Por
Carlos Frederico March
(Freddy)
Já faz 23 anos que o astrônomo polonês Aleksander Wolszcvan descobriu os 3 primeiros planetas extra solares, inesperadamente achados orbitando um pulsar, que é uma estrela de nêutrons sobrevivente da titânica explosão da estrela mãe em supernova.
Explicar
como isso acontece é bastante longo e foge ao escopo do que pretendo abordar
neste pequeno texto. Fato é que a procura incessante de planetas orbitando
estrelas longínquas tem sido uma meta. Apesar de incontáveis hipóteses levando
a que a existência de outros sistemas solares e quiçá outras civilizações são
uma consequência quase inevitável do processo de formação do universo e suas
galáxias e nebulosas, o homem é como o São Tomé dos ritos católicos: precisa
ver para ter certeza!
Não é outro o motivo de bilhões de
dólares serem alocados anualmente aos orçamentos de diversos países na busca de
vida alienígena. O progresso da ciência, em particular a astronomia, é fruto
desse afã. A eventual constatação de que não estamos sós alterará toda uma
estrutura social baseada em religiões ou falta dela, fanatismo pró ou contra.
Guerras foram e ainda são travadas defendendo conceitos que poderão, de
repente, desaparecer.
A maneira de “descobrir planetas” é, de
certa maneira, indireta. Significa observar anos, às vezes décadas a fio, o
comportamento de estrelas com instrumentos cada vez mais sensíveis. Anomalias
em seu movimento são analisadas. Podem ser manchas na superfície (como as temos
no nosso Sol - as manchas solares), podem ser pulsações rítmicas dependentes de
sua composição química.
Podem enfim ser uma variedade imensa de
comportamentos já catalogados ao longo de séculos, que de pronto descartam a
possibilidade de serem devidos a planetas. Esses causam irregularidades
extremamente sutis nos movimentos estelares. Há 30 anos atrás não havia meios
de detectá-los.
Contudo, hoje temos instrumentos
absurdamente sensíveis, além de softwares cada vez mais poderosos. A maioria deles em observatórios
espaciais, o mais conhecido deles o Telescópio Espacial Hubble. Mas ele não é o
único. Dezenas de outros há, observando o universo através de luz visível
(como nós, humanos), ultra violeta,
infravermelho, raios-X, raios-gama...
Orbitando no espaço interplanetário próximo
à Terra, esses instrumentos não estão sujeitos a interferências de nossa
atmosfera, imenso filtro que nos preserva como seres vivos mas que atrapalha e
muito a observação astronômica.
Um desses telescópios espaciais é o Kepler.
Lançado com o propósito específico de buscar irregularidades em estrelas que
possam determinar a existência de planetas orbitando-as, efetivamente os
descobriu os magotes! Não só planetas extra-solares como objetos dentro do
próprio sistema solar, pertencentes ao chamado cinturão de Kuiper.
Posso
reportar que a comunidade astronômica reconhece hoje centenas de planetas
extra-solares detectados por análises similares (usando ou não dados do
telescópio Kepler), além de mais de 1.000 objetos pertencentes ao cinturão
Kuiper, número esse a cada dia maior.
O
telescópio espacial Kepler tem uma sensibilidade inacreditável para detectar
anomalias e alterações de órbitas de estrelas a centenas de anos-luz. Atualmente
cerca de 150.000 de estrelas estão sob escrutínio de grupos de estudo, que usam
computação avançada para comparar dados disponibilizados pelo Kepler.
Voltando
a alguns parágrafos acima, as anomalias percebidas no movimento de estrelas
podem ser resultantes de uma série respeitável de motivos, conhecidos e
catalogados. Cuidadosamente processadas, podem agora incluir as sutis
alterações provocadas por planetas.
Isso nos
traz a KIC 8462852. O que aconteceu com essa curiosa estrela é que o que se observou
nela nesses recentes 4 anos não bate com nada razoável em termos de
comportamentos conhecidos.
Cientistas
não gostam de serem confundidos com escritores de ficção científica, vai daí o
anúncio de suposta anomalia visual causada pela interposição de alguma
estrutura artificial (portanto alienígena) não foi divulgado por mero acaso,
para chamar atenção na mídia. Muito pelo contrário, é resultado de análise
criteriosa do que se estudou.
Sim,
vamos admitir que alguns setores da mídia científica fizeram piada acerca do
anúncio, por inusitado, mas isso não diminui o valor da análise realizada pelos
astrônomos.
Ah,
foram só 4 anos de observação. Suficientes, sim, nos quais as cerca de 150.000
estrelas observadas tiveram seus períodos, órbitas, composição química e
possíveis acompanhantes (estrelas ou planetas ou discos de poeira ou mais um
monte de hipóteses) cuidadosamente analisados e classificadas, cada uma delas
dentro de critérios já conhecidos.
KIC 8462852, ao contrário,
mostrou ter sua luminosidade natural perturbada pela interposição de algo que
não bate com nada conhecido nos meios científicos. Por exemplo, a construção de
uma esfera Dyson em torno de si para captação de energia, feito só possível a
civilizações extremamente avançadas tecnologicamente.
Esfera Dyson, hipotética estrutura coletora de energia estelar |
É a
maneira que se tem atualmente de comprovar ou descartar uma hipótese. Buscar
dados e comparar com o que já se conhece. Mas o simples fato de terem formado
esses subgrupos especiais para análise específica de KIC 8462852 já demonstra a
importância dada à sua descoberta.
Como já
dissemos, a humanidade investe bilhões de dólares e aloca milhares de
cientistas apenas por estar precisando urgente e desesperadamente descobrir que
não está só no universo, para mudar sua perspectiva social interna e de como se
situar no todo.
Crédito:
Esfera
Dyson mostrada e citada em artigo disponível em:
http://www.blastr.com/2015-10-14/distant-stars-strange-behavior-catches-attention-astronomers
Essa interposição observada não poderia ser uma sujeira espacial na lente do telescópio ?
ResponderExcluirQual a dimensão dessa interposição ?
Para ser observada à frente de uma estrela ou estrelas, deve ser algo gigantesco, monstruosamente grande ! Não dá para imaginar (ou dá) que seja algo construído por alienígenas ....
Um ponto que me intriga nessa obsessão por UFOs e alienígenas : por que, se existem passando por aqui e nos visitando, não pousam no Maracanã em dia de jogo, ou no Central Park num domingo? Seria muito mais fácil fazerem contato assim e acabar com essa dúvida.
Mas que existem, com certeza devem existir, sabe-se lá em que estágio de evolução.
São muitas as dúvidas e incertezas. Mas se considerarmos que já aceitamos o sistema geocêntrico e até que a Terra seria plana como um prato, e que se o navegante chegasse próximo do bordo cairia num precipício sem fim, até que temos caminhado bem.
ResponderExcluirÉ muita informação para a minha necessidade. Para mim basta poder ver um eclipse, um cometa próximo ao nosso planeta ou um meteorito que caiu no Brasil.
ResponderExcluirQuando haverá um novo cometa visível da terra?
Lourdes,
ResponderExcluirQuando morei em São Paulo, cansei de ver Cometa, 1001, Expresso Brasileiro, Itapemirim ...
Perdão pela pilhéria, mas não resisti. O Carlos Frederico certamente irá responder com seriedade e conhecimento.
Pelo visto você desistiu de se cadastrar como seguidora. Não vejo sua inscrição.
Obrigado por continuar conosco aqui neste cantinho virtual.
Desculpem-me estar enrolado.
ResponderExcluirAté agora não sei se quem caiu foi a Oi ou meu roteador.
Fato é que consegui conexão direta na rede, excluindo o roteador.
Vamos lá.
Riva, diria que milhares de cientistas têm dezenas de hipóteses que foram testadas quando da análise dos dados dessa estrela. Incluindo sujeira espacial na lente do Kepler e defeito ocasional no instrumento captador.
Ainda há hipóteses tecnicamente viáveis mas de uma probabilidade tão irrisória que, de início, estão colocadas de lado - não significa esquecidas.
Grupos de estudo vão ser formados especificamente para analisar essa estrela com outros equipamentos na Terra e no espaço. Entenda que nem todo mundo tem seu tempo de trabalho alocado à vontade, há programação prévia, o espaço é infinito, essas coisas. Contudo, dada a importância do assunto, vão conseguir janelas novas de observação conjunta, incluindo captação de ondas de rádio.
Pode dar em nada, o mais provável. Contudo, a hipótese de estrutura alienígena foi levantada pela segunda vez na história astronômica. A primeira foi quando descobriram os pulsares. A improvável rotação de dezenas, centenas ou milhares de vezes por segundo de uma estrela era fato nunca antes observado até a descoberta dos pulsares, ou estrelas de nêutrons. Até chegarem a essa conclusão, o fenômeno era jocosamente chamado de LGM (Little Green Men).
Vamos aguardar o resultado dos estudos.
<:o)
Lourdes, a chegada de cometas se dá de duas maneiras. Numa delas, a gente espera os já conhecidos, periódicos, como foi o caso do Halley em 1986. Contudo, vez por outra, chega inadvertidamente um grande, como foi o Hale-Bopp, o Hyakutaki, o McNaught. Assim que souber de algum, e isso é seguido diariamente, eu aviso.
ResponderExcluirQuanto a eclipses, por aqui nada de bonito num futuro próximo. O que tem chamado a atenção dos astrônomos e amadores é o eclipse solar de agosto de 2017, com excursões já sendo programadas à costa leste dos EUA, melhor local para observá-lo em terra firme.
Asteroides imensos como o recente na Rússia também são inesperados, infelizmente. Dos que conhecemos, nenhum tem sua órbita passando perto o suficiente para gerar frisson.
Manterei dentro do possível todos informados sempre que algo de extraordinário acontecer.
Abraços
Freddy
Muito obrigada Carlos. As informações científicas não despertam minha curiosidade, meu interesse está limitado as curiosidades do próprio universo. Como eu falei um eclipse do sol é bastante interessante como acontecimento, como é diferente ver um cometa riscando o céu. Nunca vi um real, só em animação.
ResponderExcluirEsse papo de cometas me transporta à infância, já que cometas eram desenhados em nossos livros com aquela bola brilhante seguida de uma cauda escandalosamente grande e bonita.
ResponderExcluirQuem, quando criança, nunca desenhou um cometa e coloriu ? Eu pelo menos, como sempre fui fascinado por um bloco e lápis, vivia desenhando desde pequeno.
Estou comentando isso porque a passagem do Halley, pela fama que tinha, foi decepcionante. Tenho certeza que 99% da população da Terra esperava um espetáculo inesquecível, comparável com a imponência das escolas de samba na Apoteose, e ..... foi aquilo que passou ..... rsrs.
Com tantas coisas "voando" pelo céu, acho que na verdade estamos é dando sorte de ainda não ter batido por aqui algo bem grande.
Lembro muito bem Bill Haley & His Comets, ótima banda de rock dos meus tempos de adolescente.
ResponderExcluirVocês falam deste Haley? Ou destes cometas?
Esse Halley foi um dos grandes blefes da astronomia.
Já passou pela cabeça de vcs que uma civilização avançada o suficiente para se comunicar conosco pode estar, digamos, a 100.000 anos-luz de distância, e o que ela estaria enxergando seria nosso planeta há 100.000 anos, e portanto estariam vendo... macacos?
ResponderExcluirPaulo Bouhid, SIM, penso muito nisso, e também pela NOSSA ÓTICA.
ResponderExcluirFui ali conversar com meu amigo Johnnie ..... já falei para o meu irmão Freddy, que não dá mais para debater essas coisas profundas na minha idade. Já larguei o, digamos, rock and roll, há mais de 45 anos .... rsrsrs
Paulo, claro que sim. Tem sido assunto recorrente em papos científicos e até de ficção cientifica. Não precisa nem ir tão longe. Só começamos a enviar sinais de nossa existência através da emissão de ondas de rádio, micro-ondas, e outras faixas de frequência detectáveis, a partir de meados do século passado.
ResponderExcluirA "janela" de observação que apresentamos a uma sociedade alienígena não tem, portanto, nem 100 anos. Um "culionésimo" comparado com tempos astronômicos.
Indo um tico mais à frente, pode ser que civilizações tenham nascido, se desenvolvido tecnologicamente e se destruído (como os terráqueos estão fazendo) num período, digamos, de 5.000 anos, mas defasados da nossa de, digamos 20.000 ou 100.000 anos. Ou seja, a chance de termos uma civilização próxima no mesmo estágio que nós ou um pouco mais atrás ou à frente, é quase nula. Tem um livro inteiro de Isaac Asimov só para justificar essa rápida conta que fiz!
<:o)
Carrano, Riva e os cometas...
ResponderExcluirQuem destrói ou corrói a astronomia é a mídia.
Sedenta de manchetes, cria expectativas que só denigrem a ciência.
Eu vi o cometa de Halley com aquele formato dos livros nos dias 19 e 20 de março de 1986, com meu telescópio montado na janela do meu dormitório, que era virado para o nascente, onde eu sabia que ele estava. Foi lindo.
A mídia alardeou que ele passaria junto à Terra em 1 e 2 de abril de 1986, tão próximo que se estenderia pelos céus. Mentira. Eu o vi da janela da sala, mas só a cabeça, imensa e tênue (com binóculo para aumentar contraste). Estava tão perto que sua cauda se perdeu no meio da luz das cidades e da própria Via Láctea. Foi um erro alardear sua observação no dia de maior aproximação.
Idem idem chuvas de meteoros, tão "brilhantes que o céu ficará coalhado deles". Nunca mais! Isso era papo de quando não existia luz elétrica nas ruas das cidades. Século XIX pra trás, escuridão total, mesmo assim em noites sem lua. E conta-se nos dedos de uma só mão as chuvas de meteoro realmente impressionantes.
Depois que estamos acostumados com balões fogueteiros, aquelas centenas de raios prateados saindo debaixo deles, com estampidos e artefatos coloridos, jamais um meteoro vai nos entusiasmar. Se comparar com os fogos de fim de ano então...
Um eclipse solar total, dependendo do tipo, pode ser bonito mas necessita cuidados especiais para não queimar a retina. Mesmo na maior escuridão há raios chegando à Terra, vindos da coroa solar, que aliás só fica visível para nós nesse exato momento.
Beleza em astronomia hoje só em imagens processadas por computador que pululam nos meios científicos e na mídia especializada. Nem isso você verá ao vivo se olhar por um telescópio, por maior que seja, sabia? Verá tudo em tons de cinza ou prata com nuances hiper discretas de azul e vermelho.
Voltarei ao assunto em outra oportunidade.
<:o)
Depois deste comentário do Carlos Frederico, a Lourdes vai dizer: "desculpe, foi engano!" E vai desligar. Ela busca, segundo comentou, a beleza e o inusitado nos fenômenos do espaço sideral.
ResponderExcluirEu andei distribuindo panfletos virtuais de uma agência americana que está combinando a observação do eclipse total do Sol de 2017 com 3 tipos de passeios na região. Haveria um mix de turismo com astronomia - afinal o eclipse dura poucos minutos. Contudo, fui desestimulado por Riva, que disse que a época é extremamente quente na Califórnia e arredores em agosto.
ResponderExcluir=8-/
Pô, Freddy, com telescópio não vale.
ResponderExcluirQueria ver aquela cauda (no Twitter muitos escrevem calda) brilhante e monstruosa a olho nu, como via nos meus livros da infância !
Alô, Lourdes ..... !! rsrsrs .... está na linha ?
tu tu tu tu tu tu tu tu ..... rsrs
Só depois deste comentário do Riva é que entendi a piada do Jorge sobre eu desligar. Fiquei matutando, desligar o quê?
ResponderExcluirRealmente não tenho maior interesse na acadêmico, mas não chega a ser enfadonho.
Gostaria de ver o cometa como nos desenhos infantis como disse o Riva.
Caiu a ficha né Lourdes?
ResponderExcluirSeu comentário valeu como resposta, você não desligou. Diferentemente de algumas pessoas que aparecem e desaparecem como se manipuladas por ilusionistas.
Recado "indireto" para Kayla e Rachel, por exemplo (kkkkkk).
Confesso que não vejo nenhuma graça em um eclipse solar ou da Lua. Interessante apenas.
ResponderExcluirE o local que Freddy mencionou é a California, em agosto. Não é brincadeira o calor lá nesse mês.
Vcs estão preocupados com o calor... se esqueceram do dólar?
ResponderExcluirMas Freddy, qual a sua leitura disso tudo que vc relatou ? Em que você acredita, espiritualmente e racionalmente ?
ResponderExcluirEu sou muito cartesiano em se tratando de universo, coisas infinitas .... só com muito rock and roll, mas agora não dá mais.
Tenho lido a respeito. Ultimamente meu foco tem sido os 5 livros principais de Allan Kardec. Estava indo bem, tentando superar os percalços e as dúvidas normais, mas Céu e Inferno não "desceu". Vou ter de voltar aos primeiros, para rever os conceitos básicos.
ResponderExcluirA parte mais fácil é acreditar no compartilhamento telepático de todos os seres vivos. Mesmo deixando de lado reencarnação, posso aceitar facilmente o contato espiritual com pessoas que já se foram mas cujas lembranças ainda habitam a mente dos que estão ainda vivos. Isso implica em aceitar sem muita discussão muitos fenômenos descritos na doutrina espírita. Incluindo cura à distância.
A parapsicologia tenta explicar tudo isso sem usar religião.
Reencarnação tem sido minha luta pessoal. Quero entendê-la, mas quanto mais leio mais dúvidas aparecem. Por que não lembro de nada antes? A argumentação de que apagar o passado na memória dos reencarnados livra-os de lembranças cruéis e embaraçantes parece-me, raciocinando apenas com lógica, conversa para boi dormir.
Se eu existo e se já fui alguém anteriormente isso tinha de constar na minha memória encarnada, se ela foi pertencente a um espírito que já existiu -ou que ainda existe, vivendo mais um momento de provas e expiações (ensinamentos do espiritismo). Só que não consta! Aqui estou usando lógica pura.
Tirando religião de lado, tenho uma visão fantástica de nosso papel, ou melhor dizendo, de nosso momento no Universo, mas teria de fazer um post inteiro para expressá-la. Fica como dever de casa.
Aguardo, então, o post, Freddy.
ResponderExcluirMais fácil acreditar que quando acabar, acabou. Veja bem ......
ResponderExcluirPor que os vagabundos e ditadores, dão um tiro na cabeça de quem os atrapalha nessa vida ?
Porque sabem que acabou, não enche mais o saco e pronto. Basta matar. Sai do meu caminho e pronto.
#simplesassim
O resto é aquele romance que os humanos insistem em tentar crer, para dar mais graça à morte. AAh, vou viver outra vez ......
Se isso for verdade, só espero não voltar gritando Mengo !!!!!!
Beijo final entre estrelas.
ResponderExcluirhttp://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/astronomos-flagram-beijo-final-de-duas-estrelas-17835492
Sempre gostei desse assunto: estrelas binárias cataclísmicas. Parece que essas são as mais próximas da Terra a serem observadas perto de seu momento final. Infelizmente um "curto tempo astronômico" ultrapassa não só a nossa idade como séculos e até milênios. O desfecho deve ocorrer quando a raça humana já estiver extinta.
ResponderExcluirAliás minto: o desfecho já ocorreu, mas como a luz desse par demora 160.000 anos para chegar à Terra, em termos práticos dá no mesmo.
Aliás, o texto no link apontado é bem didático, eu mesmo pouco teria a acrescentar se fizesse um post a respeito. Muito bom.
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<:o)
Sinto necessidade de esclarecer um pouco mais sobre a estrela tema deste post, KIC 8462852. Existe, sim, uma hipótese usando conceitos corriqueiros. Uma nuvem compacta de cometas pode estar se desagregando ao se aproximar de KIC 8462852, evento que poderia responder pela aguda e rápida obstrução de sua emissão luminosa.
ResponderExcluirPorém, tal ocorrência dependeria de suas cercanias terem sido recém perturbadas pela passagem de alguma outra estrela próxima - e essa estrela de fato existe! Contudo, a desagregação dos cometas é um evento rápido, coisa de poucos anos de duração. Além disso, a nuvem deveria estar orbitando KIC 8462852 numa inclinação tal que passaria bem entre nós e a estrela - chance também pequena.
Nós, observadores distantes, estaríamos vendo um evento extremamente raro (passagem de uma estrela muito próximo de outra a ponto de perturbar tudo) exatamente no momento em que ele estaria ocorrendo (poucos anos de duração) e num ângulo conveniente (muito raro, também).
Essa probabilidade se mostrou tão pequena que até hipótese ligada à ficção científica, como é a construção de uma esfera Dyson por uma civilização tecnologicamente avançada, teria mais chance de estar acontecendo do que o fenômeno natural.
Decerto teremos em breve uma explicação melhor, pois como disse no texto diversos grupos de estudo estarão focando especificamente a região de KIC 8462852 para acrescentar mais dados às hipóteses levantadas.
=8-)
Hoje circulou notícia de que as primeiras pesquisas de possíveis emissões que pudessem ser atribuídas a civilizações extraterrestres não deu em nada. Acrescenta também que nenhuma das recentes suspeitas jamais chegou a detectar algo, mas esclarece que é uma das linhas normais de análise de qualquer fenômeno considerado inusitado.
ResponderExcluirAcrescento na oportunidade que também li num artigo mais antigo que, quando a sonda Galileu foi lançada em direção a Júpiter em 1989, no meio da viagem deu uma "olhada" para trás e realizou procedimentos usuais de procura de vida extraterrestre, mas apontando para a Terra. Não achou nada!!!
Isso pode significar que ainda não conhecemos os meios técnicos pelos quais poderemos, quem sabe um dia, captar sinais de vida inteligente no espaço.
Hoje (25/11/2015) foi repassada pelo Globo notícia dada pela NASA de que a hipótese da luz de KIC 8462852 ter sido bloqueada periodicamente por alguma estrutura natural ou artificial recai sobre um grande enxame de cometas.
ResponderExcluirA estrela foi observada criteriosamente por várias entidades científicas, cada uma analisando um aspecto diferente. Juntando todos os resultados obtidos até agora, a hipótese dos cometas é a que melhor se encaixa para explicar o fenômeno.
As observações conjuntas continuarão ainda por um tempo para ratificar a conclusão.