertson (nunca ouvira falar dele), disse que a tragédia no Haiti deve-se a pacto feito pelos haitianos com o demônio, em 1804, para expulsar os franceses.
Eu continuo achando que nem deus nem o diabo, aqui na terra (que gira em torno) do sol, têm culpa em cartório nestas questões climáticas. Há uma força, chamada natureza, que tem leis próprias e que jamais será domada.
Trecho livremente traduzido, obtido na rede, do poema de Voltaire:
“Poème sur le désastre de Lisbonne”
«Ó infelizes mortais!
Ó deplorável terra!
Ó agregado horrendo que a todos os mortais encerra!
Exercício eterno que inúteis dores mantém!
Filósofos iludidos que bradais "Tudo está bem";
Acorrei, contemplai estas ruínas malfadadas,
Escombros, despojos, cinzas desgraçadas,
Estas mulheres e crianças amontoadas
Estes membros dispersos sob mármores quebrados
Cem mil desafortunados que a terra devora
(...)
Direis vós, perante tal amontoado de vítimas:
"Deus vingou-se, a morte é o preço dos seus crimes" ?
Que crime, que falta cometeram estas crianças
Sobre o seio materno esmagadas e sangrando?
Lisboa, que já não é, teve ela mais vícios
Que Londres ou Paris, mergulhadas em delícias?
Lisboa em ruínas, e dança-se em Paris.»
(...)
* Em O Globo, edição de 20.01.2010
** No blog Recanto das Letras, em 13.01.2010
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/2027944
Doações para o Haiti
Todos temos visto as imagens da devastação. E temos acompanhado as condições de vida dos haitianos, que já não eram boas antes do terremoto.
Acho que quem pode um pouco, e sempre se pode, deve contribuir.
Abaixo, segundo apurei na rede, as maneiras de fazer doações em dinheiro.
Segundo o Banco do Brasil, podem ser feitos depósitos ou transferências de qualquer banco e até mesmo de fora do Brasil para a conta corrente.
Nome: Embaixada da República do Haiti
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1606-3
CC: 91000-7
CNPJ: 04170237/0001-71
Outrossim, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) também recebe doações. Para doar ao CICV, use a conta corrente abaixo:
Nome: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Banco: HSBC
Agência: 1276
CC: 14526-84
CNPJ: 04359688/0001-51
Acho que quem pode um pouco, e sempre se pode, deve contribuir.
Abaixo, segundo apurei na rede, as maneiras de fazer doações em dinheiro.
Segundo o Banco do Brasil, podem ser feitos depósitos ou transferências de qualquer banco e até mesmo de fora do Brasil para a conta corrente.
Nome: Embaixada da República do Haiti
Banco: Banco do Brasil
Agência: 1606-3
CC: 91000-7
CNPJ: 04170237/0001-71
Outrossim, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) também recebe doações. Para doar ao CICV, use a conta corrente abaixo:
Nome: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Banco: HSBC
Agência: 1276
CC: 14526-84
CNPJ: 04359688/0001-51
21 de janeiro de 2010
Atualidades X
Não é verdade que eu apenas reproduzo aqui as notícias veiculadas pela imprensa. É inegável que eu comento as notícias dos jornais. Mas não é menos verdade que eu me coloco em relação a elas. Vejam, por exemplo, no post anterior, que ao mesmo tempo em que falei do boulevard na Rua 13 de maio, aplaudi a idéia. No caso do cão vira-lata, ficou clara minha posição contrária ao aprendiz de caudilho.
Basta prestar atenção, e ficará claro que sempre manifesto minha opinião. Se ela tem peso, influência ou interessa a alguém, aí já é outra história.
- x –
Faltam, ainda, alguns meses para o início da Copa do Mundo. Mas já tenho meus favoritos: Brasil, se passar pela fase de grupos; Inglaterra e Espanha. Tenho por dito.
- x –
Quem esperava que votando no Lula teríamos uma política econômica diferente da adotada pela equipe de Fernando Henrique, estrepou-se. Os dois mandatos revelaram o ledo engano.
O que poucos perceberam naquela época, e espero que agora estejam mais bem informados, é que no que concerne às políticas econômica e tributária, não há nada mais diferente do que as visões de Serra e Fernando Henrique e, por extensão, Lula.
Serra foi sabotado pelo FH. Dou um doce para quem disser onde viu, em Niterói, um galhaderte, um cartaz, uma faixa, na campanha do Serra em 2002.
Olha gente, trabalhei com empresários em São Paulo, na época em que o Serra foi ministro da saúde. O empresariado temia as políticas que ele pregava. Principalmente os dos setores químico/farmacêutico e os banqueiros. Lembrem da quebra de patentes de produtos oncológicos e contra o HIV, lançamento dos genéricos, e outras coisas mais ou menos relevantes. A farra dos juros já teria tido um fim, pelo que se conhece da corrente econômica que ele abraça.
Serra també foi cassado, também foi exilado, também militou nos movimetos estudantis. Mas tem uma diferença: não pegou em armas.
O Brasil cresceu no governo Lula? Como negar. Mas poderia ter crescido mais. No ritmo da Índia e da China. Ou mais.
Teremos outra chance. Não vamos desperdiçar, combinado?
- x –
Gosto do verão. As pessoas mais próximas, sabem que a presença do sol (é claro que ele sempre está lá no lugar dele) no céu, brilhando, é fundamental para meu humor, minha disposição, meu astral. É o meu dínamo.
Mas convenhamos que é inumana a forma como ele tem aparecido nos últimos dez dias.
Que verão é este!!!
E quanta chuva nas regiões sul, sudeste e centro-oeste.
Basta prestar atenção, e ficará claro que sempre manifesto minha opinião. Se ela tem peso, influência ou interessa a alguém, aí já é outra história.
- x –
Faltam, ainda, alguns meses para o início da Copa do Mundo. Mas já tenho meus favoritos: Brasil, se passar pela fase de grupos; Inglaterra e Espanha. Tenho por dito.
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Quem esperava que votando no Lula teríamos uma política econômica diferente da adotada pela equipe de Fernando Henrique, estrepou-se. Os dois mandatos revelaram o ledo engano.
O que poucos perceberam naquela época, e espero que agora estejam mais bem informados, é que no que concerne às políticas econômica e tributária, não há nada mais diferente do que as visões de Serra e Fernando Henrique e, por extensão, Lula.
Serra foi sabotado pelo FH. Dou um doce para quem disser onde viu, em Niterói, um galhaderte, um cartaz, uma faixa, na campanha do Serra em 2002.
Olha gente, trabalhei com empresários em São Paulo, na época em que o Serra foi ministro da saúde. O empresariado temia as políticas que ele pregava. Principalmente os dos setores químico/farmacêutico e os banqueiros. Lembrem da quebra de patentes de produtos oncológicos e contra o HIV, lançamento dos genéricos, e outras coisas mais ou menos relevantes. A farra dos juros já teria tido um fim, pelo que se conhece da corrente econômica que ele abraça.
Serra també foi cassado, também foi exilado, também militou nos movimetos estudantis. Mas tem uma diferença: não pegou em armas.
O Brasil cresceu no governo Lula? Como negar. Mas poderia ter crescido mais. No ritmo da Índia e da China. Ou mais.
Teremos outra chance. Não vamos desperdiçar, combinado?
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Gosto do verão. As pessoas mais próximas, sabem que a presença do sol (é claro que ele sempre está lá no lugar dele) no céu, brilhando, é fundamental para meu humor, minha disposição, meu astral. É o meu dínamo.
Mas convenhamos que é inumana a forma como ele tem aparecido nos últimos dez dias.
Que verão é este!!!
E quanta chuva nas regiões sul, sudeste e centro-oeste.
20 de janeiro de 2010
Atualidades IX
Um artista plástico cujo nome infelizmente não guardei na memória, deu ao seu novo cão, vira-lata, o nome de Zelaya. E justificou: - ele foi chegando e foi ficando, mesmo sem ser convidado foi ficando...
A propósito, salve a sociedade hondurenha. Fez valer sua vontade, evitando a tentativa de golpe daquele cowboy ridiculo. Peitou inclusive a posição brasileira que, de forma açodada, inspirada pelos bolcheviques de plantão, tipo Marco Aurélio Garcia e Paulo Vannuchi, quiz impor o retorno do Zelaya ao poder.
Prevaleceu o respeito à Constituição de Honduras, o que chega a ser humilhação para nós brasileiros, que estamos assistindo ao vilipêndio da nossa, através deste malsinado decreto que aprovou o Programa Nacional de Direitos Humanos.
Decreto que, a par de inépto, ofende nossa Carta Magna mexendo, inclusive, com o direito de propriedade.
Aliás e a propósito, já perceberam quantos antigos “guerrilheiros” estão no poder? Este Paulo Vannuchi é um; Franklin Martins é outro (ambos envolvidos no sequestro do embaixador americano) e Dilma Rousseff. Que time, hein!?
O Hugo Chaves deve ter a maior inveja.
- x –
Falemos de coisas amenas. Parece que a Av. 13 de maio, no Rio, no trecho entre Evaristo da Veiga e Alm. Barroso, vai se transformar num boulevard, à moda parisiense. Com bares, cafés e restaurantes com mesinhas nas calçadas. Chic. Oba!!!
- x –
E o Zico, hein!? Continua perdedor. Lembremos que ele é tetra perdedor de copas: 1978, 1982 e 1986 como jogador, e 1998 como Supervisor Técnico. E foi do governo Collor (argh!). Demitido pela internet do time grego Olympiacos, num primeiro momento mostrou-se perplexo, surpreso. Agora já muda o discurso, insinuando que estava com medo da violência nos estádios da Grécia.
Consta que tomará a primeira decisão sensata desde que parou de jogar futebol (foi bom jogador, admito). Vai abandonar a carreira de técnico. Afinal, duas demissões em doze meses (a outra foi do CSKA Moscou, da Rússia) é dose de elefante.
- x -
Por falar em mudança de discurso, ou de estratégia, como o filme “Lula, o filho do Brasil” foi um fracasso de público e, logo, de receita, estão mudando o foco nas chamadas veiculadas pela TV. Agora o apelo é para Dna. Lindu, grande mulher: guerreira, sábia, vencedora.
Bem, dizer que o filme foi um fracasso de bilheteria é um exagero. Qualquer filme que leva aos cinemas qualquer coisa como 1 milhão de pessoas (estava em 800 mil até o último final de semana), não pode receber este rótulo.
Acontece que a previsão, por baixo, feita pelos produtores, era de público de 5 milhões de pagantes. O prejuízo será grande, posto que, segundo consta, a produção custou 12 milhões e foram gastos, ainda, 4 milhões com o lançamento.
As desculpas para o insucesso, inclusive no nordeste, são várias. Passa pela concorrência com Avatar e Sherlock Holmes, pelo cunho político que deram ao filme, pelas férias, etc.
Mas genial mesmo, hilariante, foi a desculpa encontrada por Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo, território político “do homem”. Disse ele, Luiz Marinho: - Nesta época do ano, bastante gente está de férias. Muitos estão passeando em Buenos Aires.
Ora vejam, “a classe operária vai ao paraíso”* ou Buenos Aires.
Falando sério, quem dera que a classe operária, em especial os metalúrgicos do ABC, estivessem com esta bola toda.
* A Classe Operária Vai ao Paraiso, é título de um filme político, clássico do cinema italiano dos anos sessenta.
- x –
Ainda bem que o Caetano usou de uma licença poética. O Haiti não é aqui. Não é verdade.
Perdão, a tragédia não deve servir para ironias e piadas.
Darei minha contribuição à Cruz Vermelha.
A propósito, salve a sociedade hondurenha. Fez valer sua vontade, evitando a tentativa de golpe daquele cowboy ridiculo. Peitou inclusive a posição brasileira que, de forma açodada, inspirada pelos bolcheviques de plantão, tipo Marco Aurélio Garcia e Paulo Vannuchi, quiz impor o retorno do Zelaya ao poder.
Prevaleceu o respeito à Constituição de Honduras, o que chega a ser humilhação para nós brasileiros, que estamos assistindo ao vilipêndio da nossa, através deste malsinado decreto que aprovou o Programa Nacional de Direitos Humanos.
Decreto que, a par de inépto, ofende nossa Carta Magna mexendo, inclusive, com o direito de propriedade.
Aliás e a propósito, já perceberam quantos antigos “guerrilheiros” estão no poder? Este Paulo Vannuchi é um; Franklin Martins é outro (ambos envolvidos no sequestro do embaixador americano) e Dilma Rousseff. Que time, hein!?
O Hugo Chaves deve ter a maior inveja.
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Falemos de coisas amenas. Parece que a Av. 13 de maio, no Rio, no trecho entre Evaristo da Veiga e Alm. Barroso, vai se transformar num boulevard, à moda parisiense. Com bares, cafés e restaurantes com mesinhas nas calçadas. Chic. Oba!!!
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E o Zico, hein!? Continua perdedor. Lembremos que ele é tetra perdedor de copas: 1978, 1982 e 1986 como jogador, e 1998 como Supervisor Técnico. E foi do governo Collor (argh!). Demitido pela internet do time grego Olympiacos, num primeiro momento mostrou-se perplexo, surpreso. Agora já muda o discurso, insinuando que estava com medo da violência nos estádios da Grécia.
Consta que tomará a primeira decisão sensata desde que parou de jogar futebol (foi bom jogador, admito). Vai abandonar a carreira de técnico. Afinal, duas demissões em doze meses (a outra foi do CSKA Moscou, da Rússia) é dose de elefante.
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Por falar em mudança de discurso, ou de estratégia, como o filme “Lula, o filho do Brasil” foi um fracasso de público e, logo, de receita, estão mudando o foco nas chamadas veiculadas pela TV. Agora o apelo é para Dna. Lindu, grande mulher: guerreira, sábia, vencedora.
Bem, dizer que o filme foi um fracasso de bilheteria é um exagero. Qualquer filme que leva aos cinemas qualquer coisa como 1 milhão de pessoas (estava em 800 mil até o último final de semana), não pode receber este rótulo.
Acontece que a previsão, por baixo, feita pelos produtores, era de público de 5 milhões de pagantes. O prejuízo será grande, posto que, segundo consta, a produção custou 12 milhões e foram gastos, ainda, 4 milhões com o lançamento.
As desculpas para o insucesso, inclusive no nordeste, são várias. Passa pela concorrência com Avatar e Sherlock Holmes, pelo cunho político que deram ao filme, pelas férias, etc.
Mas genial mesmo, hilariante, foi a desculpa encontrada por Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo, território político “do homem”. Disse ele, Luiz Marinho: - Nesta época do ano, bastante gente está de férias. Muitos estão passeando em Buenos Aires.
Ora vejam, “a classe operária vai ao paraíso”* ou Buenos Aires.
Falando sério, quem dera que a classe operária, em especial os metalúrgicos do ABC, estivessem com esta bola toda.
* A Classe Operária Vai ao Paraiso, é título de um filme político, clássico do cinema italiano dos anos sessenta.
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Ainda bem que o Caetano usou de uma licença poética. O Haiti não é aqui. Não é verdade.
Perdão, a tragédia não deve servir para ironias e piadas.
Darei minha contribuição à Cruz Vermelha.
15 de janeiro de 2010
Atualidades VIII
Recebi uma mensagem eletrônica, de uma conhecida, vazada nos seguintes termos: “não sabia que o senhor era tão careta”. Ela aludia ao fato de eu não gostar de piercings e tatuagens, em especial nas mulheres (ver Antiguidades II, em 16/12/09). Fico pensando o que ela dirá agora, que acrescentarei o silicone como uma fraude imperdoável.
- x -
Não gosto do irmão – Paulo – mas D. Zilda Arns era uma figura respeitável. Sua obra social, que continuará, merece todo o apoio.
- x -
Quem não assiste (principalmente os homens) ao Jornal da Band, às 20:30, não sabe o que está perdendo. Ticiana Villas Boas é um colírio. Charme e competência. Quando ela apresenta a previsão do tempo, a temperatura sobe um pouco.
- x -
O Supremo Tribunal Federal tem uma pauta alentada para este ano. Entre outros polêmicos assuntos, figuram: reconhecimento das uniões homossexuais estáveis; reserva de cotas raciais nas instituições de ensino; extensão da lei de anistia e interrupção da gravidez, nas hipóteses de fetos anencéfalos. É uma cardápio e tanto. Felizmente lá não está o Nelson Jobim, que decidia tudo politicamente. Quando decidia. E quando não decidia, era por razões políticas. Vide o caso da aplicação do Código de Defesa do Consumidor nas relações com as instituições financeiras. O caso era um vespeiro. Imaginem o poder dos bancos. Pois bem, o citado ex-ministro do STF, pediu vista do processo em abril de 2002, e sentou em cima. Em maio de 2005, pelo que tenho anotado, ainda não havia devolvido o processo à mesa para julgamento.
- x -
Tarso Genro (aaaargh!), de quem tenho asco, aversão, repulsa, não só pela presença física, com aquele sorriso debochado, falso, mas também pela posição política jurássica, pretendeu criar um clima favorável para Dilma Rousseff, afirmando que "existe semeada na sociedade uma série de preconceitos em relação à mulher". Pretendeu criar um sentimento anti-preconceituoso. Entenderam a jogada? Só que, não só no Brasil, como em muitos países ocidentais, as mulheres estão cada vez mais ocupando espaços na economia, na política e no judiciário. E não vejo qualquer preconceito. Nos USA, as mulheres já representam 49,9% do mercado de trabalho. Ou por outra, já devem representar a maioria, pois esta estatística que mencionei é do ano passado. No Judiciário, aqui em Niterói, por exemplo, são dez serventias cíveis, sendo que oito delas têm como titulares juizas. E serão nove em dez, não demora muito.
- x -
Ano de Copa do Mundo. Há uma vaga a ser disputada, no Grupo G, entre Brasil, Portugal e Coreia do Norte. Uma já é da Costa do Marfim. Drogba é uma fera. Uma máquina de fazer goals. Sofro com ele no Chelsea, carrasco que é do Arsenal. Torço pelos gunners.
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Não gosto do irmão – Paulo – mas D. Zilda Arns era uma figura respeitável. Sua obra social, que continuará, merece todo o apoio.
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Quem não assiste (principalmente os homens) ao Jornal da Band, às 20:30, não sabe o que está perdendo. Ticiana Villas Boas é um colírio. Charme e competência. Quando ela apresenta a previsão do tempo, a temperatura sobe um pouco.
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O Supremo Tribunal Federal tem uma pauta alentada para este ano. Entre outros polêmicos assuntos, figuram: reconhecimento das uniões homossexuais estáveis; reserva de cotas raciais nas instituições de ensino; extensão da lei de anistia e interrupção da gravidez, nas hipóteses de fetos anencéfalos. É uma cardápio e tanto. Felizmente lá não está o Nelson Jobim, que decidia tudo politicamente. Quando decidia. E quando não decidia, era por razões políticas. Vide o caso da aplicação do Código de Defesa do Consumidor nas relações com as instituições financeiras. O caso era um vespeiro. Imaginem o poder dos bancos. Pois bem, o citado ex-ministro do STF, pediu vista do processo em abril de 2002, e sentou em cima. Em maio de 2005, pelo que tenho anotado, ainda não havia devolvido o processo à mesa para julgamento.
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Tarso Genro (aaaargh!), de quem tenho asco, aversão, repulsa, não só pela presença física, com aquele sorriso debochado, falso, mas também pela posição política jurássica, pretendeu criar um clima favorável para Dilma Rousseff, afirmando que "existe semeada na sociedade uma série de preconceitos em relação à mulher". Pretendeu criar um sentimento anti-preconceituoso. Entenderam a jogada? Só que, não só no Brasil, como em muitos países ocidentais, as mulheres estão cada vez mais ocupando espaços na economia, na política e no judiciário. E não vejo qualquer preconceito. Nos USA, as mulheres já representam 49,9% do mercado de trabalho. Ou por outra, já devem representar a maioria, pois esta estatística que mencionei é do ano passado. No Judiciário, aqui em Niterói, por exemplo, são dez serventias cíveis, sendo que oito delas têm como titulares juizas. E serão nove em dez, não demora muito.
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Ano de Copa do Mundo. Há uma vaga a ser disputada, no Grupo G, entre Brasil, Portugal e Coreia do Norte. Uma já é da Costa do Marfim. Drogba é uma fera. Uma máquina de fazer goals. Sofro com ele no Chelsea, carrasco que é do Arsenal. Torço pelos gunners.
14 de janeiro de 2010
Cartas
Cumprindo rotina de início de ano, revisei as pastas do arquivo pessoal, a fim descartar o que fosse possível. E liberar espaço. Uma destas pastas, já muito antiga, contém cartas que enviei e foram publicadas pela imprensa.
Da leitura de algumas destas cartas, ressalta que não mudei nos últimos anos, no que respeita a posições políticas, aversão aos políticos, intolerância com crimes hediondos, ocupação irregular e bagunça no espaço urbano, etc.
Vejam que o que tenho escrito aqui neste blog, está em consonância com o que venho afirmando há muito. Logo, minhas criticas atuais não são fruto de um surto contestativo espasmódico.
Falar e escrever são as formas que tenho de manifestar minhas indignações. Agir, dentro da legalidade, também topo. O que não é admissível é ficar indignado e nada fazer. Há que ter consequências, que dependem de ações.
Não vou reproduzir os textos das cartas publicadas nas seções existentes nos periódicos para este fim. Vou mencionar as publicações e aditar pequenos comentários.
- Em 17 setembro de 2005, na edição do Jornal do Brasil, manifestei meu repúdio à decisão do STF, através de liminar concedida pelo ministro Nelson Jobim (sempre ele, né!?) aos cassados no congresso. Intromissão indevida de um poder da república em outro.
- Em 20 de junho, do mesmo ano de 2005 e no mesmo Jornal do Brasil, aplaudi iniciativa do Poder Judiciário do estado do Espírito Santo, que naquele ano acabou com o recesso no mês de julho. Digno de encômios e deveria ter sido seguido por outros tribunais estaduais.
- Em 30 de maio de 2000, n’O Globo, manifestei solidariedade ao jornalista (agora morto), Evandro Carlos de Andrade, que teve a coragem de se posicionar a favor da polícia na repressão a invasores. A imprensa na época estava em excitação histérica contra a ação policial. O Evandro foi duramente criticado.
- Em 2007, na coluna Fala, Niterói!, de O Globo, critiquei a desordem urbana, com ocupação irregular das calçadas pelos camelôs, com a complacência do poder municipal.
- Em 12 de julho de 1998, em O Globo, portanto há doze anos, critiquei a maneira como foram introduzidos os pardais eletrônicos. Uma medida necessária, que foi implantada de maneira equivocada, açodada, criando uma indústria de autos de infração, que interessavam mais as empresas fornecedoras dos equipamentos, que tinhas participação nas multas, do que a segurança no trânsito.
- Em 2 de julho de 1998, já agora em O Fluminense, foi publicada carta extensa sobre este mesmo tema, com criticas ao DER pela instalação, na calada da noite, dos dispositivos de controle eletrônico de velocidade, nas rodovias RJ 104 e RJ 106. Foram tantas as irregularidades na implantação do sistema, que as multas (milhares) foram todas canceladas posteriormente.
- Em 25 de abril de 1999, também n’O Globo, explicitei minha opinião sobre as mazelas do Judiciário: despreparo de juízes; decisões estranhas, verdadeiras heresias jurídicas; tráfico de influência; venda de sentença, etc. São passados onze anos e a coisa não mudou. Perdão, já me corrijo, mudou para pior.
- Finalizo, por enquanto, com carta veiculada na edição de 1º de março de 1988, em O Globo, repito, 1988, há vinte e dois anos, portanto, sobre um tema recorrente em minhas manifestações sobre criminalidade e sistema penitenciário: sou a favor da pena de morte. Não importa se vai diminuir a criminalidade, importa é diminuir o número de criminosos. Não se trata de exemplo mas sim de punição, de expurgo.
Nota explicativa: no post Implicâncias (11 de janeiro), falei da fraude perpetrada pelo ministro Nelson Jobim. Sobre o mesmo fato, inadmissível, imperdoável, escrevi carta ao jornal o Globo, que foi veiculada na edição de domingo, 12 de outubro de 2003. Isto prova que Nelson Jobim está no meu index há muitos anos. Ah! Eu tenho um rol de figuras respeitáveis.
Da leitura de algumas destas cartas, ressalta que não mudei nos últimos anos, no que respeita a posições políticas, aversão aos políticos, intolerância com crimes hediondos, ocupação irregular e bagunça no espaço urbano, etc.
Vejam que o que tenho escrito aqui neste blog, está em consonância com o que venho afirmando há muito. Logo, minhas criticas atuais não são fruto de um surto contestativo espasmódico.
Falar e escrever são as formas que tenho de manifestar minhas indignações. Agir, dentro da legalidade, também topo. O que não é admissível é ficar indignado e nada fazer. Há que ter consequências, que dependem de ações.
Não vou reproduzir os textos das cartas publicadas nas seções existentes nos periódicos para este fim. Vou mencionar as publicações e aditar pequenos comentários.
- Em 17 setembro de 2005, na edição do Jornal do Brasil, manifestei meu repúdio à decisão do STF, através de liminar concedida pelo ministro Nelson Jobim (sempre ele, né!?) aos cassados no congresso. Intromissão indevida de um poder da república em outro.
- Em 20 de junho, do mesmo ano de 2005 e no mesmo Jornal do Brasil, aplaudi iniciativa do Poder Judiciário do estado do Espírito Santo, que naquele ano acabou com o recesso no mês de julho. Digno de encômios e deveria ter sido seguido por outros tribunais estaduais.
- Em 30 de maio de 2000, n’O Globo, manifestei solidariedade ao jornalista (agora morto), Evandro Carlos de Andrade, que teve a coragem de se posicionar a favor da polícia na repressão a invasores. A imprensa na época estava em excitação histérica contra a ação policial. O Evandro foi duramente criticado.
- Em 2007, na coluna Fala, Niterói!, de O Globo, critiquei a desordem urbana, com ocupação irregular das calçadas pelos camelôs, com a complacência do poder municipal.
- Em 12 de julho de 1998, em O Globo, portanto há doze anos, critiquei a maneira como foram introduzidos os pardais eletrônicos. Uma medida necessária, que foi implantada de maneira equivocada, açodada, criando uma indústria de autos de infração, que interessavam mais as empresas fornecedoras dos equipamentos, que tinhas participação nas multas, do que a segurança no trânsito.
- Em 2 de julho de 1998, já agora em O Fluminense, foi publicada carta extensa sobre este mesmo tema, com criticas ao DER pela instalação, na calada da noite, dos dispositivos de controle eletrônico de velocidade, nas rodovias RJ 104 e RJ 106. Foram tantas as irregularidades na implantação do sistema, que as multas (milhares) foram todas canceladas posteriormente.
- Em 25 de abril de 1999, também n’O Globo, explicitei minha opinião sobre as mazelas do Judiciário: despreparo de juízes; decisões estranhas, verdadeiras heresias jurídicas; tráfico de influência; venda de sentença, etc. São passados onze anos e a coisa não mudou. Perdão, já me corrijo, mudou para pior.
- Finalizo, por enquanto, com carta veiculada na edição de 1º de março de 1988, em O Globo, repito, 1988, há vinte e dois anos, portanto, sobre um tema recorrente em minhas manifestações sobre criminalidade e sistema penitenciário: sou a favor da pena de morte. Não importa se vai diminuir a criminalidade, importa é diminuir o número de criminosos. Não se trata de exemplo mas sim de punição, de expurgo.
Nota explicativa: no post Implicâncias (11 de janeiro), falei da fraude perpetrada pelo ministro Nelson Jobim. Sobre o mesmo fato, inadmissível, imperdoável, escrevi carta ao jornal o Globo, que foi veiculada na edição de domingo, 12 de outubro de 2003. Isto prova que Nelson Jobim está no meu index há muitos anos. Ah! Eu tenho um rol de figuras respeitáveis.
12 de janeiro de 2010
Programa Nacional dos Direitos Humanos
Lembro de meus tempos de estudante secundarista, lá pelos idos dos anos 50 e 60 do século passado, quando muito se discutia o conteúdo das Encíclicas Papais. Muito se discutia e pouco se lia. Na verdade poucos liam, mas todo mundo tinha que parecer bem informado e ter sua interpretação dos textos. Alcance e objetivos.
Entre as mais discutidas e difundidas, vale lembrar: Rerum Novarum que significa "Das Coisas Novas", escrita pelo Papa Leão XIII em 15 de Maio de 1891(eu não era nascido, mas a encíclica era das mais citadas); Humanae Vitae, ou “Da vida humana”, escrita por Paulo VI, em 25 de julho de 1968; Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e Pacem in Terris (Paz na Terra), ambas de João XXIII, escritas respectivamente em 15.05.61 e 11.04.63.
Estas encíclicas (todas, na verdade) tratam da doutrina social da Igreja. Dispõem sobre métodos de controle da natalidade, das condições de trabalho oparário, da paz entre os povos, etc.
Mas não é das encíclicas que quero falar, até porque não as li na íntegra, também (as vezes uma ementa). O que quero comentar é o Programa Nacional de Direitos Humanos.
Trata-se, tal qual uma encíclica, de um enorme documento, um catatau de papel (92 páginas), que fixa padrões de princípios que deverão ser regulamentados em leis. E nestas linhas mestras estabelecidas, misturam-se assuntos tão diversos quanto aborto (dai haver me lembrado da Humanae Vitae, que trata da regulação da maternidade), reintegração de possse nas invasões do MST, revisão dos crimes de tortura, utilização de símbolos religiosos, controle da imprensa, etc.
Como não poderia deixar de ser, militares, eclesiásticos, ruralistas, imprensa e todo mundo que acha, como eu, que o Brasil não precisa da ideologia comunista, e sim de vergonha na cara, principalmente nos altos escalões governamentais, está estrilando.
A outra associação de idéias que quero fazer com as encíclicas, é no que tange ao fato de ninguem ter lido mas todo mundo agora querer discutir o tal Decreto nº 7037, de 21 de dezembro último.
Neste caso, o mais absurso é que houve quem não leu, mas assinou: quem poderia ser? Claro, ponto para quem respondeu: - o presidente Lula. Já sabemos que ele não lê. Ele mesmo sempre faz questão de frisar isto. Mas assinar um documento desta magnitude, abrangência e reflexos na vida do país, ai já é de uma irresponsabilidade sem limite.
Nem Trotsky teria coragem de levar tal proposição ao Soviets (sistema piramidal de conselhos populares de fábricas, campo etc, de estrutura livre).
Quem deve estar achando o máximo é o Chaves, é o Zelaya (ainda aprendiz), Morales, e outros que tais em gestação no continente (inclusive no Brasil, pelo que se verifica através deste malsinado decreto).
Entre as mais discutidas e difundidas, vale lembrar: Rerum Novarum que significa "Das Coisas Novas", escrita pelo Papa Leão XIII em 15 de Maio de 1891(eu não era nascido, mas a encíclica era das mais citadas); Humanae Vitae, ou “Da vida humana”, escrita por Paulo VI, em 25 de julho de 1968; Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e Pacem in Terris (Paz na Terra), ambas de João XXIII, escritas respectivamente em 15.05.61 e 11.04.63.
Estas encíclicas (todas, na verdade) tratam da doutrina social da Igreja. Dispõem sobre métodos de controle da natalidade, das condições de trabalho oparário, da paz entre os povos, etc.
Mas não é das encíclicas que quero falar, até porque não as li na íntegra, também (as vezes uma ementa). O que quero comentar é o Programa Nacional de Direitos Humanos.
Trata-se, tal qual uma encíclica, de um enorme documento, um catatau de papel (92 páginas), que fixa padrões de princípios que deverão ser regulamentados em leis. E nestas linhas mestras estabelecidas, misturam-se assuntos tão diversos quanto aborto (dai haver me lembrado da Humanae Vitae, que trata da regulação da maternidade), reintegração de possse nas invasões do MST, revisão dos crimes de tortura, utilização de símbolos religiosos, controle da imprensa, etc.
Como não poderia deixar de ser, militares, eclesiásticos, ruralistas, imprensa e todo mundo que acha, como eu, que o Brasil não precisa da ideologia comunista, e sim de vergonha na cara, principalmente nos altos escalões governamentais, está estrilando.
A outra associação de idéias que quero fazer com as encíclicas, é no que tange ao fato de ninguem ter lido mas todo mundo agora querer discutir o tal Decreto nº 7037, de 21 de dezembro último.
Neste caso, o mais absurso é que houve quem não leu, mas assinou: quem poderia ser? Claro, ponto para quem respondeu: - o presidente Lula. Já sabemos que ele não lê. Ele mesmo sempre faz questão de frisar isto. Mas assinar um documento desta magnitude, abrangência e reflexos na vida do país, ai já é de uma irresponsabilidade sem limite.
Nem Trotsky teria coragem de levar tal proposição ao Soviets (sistema piramidal de conselhos populares de fábricas, campo etc, de estrutura livre).
Quem deve estar achando o máximo é o Chaves, é o Zelaya (ainda aprendiz), Morales, e outros que tais em gestação no continente (inclusive no Brasil, pelo que se verifica através deste malsinado decreto).
11 de janeiro de 2010
Implicâncias
Tenho implicância, sim, com o Marco Aurélio Garcia. E com Nelson Jobim, com Tarso Genro, com Mauricio Corrêa, Eurico Miranda, Eros Grau, com Zico (o homem, não o atleta), com José Ribamar (vulgo Sarney), Marco Aurélio Mello, com alguns que já sairam da midia, tipo Paulo Arns (cardeal em São Paulo) e muitos outros mais.
As razões, que variam de caso para caso, têm a ver com ética (do grego ethos - caráter), com moral (do latim mores - costumes), e com sentimentos que reprovo, como inveja e falta de humildade, e, porque não, ainda e principalmente, por conflitos de opinião politico-ideológica.
Vou pegar um caso como exemplo: Nelson Jobim. Como deveria ser intitulado um homem que consegue ascender a cargos importantes no executivo, no legislativo e no judiciário? Um gênio da raça. Não menos do que isso. Vejam: o homem é ministro de Estado (no momento da Defesa, mas já foi da Justiça), foi deputado constituinte (tendo sido o relator titular da Revisão Constitucional, levada efeito entre 1993 e 1994) e foi ministro da mais alta Corte de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, tendo exercido sua presidência. Não é pouca coisa, não, gente. Em qualquer pais do mundo, alguém com preparo para exercer cargos de ponta e de tamanha expressão nos três poderes do governo, seria mais ou menos um fenômeno. Estadista seria pouco para qualifica-lo.Quando morto, teria estatuas e bustos espalhados pelos quatro cantos da cidade natal e na capital federal.
No entanto, é fraudador confesso¹ do texto constitucional. Se não pelo caráter, eu o reprovo pela boca, que deveria ter ficado fechada. Mas sua vaidade (afinal exerceu a relatoria da revisão constitucional) o levou a confessar que incluiu no texto, na calada da noite, à sorrelfa, dispositivos não discutidos e votados no plenário do congresso nacional.
E depois foi para o STF, que é o guardião do cumprimento da Constituição Federal. Pode?
Se oferecer, ele aceita ser centroavante do Flamengo no lugar do Adriano. Ele quer aparecer e produzir frases de efeito², sua especialidade. Mas também neste quesito perde; no caso para o Romário³.
Parafraseando o Caetano, de perto ninguém é íntegro, ninguém é honesto.
Notas do autor:
1 – Num caderno especial comemorativo dos 15 anos da Constituição, que circulou junto a edição de domingo, 5 de outubro de 2003, o citado Nelson Jobim confessou que, em conluio com Ulisses Guimarães, introduziu no texto a ser promulgado, artigos não votados em plenário.
2 – Quando assumiu como principal Relator da revisão constitucional, disse que “usaria mais a borracha do que o lápis”. No entanto deixou que ficassem barbaridades como tabelamento de juros, que o Pedro II é instituição de ensino federal, que o advogado é essencial para a Justiça, e outras coisas absolutamente impertinentes no texto de uma Constituição de Estado.
3 – O baixinho tem algumas ótimas, mas as minhas preferidas são: “Pelé com a boca fechada é um poeta...” ou “chegou agora no ônibus e já quer sentar na janela”.
As razões, que variam de caso para caso, têm a ver com ética (do grego ethos - caráter), com moral (do latim mores - costumes), e com sentimentos que reprovo, como inveja e falta de humildade, e, porque não, ainda e principalmente, por conflitos de opinião politico-ideológica.
Vou pegar um caso como exemplo: Nelson Jobim. Como deveria ser intitulado um homem que consegue ascender a cargos importantes no executivo, no legislativo e no judiciário? Um gênio da raça. Não menos do que isso. Vejam: o homem é ministro de Estado (no momento da Defesa, mas já foi da Justiça), foi deputado constituinte (tendo sido o relator titular da Revisão Constitucional, levada efeito entre 1993 e 1994) e foi ministro da mais alta Corte de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, tendo exercido sua presidência. Não é pouca coisa, não, gente. Em qualquer pais do mundo, alguém com preparo para exercer cargos de ponta e de tamanha expressão nos três poderes do governo, seria mais ou menos um fenômeno. Estadista seria pouco para qualifica-lo.Quando morto, teria estatuas e bustos espalhados pelos quatro cantos da cidade natal e na capital federal.
No entanto, é fraudador confesso¹ do texto constitucional. Se não pelo caráter, eu o reprovo pela boca, que deveria ter ficado fechada. Mas sua vaidade (afinal exerceu a relatoria da revisão constitucional) o levou a confessar que incluiu no texto, na calada da noite, à sorrelfa, dispositivos não discutidos e votados no plenário do congresso nacional.
E depois foi para o STF, que é o guardião do cumprimento da Constituição Federal. Pode?
Se oferecer, ele aceita ser centroavante do Flamengo no lugar do Adriano. Ele quer aparecer e produzir frases de efeito², sua especialidade. Mas também neste quesito perde; no caso para o Romário³.
Parafraseando o Caetano, de perto ninguém é íntegro, ninguém é honesto.
Notas do autor:
1 – Num caderno especial comemorativo dos 15 anos da Constituição, que circulou junto a edição de domingo, 5 de outubro de 2003, o citado Nelson Jobim confessou que, em conluio com Ulisses Guimarães, introduziu no texto a ser promulgado, artigos não votados em plenário.
2 – Quando assumiu como principal Relator da revisão constitucional, disse que “usaria mais a borracha do que o lápis”. No entanto deixou que ficassem barbaridades como tabelamento de juros, que o Pedro II é instituição de ensino federal, que o advogado é essencial para a Justiça, e outras coisas absolutamente impertinentes no texto de uma Constituição de Estado.
3 – O baixinho tem algumas ótimas, mas as minhas preferidas são: “Pelé com a boca fechada é um poeta...” ou “chegou agora no ônibus e já quer sentar na janela”.
9 de janeiro de 2010
Viagem da Cláudia
A narrativa da Claudinha (diminutivo afetivo, por ser a caçula de três irmãs), sobre sua viagem à Europa (vide post Viagens, de 8 de jan.), pode ser de um humor ácido, cáustico, mas quem já foi à França, principalmente a Paris, sabe que ela não está sendo injusta.
Vejam só a opinião do Jaguar, festejado, mui justamente, cartunista, humorista e cronista, sobre viagem que fez França.
Em primeiro lugar ele achou nojentos os garçons dos bistrôs e restaurantes de Paris. Achou-os – os garçons – arrogantes e metidos a besta. Contou o Jaguar, em crônicas publicadas no jornal O Dia, há já alguns anos, que eles ficavam mortalmente ofendidos se fossem estalados os dedos para chama-los, e, mais ainda, se fossem chamados de garçon. E acrescentou, com seu humor peculiar, que chamar “Ô meu”, então, nem pensar.
Segundo o cronista, se o sujeito (garçon) detetava, ao ser implorada sua atenção, o mais remoto sinal de urgência, você ficava mofando na mesa sem comer nem beber.
Entretanto, a exemplo do que comentou a Claudia, também o humorista achou a cozinha francesa imbatível. “As batatas fritas não deixavam gordura no guardanapo de papel”. A única coisa que eles sabem fazer mesmo é comida, segundo Jaguar.
Eu acrescentaria o vinho. E no que concerne aos contras, deve-se mencionar que até 2005, pelo menos, quando foram banidos os Gauloises e Gitanes, tinha-se que conviver com o forte cheiro destes cigarros nos bistrôs e, também, com o cheiro dos cachorros levados pelos frequentadores, também nos restaurantes, e que ficavam estirados sob as mesas. Os cachorros, não os frequentadores.
As praias do Sena, citadas pela Claudia, foram comparadas pelo Juguar ao Piscinão de Ramos. Ela – Claudia - pegou leve neste particular.
Ainda assim, com todos esses contratempos, com todos estes inconvenientes, Paris c’est une fête, como repercute até hoje a frase de Hemingway.
Vejam só a opinião do Jaguar, festejado, mui justamente, cartunista, humorista e cronista, sobre viagem que fez França.
Em primeiro lugar ele achou nojentos os garçons dos bistrôs e restaurantes de Paris. Achou-os – os garçons – arrogantes e metidos a besta. Contou o Jaguar, em crônicas publicadas no jornal O Dia, há já alguns anos, que eles ficavam mortalmente ofendidos se fossem estalados os dedos para chama-los, e, mais ainda, se fossem chamados de garçon. E acrescentou, com seu humor peculiar, que chamar “Ô meu”, então, nem pensar.
Segundo o cronista, se o sujeito (garçon) detetava, ao ser implorada sua atenção, o mais remoto sinal de urgência, você ficava mofando na mesa sem comer nem beber.
Entretanto, a exemplo do que comentou a Claudia, também o humorista achou a cozinha francesa imbatível. “As batatas fritas não deixavam gordura no guardanapo de papel”. A única coisa que eles sabem fazer mesmo é comida, segundo Jaguar.
Eu acrescentaria o vinho. E no que concerne aos contras, deve-se mencionar que até 2005, pelo menos, quando foram banidos os Gauloises e Gitanes, tinha-se que conviver com o forte cheiro destes cigarros nos bistrôs e, também, com o cheiro dos cachorros levados pelos frequentadores, também nos restaurantes, e que ficavam estirados sob as mesas. Os cachorros, não os frequentadores.
As praias do Sena, citadas pela Claudia, foram comparadas pelo Juguar ao Piscinão de Ramos. Ela – Claudia - pegou leve neste particular.
Ainda assim, com todos esses contratempos, com todos estes inconvenientes, Paris c’est une fête, como repercute até hoje a frase de Hemingway.
8 de janeiro de 2010
Viagens
Quando lancei neste blog alguns posts sobre viagens, recebi e-mail de um amigo pedindo que eu continuasse a falar do assunto que, segundo ele, desperta interesse geral. Lembrei então de um texto escrito por uma sobrinha, de nome Cláudia, através do qual ela deu para a família informações sobre a viagem que acabara de fazer, em meados de 2008. Procura d'aqui, procura d'ali, encontrei o escrito, que publico abaixo, com a devida autorização da autora, que pediu, apenas, que fossem corrigidos eventuais erros de linguagem (inexistentes), pois escrevera sem qualquer intuito literário, e às carreiras:
"Atendendo a pedidos, sigo fazendo um breve relato de nossa viagem à Europa.
A viagem foi a realização de um sonho. Eu não queria morrer sem conhecer outros países, outras culturas, respirar outros ares.
Foram anos sonhando, meses planejando e 16 dias viajando. Valeu a pena.
Claro que abrimos mão do conserto do boiler (é assim que escreve?) e da reforma nos armários da cozinha, mas vão ter que esperar.
O Daniel¹ é um capítulo à parte. O sofrimento de deixá-lo, a saudade, a preocupação com seu bem-estar eu conto outra hora. Faz parte.
Finalmente chegamos a Roma. Cansados por muitas horas de vôo, mas muito excitados com a expectativa de finalmente estar lá.
Nossa primeira visita foi, no mesmo dia, à Fontana di Trevi. Nunca vou esquecer...Fiquei maravilhada. Eram umas seis horas da tarde e, como escurece muito tarde no verão, ficamos passeando pela “Roma Barroca” até às nove horas da noite. Uma das mais belas vistas de Roma.
Com essa última frase quero ressaltar que estas são minhas opiniões muito pessoais. Se eu tivesse começado por outro país talvez minha opinião fosse outra. Nada do que digo também foi retirado de nenhum guia turístico. Conto apenas o que senti, mas não espero que sirva de parâmetro para nada nem ninguém.
No dia seguinte fizemos um city tour e passamos o resto do dia no Vaticano. É bonito. Tem muitas riquezas. Ponto. Você não se sente numa igreja, não rola nenhuma energia diferente, os seguranças são muito grosseiros. E vocês podem ter certeza de que a energia existe. Notre-Dame passa uma energia bem forte. Até o Louvre tem mais energia que a Basílica de São Pedro.
Enfim, posso colocar no meu currículo que estive lá, mas não pretendo voltar.
Em todos os países a excursão nos levou a um bairro típico, boêmio, para que conhecêssemos as pessoas da cidade e não só os turistas.
O Trastevere é um bairro romano muito animado. Jantamos num restaurante italiano legítimo, com aquela gritaria italiana que nós vemos nos filmes.
Uma coisa que fiz questão nessa viagem foi experimentar os pratos típicos de cada país/cidade que fomos. Em Roma comi muito macarrão com molho ao sugo (maravilhoso!!!!), pizza a taglio (que é a peso), doces folhados, sorvete, pão (que é duro feito uma pedra).
Ficamos mais um dia inteiro conhecendo cada pontinho de Roma. Várias piazzas (praças), o Coliseu, o Pantheon, Foro Romano. Não desejo isto a ninguém. Corri atrás do David² feito louca. À noite, câimbras nas batatas-das-pernas. O homem ficou possuído, querendo fotografar tudo. Eu já jurei que não quero ver uma foto.
No dia seguinte o que sobrou de mim foi para Pisa.
Quando digo: foi para Pisa, significa: chega no hotel, faz mala, fecha mala, acorda cedo, faz check-out, carrega mala, toma café às pressas e sai. Desculpe a expressão, mas cagar nem pensar, e vai ficando aquela idéia fixa...
Pisa é legal. Quem fez o projeto? Rá, rá, rá. Será que cai? Rá, rá, rá. Igreja, cemitério e volta pro ônibus.
Pisa é tomada por senegaleses. O David parece levemente bronzeado perto deles. Vendem de tudo, quinquilharias em geral. O David comprou um chapéu. Ah! O chapéu... Não cabia em lugar nenhum... É enorme, usado na colheita. E o David que não colhe nada gostou do chapéu. Eu, apaixonada, falei: leva amor, eu ajudo. Vim com esta porra no colo de Pisa ao Brasil, cerca de 14 dias apenas.
No dia seguinte passamos pelos Alpes, uma coisa linda. As neves eternas nos picos, e conhecemos o famoso Mont Blanc. Paramos em uma cidade linda, a nossa primeira na França, chamada Chamonix. Realmente a cidade é um charme.
Tinha um rapaz cantando na rua que marcou nossa chegada à França. Além de cantar lindamente (e em francês) ele sorria, como se estivesse muito feliz de estar ali cantando. Realmente lindo.
As vitrines das confeitarias eram indescritíveis. Dignas de fotos (claro que o David fotografou).
E nessa mesma noite chagamos a Paris. Paris. Eu estava em Paris! Chegamos às nove e meia da noite. Às onze estávamos na Torre Eiffel, que fica aberta até meia-noite. É realmente linda, emocionante. Não sei se é realmente linda, mas o desejo que estar ali era tão grande que a deixou encantadora.
Às duas e meia da manhã, depois de uma aventura para jantarmos e pegarmos um táxi (esta aventura vale à pena ser contada, mas requer uma ligação telefônica), voltamos ao hotel.
No dia seguinte, já tarde, às oito da manhã, saímos para conhecer o Versalhes. Na minha modesta opinião o mais belo Palácio que conhecemos. Seus jardins são um sonho.
À tarde city tour por Paris. Foi quando pude comprovar que a Torre Eiffel é muito mais bonita à noite.
Pensaram que acabou??? Não. À noite fomos ao tal bairro boêmio, que em Paris é o Montmartre. Confesso que não gostei muito. Um monte de loja de turco, de árabe, parecia a Rua da Alfândega. Meio sinistro. Passamos por uma experiência em um supermercado também digna de uma conversa posterior.
No dia seguinte passamos a manhã no Louvre. Fomos dos primeiros a entrar. A gente anda até não ter mais forças, mas não quer perder tempo e conseguir olhar toda aquela beleza. É um show. Indescritível. A Gioconda é insossa, coitada, mas eu fui lá, entrei na fila, e olhei bem no fundo dos olhos dela. Posso falar o que eu quiser agora.
Pensaram que acabou? Não. Passeamos pelas “praias” do Sena, fomos à Notre-Dame, etc, etc, etc.
Em seguida saímos em direção à Inglaterra. Atravessamos o Canal da Mancha de ferry-boat e chegamos à Canterbury, uma linda cidade medieval.
Aqui faço uma pausa. Sai da França para a Inglaterra. Muda a moeda, o idioma (graças à Deus), as pessoas (sem comentários) e, pela primeira vez em oito dias, as pessoas nos olhavam, sorriam e diziam: bom-dia! Eu sabia que o David estava tentando, mas será que ele havia conseguido me matar? Estava eu no paraíso?
Os ingleses foram um oásis. Que falta eu sentia de gente educada! Fiquei pensando que talvez sejam assim para compensar o valor da libra. Enfim, um mundo novo se abria para nós.
Fizemos o de sempre: city tour, assistimos a troca da guarda, passeamos pela City, avistamos o Tâmisa, Big Ben, coisa e tal.
O prato típico de Londres varia de peixe frito com batata frita a frango frito com batata frita. Ninguém come arroz, é uma coisa impressionante.
Embora achemos que o idioma falado é o inglês, na verdade eles falam alemão. Você estuda seis, sete anos de inglês e no final não entende nada do que eles falam. Só pode ser um dialeto. Você gasta o seu bonito conhecimento do inglês com os italianos e os senegaleses. Os franceses te cospem e dizem que não te entendem. Os espanhóis só te ignoram.
Fomos ao Castelo de Windsor. Aquela rainha é uma bichinha falsa. Disse que é o Castelo do qual ela mais gosta, mas estava passando as férias na Irlanda, que ela não é boba. Eles vendem como o único Castelo habitado aberto à visitação na Europa. Ela separou umas peças, até bonitas, que ela não tinha onde botar, colocou numa pequena ala do castelo, e os bestas vão lá conhecer. O que eu andei de trem pra chegar nesse raio deste Castelo...
À noite fomos ao Soho, um bairro muito movimentado. Foi legal. Meio corrido pra dar tempo de jantar.
No dia seguinte fomos ao Museu de Cera. Acho que foi a entrada mais cara que pagamos, mas que Louvre, que Versalhes, que Torre Eiffel, que Coliseo. 25 pounds. E ficamos ali, tietando geral. As estátuas são perfeitas, é um show. Fotos e mais fotos.
Ficamos pouco tempo em Londres e gostamos bastante. Partimos para Oxford e foi bom sentir o clima da cidade tipicamente universitária. Sabe quem era professor lá? O autor da Alice no País das Maravilhas. Conheci o bosque onde a Alice dormiu, aquela tonta.
Também lá foi filmado parte do Harry Potter. Tem bem o clima do Harry Potter.
Voltamos para a França de navio. Dormimos em uma cabine ínfima. Uma experiência única. Única mesmo. Never more. O David tomou um vinho e achou ótimo, mas quem foi para cima no beliche fui eu.
Chegamos à Mont Saint Michel. Mágico. Uma ilha cercada de muralhas medievais, com a igreja de Saint Michel bem, bem, bem no alto. Muito misticismo e a mesma grosseria francesa de sempre.
O David garante que comeu o sonho mais gostoso da vida dele, e pelo valor simbólico de 3 euros.
Nessa noite chegamos a Bordeaux, terra do tal vinho. Confesso que já não me agüentava mais. Tinha chegado ao meu limite. Ainda assim saímos para jantar, passeamos pelo centro da cidade e jantamos numa cantina agradável com uma comida deliciosa.
Uma de nossas companheiras de viagem teve a mala extraviada e ficamos todos muito chateados.
Pegamos um trânsito muito intenso e só chegamos a Madri bem mais tarde do que o previsto no dia seguinte.
Na porta do hotel, quando desembarcávamos do ônibus após 10 horas de viagem, uma turista do mesmo hotel teve sua bolsa roubada. Outro balde de água fria.
Tudo que eu falar de Madri deve levar em conta que eu estava exausta. Já não achava mais nada bonito. A catedral deles é a quarta maior da Europa. Mas se eu já tinha visto as duas primeiras, pra que ver a quarta?
Fomos a Praça Maior, ao Portal do Sol, Estátua de Cibeles, etc.
Comemos a paella e o David tomou a sangria. Na verdade várias sangrias. Queria guardar esta lembrança, eu acho.
No último dia da excursão fomos a Toledo. O dia escolhido não foi muito acertado. As igrejas estavam fechadas, pois teriam missas; os museus não funcionavam e o calor era infernal. Tudo isto temperado com ladeiras intermináveis, com o confortável piso de pedra de rio, bem lisinha e irregular, com aquelas muralhas de pedra a sua volta.
Entrei pela primeira vez em uma mesquita.
Voltamos a Madri e ainda passeamos pelo centro.
Eu me recusei a ir e voltei para o hotel, mas o David descobriu que tinha uma tourada na Praça dos Touros. A meia-noite chegou ele de volta, entre excitado e enjoado. Assistiu ao touricídio de seis inocentes touros. Me recusei a ouvir os detalhes sórdidos. E são sórdidos mesmo.
Na Espanha é programa de família: vão os filhos, os pais, os avós; lancham assistindo ao espetáculo, gritam e parabenizam o toureiro por suas façanhas. Muito estranho.
E acabou. Mais doze torturantes horas de vôo e chegamos de volta ao Brasil. Que saudade!
Na minha plena ignorância histórica, o meu gostar ou desgostar de baseia na emoção, na energia que rola.
Acho que meu maior aprendizado foi a valorização do meu país.
Confesso que eu esperava encontrar o primeiro mundo, uma civilização até então desconhecida por mim; com pessoas desenvolvidas em sua plenitude. A evolução perfeita do seu humano que nós do terceiro mundo só ousamos sonhar.
Encontremos inovação tecnológica? Sim, mas menos do que eu esperava. Além do mais eu já não dou mais conta de acompanhar tanto desenvolvimento tecnológico assim.
O auto-serviço funciona muito bem? As pessoas são mais honestas. Sim. Isso é legal, honestidade sempre é bom. Melhora até nossa auto-estima.
Mas de resto, viva o Brasil!!!!
Tem coisa mais democrática que um self-service? Que você escolhe o que gosta e só paga pela quantidade que vai comer?
Roma é imunda, as lixeiras sempre abertas, moscas. Os garçons são porcos.
Os franceses são o fim da picada. Pedantes, insuportáveis. Fazem questão de não te ajudar e fingir que não te entendem. Debocham de você na sua cara. Dá raiva.
Os espanhóis são muito grosseiros. Te atendem mal, estão sempre de mau-humor, uma coisa horrível.
De que adianta tanta beleza com um povinho desses?
Na chegada ficamos analisando para ver como éramos tratados pelos brasileiros. Que povo simpático o carioca! Que calor humano. Uma farta distribuição de boas-noites, sorrisos vindos do nada, os taxistas nos ajudando a achar o lugar certo do desembarque. E melhor: em português. “Aí mermão, é melhó você subi porque aqui sua coroa num vai consegui pará. Os guarda dão em cima geral!” Isso é que é idioma.
Agora sério. Foi muito bom ter ido. E foi muito bom voltar. Assim é perfeito.
Um grande beijo.
Notas do blogueiro:
1) Daniel é filho da Claudia, autora do texto, que é minha sobrinha. Perde um amigo mas não perde uma piada. Coitados dos "gringos"
2) David é o marido da Claudia, pai do Daniel, também ele muito bem-humorado.
"Atendendo a pedidos, sigo fazendo um breve relato de nossa viagem à Europa.
A viagem foi a realização de um sonho. Eu não queria morrer sem conhecer outros países, outras culturas, respirar outros ares.
Foram anos sonhando, meses planejando e 16 dias viajando. Valeu a pena.
Claro que abrimos mão do conserto do boiler (é assim que escreve?) e da reforma nos armários da cozinha, mas vão ter que esperar.
O Daniel¹ é um capítulo à parte. O sofrimento de deixá-lo, a saudade, a preocupação com seu bem-estar eu conto outra hora. Faz parte.
Finalmente chegamos a Roma. Cansados por muitas horas de vôo, mas muito excitados com a expectativa de finalmente estar lá.
Nossa primeira visita foi, no mesmo dia, à Fontana di Trevi. Nunca vou esquecer...Fiquei maravilhada. Eram umas seis horas da tarde e, como escurece muito tarde no verão, ficamos passeando pela “Roma Barroca” até às nove horas da noite. Uma das mais belas vistas de Roma.
Com essa última frase quero ressaltar que estas são minhas opiniões muito pessoais. Se eu tivesse começado por outro país talvez minha opinião fosse outra. Nada do que digo também foi retirado de nenhum guia turístico. Conto apenas o que senti, mas não espero que sirva de parâmetro para nada nem ninguém.
No dia seguinte fizemos um city tour e passamos o resto do dia no Vaticano. É bonito. Tem muitas riquezas. Ponto. Você não se sente numa igreja, não rola nenhuma energia diferente, os seguranças são muito grosseiros. E vocês podem ter certeza de que a energia existe. Notre-Dame passa uma energia bem forte. Até o Louvre tem mais energia que a Basílica de São Pedro.
Enfim, posso colocar no meu currículo que estive lá, mas não pretendo voltar.
Em todos os países a excursão nos levou a um bairro típico, boêmio, para que conhecêssemos as pessoas da cidade e não só os turistas.
O Trastevere é um bairro romano muito animado. Jantamos num restaurante italiano legítimo, com aquela gritaria italiana que nós vemos nos filmes.
Uma coisa que fiz questão nessa viagem foi experimentar os pratos típicos de cada país/cidade que fomos. Em Roma comi muito macarrão com molho ao sugo (maravilhoso!!!!), pizza a taglio (que é a peso), doces folhados, sorvete, pão (que é duro feito uma pedra).
Ficamos mais um dia inteiro conhecendo cada pontinho de Roma. Várias piazzas (praças), o Coliseu, o Pantheon, Foro Romano. Não desejo isto a ninguém. Corri atrás do David² feito louca. À noite, câimbras nas batatas-das-pernas. O homem ficou possuído, querendo fotografar tudo. Eu já jurei que não quero ver uma foto.
No dia seguinte o que sobrou de mim foi para Pisa.
Quando digo: foi para Pisa, significa: chega no hotel, faz mala, fecha mala, acorda cedo, faz check-out, carrega mala, toma café às pressas e sai. Desculpe a expressão, mas cagar nem pensar, e vai ficando aquela idéia fixa...
Pisa é legal. Quem fez o projeto? Rá, rá, rá. Será que cai? Rá, rá, rá. Igreja, cemitério e volta pro ônibus.
Pisa é tomada por senegaleses. O David parece levemente bronzeado perto deles. Vendem de tudo, quinquilharias em geral. O David comprou um chapéu. Ah! O chapéu... Não cabia em lugar nenhum... É enorme, usado na colheita. E o David que não colhe nada gostou do chapéu. Eu, apaixonada, falei: leva amor, eu ajudo. Vim com esta porra no colo de Pisa ao Brasil, cerca de 14 dias apenas.
No dia seguinte passamos pelos Alpes, uma coisa linda. As neves eternas nos picos, e conhecemos o famoso Mont Blanc. Paramos em uma cidade linda, a nossa primeira na França, chamada Chamonix. Realmente a cidade é um charme.
Tinha um rapaz cantando na rua que marcou nossa chegada à França. Além de cantar lindamente (e em francês) ele sorria, como se estivesse muito feliz de estar ali cantando. Realmente lindo.
As vitrines das confeitarias eram indescritíveis. Dignas de fotos (claro que o David fotografou).
E nessa mesma noite chagamos a Paris. Paris. Eu estava em Paris! Chegamos às nove e meia da noite. Às onze estávamos na Torre Eiffel, que fica aberta até meia-noite. É realmente linda, emocionante. Não sei se é realmente linda, mas o desejo que estar ali era tão grande que a deixou encantadora.
Às duas e meia da manhã, depois de uma aventura para jantarmos e pegarmos um táxi (esta aventura vale à pena ser contada, mas requer uma ligação telefônica), voltamos ao hotel.
No dia seguinte, já tarde, às oito da manhã, saímos para conhecer o Versalhes. Na minha modesta opinião o mais belo Palácio que conhecemos. Seus jardins são um sonho.
À tarde city tour por Paris. Foi quando pude comprovar que a Torre Eiffel é muito mais bonita à noite.
Pensaram que acabou??? Não. À noite fomos ao tal bairro boêmio, que em Paris é o Montmartre. Confesso que não gostei muito. Um monte de loja de turco, de árabe, parecia a Rua da Alfândega. Meio sinistro. Passamos por uma experiência em um supermercado também digna de uma conversa posterior.
No dia seguinte passamos a manhã no Louvre. Fomos dos primeiros a entrar. A gente anda até não ter mais forças, mas não quer perder tempo e conseguir olhar toda aquela beleza. É um show. Indescritível. A Gioconda é insossa, coitada, mas eu fui lá, entrei na fila, e olhei bem no fundo dos olhos dela. Posso falar o que eu quiser agora.
Pensaram que acabou? Não. Passeamos pelas “praias” do Sena, fomos à Notre-Dame, etc, etc, etc.
Em seguida saímos em direção à Inglaterra. Atravessamos o Canal da Mancha de ferry-boat e chegamos à Canterbury, uma linda cidade medieval.
Aqui faço uma pausa. Sai da França para a Inglaterra. Muda a moeda, o idioma (graças à Deus), as pessoas (sem comentários) e, pela primeira vez em oito dias, as pessoas nos olhavam, sorriam e diziam: bom-dia! Eu sabia que o David estava tentando, mas será que ele havia conseguido me matar? Estava eu no paraíso?
Os ingleses foram um oásis. Que falta eu sentia de gente educada! Fiquei pensando que talvez sejam assim para compensar o valor da libra. Enfim, um mundo novo se abria para nós.
Fizemos o de sempre: city tour, assistimos a troca da guarda, passeamos pela City, avistamos o Tâmisa, Big Ben, coisa e tal.
O prato típico de Londres varia de peixe frito com batata frita a frango frito com batata frita. Ninguém come arroz, é uma coisa impressionante.
Embora achemos que o idioma falado é o inglês, na verdade eles falam alemão. Você estuda seis, sete anos de inglês e no final não entende nada do que eles falam. Só pode ser um dialeto. Você gasta o seu bonito conhecimento do inglês com os italianos e os senegaleses. Os franceses te cospem e dizem que não te entendem. Os espanhóis só te ignoram.
Fomos ao Castelo de Windsor. Aquela rainha é uma bichinha falsa. Disse que é o Castelo do qual ela mais gosta, mas estava passando as férias na Irlanda, que ela não é boba. Eles vendem como o único Castelo habitado aberto à visitação na Europa. Ela separou umas peças, até bonitas, que ela não tinha onde botar, colocou numa pequena ala do castelo, e os bestas vão lá conhecer. O que eu andei de trem pra chegar nesse raio deste Castelo...
À noite fomos ao Soho, um bairro muito movimentado. Foi legal. Meio corrido pra dar tempo de jantar.
No dia seguinte fomos ao Museu de Cera. Acho que foi a entrada mais cara que pagamos, mas que Louvre, que Versalhes, que Torre Eiffel, que Coliseo. 25 pounds. E ficamos ali, tietando geral. As estátuas são perfeitas, é um show. Fotos e mais fotos.
Ficamos pouco tempo em Londres e gostamos bastante. Partimos para Oxford e foi bom sentir o clima da cidade tipicamente universitária. Sabe quem era professor lá? O autor da Alice no País das Maravilhas. Conheci o bosque onde a Alice dormiu, aquela tonta.
Também lá foi filmado parte do Harry Potter. Tem bem o clima do Harry Potter.
Voltamos para a França de navio. Dormimos em uma cabine ínfima. Uma experiência única. Única mesmo. Never more. O David tomou um vinho e achou ótimo, mas quem foi para cima no beliche fui eu.
Chegamos à Mont Saint Michel. Mágico. Uma ilha cercada de muralhas medievais, com a igreja de Saint Michel bem, bem, bem no alto. Muito misticismo e a mesma grosseria francesa de sempre.
O David garante que comeu o sonho mais gostoso da vida dele, e pelo valor simbólico de 3 euros.
Nessa noite chegamos a Bordeaux, terra do tal vinho. Confesso que já não me agüentava mais. Tinha chegado ao meu limite. Ainda assim saímos para jantar, passeamos pelo centro da cidade e jantamos numa cantina agradável com uma comida deliciosa.
Uma de nossas companheiras de viagem teve a mala extraviada e ficamos todos muito chateados.
Pegamos um trânsito muito intenso e só chegamos a Madri bem mais tarde do que o previsto no dia seguinte.
Na porta do hotel, quando desembarcávamos do ônibus após 10 horas de viagem, uma turista do mesmo hotel teve sua bolsa roubada. Outro balde de água fria.
Tudo que eu falar de Madri deve levar em conta que eu estava exausta. Já não achava mais nada bonito. A catedral deles é a quarta maior da Europa. Mas se eu já tinha visto as duas primeiras, pra que ver a quarta?
Fomos a Praça Maior, ao Portal do Sol, Estátua de Cibeles, etc.
Comemos a paella e o David tomou a sangria. Na verdade várias sangrias. Queria guardar esta lembrança, eu acho.
No último dia da excursão fomos a Toledo. O dia escolhido não foi muito acertado. As igrejas estavam fechadas, pois teriam missas; os museus não funcionavam e o calor era infernal. Tudo isto temperado com ladeiras intermináveis, com o confortável piso de pedra de rio, bem lisinha e irregular, com aquelas muralhas de pedra a sua volta.
Entrei pela primeira vez em uma mesquita.
Voltamos a Madri e ainda passeamos pelo centro.
Eu me recusei a ir e voltei para o hotel, mas o David descobriu que tinha uma tourada na Praça dos Touros. A meia-noite chegou ele de volta, entre excitado e enjoado. Assistiu ao touricídio de seis inocentes touros. Me recusei a ouvir os detalhes sórdidos. E são sórdidos mesmo.
Na Espanha é programa de família: vão os filhos, os pais, os avós; lancham assistindo ao espetáculo, gritam e parabenizam o toureiro por suas façanhas. Muito estranho.
E acabou. Mais doze torturantes horas de vôo e chegamos de volta ao Brasil. Que saudade!
Na minha plena ignorância histórica, o meu gostar ou desgostar de baseia na emoção, na energia que rola.
Acho que meu maior aprendizado foi a valorização do meu país.
Confesso que eu esperava encontrar o primeiro mundo, uma civilização até então desconhecida por mim; com pessoas desenvolvidas em sua plenitude. A evolução perfeita do seu humano que nós do terceiro mundo só ousamos sonhar.
Encontremos inovação tecnológica? Sim, mas menos do que eu esperava. Além do mais eu já não dou mais conta de acompanhar tanto desenvolvimento tecnológico assim.
O auto-serviço funciona muito bem? As pessoas são mais honestas. Sim. Isso é legal, honestidade sempre é bom. Melhora até nossa auto-estima.
Mas de resto, viva o Brasil!!!!
Tem coisa mais democrática que um self-service? Que você escolhe o que gosta e só paga pela quantidade que vai comer?
Roma é imunda, as lixeiras sempre abertas, moscas. Os garçons são porcos.
Os franceses são o fim da picada. Pedantes, insuportáveis. Fazem questão de não te ajudar e fingir que não te entendem. Debocham de você na sua cara. Dá raiva.
Os espanhóis são muito grosseiros. Te atendem mal, estão sempre de mau-humor, uma coisa horrível.
De que adianta tanta beleza com um povinho desses?
Na chegada ficamos analisando para ver como éramos tratados pelos brasileiros. Que povo simpático o carioca! Que calor humano. Uma farta distribuição de boas-noites, sorrisos vindos do nada, os taxistas nos ajudando a achar o lugar certo do desembarque. E melhor: em português. “Aí mermão, é melhó você subi porque aqui sua coroa num vai consegui pará. Os guarda dão em cima geral!” Isso é que é idioma.
Agora sério. Foi muito bom ter ido. E foi muito bom voltar. Assim é perfeito.
Um grande beijo.
Notas do blogueiro:
1) Daniel é filho da Claudia, autora do texto, que é minha sobrinha. Perde um amigo mas não perde uma piada. Coitados dos "gringos"
2) David é o marido da Claudia, pai do Daniel, também ele muito bem-humorado.