Por
Carlos Frederico March
(Freddy)
É esquisito uma pessoa que não
curte muito Carnaval se propor a escrever algo sobre o assunto. É bem verdade
que não gosto de samba de uma maneira geral, apesar de não ser radical e ter
alguns preferidos. Posso destacar aqui:
- “Foi um Rio que passou em minha
vida”, de Paulinho da Viola que, apesar de não ter sido o samba enredo da
Portela em 1970, foi a que o povo cantou antes (aquecimento) e depois do
desfile. Nesse mesmo ano a Portela foi campeã com “ Lendas e Mistérios da
Amazônia” mas curiosamente o samba de Paulinho é que ficou associado a essa
escola.
- “Bumbum Paticumbum Prugurundum”,
samba enredo da campeã de 1982, a Império Serrano. A autoria é dos
desconhecidos Beto sem Braço e Aluísio Machado.
Apesar de não gostar de Carnaval
em termos de participação e animação como em minha adolescência e início de
juventude, o evento Desfile de Escolas de Samba é algo que me atrai. Não pelo
samba em si, e sim pelo trabalho artístico desenvolvido. A análise que farei é
de certa maneira inocente e superficial, já que não me enfronho demais no
submundo do evento, onde forças imensas entram em combate.
É escolhido um tema, e a escola
tem essencialmente um ano para preparar tudo. Aí os compositores saem em campo
para a disputa acirrada do samba enredo, tem o desenho das fantasias, a escolha
da sequência de desfile, o projeto de carros alegóricos. Tem a construção disso
tudo, com patrocínios diversos, incluindo dinheiro escuso, mas não vem ao caso
aqui.
A comunidade inteira se lança ao
trabalho para confecção de fantasias e carros, artistas especializados são
convidados dependendo dos itens a serem desenvolvidos na avenida. Malabaristas,
acrobatas, lutadores, atletas de diversas modalidades, são apenas parte de todo
um imenso universo de atividades que têm de ter aderência ao enredo escolhido e
proporcionar um desfile coerente em harmonia e evolução.
A bateria ensaia novidades, que
devem chamar atenção de espectadores e jurados, e tudo tem de ser executado à
perfeição num cenário complicadíssimo em termos de sincronismo do som tendo em
vista a distância entre o início e o fim da escola na avenida. Complexos
circuitos de áudio com defasagem controlada são usados, é assunto de
profissionais altamente especializados.
A disputa é desumana, a meu ver,
apesar de ser ela que traz motivação para que cada escola invista o seu melhor
para mostrar na avenida. Para mim, e para muitos analistas leigos, todas elas
mereceriam o prêmio pela simples participação e desenvolvimento de toda uma ideia
em uma hora e 22 minutos, depois de um ano inteiro de preparação.
Não sei analisar, ou melhor, não
tenho competência para analisar cada quesito da planilha de julgamento, que
apontará a campeã a cada ano, além da questão de acesso e descenso que traz a
parcela de drama para as últimas colocadas no desfile das escolas de primeiro
grupo.
Contudo, como mero espectador,
como todos que ligam a TV ou que vão ao Sambódromo assistir ao desfile, sou
emocionalmente atingido pelo que vejo. Tenho condição de fazer uma avaliação
superficial do conjunto e da evolução. Como não torço, fica mais fácil apenas
assistir e gostar ou não do que vi.
Abro parêntesis para declarar
que, quando perguntado sobre escola de preferência, costumava citar Império
Serrano, mas sem saber exatamente o motivo. Nunca me emocionei especialmente
pelos seus desfiles. Sim, tenho ojeriza à Mangueira por motivos que não sei
explicar, de modo que nesse ano de 2016 fiquei um tanto frustrado. Pelo que vi,
preferia que a Portela tivesse vencido, mas vamos lá.
A TRANSMISSÃO
Agora sim posso descer a marreta!
Não consigo conter minha indignação pelo que essa emissora obriga as escolas a
fazer, simplesmente por ser patrocinadora exclusiva. A coisa chega ao nível de
humilhação. Desde o ano passado, para que o desfile do Grupo Especial não
prejudique sua programação normal, a Globo passa a transmitir apenas a partir
da 2ª escola a desfilar em cada dia (domingo e 2ª feira). Passa um compacto da
primeira escola ao fim de tudo.
Acham pouco? Esse ano rolou o
maior quebra-pau antes, pois a Globo já queria passar apenas da 3ª escola em
diante, ou então que o desfile começasse sei lá, à meia-noite! A Liga fez valer
um tico de sua dignidade e disse que o patrocínio da Globo não era tão grande
assim que ela pudesse fazer tais exigências.
Ademais, fez com que a Globo
tirasse aquele monstrengo que transmitia o desfile num arco que limitava a
altura das alegorias. Quem não lembra a ginástica a que foi obrigada a Portela
no ano passado para passar a sua águia?
Outra imposição que a Globo vem
tentando é a redução do tempo de desfile, que ela acha longo (1h22min). Se
fosse mais curto (menos de 1h por escola), poderiam começar mais tarde e acabar
mais cedo, prejudicando bem pouco a programação normal da emissora.
Sinceramente torço para que a Liga
dê um pé na bunda da Globo e volte ao esquema anterior, tão simpático, de
várias emissoras transmitindo simultaneamente. A gente simplesmente escolhia
aquela que nos fosse mais agradável ou que mostrasse o desfile num ângulo mais
favorável. Podíamos também alternar emissoras durante a transmissão, tirando de
cada uma o melhor.
A Globo retaliou. Montou seu
estúdio panorâmico e ali desenvolveu atividades paralelas que tiravam a atenção
completamente do desfile. Dou exemplo. Antes mesmo da escola terminar, entravam
os comerciais. Aí voltava já com alguns integrantes da escola para entrevistas
- isso com a escola acabando de passar pelo portão, que é um estresse danado.
Aí entrevista um, outro, faz-se uma série de comentários, e mais anúncios.
Ao voltar para o estúdio,
percebe-se que a próxima escola já está bem avançada no desfile. Mas a Globo
tenta enganar o público. Mostra a concentração, o aquecimento dos puxadores de
samba, o nervosismo de certos integrantes ou diretores, e então volta à avenida
como se estivesse tudo no tempo certo.
Que nada! Aí é uma correria na
transmissão para recuperar o tempo perdido! A escola já vai longe e sobra pouco
tempo para detalhar o desfile. As grandes manobras acrobáticas, detalhes dos
carros, da evolução, são mostrados às carreiras! Em geral apenas uma passada em
cada efeito e fim! Foi-se o tempo em que degustávamos as imagens em detalhe,
câmera lenta, closes, repetições...
Nesse ano foi tudo corrido, às
pressas. E mais uma vez a transmissão do desfile não terminava, a imagem voltava
para o estúdio panorâmico e toda a série de eventos internos programados pela
emissora era desenvolvida, independente do que estivesse ocorrendo na avenida
nos momentos finais, em geral cercados de grande emoção.
Assim como aqui no blog se brada
“fora PT!” em se tratando de política, é minha vez de bradar “fora Globo!” em
se tratando de Carnaval.
O RESULTADO
Escrevo depois da apuração. Para
meu desgosto pessoal, a Mangueira levou o título desse ano. Confesso que gosto
tão pouco dela que desliguei a TV assim que terminou o desfile da Imperatriz
Leopoldinense, desdenhando a última a desfilar. Concordo, vendo repetições
esparsas do desfile, que foi bonito, provavelmente mereceu o titulo.
As 6 primeiras colocadas voltam a
desfilar em ordem inversa no sábado dia 13/02, no Sambódromo do Rio de Janeiro,
a partir das 21:30. Entre parêntesis, a pontuação de cada escola na apuração
dos quesitos.
1 - Mangueira (269.8): Maria Bethânia, 50 anos de carreira
2 - Unidos da Tijuca (269.7): Semeando sorrisos, Tijuca
festeja solo sagrado
3 - Portela (269.7): No voo da águia uma viagem sem fim
4 - Salgueiro (269.5): A ópera do Malandro
5 - Beija-Flor (269.3): Marquês de Sapucaí
6 - Imperatriz (269.2): Sonho de um caipira
7 - Grande Rio (268.7):
Santos
8 - Vila Isabel (267.9):
Memórias do Pai Arraia
9 - São Clemente (267.8): Mais de 1000 palhaços no salão
10 - Mocidade (266.5):
O Brasil de La Mancha
11 - União da Ilha (265.8): Rio, olímpico por natureza
12 - Estácio de Sá (265.0):
Salve Jorge, guerreiro na fé
Não vi todas. Nenhuma das
primeiras de cada dia, por causa do esquema global. Assisti União da Ilha e
Beija-Flor no primeiro dia, mais Salgueiro, São Clemente, Portela e Imperatriz
no segundo. Briga de cachorro grande, deu pra perceber e depois a apuração
confirmou: foi uma disputa ferrenha de gigantes. Darei a seguir alguns pitacos
sobre o que vi, seja ao vivo ou em resenhas.
PRIMEIRO DIA
Começou com a Estácio de Sá, com
enredo homenageando São Jorge. Vencedora da Série A no ano anterior, coube a
ela dar início à sequência de desfiles edição 2016, sem direito a transmissão
ao vivo pela Globo, que mostrava o Fantástico. Portanto, não vi nada desta
escola. Poderia ter ficado acordado até o amanhecer e ver o compacto. Pois
sim... .
Posso inicialmente destacar que a
Estácio era a preferida de nosso blog manager, devoto do santo. Pincei três
imagens que considero representativas do enredo, sendo que uma delas destaca
uma bela integrante sobre um dos carros. Nas rodas sociais ela provavelmente
será considerada gorda. Alguma voz se levanta a favor da moça?
Os jurados não gostaram do
desfile, provavelmente nenhum deles é devoto de São Jorge. Com isso, a Estácio
de Sá sofreu o efeito gangorra: acabou de subir para o Grupo Especial e já foi
rebaixada novamente. Alguma similaridade com o Vasco da Gama nos recentes
campeonatos brasileiros? Hmmm...
Estácio de Sá: comissão de frente |
A seguir entrou a União da Ilha,
com um enredo “da moda”, ou seja, relacionado com os jogos olímpicos a se
realizarem no Rio de Janeiro. Na comissão de frente paraplégicos treinados
faziam belas evoluções, algumas quase impossíveis. Sobre um carro, outro
realizava provas similares à do cavalo com desenvoltura exuberante.
Em sendo a primeira escola que
assistia no carnaval 2016, estava ansioso pela evolução da ideia, dentro do que
já relatei: tenho um imenso respeito pelo trabalho de todos os envolvidos no
projeto. Todavia, achei-a, para minha frustração, “misturada”. Não consegui
montar mentalmente um padrão de desfile. Muita cor, muita informação, achei que
faltou um certo sentido de ordem, arrumação...
Cheguei até a pensar que, se o
carnaval de 2016 fosse seguir esse padrão, seria muito ruim. Ao final, tendo
visto muitas outras escolas de altíssimo padrão, mudei de opinião no sentido
geral, tendo a impressão que a União da Ilha talvez fosse ser a escolhida dos
jurados para descer. Salvou-se por conta da Estácio de Sá, que pontuou menos
ainda.
Como fotos representativas do seu
desfile, escolhi uma da comissão de frente e seus paraplégicos em evolução -
que bem representa as Paralimpíadas, e uma de Bianca Leão, a bela rainha de
bateria que receava que seu bumbum fosse tremer demais durante o desfile. E
alguém se importa?
Seguiu o desfile da Beija-Flor de
Nilópolis, que comemorava seus 30 anos de existência. Aí sim, identifiquei
diversos elementos de seus desfiles anteriores. Muito, muito luxo, muito
dourado, fantasias riquíssimas, carros feéricos, dentro de um enredo que até
pedia o dourado: versava sobre a vida do Marques de Sapucaí. Abordava Minas Gerais e
sua riqueza, com muito barroco e história da época do império, estudo em
Portugal, volta ao Brasil...
O que eu achei, e parece que os
jurados também, é que todo mundo já vira isso em incontáveis desfiles da
Beija-Flor no passado. Tudo certinho, dentro do figurino, pasteurizado. A mim
parecia que não havia falha que fizesse a escola perder pontos no julgamento,
mas como já disse, entendo bem pouco. Os jurados acharam erros suficientes para
jogar a escola para o 5º lugar na classificação geral.
A comissão de frente veio bem
criativa, muito bem ensaiada. O leque mostrado na foto se abria por controle e a
igrejinha se transformava numa espécie de mapa antigo. De dentro saía o marquês
e se desenvolvia elaborada coreografia. Bonita.
Uma bossa diferente foi a
tentativa de uso de violinos à frente da bateria. Interessante, mas juro que
não consegui ouvi-los, para mim se tornaram apenas recurso visual. Escolhi
também mostrar a ala das baianas, que representa de uma maneira geral o tipo de
luxo que imperou no restante da escola.
A ala das Baianas, assim como a
Velha Guarda, são elementos indispensáveis nos desfiles de cada escola por
permitir que integrantes com idade mais avançada se mostrem e participem dos
desfiles. Não pontuam separadamente, mas contribuem como essenciais.
Beija-Flor: comissão de frente |
Beija-Flor: violinos à frente da bateria |
Beija-Flor: ala das baianas |
Pensei ter pinçado o essencial da
noite e fui me deitar, sem ver o restante. Assim, sendo, o que mostrarei a
seguir sobre a primeira noite de desfile se baseia em resenhas e fotos/vídeos
que revi de cada escola citada.
Depois da Beija-Flor entrou a
Grande Rio, com o enredo “Fui no Itororó e não achei água, achei a bela Santos
e me apaixonei”. É um nome complicado como a maioria dos nomes oficias de
enredos, por isso simplifico para “Santos”. Comentários abalizados disseram que
quem não conhece a cidade de Santos não entendeu nada.
Claro que tinha bola, tinha Pelé
e Neymar Jr (sósias, pois os verdadeiros astros não puderam comparecer). Os
times de futebol masculino e feminino do Santos F.C. estavam em carros
alegóricos, que também apresentavam outros aspectos da cidade portuária, mas
nem o futebol foi suficiente para elevar o nível da disputa. A essa altura só
dava Beija-Flor.
Grande Rio: uma alegoria representativa do enredo |
Depois desfilou a Mocidade
Independente de Padre Miguel. Ah, quem ainda lembra de quão célebre era a
bateria dessa escola, a genuína nota 10 esperada em todos os desfiles. Hoje em
dia, a planilha de notas dos jurados mostra a realidade: um desempenho apenas
mediano.
O enredo tentando adaptar o
Brasil a Dom Quixote de La Mancha mostrou-se quixotesco. O que pude pinçar de
interessante foi a rainha de bateria, Cláudia Leitte - que se acha mais
importante e bonita do que realmente é, sem deixar de ser uma bela estampa
fantasiada e sambando. Também destaco o carro alegórico mais alto de todos os
desfiles, segundo informação dada. Esse provavelmente não teria sido aprovado
no ano passado, quando a altura era determinada pela barra da torre de
transmissão da Globo, retirada este ano.
Mocidade: Rainha da bateria Cláudia Leitte |
Mocidade: O carro alegórico mais alto de todas as escolas |
A noite terminou em grande
estilo. Assim reportaram os jornais na manhã seguinte e assim os jurados também
acharam. A Unidos da Tijuca conseguiu lutar pau a pau, nota a nota com as
outras favoritas, terminando apenas um décimo atrás da campeã Mangueira e empatada
em pontos com a Portela, conseguindo a 2ª colocação por critérios de desempate.
O enredo era promissor: “Semeando
sorrisos, Tijuca festeja solo sagrado”. Numa época de ecologia em evidência, exaltar
o agronegócio caiu bem. Destaque visual já se mostrou logo no início do
desfile, com cerca de 100 figurantes totalmente cobertos de barro, em bela
coreografia encenando uma versão da criação do mundo.
Sem ter visto o desfile, tenho infelizmente
pouco que comentar. Mesmo assim faço destaque de 2 elementos essenciais. Um
deles, já mencionado e que não conta ponto a favor, mas contaria contra se não
fosse mostrado, é a Velha Guarda. No caso, ela veio concentrada num dos carros alegóricos
sobre agricultura.
O outro elemento destacado é o
casal mestre-sala e porta-bandeira. Existe um casal principal (às vezes mais um
ou dois casais secundários) e a responsabilidade que cai em suas cabeças é
monumental: respondem por um quesito inteiro na planilha de julgamento, ou
seja, 30 pontos da escola dependem de sua evolução. Basta um mero erro, uma
escorregada, e pontos importantes serão fatais na hora de computar o total.
Haja responsabilidade! No caso, desempenharam muito bem.
Unidos da Tijuca: Velha Guarda |
Unidos da Tijuca: Mestre sala e porta-bandeira |
A resenha das escolas que
desfilaram no 2º dia, além de informações complementares, serão objeto de post
subsequente.
Créditos:
As fotos foram extraídas da resenha
fotográfica do site do Globo na internet da 2ª feira (08/02/2016) pela manhã, quando
constaram os respectivos créditos individuais. Infelizmente as informações são
substituídas a cada dia, de modo que resgatar posteriormente o crédito
individual de cada foto fica praticamente impossível. Uma ou outra foto complementar
foi pinçada no Google.
Freddy,
ResponderExcluirTambém vou fracionar meu comentário, em duas partes (rsrsrs).
Vou começar falando da Unidos da Tijuca. Esta Escola não caiu de paraquedas entre as primeiras colocadas. Já ganhou em 2010, 2012 e 2014. Em 2004 e 2005 já ensaiara incomodar as maiores, ficando na segunda colocação.
O binômio Fernando Horta (presidente)/Paulo Barros(carnavalesco) deu tão certo quanto Anísio (presidente)/Joãozinho Trinta (carnavalesco) na Beija-flor.
É claro que Joãozinho morreu e a Beija-flor continuou sendo protagonista nos carnavais. Assim como o Paulo Barros deixou a Unidos da Tijuca (está na Portela), mas deixou uma linha, um lastro.
O Fernando Horta provavelmente será o sucessor do Eurico na presidência do Vasco. O português tem tino.
Assim como a Portela tem por símbolo uma ave, a águia; o da Unidos da Tijuca é o pavão.
Minha torcida, excepcional, pela Estácio, se justificava pelo enredo escolhido. Se tem São Jorge estou dentro. A Escola não se manteve no grupo especial menos pela qualidade de seu desfile, do que pelo fato de ser a primeira a desfilar, no primeiro dia dos desfiles, com os jurados ainda “frios” e sabendo que era oriunda do grupo de acesso. Logo, dar notas mais contidas seria natural.
Infelizmente para a Estácio, este ano o nível estava bem alto. O resultado reflete isso.
O Paulinho da Viola fez “Foi um rio que passou em minha vida” por razões emocionais/comerciais/éticas. Ninguém perdoou o fato dele haver composto um belo samba enaltecendo a Mangueira. Veja alguns versos:
ResponderExcluirSei lá Mangueira
Paulinho da Viola
“Vista assim do alto
Mais parece um céu no chão
Sei lá,
Em Mangueira a poesia fez um mar, se alastrou
E a beleza do lugar, pra se entender
Tem que se achar
Que a vida não é só isso que se vê
É um pouco mais
Que os olhos não conseguem perceber
E as mãos não ousam tocar
E os pés recusam pisar
Sei lá não sei...
Sei lá não sei...”
Logo, ele tinha a obrigação, como portelense, de fazer algo para sua Escola. Foi inspirado, o samba pegou e se tornou um clássico. Em todos os seus shows ele tem que cantar este samba.
Com todas as vênias, Beto Sem Braço é um desconhecido para você, cara pálida. Não para o mundo do samba. E o Aluísio também tem méritos como compositor.
A Portela, não obstante o jejum de títulos, ainda é a maior vencedora dos desfiles. Ao tempo do Natal o buraco era mais embaixo. Quando ele morreu, Castor, Anísio, Luizinho Drummond e Capitão Guimarães, entre outros menos conhecidos tomaram conta.
Ué, o blogueiro escreveu a parte 2 nos comentários?
ResponderExcluir(SP)
Ao invés de comentar como anônimo, você deveria faze-lo como "Piadista".
ResponderExcluirCarlos Frederico, o autor, está concluindo a segunda parte. Aguarde!
O manager só botou um temperinho.
Agradeço o tempero, Carrano.
ResponderExcluirTendo em vista que conheço muito pouco de samba e de escolas, deixei claro que o texto foi escrito baseado na mera emoção de alguém que aprecia manifestações artísticas diversas.
Assim sendo, qualquer colaboração no sentido de trazer mais clareza e precisão ao tema é bem-vinda. Espero mais contribuições de outros comentaristas, pois quando bem colocadas trazem mais conhecimento para mim e eventualmente para outros leitores.
=8-)
Uma primeira correção é devida - quem sabe não haverá outras?
ResponderExcluirNo calor da produção do texto, fiz uma lista das escolas segundo a classificação após a apuração, para me guiar. Contudo, ela acabou entrando no texto com os “apelidos” que dei a cada enredo. Tendo em vista uma maior precisão de informações, repito abaixo a mesma lista, mas agora com o nome oficial de cada enredo. Coisa de louco!
1 - Mangueira 269.8 pontos (campeã)
Maria Bethania, a menina dos olhos de Oyá
2 - Unidos da Tijuca 269.7 pontos (2ª pelo critério de desempate)
Semeando sorrisos, a Tijuca festeja o solo sagrado
3 - Portela 269.7 pontos (3ª pelo critério de desempate)
No voo da águia, uma viagem sem fim
4 - Salgueiro 269.5 pontos
A Ópera dos Malandros
5 - Beija-Flor 269.3 pontos
Mineirinho Genial! Nova Lima – Cidade Natal. Marquês de Sapucaí – O Poeta Imortal
6 - Imperatriz 269.2 pontos
É o Amor... Que mexe com minha cabeça e me deixa assim... Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil
7 - Grande Rio 268.7 pontos
Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei…
8 - Vila Isabel 267.9 pontos
Memórias de 'Pai Arraia' - Um sonho pernambucano, um legado brasileiro
9 - São Clemente 267.8 pontos
Mais de 1000 palhaços no salão
10 - Mocidade 266.5 pontos
O Brasil de La Mancha: Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro
11 - União da Ilha 265.8 pontos
Olímpico por natureza... Todo mundo se encontra no Rio
12 - Estácio de Sá 265.0 pontos (rebaixada)
Salve Jorge! O guerreiro na fé
<:o)
Vou esperar sair o DVD. Assim terei vídeo e áudio. E vou conferir.
ResponderExcluir(SP)
Vou informar em primeira mão a escola que será rebaixada no próximo ano: Paraíso do Tuiuti. Sorry!
ResponderExcluirAnônimo,
E em São Paulo, teve desfile? A prefeitura paulistana poderia contratar as escolas do grupo "A", de acesso, no Rio de Janeiro, para desfilarem no Anhembi. Fariam mais sucesso que essas que vocês têm aí (rsrsrs).
Quem não gosta de Carnaval? Seguramente o manager é passional também neste quesito, no que é acompanhado pelo autor do post. Deve ser característica de vascaíno.
ResponderExcluirPasso .....
ResponderExcluirQuando começa 2016 ?
PS: em tempo, a minha torcida pela Mangueira foi uma sacanagem, tb no Twitter, pois TODOS associam Mangueira Àquele Time do Mal. Fui abduzido durante o Carnaval, e um ET usou meu smartphone e meu netbook. Mas já estou de volta, lúcido, e juro, não rolou lobotomia.
FLUi
Incógnita e Anônimo:
ResponderExcluirTerminado o carnaval tirem suas máscaras (KKKKKKKK)
Calm down It's just a joke !
Também poderia ser ao contrário :
ResponderExcluir"Acabou o Carnaval, já podem recolocar suas máscaras !"
rsrsrs
Cláudia Leitte já não é mais rainha de bateria da Mocidade. Ela e o diretor de carnaval Rômulo Ramos já saíram.
ResponderExcluirBoatos apontam a funkeira Anitta para o lugar de Cláudia.