Heathrow, mais movimentado aeroporto da Europa |
Foi um sufoco. Você desembarca, cansado e zonzo, e a policial, polida mas enérgica te
intercepta: Where are you from? - Brazil!
On the left,
please.
Assim fui direcionado para a
mesinha do funcionário da imigração, no aeroporto de Heathrow, em Londres.
Cumprimentos formais, estendeu-me dois formulários
determinando que eu e minha mulher os preenchêssemos. Havia um outro balcão, no
lado oposto, maior e com canetas.
Voltamos com os papeis parcialmente preenchidos e assinados.
Seguiram-se as perguntas de praxe, sendo certo que algumas
delas constavam do formulário.
Sua primeira vez na Inglaterra? Motivo da viagem? Quanto
tempo estimado de permanência? Parentes na cidade? Onde ficará hospedado.
Neste ponto da entrevista deu-se o inesperado e engraçado. Em
que hotel ficaríamos? No formulário ficara em branco.
Eu não lembrava. Ele indaga, você não tem um voucher?
Respondi que sim, mas sendo um fool,
coloquei-o na mala e não na bagagem de mão.
Ele comenta: e como você irá para o hotel, já que não lembra
o nome?
Expliquei que contratara um traslado (transfer) e haveria um guia esperando por mim. Não satisfeito o
funcionário insiste: e se ele não estiver esperando? Well, I’m lost!
A resposta saiu espontaneamente, irrefletidamente.
Ele sorriu e mencionou welcome!, devolvendo-nos os passaportes.
Tentando
parecer educado pedi desculpas pelo meu canhestro, pelo parco inglês. E ele
respondeu: gostaria de ter meu português como o seu inglês. Mas foi mais fácil
aprender japonês, arrematou.
Pensei lá com meus botões que acabara de ser apresentado ao
famoso humor inglês. Será?
Estação de Marble Arch, onde fica o hotel. |
Mal entramos a vendedora me perguntou, num inglês
com sotaque de Emma Thompson, se eu falava italiano. Respondi que não mas
poderia tentar entender. Então, apontando para uma senhora idosa que nos
olhava, pediu: could you help her?
A mulher se aproximou e perguntou em bom castelhano
se eu poderia ajuda-la a ler um aviso colado na porta da boutique ao lado, que
vendia roupas femininas. Saímos da loja onde estávamos e fomos ler o tal aviso
que outra coisa não continha senão o horário de funcionamento: abertura e fechamento.
A argentina queria saber a que horas
abriria pois estava interessada num chapéu de abas largas que se via na vitrine.
Agora cá entre nós, confundir espanhol
(castelhano) com italiano, como aconteceu com a balconista, é coisa de primeiro
mundo?
No McDonald’s duas mulheres, muito gordas, negras,
sentadas na mesa ao lado da nossa fizeram sinal para minha mulher. Indaguei o
que queriam e uma delas erguendo uma máquina fotográfica perguntava se eu
poderia fotografa-las.
Levantei-me fui até ela e peguei a máquina.
Afastei-me um pouco a fim de focalizar ambas e tirei a foto.
Devolvi a câmera e comentei brincalhão: o que vai
salvar esta foto é minha imagem que aparecerá refletida no espelho.
O salão da lanchonete era espelhado e logo atrás
delas minha imagem estava refletida e sairia na foto.
Seguiram-se sonoras e espalhafatosas gargalhadas
das duas americanas, simpáticas e extrovertidas.
Quando fomos embora comentei com Wanda que estava
arrependido de não ter solicitado que me enviassem uma cópia quando revelada.
Poderia ter dado meu cartão com endereço. Mas aí já era.
Sim, na terra do chicken&chips fomos também ao McDonald's para conferir se a "batata inglesa" era tão boa quanto a nossa.
ResponderExcluirNão sei se ainda é assim pois não sou mais frequentador do McDonald's, mas as batatas fritas deles eram iguais em todas as lojas pelo mundo.
Eu gosto, em tese de Londres. Na época gostava mais ainda, era o berço do rock progressivo, e deveria me sentir em êxtase. Contudo, o somatório de ocorrências desagradáveis me fizeram sair correndo de lá, mesmo tendo ainda dias de folga pela frente no curso. Optei por "voltar pra casa", que no caso era Munique.
ResponderExcluirDeixarei a descrição de tudo para uma eventual série de posts sobre minha experiência europeia em 1977.
Para não passar em branco, testemunhei 2 atropelamentos, um deles ao vivo, coisa banal numa cidade onde a mão é invertida e tem muitos turistas.
Estava dentro de uma loja quando ouvimos a freada e o ruído de choque de algo macio contra a lataria de um veículo. A reação automática foi olhar para a porta da loja, a tempo de ver o corpo passar voando a meia altura. O carro era da polícia e vinha "chutado" junto ao meio fio. A vítima fatal era um turista, logo se soube.
Ah, Londres...
Ah! Londres, digo eu.
ResponderExcluirÉ possível que amanhã, dia 12, o PMDB deixe o PT pendurado na broxa.
ResponderExcluirA convenção do partido deverá decidir pelo rompimento ou, no mínimo, liberar seus parlamentares para votação do impeachment.
Vem aí aliança entre PSDB e PMDB. Dilma vai ficar pela bola 7.
ResponderExcluirTem correndo por fora a solução semipresidencialista ou semiparlamentarista, dependendo do ângulo. Dilma seria reduzida a figura decorativa (para a qual, diga-se de passagem, não está talhada) e o governo seria exercido por parlamentar eleito por voto interno.
ResponderExcluirSegundo os defensores dessa solução, diminuiria o risco de convulsão social praticamente certa quando da deposição de Dilma ou prisão do Molusco, incitadas pelo próprio e já alvo de atenção especial das Forças Armadas.
No site O Antagonista
ResponderExcluirhttp://www.oantagonista.com/pagina/3
13 de março vai bombar
"As manifestações pelo impeachment de Dilma, convocadas para o próximo domingo13, dificilmente serão um fiasco. A avaliação é da Arko Advice, consultoria especializada em cenários políticos. Em relatório assinado pela equipe do cientista político Murillo de Aragão, a Arko afirma que “a expectativa para os protestos é que haja um número igual ou superior ao de 15 de março [de 2015, o maior até agora].” Ou seja: pelo menos, 3 milhões de pessoas nas ruas."
"13 de março, o dia que vai durar para sempre"
ResponderExcluirBrasil 10.03.2016 O Antagonista
Acessem:
https://www.youtube.com/watch?v=l1M5F5Lfb9o
Molusco de olho em qualquer ministério para ter imunidade parlamentar, e ficar sob o STF.
ResponderExcluirEsquece (ou não) que a esposa e o filho vão ficar sem imunidade.
O lema dele é "Salve-se quem puder, mulheres e crianças por último !!"
Se ele aceitar esta manobra, de se abrigar num ministério, vai ajudar a afundar Dilma.
ResponderExcluirVai reforçar o impeachment dela.
E com o impeachment dela, a vaca vaia pro brejo. A vaca não, o molusco.
O pedido de prisão de Lula pelo MP-SP foi uma atitude compatível com as imbecilidades de Dilma nos seus discursos.
ResponderExcluirAlgo me diz que por trás disso tem teoria da conspiração. Uma inteligente jogada para ridicularizar os MPs.
A volta das fantasias eróticas?
ResponderExcluirhttp://todosabordo.blogosfera.uol.com.br/2016/03/11/aeromocas-ja-usaram-microssaias-shorts-barriga-de-fora-e-ate-capacete/
I speak .....that´s all, folks !
ResponderExcluirPS : cadê elas ????