O filósofo Herbert Marshall McLuhan tinha razão. Cultuado,
por vezes mal compreendido, o canadense autor de vários livros sobre
comunicação definiu irretocavelmente: “ O mundo é uma aldeia global”.
Referia-se às novas tecnologias que revolucionaram os meios de comunicação.
Através desta cena (no
link) antológica, com participação do próprio, Woody Allen, outro gênio, tira o
maior sarro:
Mas se o mundo é, nos tempos correntes, uma aldeia global,
Niterói, há muito mais tempo, era um exemplo desta assertiva.
Antes da malsinada ponte, que provocou na cidade uma invasão
de suburbanos e da zona norte do Rio, aqui todo mundo conhecia todo mundo.
Se eu não conhecia diretamente, conhecia alguém que conhecia,
ou seja, tínhamos amigos comuns.
Já escrevi sobre isso aqui, em duas oportunidades pelo menos:
falando de minhas tribos (com personagens comuns) e dos links de pessoas (umas
te levam a outras).
Olha só o que ficamos sabendo no post anterior. O Paulo
Bouhid chega de Teresópolis, sua terra natal, e em pouco tempo vai se
enturmando, virando amigo e convivendo com pessoas com as quais, há muitos
anos, posso até dizer sem estar mentindo, desde o século passado, eu me
relacionava.
Caramba, lembrar do Carlinhos “Frigideira” foi demais. Faz
50, quase 60 anos, que não ouvia menção a este ex-colega do Liceu. Na época
estava sendo introduzido nas escolas de samba um instrumento inédito: pequenas frigideiras.
Delas tirava-se um som parecido com o do agogô, mas mais ritmado, que no
compasso do samba confere um colorido ótimo.
Carlinhos, filho de desembargador de justiça, virou um apaixonado
pelo “instrumento”, que executava muito bem. Muitas pessoas o viam, no Liceu,
como excêntrico.
Não sei do paradeiro dele e tampouco do irmão, Luiz Gonzaga,
que foi colega de turma no científico. Sentávamos no fundo da sala e brincávamos
de fazer, a lápis e em folhas do caderno, pinturas surrealistas, e atribuíamos
nomes a estas “telas”. Assim, uma moldura desenhada, limitando coisa alguma,
virou “Vazio”.
Não lembro quem foi o artista que produziu esta obra de arte,
se ele ou eu, mas os dois aprovamos a ideia e a execução.
Luiz iria fazer exame para ser oficial da aeronáutica, só
que, se bem me lembro (farei 76 no próximo mês), ele iria tentar direto a
Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos.
Eu tentei no ano seguinte a Escola Preparatória de Cadetes do
Ar, que na época estava instalada em Barbacena-MG.
A diferença era que, quem tinha o secundário completo,
concorria direto para a Escola de Aeronáutica. Quem não tinha completado o
segundo grau (tendo somente o ginasial) concorria para a Escola de Cadetes.
Todas estas coisas vieram a minha memória por causa do
comentário do Paulo, citando o “Frigideira”, com quem ele conviveu vários anos
depois.
Se cometi algum engano involuntário, peço perdão e agradeço
correções de nomes e datas.
Há um Cel. Arthur Braga, considerado o eterno chefe da Esquadrilha da Fumaça, que não é o meu personagem Luiz Gonzaga.
ResponderExcluirProvavelmente nossa "arte" era muito mais abstracionista do que surrealista.
ResponderExcluirNão deixem de ler o post e o meu comentário, em:
ResponderExcluirhttp://calfilho.blogspot.com.br/2016/04/o-futebol-na-praia.html?m=1&_utm_source=1-2-2