Por
Átila Soares da Costa Filho
Átila Soares da Costa Filho
FUJAM DO PREDADOR !!!
E não se deixem enganar por essa foto bacana: o filme é uma bomba mesmo... A(s) criatura(s) aparece(m) pouco, é piadinha sem graça o tempo todo, e são quase duas horas debaixo de muita escuridão. O problema aí é que esta opção do diretor Shane Black compromete o uso dos óculos 3D e o próprio visual em geral, já que o interesse conceitual do personagem tende a render mais sob a luz do dia. Sem falar que inseriram umas novidades completamente sem-noção: Cachorro-predador?? Predador-supremo?? E mais uma vez, temos um pai desesperado (o protagonista, claro) atrás de pirralho sabe-tudo, e aquele papo manjado de hibridismos no intuito de dar "fôlego novo" a uma franquia sobre monstros. Tal recurso já havia sido usado, até, dentro de seu próprio universo, em “Alien versus Predador 2”, há 10 anos. E o ator principal (quem mesmo??- preguiça de olhar no Google), canastra sem o menor carisma (quanta saudade do canastra Arnold... este TEM carisma). Lamentável esperar tanto pra ver um novo produto com uma das criaturas mais fascinantes do Cinema, e virem com um desastre desse. É até o caso de correr para o Youtube mais próximo e se divertir (muito mais) com o que verdadeiros entendedores andaram fazendo com seus poucos dólares na carteira a fim de dar sobrevida ao bicharoco... ainda que de maneira apócrifa.
Átila
Soares é designer, especialista em História, Filosofia e Antropologia. Também é
grande fã do Predador, mas assistiu ao filme em 2D porque não havia sessão em
3D... e, no fim das contas, se deu bem.
ResponderExcluirAgradeço ao professor Atila a generosidade de permitir a publicação de seu comentário crítico neste nosso espaço virtual.
Outras postagens do autor em:
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(Copy and past)
ResponderExcluirO gênero está fora de meu programa, com todo respeito aos aficionados, que sei muitos.
Para dar uma tênue ideia do tipo de filme que me levou a assistir mais de uma vez, ai vai uma lista sucinta, sem que a ordem indique hierarquização preferencial:
- Dançando na chuva
- Bonequinha de luxo
- O poderoso chefão (I e III)
- O Satânico Dr. No
- Os imperdoáveis
- As pontes de Madson
- Férias de amor
- Casablanca
- Noivo neurótico, noiva nervosa
- Ponto final - Match point
- Matar ou morrer
- Os brutos também amam
Algumas vezes foram os roteiros que atraíram, mas pode ter sido a interpretação destacada da atriz, quem sabe o mérito foi do diretor, a trilha sonora contou ponto, e até mesmo uma cena pode ter se tornado memorável.
A dança sensual em "Férias de amor" (Picnic) ao som de Moonglow; a cena de Gene Kelly, dançando na chuva; o roteiro do "Poderoso Chefão", são só algumas pistas do que me agrada.
Woody Allen, quase tudo, pelo humor fino, irônico, sarcástico. O roteirista e o diretor são nelhores do que o ator.
Fazia anos que não ia a cinema e, como já comentei aqui, me animei a assistir a continuação do Mamma Mia.
ResponderExcluirCreio que não teria esse ímpeto para assistir o Predador, apesar de considerá-lo um dos grandes personagens da ficção científica. O filme de 87 tinha consistência e suspense para nós com a adrenalina alta.
Mas pra não perder a piada, a questão da iluminação da versão de 2018, deve-se ao diretor. Afinal o seu nome não é Black?
ResponderExcluirPara registro:
O Jazz, outra paixão, foi reverenciado em dois ótimos filmes. Um em 1986 e o outro em 1988. Falo de Round Midnight e de Bird.
ResponderExcluir"Caríssmos, assisti à metade da lista do nobilíssimo amigo Jorge, e fiquei com uma dúvida: algo de errado com "Chefão II"? Teria sido a narrativa constante em flash back? Já fui muito fã da trilogia, mas depois passei a encará-la como muito "romântica", e shakesperiana, em relação à realidade nada glamourosa da máfia ítalo-americana. Scorcese, neste sentido, ganha de Coppola. E, por falar em (flash) "black", amiga Ana Maria, não nos esqueçamos que Schwarz... enneger também significa "negro" em alemão, e o mesmo Shane Black foi co-roteirista desta versão de 87, um tremendo filmaço. Ou seja, sua tirada foi sem dúvida bastante perspicaz - mas o cara errou de mão feeeeeeeeio, mas mais feio que o Predador. Beijo no coração!"
ResponderExcluirExplicações para quem está chegando agora.
A Ana Maria citada pelo Átila, é irmã do blogueiro e foi quem intermediou a publicação neste espaço desta e das outras criticas cinematográficas aludidas na postagem. Eles de comunicam pelas redes sociais.
Este comentário acima foi igualmente feito por intermédio da Ana Maria, via e-mail, com pedido de encaminhamento para o blog.
Dadas as explicações, vamos às respostas ao Átila:
- Você me pegou de calça curta. Sabe que não lembro porque descartei O Poderoso Chefão nº II? Entretanto estou seguro de que não gostei. Talvez devesse assisti-lo, de novo.
- Com todas as vênias vejo em algumas cenas uma aproximação com a realidade nada glamourosa da máfia ítalo-americana. Mas não vou pretender ir além das sandálias, como recomendou o pintor grego Apeles (“Sutor, ne supra crepidam”).
- Obrigado, uma vez mais, pela generosidade de permitir a reprodução de seu comentário crítico neste cantinho desconhecido da grande rede.
Meu amigo Jorge, o próprio Mario Puzo declarou que sua inspiração para os Corleoe eram os Bórgias do século XIV. Ou seja, uma família de Don e Signora pra cima e pra baixo, mas capaz das piores atrocidades diuturnamente. Quanto a Scorcese, noto uma verdadeira (des)caracterização deste fenômeno do banditismo industrial urbano: longe da finesse "borgiana", associo mais à crueza de uma favela carioca, por exemplo.
ResponderExcluirBem feito!!! Quem mandou meter-me a gato mestre e pretender argumentar contraditando opinião de quem conhece melhor o terreno onde estão pisando.
ResponderExcluirEm meu benefício suscito a ressalva que fiz recorrendo ao recorrente Apeles, e sua observação de que não deveria o sapateiro ir além das sandálias.
Claro, seria uma enorme ousadia pretender polemizar com quem sabe o que está falando (no caso escrevendo).
Caro Átila, considere minha opinião como a daquele torcedor de arquibancada que malemal jogou pelada na adolescência e se arvora a escalar a seleção brasileira porque o Tite não sabe nada.
Em matéria de arte fico sempre com a emoção que me desperta. Seja diante de uma tela de renomado pintor, seja ouvindo uma peça de Mozart, seja escutando um solo do Charlie Parker, ou seja assistindo a um filme do Antonioni, do Fellini, do Godard, do Bergman ou do Rene Clair.
De uma coisa esteja convicto: tenho disponibilidade para aprender. Meus olhos e ouvidos estão sempre atentos.
Obrigado, abraço.