No dia 16 último, em comentário no post cujo link está a seguir, comemorei o fato de ainda termos a "Beira Mar", um ícone da cidade, funcionando.
https://jorgecarrano.blogspot.com/2021/07/paes.html
Hoje, dia 19, três dias após, o Gilson Monteiro publica a seguinte nota:
Gentil Moreira, 92, fundador da Beira Mar, uma vida de cordialidade e simpatia
Escrito por Gilson Monteiro às 12:31 do dia 19 de julho de 2021
"A colônia portuguesa e a cidade de Niterói perderam uma figura que se destacava pela simpatia, cordialidade, elegância. Gentil Moreira de Souza, 92 anos, faleceu nesta segunda-feira (19/07), em casa, deixando uma história de muita luta, trabalho, conquistas e o seu maior xodó: a Confeitaria Beira Mar, que fundou há 47 anos.
Há 71 anos, Gentil chegou a Niterói, vindo de Arouca, uma pequena cidade ao Norte de Portugal. Era alfaiate e pretendia continuar aqui na profissão. Com nove anos de Brasil, trocou a tesoura, o tropical inglês e os cortes de roupa masculina pela farinha de trigo importada e o calor dos fornos à lenha da primeira padaria que comprou no Centro de Niterói."
NOTA: leiam a história completa, na coluna do Gilson, através do link a seguir:
https://colunadogilson.com.br/
Não sabia do fato !
ResponderExcluirRealmente uma figura notável como empreendedor.
ResponderExcluirAcho que não é de seu tempo, Riva.
Mas Getúlio Vargas, o simpático caudilho gaúcho, que governou o pais ditatorialmente e mais tarde sufragado nas urnas, regularmente nos dias primeiro de maio (consagrado ao trabalhador) de cada ano, proferia um discurso que invariavelmente começava assim: "Trabalhadores do Brasil, brasileiros etc...)"
Comentava-se a boca pequena que ao se dirigir aos "trabalhadores" ele aludia aos portugueses, empreendedores, que acordavam as 4 da manhã para abrir seus comércios de armazéns e padarias, especialmente. Depois então se dirigia aos "brasileiros".
Piada ou não, estaria fazendo justiça.
Em meu ramo português (materno), tive dois tios portugueses legítimos, casados om duas tias portuguesas, de Viseu, irmãs de minha mãe, já nascida no Brasil.
Pois bem, um teve um armazém no Grajaú (Rua Borda do Mato) e o outro uma padaria na Rua Frei Caneca, perto do Campo de Santana, no Rio de Janeiro.
Madrugavam para abrir seus comércios. Não construíram impérios, mas criaram filhos e deram-lhes futuro sem necessidade de roçar a barriga em balcões.