13 de janeiro de 2020

ENDEMIA



Há um risco grande de termos uma endemia aqui no Rio de Janeiro e na região metropolitana.

Precisamos combater, com afinco, e vacinar nossas crianças. O risco desta endemia virar uma epidemia e a médio prazo uma pandemia, é muito grande. O mal poderá se alastrar.

O vírus, de nome científico  banguela urubuzensis, pode se espalhar rapidamente. E como não há um vetor específico, como um mosquito, e a contaminação ocorre no meio ambiente, é preciso cuidado com seu filho no playground e até mesmo no colégio.

Já imaginou seu filho, de seis ou sete anos um dia, durante o jantar, declarar que torce pelo, com perdão da má palavra, Flamengo? Que desgosto profundo!

Se você é um homem de bem, de boa formação moral e intelectual levará um susto e ficará aturdido.

Então trate de enaltecer o seu clube do coração, fale de seus feitos, suas glórias, dos grandes ídolos do passado. Leve seu filho ao estádio, ou coloque-o diante da TV junto a você nos jogos de seu clube de paixão e vá glorificando, elogiando as cores, a história, os títulos mais importantes. Faça marketing.

Compre o uniforme de seu clube, seja alvinegro, seja, tricolor, seja cruz-maltino, vista no seu filho e fotografe. Deixe documentado porque mesmo que ele um dia vacile, a fotografia irá denuncia-lo, e como homem que é homem não muda de clube ele se manterá fiel ao time reverenciado pelo pai. Ou tio, ou irmão mais velho, ou melhor amigo, ou avô.

Precisamos de uma corrente forte, de engajamento total, solidário, dos demais torcedores de sorte e combater o risco da mulambada crescer, e o que é pior, com a adesão de seus filhos.

Uma dica: o Vasco foi o primeiro clube, no Brasil, a combater o preconceito racial, não admitindo distinção  étnica. Foi o primeiro a construir, com recursos de seus associados, um estádio grande, moderno, que abrigava os jogos da seleção nacional antes do Maracanã e servia de palco para Getúlio Vargas fazer seus pronunciamentos a cada primeiro de abril anunciando o salário-mínimo.

Teve uma seleção nacional constituída de nove jogadores de seu elenco, em 1950. Em 1958, seu zagueiro/capitão da equipe ergueu o primeiro troféu mundial. 

Se você é botafoguense, relate os feitos de Garrincha, Heleno de Freitas, de Didi, de Quarentinha, de Amarildo, de Jairzinho. Fale das grandes figuras nacionais que eram torcedores do glorioso. Em especial na crônica esportiva.

Se você é tricolor fale da "máquina", das três cores que traduzem tradição, a paz, a esperança e o vigor, unidos e fortes pelo esporte.

Se não agirmos, rapidamente e com energia, perderemos nossos filhos e netos para os urubus.

Como diz o meu xará, Perlingeiro, torcer pelo Flamengo é falta de imaginação. Evite que seu filho caia na vala comum.

4 comentários:


  1. Tenho fotos de meus dois filhos envergando a camisa cruzmaltina. E meu filho fez o mesmo com o dele.

    Deu certo.

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  2. Carrano:
    Aqui em casa, no trato com meus filhos, prevalece a democracia pura.
    Escolheram suas carreiras (um deles é físico astrônomo), seus cônjuges, os colégios em que estudaram, várias outras coisas na vida. Nunca procurei influenciá-los nas suas escolhas de vida, coisa que era muito comum na nossa época.
    Quanto ao futebol, deixei a critério deles a escolha de seu time favorito: desde que fosse o BOTAFOGO.Caso contrário, não teriam direito à sobremesa depois das refeições...

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  3. Também só exerci influência no futebol, para escolha do time.

    Quanto mais erraram e acertaram sozinhos.

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  4. Lá em casa era um matriarcado.

    Já contei como me tornei Fluminense. Sempre fui rebelde ao extremo.

    Sou engenheiro civil para contrariar a Matriarca, pois o primogênito já tinha definido ser engenheiro, me sobrava ser médico.

    Então, fiz vestibular para Engenharia e passei #simplesassim.

    Nunca pude escolher escolas, nunca. Sempre me foi imposto.

    Violão aprendi sozinho, depois de abandonar 5 anos "obrigatórios" de piano. A Matriarca quebrou meus 2 violões.

    Ao invés de colocar discos de música clássica na vitrola, colocava Stones e Beatles.

    E comecei a deixar o cabelo crescer com 14 anos, vigiando qualquer tesoura inimiga que se aproximasse.

    Em tempo: não deixei nem se aproximarem das minhas namoradas, principalmente daquela que escolhi para casar.

    Sobrevivi ....

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