29 de julho de 2017

DEAD OR ALIVE

DEEEEEAD!!!  No doubt!

Essa é a resposta em coro, minha e de tantos quantos não aguentam mais tanta atrocidade, tanta selvageria, tanta irracionalidade por parte da bandidagem.

Eu sei, eu sei, o governo tem culpa no crescimento da criminalidade. Nós, a chamada sociedade, temos nossa parcela de culpa, os empresários têm seu quinhão, o Judiciário tem uma grande fatia de responsabilidade, e até a polícia. A classe política talvez seja a maior responsável. O Congresso Nacional é um circo de horrores, composto de salafrários, corruptos e corruptores, fraudadores, uma escória.

Mas o descontrole chegou a um ponto que não há solução fora  da tolerância zero, o que implica em dizer que para início de conversa acabar com a vida de alguns destes delinquentes que matam por sadismo, com a vítima indefesa, absolutamente sem poder de reação, é a solução mais imediata.

Desumana?  Fazem-me rir. Desumano é o que assistimos diariamente nas imagens de TV e lemos nos noticiários dos jornais. A cada dia mais ousados e menos piedosos, os bandidos não têm um pingo de humanidade para com suas vítimas, que são executadas  ou torturadas mesmo quando já se renderam. 

Espero que realmente as forças armadas venham com espírito de guerra. E como se sabe “guerra é guerra”,  até nas piadas.

Lembram desta?

Durante guerras tropas invasoras violentavam, estupravam as mulheres do país (ou cidade) invadida. Isso é verdade, coloco apenas para criar o cenário da piada.

Então, agora começa a piada. Deu-se que soldados de tropas que tomaram uma determinada cidade entraram numa casa onde só havia uma velhinha. Ainda assim partiram para a ação, no princípio do que se não tem tu, vai tu mesmo.

Neste momento chegam de surpresa soldados da resistência e impedem a prática do estupro.

Disse a velhinha, meio revoltada: - deixa filhos, afinal guerra é guerra.

Para quem não entendeu, a bula explica que a tal velhinha, num atraso de anos, e sem perspectiva futura, não queria perder a chance de dar uma trepadinha antes da morte.

Pois é, guerra é guerra e aqueles criminosos que resistem podem (e devem) ser eliminados sumariamente, porque a vida dos que defendem a lei e a ordem, vis a vis a dos transgressores, vale muito mais.

Não haveria presídios capazes de receber tantos delinquentes, nem em número e muito menos em condições de recuperar bandidos para o convívio social.

Esta minha opinião não é pontual e nem casuística, é muito antiga e decorre de fatores indiscutíveis: independentemente de etnias, classes sociais ou religiões, a grande maioria, a maioria esmagadora dos cidadãos, vive com dignidade e progride na escala social por méritos, com denodo, persistência e coragem.

O caminho do crime é mais fácil e é trilhado por fracos e oportunistas. Covardes ou rebeldes sem objetivos nobres.

Dizem que colônias agrícolas seriam um bom meio de punir e ao mesmo tempo recuperar criminosos. Será?

O que se sabe é que onde existem estas colônias o objetivo de cada detento é a fuga. Ou matam-se por liderança e poder.

Mas vá lá, concedo aos que defendem colônias ou oficinas de trabalho, até para que cada preso reembolse o Estado pelos custos que provocam, o benefício da dúvida.

Mas não neste estágio em que nos encontramos. Tanto de funcionamento da polícia e do judiciário, quanto das políticas publicas em relação  a educação e ao crescimento econômico do país.

Cada militar que venha arriscar sua vida e o futuro de suas mulheres e filhos, em nossa defesa, precisa ter a permissão que o agente 007 tem.


#simplesassim, com as vênias de quem pensa em sentido contrário.


Noutro dia, antes da chegada das forças armadas, escrevi tangenciando este assunto. Está  em:
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2017/07/rio-de-janeiro-terra-de-ninguem.html


Notas:
1) íntegra do Decreto que autorizou o uso da forças armadas. Está em 
http://g1.globo.com/politica/noticia/veja-a-integra-do-decreto-de-temer-sobre-a-garantia-da-lei-e-ordem-no-df.ghtml

28 de julho de 2017

NELSON RODRIGUES

Meu primeiro contato com a obra teatral de Nelson Rodrigues ocorreu na década de sessenta do século passado. Fui assistir e peça “Perdoa-me por me traíres”.

Foi uma das primeiras vezes que fui assistir a uma peça com elenco profissional.

Conhecia algumas de obras (folhetins, contos, crônicas) através de publicações nas páginas dos jornais (O Globo e Ultima Hora), onde assinava com o pseudônimo de Suzana Flag, ou com o próprio nome.

Mais tarde revelou sua face apaixonada por futebol (torcedor do Fluminense) e publicou em jornais  excelentes crônicas esportivas. Muitas depois reunidas em livros.

Participante da Grande Resenha Facit, a melhor “mesa redonda” já produzida na TV brasileira, onde pontuava com suas frases de efeito, irônicas e bem-humoradas, em meio a feras do jornalismo esportivo, do quilate de  Armando Nogueira, José Maria Scassa e João Saldanha.


Certa feita foi acusado, pelo Scassa, flamenguista (arg!), de não entender de futebol. Retrucou na hora: “Meu querido Scassa, futebol é paixão e eu sou um dramaturgo, portanto tenho conhecimento suficiente”.

Esse era o Nelson. Repentista, raciocínio brilhante. Ótimo observador e cronista do cotidiano. Quase um sociólogo diletante. Se exagero me perdoem pois não sou expert em teatro, sequer frequentador assíduo, mas ele é, ainda, o melhor dramaturgo brasileiro.

Suas peças de teatro e seus folhetins provocavam aplausos, mas também muita ira. Foi taxado de imoral, obsceno, pornográfico e até de tarado.

Rotulado por alguns poucos como reacionário, sobretudo por suas posições políticas de apoio ao regime militar, abrandou mais tarde sua aprovação aos governos por causa de envolvimento de um filho com a esquerda contestadora.

Frases do Nelson são recorrentes em discursos e palestras e mencionadas ad nauseam em crônicas e matérias dos mais conhecidos e festejados articulistas.

Sua opinião sobre a esquerda e os imbecis  de todas as etnias, credos e ideologias é irretocável. Confiram:

"Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos.

[Até o século XIX] o idiota era apenas o idiota e como tal se comportava. E o primeiro a saber-se idiota era o próprio idiota. Não tinha ilusões.

Julgando-se um inepto nato e hereditário, jamais se atreveu a mover uma palha, ou tirar um cadeira do lugar.

Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os "melhores" pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele.

Deve-se a Marx o formidável despertar dos idiotas. Estes descobriram que são em maior número e sentiram a embriaguez da onipotência numérica.

E, então, aquele sujeito que, há 500 mil anos, limitava-se a babar na gravata, passou a existir socialmente, economicamente, politicamente, culturalmente etc. houve, em toda parte, a explosão triunfal dos idiotas. 

Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica: - ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina.”

Nota do autor:
Ler algumas das frases do Nelson Rodrigues utilizando o link a seguir:


26 de julho de 2017

Na vala comum e em estado de decomposição

Exercendo meu sagrado direito de opinião e de livre manifestação do pensamento, tomo a seguinte questão: um filho seu apanhado numa rodovia com 130 kg de maconha e 270 munições de fuzil, tem alguma chance de ser colocado em liberdade rapidamente?

Você conseguiria para ele um laudo, com diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline?

Pois a desembargadora presidente do TRE de Mato Grosso do Sul, e também do Tribunal de Justiça daquele Estado - Tânia Garcia de Freitas Borges - conseguiu para o filho, um delinquente de 37 anos de idade, tanto o citado laudo quanto a liberdade.

Imagem tirada de rede social
A desembargadora, aparentemente, não tem sintomas de estar acometida da Síndrome de Borderline. Mesmo que tivesse talvez pudesse continuar a exercer seu munus porque ouvi de um psiquiatra (em noticiário da TV), que o portador desta síndrome tem capacidade de discernir o certo do errado.

Bem, os advogados conseguiram um habeas corpus para o traficante, concedido por um desembargador colega de corte da mãe dele. Como havia outro mandado contra ele, por outro delito, foi preciso ir de novo ao tribunal e conseguir, com outro desembargador, novo mandamus, ou seja, outro habeas corpus.

A isso costumamos chamar de espírito de corpo. Não, você entendeu mal, eu não escrevi espírito de porco. Refiro-me a corporativismo.

Arrisco dizer que no caso amplamente divulgado nos meios de comunicação temos presentes dois casos de tráfico: de droga e de influência. Ou não?

Triste exemplo. Se você duvida que o Judiciário está na vala comum, junto com os outros poderes (podres poderes) você deve sofrer de Síndrome de Borderline. Está!

Mas não lamente pois tal fato permitirá que você faça tráfico de drogas e armas impunemente.

Será que todo o Judiciário está contaminado? Duvido da existência de um Deus, mas pode ser que exista; assim como pode haver magistrado íntegro.




NOTAS:

1)    Leiam mais em:



“Uma passada de olhos pela jurisprudência dos Tribunais nos mostrará que mandamus aparece como referência a mandado de segurança e, também, a impetração de habeas corpus. O mesmo ocorre com "writ", palavra inglesa que significa escrito, ordem, mandado, etc.”

2)    "Podres poderes" – Caetano Veloso:

“Enquanto os homens exercem seus podres poderes

Morrer e matar de fome, de raiva e de sede

São tantas vezes gestos naturais”


25 de julho de 2017

Rio de Janeiro - terra de ninguém

A bandidagem tomou conta do Estado do Rio de Janeiro.  A região metropolita da capital do Rio de Janeiro, em muitos aspectos lembra a cidade de Nova York antes da implantação do programa de tolerância zero.

Índices alarmantes de assassinatos, alto consumo – e claro vendas – de crack e outras drogas, lá na cidade de Nova York acabaram com ação integrada de polícia, justiça e demais agentes públicos.

Aqui estamos longe de poder implantar um programa semelhante. Mas poderíamos começar com a depuração da polícia, que infelizmente tem uma banda podre, comprometida com a bandidagem; afastar magistrados – juízes e até desembargadores – muito tolerante$ e magnânimo$ (ops! Erro de digitação) com traficantes e assaltantes; engajar a imprensa de sorte a que não elevem bandidos ao patamar de heróis, com relatos rocambolescos de seus feitos tornando-os espelhos para jovens em busca de aventuras e suposta “boa vida”.

É preciso controlar as fronteiras do Estado (idealmente do país), por onde entram drogas e armamentos. Portanto é necessária ação integrada com vizinhos.

Estão anunciando a chegada de tropas militares que reforçarão o policiamento na cidade e periferia. A pergunta que faço é a seguinte: eles poderão atirar para matar? Militares do exercito, marinha e aeronáutica, em tese treinados para guerra, ou seja, para matar o inimigo, saberão prender um bandido, assassino ou assaltante?

Só é possível reprimir bandidos muito bem armados e muitas vezes drogados, o que lhes retira o senso de perigo inibindo a autocensura, se for possível agir com energia superior. Como evitar explosões de cofres em agência bancárias, as cada vez mais comuns invasões em shoppings centers, se não for possível atirar para matar?

Assaltos a caminhões de carga e até carros fortes só são reprimíveis com reação igual e contrária. Se os bandidos estão dispostos a tudo, é preciso que os agentes de repressão também estejam. Dispostos e possam.

Ainda bem que minha opinião não tem peso e nem medida, que não sou autoridade governamental, e que existem leis no país.

Porque se minha opinião tivesse peso e poder de alterar a ordem vigente das coisas, proporia para já, por tempo limitado, as seguintes medidas:
Suspensão de garantias individuais. Não conceder habeas corpus, progressão regime, visitas sociais em presídios e permissão para ação da polícia proporcional a agressão. Ou seja, se o bandido usa arma de fogo, com arma de fogo será reprimido.

Informalmente já é assim, mas o policial é retirado das ruas, do serviço ativo, e fica com problema para provar exercício legal da ação.

Quem sabe toque de recolher as 23 horas. 

Noventa policiais foram mortos no Rio de Janeiro, somente do início do ano até agora. 

Cada bandido morto, evita para a sociedade pacífica, ordeira, obediente as leis e as normas de convivência social, uma enorme despesa com construção de presídios, contratação de agentes penitenciários, alimentação e vestuário. Tudo sem benefício social ou humano, pois bandido profissional  é  irrecuperável. Apontem um caso de condenado que se regenerou e voltou bem integrado ao convívio social.

Talvez um ou outro caso passional.

Objetivamente: proponho um retorno às lex talionis, nos moldes olho por olho, dente por dente.

E também a contratação de um Wyatt Earp, aquele que pacificou Tombstone com a ajuda de seus irmãos e colaboração de Doc Holliday.

















Notas:
Sobre o assunto acessar os links abaixo.



24 de julho de 2017

A criminalidade alimenta a economia, que desperdício

Não e trata de apologia ao crime.      Apenas registro fatos de todos conhecidos.  Mas vamos parar para pensar. 

O futebol também movimenta cifras astronômicas e nós comentamos, aprovando ou desaprovando o que por vezes extrapola o razoável.

Sucesso atual de vendas, em falta no mercado, as tornozeleiras eletrônicas são o produto do momento. Com demanda maior do que o iPhone 7 PLUS 256GB.


Este item – tornozeleira -  é de uso mais recente, mas os cadeados são muito antigos. Porteiros eletrônicos e câmeras de segurança, de aplicação mais recente, estão sendo instaladas em residências, lojas comerciais e condomínios.


Estes, os condomínios, desde há muito são cercados por gradis. Antes de ferro e agora de alumínio. Ou mais modernamente mistos. Barras de alumínio e vidro.


Vidro, por exemplo, é  outro produto muito vendido, e não só por razões estéticas ou de custo. Agora são blindados, temperados, a prova de balas. Por que?

Carros blindados são cada vez mais procurados e vendidos. Alarmes e trancas de direção. Coletes a prova de balas também deixaram de ser de uso da polícia, apenas.

E o inútil, nos dias de hoje, olho-mágico?

Gás de pimenta, bombas de efeito moral, tanques com canhões de  jato d´água, escudos e máscaras contra gazes e outros itens são usados em tempos mais recentes pelas forças policiais, no mundo todo.


Armamentos para policias, munições, viaturas, uniformes (roupas e calçados), novos presídios, bloqueadores de sinais de celulares, serventias judiciais na área criminal ( juízes, escreventes) e nos Distritos policiais, delegados, investigadores e inspetores, peritos e outros envolvidos como carcereiros, agentes penitenciários. Muita gente empregada contra a criminalidade.

Se todos fossem honestos, respeitassem o direito alheio, cumpridores de suas obrigações ... economizaríamos bilhões em recursos financeiros e principalmente milhões de vidas.

Quanto o combate à criminalidade alimenta a economia mundial?

Que saudade do ladrão de galinha e do punguista que sem violência e muita habilidade surrupiava nossa carteira na Av. Rio Branco,  na hora do rush. 

Antigamente achávamos (eu inclusive) que as artes marciais ajudavam na defesa pessoal. Hoje o que se pode fazer contra os fuzis e metralhadoras utilizados pela bandidagem? 

De que valem o jiu-jitsu, o karatê e o judô?



Agora imaginemos esta montanha de dinheiro, de recursos públicos, gatos com segurança pública, sendo aplicados em programas sociais, creches, escolas, ensino técnico, hospitais e clínicas bem equipadas, com pessoal qualificado. 

Imaginemos portos e rodovias modernos. O que não seria este país onde o sol bilha o ano todo, onde se plantando tudo nele dá?

23 de julho de 2017

Profissionalismo com pitada de amadorismo

Millôr cunhou uma frase, a meu juízo, perfeita: “Combinado o preço podemos começar a trabalhar por amor a arte”.

Se não for do Millôr, continua perfeita, um aforismo um adágio.

Talvez explique porque Ademir –  Queixada – grande ídolo do Vasco da Gama, que era tricolor na infância, adotou o Vasco por razões racionais.


Assim como Roberto – Dinamite – foi um dos grandes artilheiros da história do Gigante da Colina, tendo sido botafoguense quando criança.

Mas penso que o jogador que  adota um time no coração, quando criança e esta adoção vira paixão, quando ele tem a oportunidade de defender a camisa deste mesmo time, profissionalmente, isto dá a ele um gás. Ou não?

Acho que temperar o profissionalismo com uma pequena dose de amadorismo (jogar com o coração também), deve tornar mais prazeroso cumprir a obrigação contratual. E maior alegria nas conquistas.

Por mim o Vasco só contrataria jogadores que adotaram o clube como paixão infantil/juvenil. Tipo Edmundo, um dos jogadores que mais assumiram publicamente ser vascaíno.

Fiz esta digressão para dar as boas-vindas ao Anderson Martins que desde garoto é torcedor do Trem Bala da Colina.


Com boa passagem pelo clube, em 2011, conseguiu até fazer o Dedé se destacar e virar “o Mito”. E Dedé, cá para nós, pode ser classificado como “esforçado”. Nada mais do que isso.






Notas:
1) Imagens obtidas via Google
2)Informações em 
http://osgigantesdacolina.blogspot.com.br/2011/03/jair-rosa-pinto.html

20 de julho de 2017

Pouco mais de 50 anos depois ...

Três dos rapazes que estão nesta foto,



São hoje três senhores nesta outra abaixo, decorridos um pouco mais de 50 anos. 



Os mesmos três estão nesta outra a seguir, do final dos anos 1950. Mas exigir que sejam reconhecidos e identificados, é não querer pagar o prêmio ao acertador (rsrsrs).



O que o tempo faz com a gente, não? Mas tirante pequenas mazelas, estamos todos hígidos, com saúde física  mental.

Lanço um repito aos ex-liceistas. Identifiquem e informem os nomes dos três ex-liceistas que estão nas três fotos acima. Bastam os nomes.

19 de julho de 2017

RECORDAR É VIVER ...

O post abaixo, em sua forma e veículo originais, está em:





Por
Carlos Lopes (CALF)










RECORDAR É VIVER...
Calfilho


          Essa frase, “RECORDAR É VIVER”, título de uma música cantada por Gilberto Alves e que fez grande sucesso no Carnaval de 1955, é sempre atual quando queremos relembrar alguma fase ou episódio feliz de nossas vidas.
           Sábado último, 15 de julho, mais uma vez ela foi mencionada quando, eu e alguns amigos, todos com mais de 70 anos de idade, nos reunimos num botequim de São Francisco, em Niterói, em um encontro para reavivarmos nossa amizade de mais de sessenta anos, relembrarmos fatos pitorescos de nossa adolescência e juventude, comentarmos nossas trajetórias de vida, e, até debatermos, mesmo que superficialmente, os temas dos nossos dias atuais.
           Eu, Irapuam, Toninho, João e Josa nos vemos e nos telefonamos com alguma frequência, mesmo que não seja ela a ideal para nós quatro, já que deveríamos nos encontrar com mais assiduidade. Eu, Irapuam, João e Josa nos conhecemos quando cursávamos o curso científico, do Liceu Nilo Peçanha, de Niterói, mesmo estudando em séries diferentes. Isso, em 1958, quando o Grêmio nos uniu.
         Toninho, eu conhecia desde quando comecei a frequentar o Canto do Rio F.C., em sua sede da rua Visconde do Rio Branco, em 1953, e lá praticávamos vários esportes. Eu, futebol de salão e tênis de mesa. Toninho, basquete e futebol de salão. Voltamos a nos encontrar no futebol de praia organizado pelo saudoso amigo Telúrio Aguiar, no início dos anos 60, em animados “rachas” disputados no trecho da Praia de Icaraí (recuso-me a chamá-la de Jornalista Alberto Torres), entre as ruas Presidente Backer e Lopes Trovão (ainda bem que ainda não mudaram os nomes dessas duas).
          Anésio, fomos conhecer no citado futebol de praia, quando se incorporou ao nosso grupo, predominantemente composto de ex-liceístas.
          Finalmente, Carrano, que também conheci no Liceu em 1958, e que foi eleito presidente do nosso Grêmio por duas vezes consecutivas.
          Apesar de serem bem espaçados nossos encontros, desta vez conseguimos reunir esse pequeno grupo, o que não é muito fácil, pois eu e Irapuam moramos no Rio de Janeiro, Anesio em Pendotiba, Toninho em São Gonçalo e Carrano só o encontro via internet, eu e ele acompanhando reciprocamente nossos modestos “blogzinhos” (desculpem-me o neologismo).
          Organizamos o encontro mais para revermos Carrano (que já não víamos há algum tempo, mais de três ou quatro anos), bem como Anésio (que tem dificuldade de encontrar tempo livre, por problemas familiares), além de comemorarmos antecipadamente o aniversário de Irapuam, que fará 80 anos em 17 de setembro, ocasião em que deverei estar viajando ao exterior.
           Ao meio dia já estávamos sentados em cadeiras do lado de fora do bar Informal, na praia de São Francisco: eu, Carrano e Toninho. Logo depois chegaram João e Josa. Um pouco mais tarde, Irapuam e Anesio. Todos com a cabeça povoada de fios brancos de cabelo, Toninho mesmo sem eles...
          Carrano uma vez comentou num dos “posts” de seu blog que “as amizades verdadeiras são aquelas que fazemos na infância e adolescência”. A frase talvez não tenha sido exatamente esta, mas o sentido é esse. Concordo plenamente com ele. E, nesse encontro, essa afirmação tornou-se mais verdadeira e presente, quando relembramos várias fases de nossas vidas e acabamos concordando que, realmente, a melhor delas foi quando éramos crianças e adolescentes.
           Para mim, particularmente, o Liceu e o Canto do Rio foram os dois locais onde melhor me senti na vida, onde estava realmente à vontade, dentro do meu verdadeiro ambiente. Ali, principalmente no Liceu, fiz as amizades que se perpetuaram por minha fase adulta e na idade madura. Lamento, profundamente que alguns desses amigos tenham partido tão cedo para a outra dimensão, como os inesquecíveis Toninho Matheus e Silvinho Ribeiro. Todos eles, pessoas que marcaram profundamente meu crescimento e minha personalidade como adulto.
            Acabamos não almoçando, pois um prato cheio de comida iria atrapalhar nossas conversas. Apenas beliscamos um ou outro salgadinho e bebemos vários copos de cerveja. Aliás, era o que fazíamos há 60 anos atrás, quando ainda não trabalhávamos e não tínhamos dinheiro para um almoço completo.

            Mas, só deixamos o Informal lá pelas quatro da tarde, felizes de reencontramos as verdadeiras amizades.


17 de julho de 2017

Hipócritas


Cansei de propugnar pela pena de morte. Durante anos o fiz. Apoiei Amaral Neto até sua morte. 

Tenho os dedos calejados de escrever para redações de jornais e revistas e se editássemos todas as minha manifestações orais, compactando-as, estaria rouco (rsrsrs), de tanto defender.

Aqui mesmo no blog, tenho vários posts sobre o tema. 

O que me leva a voltar assunto, é o filmete abaixo. Cena gravada numa casa lotérica em Niterói, na semana passada.


Assistiram até o final?

Alguns hão de dizer que um assalto é de baixo poder ofensivo e a pena capital seria um exagero. Idiotas até diriam que uma condenação em cestas básicas atenderia os princípios da dosimetria da pena. Seria bem razoável.

KKKKKKKK

No estágio em que nos encontramos, não há saída fora de um programa de tolerância zero. Inclusive com a introdução da pena de morte.

Alguns outros alegarão que é a falta de políticas públicas (trabalho, renda, educação e saúde), a desigualdade social, e agora a grave crise econômica que leva as pessoas ao delito. Como forma de sobrevivência. MENTIRA! Coisa de socialista, que tem como meio de vida "defender direitos humanos". Seletivamente. Policial, por exemplo, quando morto em confronto com marginais não tem "direito humano". Nenhuma ONG vem a público defendê-lo. Nem a imprensa lhe concede o benefício da dúvida, se agiu dentro da lei ou não.

Sim, é politicamente correto, mas é hipocrisia também, como dizer que negros são afro-descendentes e anões são pessoas verticalmente comprometidos. Negro que se preza tem orgulho de sua raça.

É mentira, como afirmam alguns, que crise econômica seja justificativa para roubar. Quantas pessoas nós conhecemos que superam as dificuldades trabalhando mais, criando oportunidades de negócios ou atividades na área de serviços, inovando com criatividade, buscando espaço, fazendo artesanato, vendendo quentinha, etc.

No vídeo acima não houve assassinato, felizmente, porque não houve reação das pessoas roubadas. Mas os assaltantes matariam sem hesitação se necessário fosse para consumação do roubo.

Por isso não me pejo de usar este vídeo para ilustrar o texto. Sim, ninguém morreu. Mas não esqueçamos que algumas das pessoas que ali estavam, passam também dificuldades. Muitos estavam ali cumprindo obrigação social de pagar compromissos tributários ou junto às concessionárias de energia, fornecimento de água, etc. E sem o dinheiro roubado como farão?

É defensável tirar dos outros para comer? Sendo que alguns dos roubados poderão passar por privação porque o dinheiro roubado fará falta? 

Estamos  vivendo (inventando) "estado de necessidade", como causa excludente da criminalidade?

Não e não. Pelo menos durante 30 anos, ou duas gerações, precisamos implantar a pena de morte. E programas sério e eficazes de educação formal e social.

O post a seguir neste mesmo texto é de 2013, e é um dos muitos que abordam este tema, aqui publicados. Como também o do link abaixo, de 2011.

Ou  este outro de 2012:

Peço perdão a alguns amigos, que por razões religiosas não aceitam a pena capital. Mas cá entre nós, se Deus fosse contra, ou fosse intervir no assunto, deveria, antes que uma filha matasse ou mandasse matar os pais a pauladas enquanto estes dormiam, dar juízo a esta filha. E também ao pai e madrasta que atiraram um filho pela janela de um apartamento.

Deus não pode ficar zangado se não evita certas atrocidades, certas maldades, certos desvios de personalidade. Bem que Ele poderia, com seu infinito poder, criar o homem bom. E não cria-lo cheio de defeitos, inclusive o de defender que tenha o direito de decidir sobre a vida  de outro ser humano. Você não vê mas estou erguendo o dedo me acusando.

Assim como Judas protestou por haver sido o escolhido para trair Jesus. Como os desígnios dele são vedados a minha compreensão, então, sem um norte, tenho direito de contestar seus mandamentos. Segundo minhas próprias convicções.

Deus, se criou, abandonou o universo. Juízes e advogados, em geral, são contra a pena de morte, mas o restante da sociedade é absolutamente favorável. Basta promover um plebiscito.

Eis abaixo postagem de 2013.


Hipócritas

Alguns internautas andaram visitando o post a seguir, segundo as estatísticas do blogger (programa gerenciador) http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/08/comocao-e-indignacao-passageiras-2.html

Isto me remeteu a um tema recorrente. Já escrevi dezenas de cartas para as redações dos jornais (algumas publicadas), no Globo, extinto Jornal do Brasil e O Estado de São Paulo (Estadão). Faço isso pelo menos há 30 anos.

Eis o assunto. Pena de morte.


Os hipócritas são contra a pena de morte. Eles são de diferentes matizes: eclesiásticos, parlamentares, juízes e quejandos. Autoridades de um modo geral. A eles somam-se alguns carolas míopes e inocentes no mais amplo sentido da palavra, tangenciando a tolice. Somados, são minoria.

O povo é a favor. É só fazer plebiscito. Aposto meus testículos (ainda úteis).

Não se trata, no meu caso, de opinião pontual, oportunista, emocional, por causa do brutal assassinato do rapaz na porta de casa, cujas imagens foram divulgadas nos meios de comunicação.

Desde as campanhas do deputado Amaral Neto, cuja bandeira política era a da adoção da pena máxima no Brasil, tenho sido um voto (nas urnas) e voz vencidos.

Não havendo ainda o recurso dos e-mails, quando ele se encontrava  na câmara federal, tribuna de onde poderia defender suas ideias, escrevia cartas para ele louvando a iniciativa.

Desde que me formei sempre que tenho oportunidade manifesto minha opinião, sem receio de criticas, censuras ou rótulos.  Hipócrita não sou.

A pena de morte é perigosa porque alguns inocentes podem ser sacrificados? Paciência, desde que todos os culpados sejam condenados e tenham as penas executadas. A tolerância zero é fundamental.

Para deixar claro, se o preço da eliminação de todos os culpados  é o  eventual sacrifício de alguns poucos inocentes, então que prevaleça o interesse coletivo.

Seria como um estado de necessidade coletivo. Para os leigos esclareço que “estado de necessidade”  é uma causa excludente de criminalidade. Mais informações, se interessar, podem ser obtidas no site cujo link coloco ao final, que pincei na internet como ilustrativo.

Assumo, sem medo de vaias,  vitupérios, criticas ácidas ou até mesmo apedrejamento (virtual), que naquele caso do brasileiro que foi morto pela polícia londrina, no metrô, por causa de suas (his) atitudes suspeitas, lamentei como se lamenta a perda de uma vida, mas entendo o ponto de vista das autoridades britânicas e sobretudo da população londrina, não há como vacilar, contemporizar, arriscar, se há indícios de risco eminente para a população.

Conheci a polícia londrina sem armas, só usavam cassetetes. Mas o atentado terrorista na cidade mudou tudo.

Foi uma lástima e para a família enlutada uma perda irreparável. Mas a atitude do policial e em seguida o apoio mesmo que velado das  autoridades à ação da polícia, deixaram bem claro para candidatos a delinquir que não haveria tolerância. A política de segurança tem que ser dura mesmo. Inflexível.

Ou seja, os bandidos devem pensar muito antes de tentarem algum ato criminoso.

O candidato a parlamentar que quiser meu voto tem que defender com unhas e dentes a implantação da pena de morte. E olha que irei votar espontaneamente já que estou isento pela idade.


Site sobre estado de