Vamos ver no que vai dar. Como mero admirador do Reino Unido, sem vínculos de ascendência, nem lembranças de residente, torci muito pela saída do bloco europeu.
Ora, sejamos sensatos, uma coisa é você aceitar decisão tomada num bloco heterogêneo, mesmo que tendo representante seu com assento no colegiado, outra é você transigir, se necessário, ser flexível se valer a pena, mas sempre por conveniência e/ou interesse seu.
Sei,
pouco, mas sei, que existem muitas arestas para aparar. A fronteira das
Irlandas. A preferência da Escócia pela permanência do UK na UE (certamente
quererão novo plebiscito sobre sua permanência no Reino Unido); a questão dos
cidadãos europeus dos 27 países que ainda estão no bloco, que trabalham,
estudam, têm negócios ou simplesmente residem no Reino Unido. E dos britânicos
que diversamente residem, trabalham ou têm negócios em algum outro país da
União Europeia.
Moeda não
será problema, pois nunca adotaram o euro. Mas os passaportes serão restritos,
a imigração mais controlada, acabando o livre trânsito entre países membros da
UE.
Alexander Boris de Pfeffel Johnson |
O
discurso do Boris Johnson foi muito otimista. Claro que autonomia absoluta não
existe, mormente no mundo globalizado no qual já vivemos. Um vírus na China faz
despencarem as bolsas de valores mundo afora. E o dólar dispara.
Muitos
analistas, especialistas em relações internacionais, afirmam com pose e atitude
de quem é dono da verdade, de que os britânicos irão perder e se arrependerão
por romperem uma parceria de 47 anos.
Dizem que
a autonomia pretendida por Johnson é impossível e que ao invés de sujeição as
imposições do bloco (parlamento europeu), ficarão sujeitos a imposições das
demais nações em acordos bilaterais. Inclusive com o Mercosul (estou rindo).
Nós iremos atrás deles propondo acordos, porque teremos interesse.
Ora, como escrevi acima, uma coisa é você ficar sujeito a decisões tomadas lá longe, sem levar em conta suas peculiaridades, tradições, necessidades sociais, e outra é você fazer concessões, flexibilizar se e quando necessário, segundo suas conveniências e interesses. Faz se quiser, não tem que acatar decisão tomada a distância, muitas vezes absolutamente contrária as suas políticas como Estado soberano.
A questão da política de imigração da União Europeia, a meu juízo, incomodava aos britânicos. Posso estar enganado, mas a ênfase dada na questão de empregos para os cidadãos nascidos no Reino Unido, leva-me a acreditar nisto.
E não vou sequer tangenciar a questão dos refugiados que envolve além dos aspecto econômicos, em especial os humanitários.
Ao acolher refugiados é preciso dar-lhes assistência médica, educação e emprego.
Bem, mais do que um prognóstico é uma torcida, minha opinião de que com o tempo a decisão se mostrará acertada.
ResponderExcluirMacron não estudou história. Ou não tem memória. Ou é mal agradecido.
Creio que daqui a 15 anos ainda estarão discutindo o assunto. Muito complicado.
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ResponderExcluirMeu palpite, pois nem embasamento para opinião tem, é de que num próximo e provável plebiscito, a Escócia aprovará a saída do Reino Unido.
Pelo mesmo fundamento que o UK utilizou para sair da União Europeia, ou seja, a autonomia.
ResponderExcluirExplicação:
A provocação com o amigo citado é porque ele é admirador da França.
E gosta mais de Paris do que de Londres,entre outras discordâncias respeitosas, respeitáveis e respeitadas.
Desculpe a demora, mas só hoje consegui responder sua provocação, pois do celular, o que envio não chega ao destinatário. Numa resposta a um e-mail seu afirmei que o canal da Mancha e a baía de Guanabara são divisores bem diferentes e não poderiam servir de comparação para os países e cidades que lhes são limítrofes. Sob o prisma objetivo, França e Inglaterra têm mais de 2 mil anos de vida útil, enquanto Rio de Janeiro e Niterói acabaram de completar quinhentos. E a história daqueles países representa muito no contexto mundial.Já sob o aspecto afetivo, considero o Rio de Janeiro a cidade mais bonita do mundo, a natureza realmente foi pródiga com ela. Já Niterói habita meu coração desde 1949: aqui cursei do primário até a Faculdade, nela comecei a trabalhar e criei meus filhos. Morei e trabalhei nas duas e em ambas tenho minhas raízes. Já para visitar (pois para morar não dá mais), sempre preferi a França, que sempre me encantou, desde quando lá estive pela primeira vez, em 1957. Não tenho nada contra a Inglaterra, mas lá só mesmo para visitas esporádicas. Para mim (é minha opinião), não tem o charme e o "savoir vivre" da França. Também, na minha opinião, fizeram uma grande bobagem saindo da comunidade europeia. Para nós, turistas, a facilidade de trafegar entre os vários países europeus é algo extraordinário. Já na Inglaterra, a entrada no país é dificultosa, muita burocrática, desconfiam de tudo e de todos. Torço para que a Escócia, que gosto mais que a Inglaterra, permaneça no Comunidade Europeia. A República da Irlanda, que se separou, pareceu mais atraente para mi, como simples visitante.
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ResponderExcluirSou carioca da Andaraí. Segundo Ney Lopes: "Ai no tempo!
No tempo que Don-Don jogava no Andaraí
Nossa vida era mais simples de viver"
Para os mais jovens, segundo a Wikipédia: "Don-don é considerado um dos maiores jogadores da história do modesto Andarahy Athletico Club, clube carioca extinto no fim da década de 1970. Popular para sua época, foi tema, muitos anos depois, de um famoso samba de Nei Lopes, que anos depois foi gravado por Zeca Pagodinho e Dudu Nobre, chamado "Tempo de Don-Don". Sua atividade profissional se resumiu apenas entre 1932 e 1938, defendendo somente as cores do Andarahy."
Embora carioca de nascimento, como meus pais mudaram para Niterói quando eu tinha três anos de idade, sou niteroiense por adoção.
Sim, é mais burocrático entrar na Inglaterra, mas é mais gratificante. Respirar civilização é importante.