Quem se lembra? Não sei quais eram as condições higiênicas do lugar, a qualidade dos produtos que utilizavam, em especial a gordura, mas sei que eram apetitosos os pasteis quando retirados da fritura na hora, fervendo.
Acompanhados, ou não, do caldo-de-cana gelado. Hummmm! Lembram?
Esse destino, Canto do Rio, não era a sede do clube de mesmo nome, que na verdade fica na Rua Visconde de Rio Branco, 701, praticamente no Centro da cidade.
O Canto do Rio Foot-ball Clube disputava o campeonato Carioca, embora sediado, e com torcida, deste lado da Guanabara.
O destino que se vê no bonde, era o final da Praia de Icaraí, também conhecido, pelos moradores mais antigos, como Canto do Rio.
Já pensou em ir tomar banho de mar viajando de bonde? Bem, eu ia a pé mesmo. Não morava no bairro, mas dava para ir andando até lá.
Esse outro estabelecimento é figurinha repetida, já foi mencionado, cantado em prosa e verso, inúmeras vezes neste espaço virtual.
A Leiteria Brasil faz parte da história da cidade, sem comparações, seria como a nossa Colombo, a nossa Cavé ou Manon (as três situadas no Rio de Janeiro).
Moro aqui pertinho, a duas quadras. A diferença (e quanta diferença) é que a Praia das Flexas (sic) está muito longe de ser assim nos dias que correm.
Esse estágio da foto ao alto, pouca gente que me lê aqui no blog teve oportunidade de conhecer.
No Cine Central (foto acima), os homens só entravam de paletó ou blazer. Acreditem!
O letreiro que aparece no alto da foto se refere a Padaria Modelo, conhecida pelos moradores como Pão Quente. Também referência na cidade, no ramo de panificação.
Este prédio acima, no Centro da cidade, abriga o Liceu Nilo Peçanha, onde estudei por três anos.
Já o prédio de baixo, é o Colégio São Vicente de Paulo, na Rua Miguel de Frias, onde estudaram meus filhos.
A construção da escola - de orientação religiosa - pouco mudou, mas os demais prédios da mesma rua, seu trânsito, e os veículos que nela circulam mudou muita coisa.
Os fusquinhas eram absolutos.
Estava encerrando este post e fui surpreendido com a notícia do fechamento da Casa Cruz, tradicional papelaria com filial, há muitos anos, em Niterói.
Quem não comprou material escolar, material de escritório, material para desenho e pintura nesta loja? Claro que muita gente era cliente da Casa Cruz.
O que terá determinado o fechamento da loja?
A CASA CRUZ fechou todas as suas lojas. Parou no tempo e no espaço no mercado atual, não soube enfrentar a concorrência virtual, se adaptar. Soube também que estava rolando alguns problemas na família dona da casa.
ResponderExcluirA DARTIGNY - tradicional de roupas de alta qualidade - também fechando.
BOB´s fechando tudo aos poucos.
SARAIVA da Sete de Setembro fechando.
C&A da rua da Quitanda fechou.
Algumas outras conhecidas fechando no Rio de Janeiro devido ao crescente roubo de cargas - altos seguros, custos de escolta, indenização aos assaltados, etc .... Magazin Luiza e ouvi falar da PACHECO também reduzir pontos.
"O INFERNO É AQUI MESMO "
Riva,
ResponderExcluirEstes casos de encerramento de atividade de alguns estabelecimentos tradicionais merece um estudo. Se não uma tese de mestrado, ou um tratado sobre economia, pelo menos um pequeno ensaio.
Não me proponho por falta de expertise, mas deixo o espaço a disposição para veicular o trabalho, a matéria.
De longe, com minha miopia administrativa/econômica, quer me parecer que nem sempre é o cenário político/econômico o responsável pela decadência e fechamento de alguns estabelecimentos.
Acho que a transição do patriarca fundados para herdeiros e sucessores também é responsável pelo debacle. Por falta de vocação ou talento destes.
Mudanças de hábitos sociais, de modismos, também levam à ruína se não houver o cuidado de acompanhar estas mudanças.
Veja o caso da pastelaria. A Imbuhy imperou durante anos, com boa frequência e casa cheia vendendo três ou quatro sabores de pasteis, caldo-de-cana e vitaminas. Fechou.
Agora está sendo anunciada a inauguração de uma pastelaria, que irá oferecer no cardápio um sem número de sabores. Sabe onde? Na rua paralela e mesma quadra que abrigava a Imbuhy, no centro da cidade.
Quem será o trouxa da história? O que fechou sua casa porque não soube melhorar atendimento e/ou variedade do cardápio, ou o que vai insistir com um negócio quem já fracassou no mesmo local?
Concordo, vários fatores levam ao fechamento de um negócio. Todos por vc citados.
ResponderExcluirUm negócio que não para de bombar é farmácia ! A Venâncio em plena expansão no meio da crise.
As mídias têm um poder impressionante hoje nas tomadas de decisão dos compradores, tendências, manipulação, enfim, abrir um negócio hoje é muito arriscado, até nos comércios mais tradicionais.
Pastelaria é mega tradicional. Mas no Centro de Niterói ? Não sei .... Bomba em São Paulo, em Campos do Jordão, em Friburgo, mas ,,,,inve$tir numa nova pa$telaria no Centro de Niterói nos dias de hoje ???
Fico deprimido quando "sou obrigado" a andar por lá, degradação total do comércio, das calçadas, dos prédios, comércio ilegal proliferado, muita sujeira, uma coisa horrorosa o Centro de Niterói.
Existe também uma outra questão que abrange a abertura de novos negócios, mas essa eu conversaria somente na mesa do Pub, não por aqui.
PS: abandonei o PFC há uns 2 meses, mas hoje fui ver o jogo do FLU na casa de um dos meus filhos ..... lamentável o que vi. O time não tem pegada, estéril. ABEL perdeu o brilho dos olhos, e essa tristeza e falta de gana parece contaminar o elenco, desmotivado, bagunçado, sem objetivos estratégicos em campo.
DEVOLVAM MEU FLUMINENSE !!
Pior é você assistir seu time, de elenco modesto, fazer uma partida correta no Itaquerão, contra o líder da competição e, ao fim e ao cabo, perder com um gol ilegal.
ResponderExcluirEm 1991 me atrevi a investir em um estabelecimento comercial. Naquela época eu acalentava uma visão romantica sobre o ramo empresarial. A experiência durou até 1999, quando por falha minha quando da renovação do aluguel (que se arrastou por 3 anos) o valor da locação foi absurdo e retroativo. Tive que fechar as portas, quitar dívidas e arcar com 24 meses de parcelas do acordo.
ResponderExcluirO fato não me transformou numa expert mas me deixou algumas lições.
É impossível ter lucro no Brasil sendo correto.
Como no casamento, o investimento no comércio tem tudo para dar errado. Se o dono não olhar o gado definha.
Como disse certa vez um comandante, as falha são quase sempre pane do piloto.
O caso do Bob's é seguramente de má administração
ResponderExcluirO atendimento e a qualidade caíram de tal forma que a marca perdeu o prestígio.
Em tempo: ainda existe a rede Gordon's?
A Gordon's era a do Canguru, pois não? Anos 1980 ...
ResponderExcluirA atividade comercial é escravizante, Ana Maria. Exige permanente acompanhamento. Exige saber comprar para poder vender bem.
E o pior: ter empregado, no Brasil, é gostar de viver perigosamente.
acho que dentro do contexto ....
ResponderExcluirBares tradicionais vazios depois das 20h em vários bairros do Rio e Niterói. NY foi assim, mas houve uma resposta inteligente e forte da prefeitura, num plano cuja missão era mais ou menos essa : Matar ou Morrer. E mataram .... NY está mais do que viva !!
Por aqui, meio que parafraseando Arnaldo Jabor e um cineasta de Hollywood que não sei o nome : estamos vivendo a ERA DO ESPANTO ...... (não é A HORA DO ESPANTO nem SOB O DOMÍNIO DO ESPANTOSO).
Começa a "entrar na veia" do carioca que tudo isso que estamos vivenciando diariamente já faz parte do nosso cotidiano, temos mais é que aprender a ziguezaguear para ir e voltar ao trabalho, escola, médico, cinema, em segurança.
Ou seja, fodeu, amigos, estamos literalmente fodidos !
Salve-se quem puder !!
Assassinada brutalmente e covardemente ontem uma mãe, esposa, que podia ser a nossa ......
ResponderExcluirNiterói está sem governo, com um prefeito 100% omisso na questão principal da cidade, a segurança pública, que impacta o ir e vir de QUALQUER ATIVIDADE.
Vamos falir economicamente, emocionalmente, moralmente .....
Um Brasil Bandido, uma Niterói Bandida !