SEGUNDO DIA - A TRANSMISSÃO
Como não começar já com os
descaminhos da polêmica transmissão da Globo? Desta feita flagrados e
disseminados pelas redes sociais. Recebi pelo Facebook mas mostro abaixo link obtenível
(por quanto tempo?) na busca Google do desfile da Vila Isabel:
http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/2016/02/08/vai-ficar-estranho-diz-fatima-sobre-decisao-da-globo-de-ignorar-a-vila/
Como já comentei em post
anterior, apesar de não gostar de samba em geral, admiro muito os desfiles das
escolas por seu caráter artístico extremamente complexo. Assim sendo, pus-me
cheio de paciência a esperar o fim do Big Brother Brasil desta noite de 2ª
feira, dia 08/02, para que a Globo se dignasse a passar as escolas.
Para surpresa minha e dos
apresentadores Luís Roberto e Fátima Bernardes, quis o destino que, quando as
câmeras abriram para o estúdio panorâmico, a Vila Isabel ainda estava
desfilando! Por norma interna, o “teatro” montado pela Globo teria de iniciar a
noite com a segunda escola como se fora a primeira, no caso a Acadêmicos do
Salgueiro e os apresentadores não estavam autorizados a dizer nada sobre a
primeira escola real, que seria a última da transmissão, num compacto.
Perdidos com a inusitada situação,
Luís Roberto e Fátima acabaram comentando em off sobre a gafe e a decisão
interna da emissora de passar o compacto da Vila sem as 2 alegorias finais, já
flagradas pelo público ao vivo no fundo da imagem - reforçando o “teatro” de
que a primeira escola teria sido a Salgueiro e não a Vila . Só que o áudio
vazou na Internet e já é de domínio público nas redes sociais.
SEGUNDO DIA - AS ESCOLAS
A Vila Isabel não tem nada a ver
com isso e apresentou-se como a primeira escola da noite com um enredo homenageando
Miguel Arraes, destacando o incentivo que deu à educação e à cultura popular no
estado de Pernambuco.
O belo carro abre-alas, chamado
de Miragem do Sertão, deu início ao relato que passou da caatinga às
manifestações artísticas e culturais do estado e até o maior bloco carnavalesco
do Brasil - o Galo da Madrugada - teve seu lugar garantido no enredo. Escolhi
para ilustrar o desfile o abre-alas e uma cena da apresentação de frevo, um
clique muito feliz de um dos profissionais que trabalharam para a Globo.
Vila Isabel: carro abre-alas Miragem do Sertão |
Vila Isabel: Um instantâneo do frevo |
Passamos então à “primeira”
escola a ter seu desfile oficialmente transmitido pela Globo nesse segundo
dia: a Acadêmicos do Salgueiro, com o
enredo “A ópera do malandro”, uma adaptação livre da obra homônima de Chico
Buarque de Hollanda. Um tema bem animado e carnavalesco, diria eu.
Apesar de - repito - entender
pouco de samba e de escolas, como mero admirador da arte achei o desfile do Salgueiro
muito bonito, bem arrumado, luxuoso e coerente. Estava num nível que, no meu
entender e também dos juízes, a categorizava como séria candidata ao título de
melhor escola de 2016. Perdeu por 3 décimos, situando-se em 4º lugar na
apuração geral.
O porque da perda dos pontos
ficou claro logo no abre-alas. Um defeito no gerador do carro manteve-o apagado
durante todo o desfile. Foi uma falha capital, apesar de que alguns
comentaristas tentaram minimizar dizendo que a iluminação do Sambódromo e as cores
claras do carro davam grande ajuda no visual prejudicado. Mas os juízes foram
rigorosos e o Salgueiro saiu do páreo pelo título no finalzinho da apuração.
Era o último quesito a ter os envelopes abertos, tremenda frustração mas já, de
certa forma, esperada.
Os malandros fizeram muito bem a
sua parte no enredo consistente e bem apresentado. Para não ser cansativo -
afinal em todas as escolas acontece mais ou menos as mesmas coisas - uma
novidade chamou a atenção: a bateria! Foi difícil, mas os carnavalescos Renato
e Márcia Lage conseguiram convencer aquele monte de marmanjos a vestir uma
fantasia cor de rosa e uma máscara que os caracterizava como a famosa Geni
(“joga pedra na Geni”, no enredo da ópera original).
Salgueiro: Carro abre-alas com falha na iluminação |
Salgueiro: Bateria fantasiada de Geni |
A seguir desfilou a São Clemente.
Gente, achei-a muito bonitinha! Mais de 1.000 palhaços no salão foi um enredo
perfeito para a noite. Apesar de muito bem resolvido e com uma distribuição
harmoniosa e coerente, as fantasias estavam mais para o lado simples, sem o
brilho das outras escolas. O samba enredo era fácil, sem aquelas firulas
incompreensíveis que acomete o de algumas escolas - só que os juízes não
gostaram muito...
Estava bem me deliciando com um
carnaval de verdade e não uma superprodução holywoodiana
quando o destino foi amargo para a escola... Um dos carros alegóricos travou e,
até que fosse manualmente (gente empurrando) posto novamente em movimento, um
buraco de dezenas de metros se abriu entre ele e a ala que havia acabado de passar.
Isso é fatal para apuração e de
fato a São Clemente perdeu pontos no quesito evolução. A elogiar: o sangue frio
da turma, ninguém ficou nervoso, continuaram sambando e cantando. Assim que o
carro voltou a se locomover normalmente, a escola prosseguiu o desfile como se
nada tivesse ocorrido.
Outro acidente acometeu a escola,
mas foi visível na transmissão apenas através da câmera aérea: a rainha da
bateria, Raphaela Gomes (com 16 anos, a mais nova rainha dentre as escolas),
levou um tombo e precisou ser amparada. Não posso dizer se os juízes viram e
anotaram o prejuízo, pois a nota evolução engloba tudo que ocorreu na avenida,
já prejudicada pelo “buraco” na formação.
Digno de destaque foi a última
ala, onde a escola se deu ao prazer de relembrar recentes protestos políticos:
a Ala do Panelaço! Bem a propósito da população estar sendo feita de palhaça
(afinal, o cerne do enredo), os integrantes se juntaram à bateria principal com
suas frigideiras. Foi muito bem colocada a crítica política.
São Clemente: Alegoria do Palhaço, tema central |
São Clemente: Ala do Panelaço |
A seguir entrou a preferida de
minha esposa Mary, a Portela. O enredo era relacionado com o próprio símbolo da
escola: “No voo da Águia, uma Viagem sem Fim”. Grande expectativa cercava o
desfile por conta de ser o primeiro da Portela com o famoso carnavalesco Paulo
Barros, provavelmente o mais criativo e moderno de todas as agremiações.
De cara, aterrissaram na avenida 3
pára-quedistas com parapentes brancos. Era só o começo. A comissão de frente
trouxe uma releitura da “Odisséia de Homero” onde um Poseidon flutuava sobre
jatos de água usando flyboard. Só o tanque de água pesava 30 toneladas.
Portela: Parapente pousando na avenida antes do desfile |
Portela: Poseidon flutuando sobre flyboard |
Logo atrás a águia símbolo da
escola era montada por um Moisés (sem escoras!) que abriu com veementes gestos as
águas virtuais formada por figurantes e foi até o Monte Sinai, onde a águia
pousou, numa coreografia arrepiante. Diga-se de passagem que houve muito debate
até a direção da escola permitir que um figurante ficasse sobre a cabeça da águia,
novidade absoluta nos desfiles portelenses.
Portela: Moisés montado sobre a Águia símbolo da escola |
Teve luta de incas contra os
invasores, onde um índio surrava um espanhol e o jogava do alto de uma torre. O
dublê caía sobre um colchão oculto da plateia e a cena se repedia n-vezes. Teve
barco viking em plena tempestade, inclinando-se até 40º de cada lado, com
marinheiros desesperados pendurados em cordas sobre os mastros.
Portela: Barco viking na tempestade |
Muito impressionante, como parte
das viagens da águia através dos contos, foi o carro com Gulliver, uma cópia
quase fiel de 17m de altura do ator Jack Black que interpretou o gigante num
recente filme sobre as Viagens de Gulliver (2010). A cena o mostrava deitado
sobre o carro e então vagarosamente ele se erguia. Figurantes que estavam sobre
seu peito acabavam pendurados por cordas. Era muito alto!
Portela: Gulliver de pé, 17m de altura |
Criativo ao extremo, apesar de
mostrado apenas uma vez pela Globo durante a transmissão (que não cansarei de
bradar aos ventos: terrível), foi o carro em que arqueólogas que pesquisavam a
selva eram subitamente engolidas por dinossauros que apareciam sem aviso
prévio. Muito bem ensaiada a cena!
Portela: Arqueólogas sendo devoradas por dinossauros |
OK, eu não tenho escola pela qual
estivesse torcendo a favor, mas com certeza minha favorita de 2016 foi a
Portela, porque foi diferente - como era de se esperar tendo Paulo Barros à
frente. Com ele não tem aquela mesmice das demais, há sempre algo inusitado
para surpreender a plateia, e sempre executado de uma maneira muito bem
ensaiada, perfeita. Daí a justificativa para tantas fotos da Portela, enquanto
as demais ganharam 2 ou 3 cada.
A Imperatriz Lepoldinense também
não me decepcionou. O enredo contava a história de Zezé di Camargo e Luciano e
de cara apresentou uma novidade: Lucy Alves, ex-participante do The Voice,
tocando acordeão junto com os violões, bandolins e percussão sobre o carro de
puxadores de samba. Fiquei impressionado como ninguém nunca pensara nisso ao
vivo, pois cria uma “cama” sonora muito bonita. Sim, claro, num enredo
sertanejo.
Além da presença de uma
acordeonista no carro de som, a bateria também mostrou novidades em suas
paradinhas. Durante segundos, o samba dava lugar a uma frase de música
sertaneja para então voltar à toda. Bastante interessante o efeito causado, foi
elogiado pela crítica (e por mim).
No geral foi um desfile de
primeira grandeza, a meu ver. Somava-se aos demais dessa noite tão melhor que a
anterior. Teve diversas presenças ilustres, amigos e familiares da dupla
homenageada. Igor, Wanessa e Camila Camargo e a ex-mulher de Zezé, Zilu Godoy, desfilaram
juntas sobre um dos carros. A atual namorada de Zezé, Graciele Lacerda, desfilou
à parte num carro alegórico, dizem que para não criar embaraço familiar. O
pessoal de Luciano desfilou em outro carro.
Imperatriz: Lucy Alves e seu acordeão no carro de som |
Imperatriz: Igor, Wanessa, Zilu e Camila Camargo |
Imperatriz: Graciele Lacerda, atual namorada de Zezé |
A essa altura me senti satisfeito
com o que vira até então. Como disse antes, não tenho nenhuma preferida entre
as que desfilaram, mas tem aquela que eu NÃO gosto, que é a Mangueira. Vai daí,
apesar de ainda ter gás para assistir mais um desfile, desliguei a TV e fui
dormir.
OK, a Mangueira venceu. Não que
eu esteja totalmente frustrado, apenas não me agradou. Fiz questão de rever
momentos do desfile para aquilatá-lo e tenho de admitir que estava bonito,
coeso, rico e com muita animação - como sempre - dos figurantes.
O enredo versou sobre os 50 anos
de carreira de Maria Bethania, de quem eu até gostava quando ouvia MPB no
passado. Hoje não ouço mais, apesar de que considero Bethania uma excelente e
exigente cantora. Colegas meus contam que ela é um terror na passagem de som de
suas apresentações.
As fotos que posto a seguir têm
sua razão de ser. A primeira, apresenta o tema do enredo, a própria Maria
Bethania. A segunda, é porque li num
comentário anterior que o blog manager elogiou rasgadamente a rainha da bateria
da Mangueira, Evelyn Bastos. A terceira, a porta-bandeira Squel, que ouvi dizer
em comentários mais abalizados que o meu que será a imagem que ficará na
história deste desfile. Quem sou eu para desdizer?
Mangueira: Maria Bethania, 50 anos de carreira |
Mangueira: Evelyn Bastos, rainha da bateria |
Mangueira: Squel, a porta-bandeira |
Algumas más línguas me informaram
que, assim como o Salgueiro teve problemas em seu abre-alas, a Mangueira também
teve problema de intermitência luminosa num dos seus carros, por falha de
gerador. Curiosamente os jurados foram rigorosos com o Salgueiro e tiraram
pontos de alegorias e adereços, mas não tiraram nada da Mangueira. Mistérios
que habitam a cabeça da comissão julgadora...
Mas tudo bem. A Mangueira
mereceu, como teriam merecido o Salgueiro, a Portela ou a Unidos da Tijuca, que
foram as que lutaram palmo a palmo até o último quesito. Relembrando minha opinião
desde o início destes dois posts sobre minhas reflexões carnavalescas, todas
mereciam um prêmio por seu esforço em desenvolver seus temas e enredos,
mostrando-os com muita alegria e determinação no Sambódromo.
Umas se saíram melhor que outras,
é a realidade das apurações. Nem sempre a que nos parece a melhor ganha ponto
dos jurados porque eles se fixam em detalhes, em quesitos, e nós na
arquibancada ou na TV estamos vendo apenas a beleza conjunta, quando não
torcendo por uma ou outra agremiação.
COMPLEMENTO
Como vimos no post anterior, a
Estácio de Sá ficou em último lugar e será a escola rebaixada para a Série A,
cuja campeã de 2016 foi a Paraíso do Tuiuti. A escola originária do morro do
Tuiuti em São Cristóvão apresentou o enredo A Farra do Boi e será agraciada com
a oportunidade de abrir o desfile do Grupo Especial em 2017.
Paraíso do Tuiuti, campeã da Séria A |
Pior sorte teve a também
tradicional Caprichosos de Pilares, que fez um péssimo desfile (talvez
decorrente da sua delicada situação financeira) e foi rebaixada, dando lugar à
Sossego, campeã da série B versão 2016.
Para 2017 teremos já a partir de
março próximo o debate de interesses entre a Globo, que detém a exclusividade
de transmissão (por quanto tempo?) e a Liga das Escolas. A Globo pretende impor
limites para preservar sua programação normal - considerada prioritária pela
empresa - e a Liga tentará preservar sua dignidade. Como admitir que só comecem
as transmissões ao vivo após a 3ª escola? Ou a alternativa apresentada pela
emissora, que é diminuir a menos de 1 hora cada desfile (hoje com 82min), para
que possa começar mais tarde, tipo 23:00, e aí a Globo passaria tudo ao vivo?
Se for viável juridicamente,
creio que a saída será a Globo perder a exclusividade, mesmo que a Liga perca
dinheiro, estendendo às demais emissoras o direito de transmitir o desfile como
quiser. Assim era no passado. A questão financeira individual com cada emissora
e demais patrocinadores seria discutida à parte e não acredito que no final a
Liga vá perder tanto dinheiro assim, no somatório.
Créditos
Como no post anterior, muitas fotos
foram extraídas da resenha fotográfica do site do Globo na internet, no
presente caso postadas na 3ª feira (09/02/2016) pela manhã, quando constaram os
respectivos créditos individuais. Infelizmente as informações são substituídas
a cada dia, de modo que resgatar posteriormente o crédito individual de cada
foto fica praticamente impossível.
Desta feita, contudo, várias delas foram
extraídas do setor de imagens do Google quando se pesquisa cada escola pelo
nome. Em havendo críticas ou solicitações, poderão ser removidas e eventualmente
substituídas por outras aderentes aos respectivos temas.
Li por aí que o desfile das campeãs do grupo especial das escolas do Rio de Janeiro será transmitido ao vivo pela TV Brasil, antiga TVE (Educativa). A conferir. Em se confirmando, começa neste sábado às 21:30 com a 6ª colocada, Imperatriz Leopoldinense.
ResponderExcluirEvelyn Bastos, 22 anos, torcedora do Vasco, estuda Educação Física, mora na Mangueira, tem 1,65m e pesa 65 Kg. Medidas: busto: 92cm e quadril:102cm
ResponderExcluirSe rainha de bateria fosse um quesito no julgamento, a Mangueira teria mais 10 pontos (he he he he ).
ResponderExcluir(SP)
Perdão pelo trocadilho. Trata-se de uma piada pronta:
ResponderExcluirEle vai cair de maduro KKKKKKK
Leiam:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/02/oposicao-acelera-plano-para-destituir-maduro-apos-decisao-da-justica.html
Aliás, lanço uma pesquisa: quem cai primeiro?
a) a Mangueira no carnaval 2017;
b) O Corinthians no campeonato nacional;
c) Maduro;
d) o Vasco para a série "C".
e) Dilma;
f) Lula, na rede da Justiça
g) o blogueiro tropeçando na calçada esburacada
Prefiro a letra h) Cai primeiro o Eduardo Baptista ! Vai com Deus e as pulgas !
ResponderExcluirQuanto ao julgamento do desfile, parece muito com a FEERJ e seu quadro de árbitros:
- PENALTY PARA O VASCO !!
(pano rápido)
Bom, não tem um prazo previsto, a pesquisa permite um horizonte temporal bem longo. Em assim sendo, voto c = Maduro.
ResponderExcluirDeixo claro que é palpite e não torcida. Se for torcida, voto f = Lula.
Aproveitando que o Freddy trouxe de volta o assunto carnaval/desfiles, quero comentar a queda de audiência dos últimos anos o que levou a Globo a reduzir o tempo e transmissão (o que deixa de fora as primeiras escolas de cada dia).
ResponderExcluirNão tenho os números mas não duvido que a transmissão do Super Bowl tenha tido mais audiência do que o desfile das escolas. É cada vez maior interesse pelo football americano aqui no Brasil. Sem contar o show do intervalo, que este ano teve como atrações Beyoncé e a banda Coldplay, intervalo que leva rigorosos 11 minutos, pois cada segundo custa milhares de dólares aos patrocinadores.
E já há transmissão em telonas, em algumas salas de cinema. Aqui ninguém pensou em transmitir o desfile das escolas em cinemas, com pipoca e Coca-cola.
Até 1971 não havia tempo estabelecido para os desfiles. É bem verdade que algumas escolas ficavam tremendamente prejudicadas, entrando na avenida já com sol de fora.
ResponderExcluirPor outro lado, como já comentei, os sambas-enredos tinham outro andamento. Perderam em melodia e ritmo.
Viraram marchinhas e ganharam muitos refrões de empolgação.
Amanhã, para quem gosta de futebol (bom), tem um cardápio de primeira, desde às 10 da manhã. Nos canais ESPN verei Arsenal X Leicester e, na sequência, Manchester City X Tottenham.
ResponderExcluirSão os primeiros 4 colocados disputando palma a palmo o título da temporada.
Foi só eu me demorar um pouco a replicar... e já apareceu o famigerado futebol na área. Putz!!! Mas farei uma forcinha e vamos voltar ao tema dos posts.
ResponderExcluirTem razão, Carrano. O andamento agora está cada vez mais rápido, parece que estão apostando corrida. Esse fenômeno não se restringe ao samba. Outras modalidades - como discomusic, rock e metal - estão em andamento rapidíssimo e se diminuir o povo reclama. É quase um frenesi musical.
Claro está que a qualidade se perde, além de ficar meio que pasteurizado. Em algum momento eu escrevi que “afinal em todas as escolas acontece mais ou menos as mesmas coisas”. Em quase todas, devo corrigir. Aqui e ali tem coisa importante e interessante para se mostrar aos telespectadores com calma.
Afirmo aqui que se a Globo começa a se ressentir da audiência diminuindo, parte da culpa é dela mesma. Foi um dos fenômenos que percebi, dado que venho assistindo a desfiles durante vários anos, se não em sequência, ao menos alternadamente: a qualidade de transmissão (não técnica, e sim o roteiro da mesma) está baixíssima!
Caras, com tanta coisa bonita passando, como no caso da Portela com as criações enlouquecidas do Paulo Barros... Passou UMA vez o lance dos dinossauros devorando as arqueólogas. Um efeito surpreendente! Pouco se viu do barco viking jogando na tempestade e os marinheiros pendurados. Apenas UMA vez o Gulliver se levantou e os figurantes ficaram perigosamente pendurados por cordas.
Falei da Portela, mas pode estender a todas as outras escolas. As acrobacias dos paratletas da União da Ilha. As fantasias dos destaques embarcados. Vários ângulos das alas, muitas das quais só se podia apreciar o trabalho do carnavalesco vendo de mais longe. Cada ala tinha seus segundos de fama e toca pra frente! Isso não existe, gente! Quem é que vai ficar horas na frente da TV, de madrugada, para ver apenas “glimpses” de cada enredo?
Antigamente tinha tempo pra tudo. Até para as entrevistas nas áreas VIP, pois entre uma escola e outra podia-se respirar. Em casa e no Sambódromo. A entrevista de figurantes famosos que passavam perto da borda, que particularmente eu achava um saco, mas tinha gente que uivava ao ver seus ídolos em close!
Agora? Quando o comercial terminava já tinha 1/3 da avenida ocupada pela agremiação seguinte e a Globo ainda tinha de cumprir o ritual de mostrar o aquecimento, falar com uma ou outra personalidade, debater o enredo. Quando a câmera voltava à avenida, era aquele corre-corre...
Sim, Globo, desse jeito a audiência vai é desaparecer! Tem de permitir um desenrolar natural do desfile, ficar de fora apenas mostrando, e não sendo um dos ofensores para a tal correria, por ela imposta para otimizar o tempo de transmissão.
A Liga das Escolas tem de abrir os olhos: o samba, o resultado do trabalho das comunidades, a explosão emocional na avenida, são mais importantes que as necessidades de uma emissora.
Vcs estão dando soco em ponta de faca. A GROBO tem um baita poder, faz do jeito que quiser, e vai continuar fazendo. Com desfile de Carnaval, com o Futebol, marcando jogos para as 22hs, com TUDO !!
ResponderExcluirFutebol Americano: em 97 viajei a trabalho para NY, pelo Citibank, inadvertidamente chegando lá no dia da final da NFL. Quase tive que ir a pé para Manhattan ..... cidade DESERTA !! O país pára no dia dessa final.
Futebol mesmo: realmente 2 jogaços amanhã, imperdíveis. Principalmente ver o Leicester jogar ! Quero ver se vai assim até o final.
PS: impressionante como me faz mal ouvir a voz da Dilma .... da mesma forma a da Regina Casé e da Xuxa. Aversão total
Sim, confirmado: a TV Brasil está transmitindo o Desfile das Campeãs, com bastante clareza e com bastante informação. Infelizmente, tenho Sky e só sintoniza no canal 166, que não é HD e a imagem é bastante ruim, mesmo para um padrão analógico.
ResponderExcluirA imagem pelo canal aberto 2 local está muito melhor que a imagem satélite no 166 da Sky.
ResponderExcluirRecomendo tentar.
A transmissão do desfile das campeãs na TV Brasil mostrou que melhorar a qualidade não será fácil, ao se usar outras emissoras. A mestre de cerimônias no estúdio parecia não entender nada do que via, e mesmo lendo se enrolou: apresentou a diretora de carnaval Laila (pronunciando Láila) e só pouco depois alguém lhe passou a informação correta: é homem, por mero acaso muito conhecido. É o Laíla, que andou até tecendo críticas pesadas à apuração, tendo sido agraciado ao final do desfile com uma entrevista.
ResponderExcluirHouve muito mais tempo para desenvolver o trabalho e o aquecimento das escolas foi mostrado à exaustão. Porém, acho que o sujeito que fica na mesa de vídeo editando a transmissão, liberando as imagens das diversas câmeras espalhadas na avenida, também nada entendia de carnaval.
Perdeu por várias vezes a oportunidade de mostrar a evolução da comissão de frente da Beija-Flor, quando escravos transformam uma carroça em igreja e dali sai o marquês num longo tapete azul. Sei disso porque vi na Globo. Na TV Brasil passou em branco: toda vez que mostravam a comissão estava na fase de escravos puxando carroça.
O Guliver da Portela foi mostrado várias vezes subindo e descendo (e criticado por parecer desconectado do enredo), o navio viking balançando na tempestade idem. Contudo, apenas uma rápida imagem mostrou o inca jogando o espanhol lá de cima em super close- para onde? Com a tele toda puxada para a briga, mal o cara caiu saiu do campo da lente e ninguém viu onde ele caía, que era a parte especial da cena, era uma queda bem longa.
O editor de imagens perdeu também bastante tempo fazendo close de figurantes que, fora do contexto, nada significam para o desfile como um todo. Apesar de não terem mostrado cenas importantes dos enredos, Adriane Galisteu foi mostrada à exaustão o final do desfile da Portela. Pra quê??
A cena das arqueólogas sendo devoradas, também na Portela, foi mostrada algumas vezes - de longe ou pela metade, sendo que o câmera chegou ao cúmulo de fazer o close nas meninas e, na hora em que as cabeças de dinossauros saíam subitamente da floresta a imagem já estava em outras cenas, mostrando destaques, caros alegóricos de longe... Nenhuma sensibilidade para edição, apesar de ser uma reprise - e enredo já conhecido - o sujeito não deve ter sido informado de nada.
Só revi, na ordem inversa de colocação: Imperatriz, Beija-Flor, Salgueiro e Portela. Perdi a chance de assistir Unidos da Tijuca e Mangueira, que não tinha visto e continuei sem ver. No caso, a desculpa é que não estava muito bem de saúde, com muita dor de estômago e desliguei a TV para tentar dormir.
A conclusão de todo esse trololó é que há muito mais a fazer do que simplesmente trocar a transmissão da Globo por outras emissoras. Há que incluir gente que realmente entenda de carnaval e da mecânica dos desfiles, senão teremos sempre uma sequência de imagens sem nexo e mais uma vez a audiência desaparecerá.
Ei! O Carnaval acabou? Posso sair da toca???
ResponderExcluirDepois de assistir ao espetacular jogo Arsenal 2x1 Leicester, é simplesmente impossível ver um jogo do campeonato Carioca.
ResponderExcluirCarrano sobreviveu, com o gol da vitória sendo o último lance do jogo, e marcado por um cara que não jogava há 10 meses ?
Uma pergunta : por que LEICESTER se pronuncia LESTER ????
Não vou ver City x Tottenham, porque estou saindo para devorar um polvo grelhado com alho. FLUi.
Você perdeu um bom jogo, Riva. O Tottenham mereceu a vitória pelo empenho, a entrega.
ResponderExcluirE o Liverpool meteu 6 no Aston Vila, que é o time do futuro rei, William. E deverá cair este ano. Não o príncipe, mas o time de Birmingham.
Foi bom:
ResponderExcluirVASCO 1 X 0 Flamengo
ARSENAL 2 X 1 Leicester
Mas o melhor para ver foram os minutos ficais de Barcelona 6 X 1 Celta. Messi é gênio.
Ana Maria, carnaval fora de hora agora só no impeachment da Dilma ou na prisão do Lula.
ResponderExcluir<:o)
Acabou o Carnaval? Já podemos voltar à nossa realidade ?
ResponderExcluirGrande novidade. Descobriram a pólvora. E nos anos anteriores?
ResponderExcluirQuantas vezes a Beija-flor foi favorecida por julgadores?
O Anésio está perdendo força?
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2016/noticia/2016/02/policia-do-rio-investiga-denuncia-de-laila-de-suposta-fraude-no-carnaval.html
Onde você fuçar neste maldito país encontrará falcatruas.
ResponderExcluir