A contragosto, vejo-me na contingência de dar razão ao meu sogro, que sempre defendeu a tese de que um ladrão é menos nocivo do que um burro.
Meu sogro teve pequenos negócios e consequentemente teve empregados.
O exemplo que ele dava, e já narrei em outro momento neste blog, era o seguinte:
Você tem uma horta plantada com algumas verduras e o local está cercado com mourões e arame.
Um burro é seduzido por aquelas hortaliças frescas e o que faz para ter acesso a elas? Derruba a cerca invade o terreno e enquanto come vorazmente vai pisoteando os canteiros ao lado e atrás de si.
E faz pior porque ao ir embora saciado, ao invés de procurar sair por onde entrou, derruba outro trecho da cerca.
Prejuízo enorme.
Já o ladrão o que faz? Pula sua cerca, colhe uns tantos pés de couve e alface e pula de volta para ir embora com o fruto de seu saque.
Prejuízo menor.
Qual a razão desta minha revelação?
Pagamos um preço alto para retirar ladrões do poder. Ou seja, o PT e toda a corja de saqueadores da coisa pública. Votamos em Bolsonaro como alternativa. Não por seus méritos mas pela opção de saneamento.
Mas colocamos um burro, melhor, uma ameba, no poder. Fizemos boa escolha?
Olha gente, não fora pelo fato que mais me assombrava, que era ver o Brasil caminhando para uma ditadura do proletariado, um socialismo caboclo, porque eram (como ainda são) patentes o aparelhamento do estado, das universidades públicas, da imprensa, do judiciário e até mesmo de parte da igreja, diria que fizemos uma enorme besteira ao apear o PT do poder e nele colocar esta anta.
Colocou, neste episódio da saída de Sergio Moro, o papel de pai acima dos interesses da nação.
E se alguém ainda tem dúvida por, hipoteticamente, admitir que um pai sempre zela por seus filhos, pergunto porque ele não criou os filhos na trilha do bem, do cumprimento dos deveres, da decência?
Se assim tivesse agido não teria que agora acobertar a todo custo as besteiras perpetradas pelos filhos.
Impeachment será pouco, interdição judicial seria mais adequado. O cara é incapaz para a prática de atos da vida civil, perdeu por completo, se um dia teve, suas funções cognitivas, é um caso de insanidade mental. Não, já me corrijo, de burrice extrema.
ResponderExcluirAntecipo aqui e agora, que caso o Moro enverede pela política e venha a ser candidato à presidência em 2022, NÃO terá meu voto.
Faltam-lhe qualidades.
ResponderExcluirNinguém, que eu tenha escutado, questionou o direito do presidente da República exonerar e nomear o Diretor da Polícia Federal. Isso é inquestionável, pois está na lei.
A pergunta que fica no ar é a seguinte: por que trocar o Diretor? Ele é incompetente, desidioso, desonesto?
Ficou nas entrelinhas a insinuação de que PF não investigou devidamente a tentativa de assassinato de que foi vítima. O que não é verdade. Houve inquérito, a promotoria denunciou o acusado que foi devidamente julgado.
Se ele é inimputável é outra história. A culpa não é da PF.
ResponderExcluirPara os que não me compreendem, até na família, faço minhas as palavras de Antônio Augusto de Queiroz, num outro momento e contexto:
"Se o impeachment é confirmado, assume o vice, general Hamilton Mourão. Na hipótese de assumir, Mourão “daria mais habilidade e efetividade às propostas do governo, e as encaminharia de forma mais razoável. Portanto, Mourão tende a ser mais efetivo do que Bolsonaro, que demonstra não ter noção clara das atribuições das instituições de Estado”. Para o analista, o atual presidente “comete excessos que são contraproducentes e Mourão é mais calibrado, menos impulsivo, tem mais estratégia e apresentaria mais resultados (para o próprio governo)”.
Este comentário é de agosto de 2019, no seguinte contexto:
"Se crimes de responsabilidade são condutas exercidas com “descritério e desatino”, embora sem explícita “ofensa à lei”, segundo Paulo Brossard, Bolsonaro já acumula uma série delas: sua referência aos nordestinos como “paraíbas”, a agressão ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, entre outras. Ou os graves prejuízos à nação, como contra o meio ambiente e à Amazônia, o que vem causando escândalo mundial, que poderia ser um novo argumento."
Isso está em https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2019/08/o-que-acontece-em-caso-de-impeachment-de-bolsonaro/
Muitas coisas poderão ser acrescentadas desde então. A meu juízo o mais grave é seu comportamento em face da pandemia da Coronavírus, contrariando recomendação da OMC e também de seu ministro da saúde e promovendo encontros com partidários, frequentando padaria, inclusive consumindo internamente violando norma baixada pelo governo, no caso do Distrito Federal, que tem competência para tal (reconhecida pelo STF).
Teve a coragem e falta de educação de limpar o nariz com a mão e estende-la a um correligionário. É um porco e irresponsável.
E recomendar e defender o uso da cloroquina, medicamento que não tem a eficácia comprovada suficientemente para tratamento da Covid-19.
Que é isso? Um charlatão prescrevendo medicação não aprovada pelas autoridades competentes no caso desta pandemia?
E com os filhos que tem não precisa de oposição nem no Congresso, nem na imprensa.
Se os inquéritos forem adiante no STF, ele serão apanhados porque suas digitais estarão em maracutaias como as rachadinhas e incentivo a rebelião contra o regime democrático.
Apoiei, e não me arrependo, o movimento militar em 1964, mas agora um golpe de direita não teria cabimento ou justificativa.
As instituições estão funcionando, faltam lideranças, falta inteligência, falta discernimento e bom senso.