9 de setembro de 2019

Preocupação da amantíssima esposa


Caminhávamos no calçadão, no último sábado, quando fomos abordados por um homem. Não se tratava de um pedinte ou alguém que, a julgar pelo aspecto, representasse algum risco.

Admito, envergonhado por minha falta de memória visual, que não identifiquei de quem se tratava, embora as feições me parecessem, como se dizia antigamente, familiares.

A pessoa, e antecipo de quem se trata pois a ideia aqui não é fazer mistério, era o Paulo Bouhid.

A justificar meu lapso de memória, devo esclarecer que se trata de um amigo virtual, mais ou menos recente, e não alguém que conheço há anos (mais de sessenta), como Carlos Lopes, por exemplo.

Meus encontros, nos últimos anos, com o Carlinhos são bissextos e nossas fisionomias mudaram muito por conta do envelhecimento, mas ainda assim ao nos reencontrarmos a identificação foi imediata.

Voltando ao Paulo, ele se identificou o que me ajudou a reconhece-lo. Acho que foi o nosso terceiro encontro presencial.

Comentou desde logo, às 09:30 hs. que leu o post publicado naquele sábado, como faz, acrescentou, diariamente, embora sem participação em comentários ultimamente.

Contou um episódio ocorrido num show do Paul Anka, quando a compositor de "My Way" fez uma blague explicando porque compôs para Sinatra.

Bem, nos despedimos e no percurso até nossa casa, minha mulher, que nunca estivera com o Paulo, perguntou de quem se tratava. Expliquei que era alguém culto e inteligente que certa feita surgiu no blog com uma indagação e acabou por permanecer, como direi, fiel seguidor, por algum tempo. Depois escafedeu-se a francesa.

Wanda fez então a seguinte observação: se tem gente que lê seu blog, você não acha arriscado falar mal do Bolsonaro? Não é perigoso?

4 comentários:



  1. Expliquei para minha mulher que eu passo pela trama da tarrafa. Peixe pequeno não fica retido.

    A malha deve ser grossa.

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  2. Ademais não tem, nas minhas criticas, calúnia, injúria ou difamação.

    O que critico é a incontinência verbal, a violação da liturgia do cargo, a falta de status de estadista.

    Trata-se de um paquiderme numa loja de louças e cristais.

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  3. Bom dia, Jorge & Wanda.

    Passando por aqui pq, após nosso encontro na praia, me lembrei que o entendimento do episódio que contei sobre o PA envolvendo o FS, padecia de um detalhe apresentado no filme "O Poderoso Chefão", a que não fiz referência.

    É o seguinte: logo no início do filme, na festa de casamento da filha do Don, surge um rapaz, à época cantor, e logo muito bem recepcionado por todos. No encontro que se segue, dele com o Don, ele explica que a carreira dele como cantor havia deslanchado, mas que tivera conhecimento da produção de um filme que tinha, dentre seus personagens, alguém que "havia sido escrito para ele", e pede ao Don para que interceda junto ao produtor, que se mostrava irredutível, para lhe dar o papel. Quem viu o filme, sabe como aquele rapaz consegue esse "papel".

    Lenda ou não, aquele rapaz é o FS, e o filme que marcou sua estréia no cinema, se chamou "A um passo da eternidade", com o Montgomery Clift & Ernest Borgnine.

    E por isso, o comentário do PA em seu show: "Como negar um pedido do FS? Amanhã eu posso amanhecer com uma cabeça de cavalo em minha cama!!".

    Abs.

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  4. Paulo, bom dia!

    Obrigado por explicitar o episódio ao qual me referi sem contudo esclarecer do que se tratava.

    "O Poderoso Chefão" é um dos meus filmes prediletos; Sinatra meu cantor preferido e quando adolescente, jogando poker com alguns amigos, simulávamos que eramos a "gang" dele, que incluía figuras como Peter Lawford (cunhado do Kennedy), Dean Martin (parceiro do Jerry Lewis) e Sammy Davis Jr. (que imitava o Sinatra, cantando, à perfeição).

    A mim, jovem e no Brasil, sem contato com eles, surpreendia o fato de que o Sammy Davis Jr., negro, judeu e com um olho de vidro pudesse ter se casado com May Britt, que era uma espécie de "genérica" da Marilyn Monroe.

    Consta que a única mulher admitida na "gang" era a Shirley MacLaine, que vem a ser irmã do ator/galã Warren Beatty.

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