O título é um dos versos do hino do clube da estrela solitária,
sobre o qual farei breves comentários, numa homenagem ao meu amigo Carlinhos, torcedor
alvinegro, que está aniversariando.
A mesa da melhor resenha esportiva de todos os tempos era
formada por alguns dos melhores cronistas/jornalistas botafoguenses. Falo da “Grande
resenha Facit”.
João Saldanha e Nelson Rodrigues, na Resenha Facit |
Começando pelo âncora – Luiz Mendes – passando por João
Saldanha, Armando Nogueira, e eventualmente Sandro Moreyra. Que time de cronistas, não? Mencionei apenas os botafoguenses.
Um de meus times de botões, em 1948, era o Botafogo. Se a memória não me trai, era
formado por Oswaldo, Gerson e Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirillo, Otávio e
Braguinha.
Era, o time de verdade do “glorioso”, um timaço. Mas não foi
o melhor de todos que vi jogar, porque depois teve Garrincha, Jairzinho, Didi,
Roberto, Quarentinha, Paulinho Valentim, Zagalo, Pampolini, Amoroso, Amarildo, Cacá e outros grandes
jogadores, que eram capazes de enfrentar o poderoso Santos F.C de Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Entre 1957 e 1959 o técnico do Botafogo foi a citado
comentarista João Saldanha, também responsável pelo embrião do
selecionado nacional campeão mundial em 1958.
Ontem, dia 14 de março, o agora modesto time do Botafogo uma
vez mais se superou e “sendo herói em cada jogo”, venceu o Estudiantes (Argentina),
pela Copa Libertadores.
O Botafogo, assim como o meu Vasco, andou frequentando a
segunda divisão, tem uma enorme dívida, atrasou pagamento de salários (também como o Vasco) perdeu e
recuperou sua sede de General Severiano, mas parece haver reencontrado seu
caminho de glórias.
Ontem, antes da partida, houve exibição da Banda de Fuzileiros
Navais, o que me remeteu aos anos 1950/1960 quando esta banda marcial era presença
obrigatória nos jogos da seleção brasileira no Maracanã. O original Maracanã.
O Maracanã que acolhia, bem ou mal acomodadas, pouco importava,
180.000 torcedores, um pouco mais um
pouco menos dependendo da importância da partida, e as torcidas rivais compartilhavam
a “Geral”, todos de pé aplaudindo seu time e vaiando o adversário, nume
convivência podemos rotular de pacífica.
As brigas, e havia, porque não haveria, eram de tapas e
empurrões, xingamentos e nada mais.
O Botafogo, além de dirigentes como Carlito Rocha, técnicos
como Saldanha e Zagalo, médico do quilate de Lídio Toledo, jogadores geniais
como Garrincha e Nilton Santos, teve um mascote famoso – Biriba – um cão SRD, e
um chefe de torcida apaixonado e respeitado cognominado Tarzan.
Enfim, como diz um verso de conhecido samba interpretado pela
botafoguense Beth Carvalho, “esse é o Botafogo que eu gosto, esse é o botafogo
que eu conheço ...”
Ouçam em
Nota do autor: não, não estou virando casaca, estou prestando
homenagem a um amigo querido e fazendo justiça a um clube que tem história
gloriosa.
Esqueceu de mim?
ResponderExcluirTambém sou botafoguense e salgueirense.
Mas não faz aniversário hoje (rsrsrs).
ResponderExcluirA propósito, qual a data de seu aniversário?
Obrigado, Carrano, pela lembrança de mais um meu aniversário e pela homenagem ao meu Botafogo. Como diziam os antigos, depois dos 60, não comemoramos mais aniversários, apenas constatamos que ficamos velhos. Quanto ao meu Botafogo, fiquei contente pelo resultado da última terça (fui ao jogo), mas continuo achando que o time ainda está muito longe do que pretendo. Pelo seu "post" (viu, também te homenageio) constato que o Botafogo, além de ter sido o clube que mais jogadores forneceu para as seleções brasileiras que foram campeãs do mundo, também fornecia os melhores comentaristas para as grandes mesas redondas do passado. Realmente, nós tivemos o privilégio de ver e ouvir os comentários de João Saldanha, Oldemário Touguinhó, Sandro Moreyra, Armando Nogueira, na mesa da Facit, comandada por Luiz Mendes. Todos eles botafoguenses.
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