Enquanto é possível, porque não começou a disputa do mundial de clubes 2019, republico postagem de 01 de dezembro de 2015, portanto há 4 anos.
Vai que o rubro-negro conquista a taça.
Pesquisa
Estive em Londres e em Berlim, duas das cidades de maior média de público presente em estádios, consequentemente redutos de torcedores apaixonados por futebol.
Estádio Olímpico de Berlim |
Conhecem e idolatram Messi, Cristiano Ronaldo, Müller, Rooney, Neuer e, sim, Neymar. Alguns mais idosos lembram de talentos do passado, tipo Meyer, Zidane, Ronaldo, Pelé, Maradona, Di Stefano, Puskas.
Resolvi fazer uma pesquisa, aproveitando contatos informais com garçons, taxistas, balconistas, funcionários de hotéis, etc. para saber se conheciam ou tinham ouvido falar no Flamengo.
Eis, em síntese bem objetiva, alguns diálogos. Não vou identificar os interlocutores, porque serão alguns dos prestadores de serviço já mencionados, todos torcedores de clubes locais. As cidades, como mencionei, foram Londres e Berlim.
Blog: Por favor, você gosta de futebol?
Entrevistado: Sim amo de paixão.
Blog: Já ouviu falar no Flamengo?
Entrevistado: How’s that again?
Blog: Flamengo.
Entrevistado: Ah! Sure! É uma ave pernalta, de bico encurvado, de cor rosada, de natureza gregária e que habita, que habita, em grandes bandos, zonas aquáticas, pois se alimentam de algas e pequenos crustáceos.
Blog: Não, eu não falo destas aves. Falo de um clube de futebol.
Entrevistado: Sorry! Excuse me my mistake.
Outra pessoa, agora uma mulher.
Blog: Bom dia! Por acaso você acompanha futebol, tem algum time de predileção?
Entrevistada: Bom dia! Gosto muito. Eu e meu noivo vamos com frequência ao Estádio Olímpico (ela mencionou Olympiastadion).
Blog: Conhece o Flamengo?
Entrevistada: Conheço e em meus tempos de menina cheguei a frequentar aulas desta dança. É um ritmo de música e dança de origem cigana e mourisca. É muito popular na região da Andaluzia, na Espanha. É bonita de ver esta dança.
Blog: É verdade, tive oportunidade de assistir a um show folclórico quando visitei a Espanha. Mas não é da dança que falo, é de um clube muito popular no Brasil, onde jogou o Zico.
Entrevistada: Zzzzico? É assim que se pronuncia? Quem é?
Blog: Esquece, não é importante.
Ao voltar para meu hotel conversei com o taxista, um bem-humorado porto-riquenho.
Ilha de Culebra - Flamenco Beach |
Blog: E futebol, José, você gosta. Em Porto Rico tem bons times?
Entrevistado: Sou fissurado por futebol, tentei ser jogador, mas um problema no joelho me impediu de seguir jogando. Aqui torço pelo West Ham, clube tradicional que revelou Frank Lampard, Joe Cole, Glen Johnson e outros grandes jogadores que chegaram a seleção.
Blog: Eu conheço o West Ham , conhecido como a Academia do Futebol, embora seja coisa do passado. Aqui torço pelos gunners.
Entrevistado: São dois clubes de muita história no futebol.
Blog: Certamente você já ouviu falar de Flamengo.
Entrevistado (com largo sorriso): E como não! É uma das paias mais belas do mundo. Você conhece?
Blog: Você está falando da praia do Flamengo, no Rio de Janeiro?
Entrevistado: Não falo da Flamenco Beach ou Playa Flamenco, que fica na ilha de Culebra, no meu país, Porto Rico.
Blog: Eu estava perguntado sobre um clube chamado Flamengo, do Brasil.
Entrevistado: Brasil, sim, Pelé. Formidável.
Blog: O Flamengo parece que tem 30 milhões de torcedores e seria o time mais popular do Brasil.
Entrevistado: Trinta milhões de torcedores? Isso é dez vezes mais do que a população de Puerto Rico. Nem caberiam na ilha (lol).
Blog: Pois é, mas você nunca ouviu falar dele.
Vejam vocês o absurdo, o cúmulo da incompetência dos dirigentes de futebol deste clube e do país. O Brasil tem 204 milhões de habitantes, no entanto ...
Nota do editor: a intenção era sacanear os rubro-negros. Mas enriquecemos com um pouco de cultura geral e encerramos com uma dolorosa verdade.
ResponderExcluirEntre outros, o clube rubro-negro acaba de alcançar outro record para sua história: o de ser o clube, com o título já conquistado, que sofreu a maior derrota: 4 x 0 para o Santos.
ResponderExcluirIsto é vergonhoso. O clube lucra milhões com estes meninos, especialmente nas transações para o exterior. Vejam o exemplo do Vinicius Junior.
Recorrer é falta total de sensibilidade, de humanidade, de respeito com os familiares
https://www.terra.com.br/esportes/flamengo/flamengo-vai-recorrer-de-decisao-favoravel-a-vitimas,a5f5bc4e23942cbc3aaf2f0a0a62ebbd1kunqw3t.html
Carrano, bom dia.
ResponderExcluirAcabei de ler seu "post" em seu blog e concordo plenamente com você: o futebol, atualmente, tende a transformar os antigos clubes sociais e esportivos em empresas e separar uma coisa da outra. A realidade é que o futebol profissional transformou-se num grande negócio que lucra com a exibição de suas partidas, como acontece com o teatro, o cinema e outras fontes de entretenimento. Depois que houve a profissionalização do esporte, no início da década de 30 do século passado, pouco a pouco o que ainda restava de amadorismo, de amor ao clube por parte dos jogadores e também até da seleção brasileira, foi-se diluindo aos poucos, até por acabar por completo. Na nossa época ainda se falava em Ademir "do Vasco" (apesar dele ter "traído" o clube quando se transferiu para o Fluminense e foi campeão de carioca de 1945. Mas, no ano seguinte voltou logo para o Vasco), em Eli do Amparo, Barbossa e Chico; Castilho, Píndaro e Pinheiro "do Fluminense"; Dequinha e Zagallo "do Flamengo (mesmo que tenham encerrado a carreira no Botafogo); Nilton Santos, Garrincha, Tomé, Manga, Quarentinha "do Botafogo, que, alguns deles, mesmo que tenham deixado o clube para terminar de jogar futebol em outros clubes, permaneceram no alvinegro carioca por mais de dez anos (com exceção de Nílton Santos, que só vestiu as camisas do Botafogo, seleções carioca e brasileira); como Pelé, Coutinho, Zito, Mengálvio "do Santos"; como Chinezinho, Oberdan, Ademir da Guia e Rodrigues "do Palmeiras"; como Poy, Canhoteiro e Gino, do "São Paulo"; como Rivelino, Cabeção, "do Corinthians... Apenas, para citar alguns exemplos...hoje, o menino com doze, treze anos de idade, que começa a se destacar nas divisões de base de um clube, é logo sondado por um grande clube do exterior (a maioria deles "clubes empresas", como Real Madrid, Barcelona, Manchester City, Paris St. Germain) e para lá vão, muitos deles, sem ao menos jogar uma partida nos clubes do Brasil (ou da Argentina ou Uruguai: Messi. Suarez. etc...)...
A identificação com a camisa de um clube, com aquele que o projetou para o futebol, de nada mais vale. Basta uma proposta um pouquinho melhor de vencimentos para logo trocar de patrão...
E, ficamos nós, fiéis torcedores de nossos times desde quando éramos crianças a fazer papel de bobo assistindo nossos clubes de coração servirem de vitrine para as potências europeias... Nem mesmo o Flamengo, com todo o prestígio e apelo comercial que tem, consegue segurar suas promessas e só
formou um bom time esse ano com o recheio de jogadores que não deram certo na Europa ou Ásia (Gabigol, Gerson. Éverton Ribeiro, Rafinha, Filipe Luis) ou que vieram da vitrine de outros clubes brasileiros (William Ayrão, do Botafogo, Arrascareta, do Cruzeiro).
Infelizmente, meu amigo, futebol hoje é dinheiro, e somente a transformação em empresas salvará os times brasileiros...
Quanto a ser conhecido lá fora, o futebol do Brasil só o era através da seleção brasileira... Isso, há algum tempo atrás...
Hoje, segundo a antiga canção de Miltinho, a seleção "é devaneio, é sombra do passado"...
O que ainda mantém viva a chama do Brasil lá fora, como país interessante e agradável, é a nossa música... Fora ela, pouquíssimas notícias na televisão e jornais sobre o nosso país...
Quando se lembram de nós é apenas para criticar nosso "amado" presidente...
Constatei isso pessoalmente na minha viagem à França e Itália, agora em outubro e novembro passados...
Um grande abraço e parabéns pela "matéria"...
Mas agora com esse massacre da FlaPress em nível nacional, e se eles ganham o pseudo Mundial, vai ser brabo !!
ResponderExcluirNão estou preparado .....