26 de março de 2016

Colhidos na rede - II

Em depoimento à Polícia Federal, o “empeteiro” Marcelo “OdeàBrecha” informou que sua empresa gastou 13 milhões para cobrir despesas médicas da família real. Explicou que eram, basicamente, contas apresentadas por proctologistas e cirurgiões do ex-rei, da família real e da corte.

Esclareceu, ainda, que tanto o “mais honrados dos brasileiros”, como seus excelentes familiares, tinham por hábito ordenar a inserção de objetos “naquele lugar onde a escuta não pega”. Segundo seu depoimento, precisaram de cirurgia para remoção de itens e reparação do colo, reto e esfíncter: o ex-ministro Jacques Wagner (uma pasta), o tal Bessias (vários salvo-condutos) e a presidanta (Jacques Wagner).

Questionado sobre a veracidade do depoimento, o “emputeiro” disse que a fidelidade ao “maior dos brasileiros” era tão grande, que estes nem questionavam e já tratavam de promover a inserção ali mesmo, no sítio em Maricá, que, ao que parece, saiu do traseiro de Jorge Bittar.

Em geral, todos os que tinham audiências, estavam condenados. O prefeito do Rio, por exemplo, teve que sofrer diversas intervenções. Parece que seu senso de ridículo estava embolado à sua candidatura ao Governo do Estado, ambos irrecuperáveis, segundo um professor de direito da USP, que realizou a cirurgia.

Os depoimentos foram corroborados por vários cortesãos. Ficou claro, pela coletânea, que o próprio idioma português saiu das bocas e foi morar na boca do diabo, por decreto real. Delcídio Delúbio, com lágrimas nos olhos por causa do mandato, ainda atravessado lá embaixo, confessou que teve que enfiar sua delação premiada no Cunha, por ordem do líder supremo.

O dedo do imperador ainda não foi encontrado, desconfia-se de que foi extraviado durante uma colonoscopia de Fernando Collor, em 1989. Mas foram apreendidas toneladas de honestidade, educação e cultura nos consultórios das clínicas conveniadas. Se reintroduzidos na sociedade (na sociedade, por favor!), seriam suficientes para colocar o país no trilho certo. 

Nota do editor: É conhecido do blog manager o autor deste texto, já publicado na rede, sob o título "O RABO PRESO À LÍNGUA PRESA". Aguardamos retorno de contato com o mesmo para termos autorização (ou não) da divulgação de seu nome.

3 comentários:

  1. Isso deve ser piada.

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  2. Cono assim piada, Ana Maria? Hoje, durante nosso amoço no Taberna Alpina, aí em Teresópolis eu mencionei o autor.
    Fiquei sem entender seu comentário.

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  3. Sim, mas o tom jocoso e a falta de pudor me faz considerar uma piada de mau gosto.
    Se existem evidências de corrupção ou fraude, chamemos os envolvidos de desonestos, mas não precisamos criticar seus hábitos e gostos.

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