A narrativa da Claudinha (diminutivo afetivo, por ser a caçula de três irmãs), sobre sua viagem à Europa (vide post Viagens, de 8 de jan.), pode ser de um humor ácido, cáustico, mas quem já foi à França, principalmente a Paris, sabe que ela não está sendo injusta.
Vejam só a opinião do Jaguar, festejado, mui justamente, cartunista, humorista e cronista, sobre viagem que fez França.
Em primeiro lugar ele achou nojentos os garçons dos bistrôs e restaurantes de Paris. Achou-os – os garçons – arrogantes e metidos a besta. Contou o Jaguar, em crônicas publicadas no jornal O Dia, há já alguns anos, que eles ficavam mortalmente ofendidos se fossem estalados os dedos para chama-los, e, mais ainda, se fossem chamados de garçon. E acrescentou, com seu humor peculiar, que chamar “Ô meu”, então, nem pensar.
Segundo o cronista, se o sujeito (garçon) detetava, ao ser implorada sua atenção, o mais remoto sinal de urgência, você ficava mofando na mesa sem comer nem beber.
Entretanto, a exemplo do que comentou a Claudia, também o humorista achou a cozinha francesa imbatível. “As batatas fritas não deixavam gordura no guardanapo de papel”. A única coisa que eles sabem fazer mesmo é comida, segundo Jaguar.
Eu acrescentaria o vinho. E no que concerne aos contras, deve-se mencionar que até 2005, pelo menos, quando foram banidos os Gauloises e Gitanes, tinha-se que conviver com o forte cheiro destes cigarros nos bistrôs e, também, com o cheiro dos cachorros levados pelos frequentadores, também nos restaurantes, e que ficavam estirados sob as mesas. Os cachorros, não os frequentadores.
As praias do Sena, citadas pela Claudia, foram comparadas pelo Juguar ao Piscinão de Ramos. Ela – Claudia - pegou leve neste particular.
Ainda assim, com todos esses contratempos, com todos estes inconvenientes, Paris c’est une fête, como repercute até hoje a frase de Hemingway.
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