Eu mesmo já usei aqui no blog, mais de uma vez, as versões
que correm de boca em boca, em encontros sociais ou mesas de bares, das
inúmeras mancadas perpetradas por novos ricos, marinheiros de primeira viagem,
pessoas bem-sucedidas financeiramente, mas que não lograram o mesmo êxito no
desenvolvimento cultural e intelectual.
São aquelas histórias de pessoas que revelam baixo nível de
informação, tipo Dilma, que nem se dão conta da extensão de suas ignorâncias.
Uma delas é das madames, a bordo do avião que as levava à
França, numa primeira viagem internacional. Vou descrevê-las recorrendo a
personagens rodriguianos.
A gorda e patusca dizia para a amiga ao lado que estava louca
para conhecer Paris, a cidade luz. A grã-fina com narinas de cadáver, ao seu
lado, indagou porque Paris é chamada de cidade luz.
A gorda e patusca (neste post sem varizes) lecionou: é
porque a cidade tem uma iluminação feérica, fica muito iluminada durante toda a
noite, parecendo dia.
Já que mencionei o gênio da dramaturgia nacional, fico no
teatro: pano rápido!
Sim, poderia atribuir a mesma grã-fina de enormes narinas levemente
voltadas para o firmamento, como uma defunta (ou a gorda e patusca), este surrado exemplo de ignorância crônica, o de declarar
que aprecia a culinária francesa, mas jamais teria coragem de comer gatinhos.
Como assim comer gatinhos? - Você nunca ouviu falar no “petí gatô”?
Cheguei, finalmente, depois desta digressão, à guisa de
moldura, ao ponto que me motivou escrever sobre este tema.
Relendo “Portal para o mar”, de novo achei graça no inusitado
e anacrônico significado dado por um personagem, amigo do protagonista da história
(um detetive particular), para a palavra repetida ad nauseam em alguns filmes americanos: fuck.
Segundo o aludido personagem, fuck quer dizer: “Fornicar com o Consentimento Real”.
E emenda passando do que seria uma sigla, para a definição por
inteiro, literalmente: “Fornicate Under the Consent of the King”.
Parabém ao autor do livro, menos pelo fato de ser meu filho,
mas principalmente pela criatividade.
Lá, no livro, este personagem bizarro nasceu num teclado, fruto da
imaginação do autor, repito modestamente, meu filho, e não por geração
biológica, no sistema de fornicação autorizado.
Se pensam que esta postagem não passa de um disfarçado merchandising
do excelente livro, estão absolutamente certos.
Nota do
autor: este livro está no nicho literário consagrado por H. P.
Lovecraft, Alan Moore e Stephen king, entre outros.
Muito bom, Carrano. Parabéns ao seu filho...
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ResponderExcluirObrigado, Carlinhos.
Bom domingo!
Voei nessa, literalmente ...... rs
ResponderExcluirFaz sentido, a interpretação da palavra. Se não é correta, poderia ser. Boa sacada do brilhante autor.
ResponderExcluir☺☺☺
ResponderExcluirTsk, tsk, tsk
Tia coruja.