Terceira idade, ou mais

Por
Ana Maria Carrano

Estou na Terceira idade há tempo suficiente para analisa-la. Não pretendo me precipitar no julgamento de uma das fases da vida humana, mas cheguei a algumas conclusões .

Antes, a terceira, era considerada a última e  deveria ser aproveitada ao máximo, dentro as limitações de cada um. Atualmente está surgindo uma subfase, uma Quarta idade. São os que ultrapassaram os 80 anos. A eles é concedida uma prioridade dentro da legislação de atendimento preferencial. Acho justo. Se eu mal consigo manter-me em pé e viva, imagino aqueles que viveram oito décadas.

A primeira coisa que percebi é que a velhice doentia é resultado da vida que levamos na juventude. Sem estresse ou fanatismo, os naturebas, veganos, esotéricos e similares têm razão.

Segunda coisa é que a genética é muito importante, o que joga parte da responsabilidade do nosso envelhecer para nossos ancestrais.

Terceiro é manter-se em atividade, amar e sonhar. Pelo menos foi o que disse Aristóteles.

Bem. Agora que já estou velha, as coisas ficam mais difíceis de serem consertadas.

Fazer o que? Ler com atenção os conselhos dos mais sábios e procurar vivê-los, ouvir as recomendações médicas e procurar segui-las ou simplesmente fazer o que cantou o Zeca Pagodinho e “deixar a vida me levar”?

Por via das dúvidas, sigo as três opções temperadas com muito humor.