"Só eu sei, as esquinas por que passei.
Só eu sei, os desertos que atravessei."
Versos emprestados de Djavan, para dar uma palinha de minha trajetória profissional. Quando olho para trás sinto profundo orgulho pelo que fiz e até pelo que deixei de fazer.
Antes de entrar no passado profissional, quero fazer um registro de comportamento social, protocolar, que vigia quando éramos todos mais ou menos educados, sociáveis. Antes da internet.
Toda vez que mudei de casa, depois de casado, mandei fazer cartões para comunicar aos amigos meu novo endereço e, também, especialmente oferecer como suas residências e abrigo, quando morei fora de Niterói. Foi assim quando residi em São Paulo (capital) e em Ribeirão Preto, por exemplo.
Nem todos os cartões estão aqui, até porque mudei muito de casa: 4 endereços em Niterói; 2 endereços em São Paulo (capital); 2 endereços em Ribeirão Preto e 2 em São José dos Campos (SP) e até em São José do Imbassaí (Maricá) eu morei durante dois anos.
Em cada mudança um pouco do passado ficou para trás, seja por espaço físico, seja por desapego, ou outro motivo na época limitador. Como quando mudei de uma casa para apartamento e deixei um dos melhores amigos que jamais tive: meu cão Bill.
Nem todos os cartões estão aqui, até porque mudei muito de casa: 4 endereços em Niterói; 2 endereços em São Paulo (capital); 2 endereços em Ribeirão Preto e 2 em São José dos Campos (SP) e até em São José do Imbassaí (Maricá) eu morei durante dois anos.
Em cada mudança um pouco do passado ficou para trás, seja por espaço físico, seja por desapego, ou outro motivo na época limitador. Como quando mudei de uma casa para apartamento e deixei um dos melhores amigos que jamais tive: meu cão Bill.
Quando mudei para São Paulo, de mala e cuia, no início dos anos 1970, trabalhei em duas empresas do Grupo Matarazzo. Uma delas de supermercados, que operava sob a denominação de Superbom. mais tarde vendida para o Grupo Pão de Açúcar.
A outra com o nome de Industrias Matarazzo do Paraná, abrigava toda as atividade têxtil do grupo, compreendendo, fiação, tecelagem e estamparia.
Trabalhei em duas empresas siderúrgicas, uma delas localizada em São José dos Campos (São Paulo), absorvida pelo Grupo Gerdau, e a outra em São Gonçalo - RJ. Esta última que pertencia ao Grupo Bozano,Simonsen, acabou vendida para a Mannesmann.
Trabalhei em duas empresas siderúrgicas, uma delas localizada em São José dos Campos (São Paulo), absorvida pelo Grupo Gerdau, e a outra em São Gonçalo - RJ. Esta última que pertencia ao Grupo Bozano,Simonsen, acabou vendida para a Mannesmann.
Comecei a trabalhar relativamente velho para um homem da classe média baixa. Os tempos eram difíceis e os rapazas começavam a trabalhar cedo para colaborar nas despesas da família.
Iniciei aos 22 anos porque meu pai achava que eu devia estudar e me preparar para o futuro já que não me deixaria bens materiais.
Trabalhei em dois bancos. Ambos absorvidos: Português do Brasil e Metropolitano. No banco Português do Brasil, com sede em São Paulo, onde trabalhei (Av. Paulista esquina com Bela Cintra) fui Coordenador de Recursos Humanos.
O Metropolitano, na Rua da Carioca, no centro do Rio de Janeiro, pertencia ao comendador Clarimar Maia, fui chefe de contas correntes
Todavia, a empresa que me propiciou muito aprendizado e oportunidades de crescimento e promoção, foi a Cia. Fiat Lux, de Fósforos de Segurança. Comecei na fábrica de São Gonçalo - RJ, na área fabril sendo transferido dois anos depois para o escritório central, na Rua Visconde de Inhaúma, no centro do Rio, onde fui assistente do departamento legal e, depois, finalmente, Gerente de Relações Industriais (denominação clássica antes virar Recursos Humanos).
Foi uma carreira de aprendizado, oportunidades e promoções.
Mas onde cresci, realmente, foi na última empresa em que trabalhei e onde acabei diretor estatutário, ou seja, eleito em assembleia de acionistas.
Falo do Laboratório Hepacholan S.A., onde iniciei como Gerente Administrativo, fui a Gerente Geral e, finalmente, Diretor.
Regressando a Niterói, comecei a advogar tendo mudado, nestes dezoito anos, de endereço e de andar. E de campo de atuação.
Notas:
Como se verifica trabalhei em indústrias (têxtil. fósforos, siderúrgica, medicamentos), comércio (supermercados) e prestação de serviços (bancos). Um amplo leque de atividades diversificadas.
Estes cartões, que serão agora devidamente incinerados, fazem parte de uma coleção, com quase mil, de amigos, executivos, prestadores de serviços (médicos, dentistas, contadores), empresários, muitos advogados (amigos e ex adversus), etc., com os quais me relacionei ao longo de 50 anos de atividades profissionais.
Trabalhei em São Paulo durante 17 anos ao todo, nas cidades São José dos Campos (no Vale do Paraiba), Ribeirão Preto (região da Mogiana) e na capital.
Na maioria dos cartões de visita de cunho social, havia apenas nossos nomes e abaixo, ao final, o novo endereço residencial.
ResponderExcluirNo espaço em branco, intermediário, colocávamos de próprio punho (para ficar no modismo da época) uma mensagem carinhosa oferecendo a residência.
Algumas cidades do "interior" de São Paulo, como Ribeirão Preto e São José dos Campos, tinham já naquela época infraestrutura tão boa quanto Niterói. Gostei muito do período de Ribeirão Preto, cidade onde meus filhos tiveram parte da infância que eu tive: pés descalços, jogando bola na rua. Banho de piscina e brincadeiras infantis. Ribeirão tem um clima mais semelhante ao de Minas do que de São Paulo. Viajávamos com frequência para conhecer cidades próximas, como Pirassununga, onde pescamos nas margens do rio de mesmo nome.
As mudanças de local de trabalho sempre ofereceram alguns contratempos, como quando adquiri um apartamento novo na Rua Inhambu, em Moema, perto do Ibirapuera, e nem cheguei a morar nele, depois de ter mandado forrar com carpete, colocar os blindex, etc., porque a meu pedido fui transferido da capital para o interior.
Algumas vezes fiquei longe da família, para esperar término de ano letivo, para então transferir os filhos de colégio.
Na rua Miguel de Frias, em Niterói, morei em duas oportunidades. No número 245 (meu primeiro apartamento próprio) e no 23, ao lado da reitoria da UFF, antigo Cassino Icaraí. Ed. Santos Apóstolos.
Vou resgatar em antigos álbuns, fotografias de todos os imóveis onde residi, desde menino, para facilitar a vida de meu biógrafo no futuro (rsrsrs).
Bela trajetória de vida, Carrano. Realmente, na nossa época, os jovens, principalmente os homens, começavam a trabalhar muito cedo. Digo principalmente os homens porque poucas mulheres trabalhavam naqueles tempos, a não ser como professoras, tanto que o curso mais procurado pelas jovens que terminavam o ginasial era o normal. No Banco do Brasil só eram admitidos funcionários homens, bem como em diversas outras atividades. Só com o passar do tempo as mulheres ingressaram fortemente no mercado de trabalho, sendo muito bem recebidas e hoje ocupam vários cargos de direção em diversas empresas e, principalmente, no serviço público. Engraçado você ter referido Ribeirão Preto como um dos seus locais de trabalho e moradia. Minha mãe nasceu nessa cidade, que só conheci de passagem numa excursão que fizemos ao Sul. Eu também quase fui trabalhar no interior de São Paulo, na cidade de Franca, para onde fui nomeado após ser aprovado no concurso do Ministério Público paulista, no começo de 1970. Acabei optando pelo Ministério Público fluminense, para onde também fora aprovado na mesma época. Nunca fui muito de fazer cartão de visita (talvez só no início de minha atividade como advogado), pois sempre achei que fosse uma coisa muito formal, que somente fosse usada para dar a um cliente, nunca a um amigo. Talvez por isso tenha reagido de uma forma que possa lhe ter parecida estranha quando você deixou seu cartão de visita com minha secretária quando foi me visitar no I Tribunal do Juri, aqui no Rio. Não entendi como você, que sempre considerei como um amigo da adolescência, precisava de um cartão de visita para falar comigo. Enfim, reconheço, você sempre foi mais formal do que eu, mesmo desde a época do Grêmio do Liceu, quando nos ensinou a pedir a palavra "pela ordem"... Quando assistimos pela TV, recentemente, as sessões do Congresso Nacional, verificamos que o "pela ordem" ficou bastante desmoralizado nos dias de hoje (principalmente pelos defensores da ex-presidente da República e do ex-presidente da Câmara dos Deputados). Também como você, mudei várias vezes de endereço, tendo residido, além de Niterói, no centro, no Ingá e em São Francisco, também nas cidades de Cordeiro, Lambari e Miguel Pereira (estas duas depois que me aposentei) e no Rio de Janeiro, nos bairros de Botafogo e Copacabana. Por isso, escrevi uma matéria que aqui publiquei sobre nossas escolhas de vida, pois, para alguns tudo aquilo que foi planejado e projetado desde a infância como sendo sua vida futura talvez tome caminhos bem diferentes e sejamos como adultos, pessoas que seguem profissões e caminhos que nem passavam por suas cabeças anteriormente.
ResponderExcluirCarlinhos,
ResponderExcluirComeçarei pelo final de seu comentário, recorrendo ao Chico (que respeito como compositor): " a gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino p'rá lá".
Veja você como são as coisas, foi por pouco que não me transformei no tabelião e oficial de registro de imóveis de Miguel Pereira. O agora município era distrito de Vassouras e lutava por sua emancipação. Meu pai, político, participou ativamente junto com empresários e e outros destacados moradores. O governador era o Miguel Couto Filho, com quem meu pai tinha bom trânsito, via Raul de Oliveira Rodrigues, então secretário de governo.
Para resumir, Miguel Pereira obteve a emancipação e foi oferecido ao meu pai o Cartório que seria criado no município. Ele recusou por causa dos filhos (colégio, etc). Como cargo era vitalício e hereditário, eu teria herdado o Cartório. Papai optou por permanecer em Niterói e foi nomeado diretor do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro (claro que antes da fusão).
Ribeirão Preto era uma bela cidade. Nela girava muito dinheiro. No supermercado entravam homens com suas botinas enlameadas, calças rotas, mas se dirigiam ao setor de importados e pegavam nas gôndolas o melhor uisque à venda, bons queijos e outros itens de consumo da classe rica.
Tinha um clube muito bom, a Sociedade Recreativa, que tinha uma sede campestre onde havia muitas opções de lazer, como um lago ara pecaria, quadras.
A Cava do Bosque, no centro da cidade, era como o nosso Campo de São Bento só que tinha um mini-zoo e restaurante.
A trajetória profissional foi como uma gincana, um rally marcado por quedas e recuperações. Ao fim e ao cabo, criei e formei meus dois filhos e mantenho um casamento de 51 anos a caminho dos 52.
Meu pai faleceu muito jovem, aos 57 anos de idade. Agora que estou com 76, posso afirmar que realmente ele viveu pouco tempo. Não me viu formado e nem conheceu netos.
Quanto ao formalismo, segundo meu filho mais velho eu já nasci velho. Sou ortodoxo, conservador, respeito os protocolo e sou amante das boas maneiras.
Minha sogra, com sua baixa escolaridade, dizia que eu era sistemático, fosse lá o que queria dizer com isso (rsrsrs).
Ao melhor estilo Gusmão .... juiz garfando o Flamengo na tentativa de consolidar um BR para o Estado de São Paulo. No momento 0x0, mas pelo andar da carruagem vem penalty contra o Rio.
ResponderExcluirPS: a batata do LULA e sua GANG assando legal !! Pista livre para o Moro empalar a corja toda !
Num pub é assim mesmo, os assuntos vão se intercalando, uma coisa puxa a outra e no final da noite já resolvemos todos os problemas do mundo. Menos os nossos.
ResponderExcluirAlguém acha que a educação é o maior problema. Já outro há algum tempo, achou que o cavalo foi um erro.
Havia quem achava que tudo terminaria em pizza. Agora se constata que a batata do Lula é que está assando em fogo brando. E Dilma foi apeada do poder.
Um é contra a pena de morte, o outro é favor da liberação do jogo. Há quem defenda a liberação da drogas.
O Riva achou que o time dos urubus foi garfado. Já eu torci muito pelo Palmeiras. Ao contrário da maioria dos cariocas (e sou legítimo, do Andaraí), não sou contra os paulistas por definição e nem contra argentinos indiscriminadamente.
Quando o mercado do Rio minguou com a transferência da capital para Brasília, foi para São Paulo que levas de cariocas (inclusive eu) migraram em buscas de oportunidades.
Queria o Messi em meu time, e aprecio um bom Malbec, de Mendonza. Pô os caras têm duas medalhas de ouro olímpico no futebol e uma no basquete. E as argentinas, vamos combinar, são bem bonitinhas.
Como costumava dizer meu amigo Senna (José Carlos Ferreira): assim como são as pessoas, são as criaturas.
Liberação DAS drogas ficaria melhor, mas agora é tarde. aPra corrigir a concordância, não a liberação (rsrsrs)
ResponderExcluirO blogueiro afirma nada ter contra paulistas e argentinos mas parece ter contra flamenguistas.
ResponderExcluirVisceralmente, Gusmão.
ResponderExcluirKKKKKKK
Já que descambou para futebol, informo que a TV Bandeirantes canal 7 na aberta e 15 na Sky, está transmitindo os jogos da Champions. Assisti quarta e quinta Bercelona 7X0 Celtic e Rela Madrid 2X1 Sporting. Dois bons jogos, com alguns dos melhores do mundo em campo.
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