1 de setembro de 2015

FUTEBOL E VINHO

Em outubro do ano passado escrevi um post sobre o futebol (soccer) nos Estados Unidos. Não é necessário, mas se quiser acesse:
(http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2014/10/qual-o-seu-time-na-major-league-soccer.html)

Desde então tenho lido aqui e ali notícias sobre o crescimento do futebol em países como a China a até a Índia.

Países com imensas populações e integrantes do grupo denominado BRICS, têm tudo para se transformar em potências no esporte, a médio e longo prazos. É esperar para ver.

O que me levou a escrever sobre isso foi a notícia antiga, de que um clube da China ofereceu ao Wanderley Luxemburgo a módica quantia de 30 milhões de dólares anuais. Leiam:

Dinheiro não lhes falta e universo de jovens atletas para serem selecionados e treinados também não.

Estão investindo alto na importação de jogadores e técnicos estrangeiros para ajudar a alavancar a qualificação dos jogadores das ligas locais.

Tal fenômeno aconteceu na Europa, com excelentes resultados. Foi um processo lento e gradual. A princípio eram proibidos os estrangeiros; depois o número passou a ser limitado; mais tarde ampliaram os limites e mais recentemente criaram mecanismos para burlar as normas.

Naturalizam  os jogadores, concedem vistos de cidadania europeia ao cabo de cinco anos atuando no continente, enfim, chegaram a um ponto em que na Premier Legue, por exemplo, nas maiores equipes, não passam de três, em média, os ingleses do time principal.

Na Espanha e na Alemanha a situação  está se repetindo. Peguem os times do Bayern e do Real Madrid e constatem a quantidade de jogadores não nascidos na Alemanha e na Espanha que integram seus respectivos elencos.

Na África, se tivessem um pouco mais de dinheiro, planejamento e organização, já teriam uma Liga muito forte, porque são exportadores de talentos futebolísticos.

Aqui mesmo na América do Sul, alguns países são formadores de jogadores que depois vão brilhar na Europa. E não estou falando somente de Brasil, Argentina e Uruguai. Falo do Chile, da Colômbia e até do Equador.

E não ficam em seus países pelas mesmas razões básicas: dinheiro (a falta de) e organização. A Libertadores da América poderia – e deveria – ser uma competição tão interessante e competitiva quanto a Champions League, cujas partidas são transmitidas para todo o mundo e rendem milhões de euros para as equipes envolvidas.

Essa situação no futebol me remete aos vinhos. Quando comecei a me interessar pela bebida, os considerados bons eram os franceses, os italianos, alguns espanhóis e alguns portugueses.

De lá para cá (20 anos?) países até então considerados exóticos em termos de produção de vinhos, transformaram-se em protagonistas: Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e mesmo os Estados Unidos.

Aqui no continente americano do sul, o Chile dava seus primeiros passos, acompanho pela Argentina. O Brasil engatinhava. Hoje, nós e estes outros países do Continente, inclusive o Uruguai, fabricamos vinhos bens aceitáveis e mesmo premiados em feiras internacionais.

Algumas castas adaptaram-se tão bem a diferentes solos que não os de suas origens, que chegamos quase a uma pasteurização dos produtos. Menciono como exemplo a uva Cabernet Sauvignon.

Os vinhos desta cepa são muito parecidos, sejam europeus, sejam americanos ou da Oceania.

Assim está acontecendo com o futebol, temos excelentes jogadores holandeses, belgas (ótima safra), suecos,  e alguns bons asiáticos.

Não demora e a FIFA terá que ampliar o número de países que disputarão a fase final da Copa do Mundo, para acomodar emergentes no mundo deste esporte. 

9 comentários:

  1. O futebol é um dos negócios que movimentam mais dinheiro no planeta. Tem um poder inexplicável de conquistar simpatizantes. Os negócios paralelos que giram ao seu redor são impressionantes.Sem necessidade de mencionar o quanto é apaixonante.
    Parece que são 206 países filiados a FIFA, mais do que os filiados a ONU (a conferir).
    Agora o Zico pretender ser o presidente desta entidade que controla o esporte em âmbito mundial é uma piada.
    A FIFA deve ser administrada com a cabeça, o que tem dentro, e não com os pés.

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  2. Provavelmente não poderei comprovar, sendo testemunha ocular, a minha tese de que no futuro não teremos a polarização hoje existente, entre Europa e América do Sul,os únicos continentes com países que conquistaram a Copa do Mundo de futebol.

    A África estaria mais próxima, não fora a desorganização e a carência econômico-social.

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  3. Jorge, centenas de países já disputam a Copa do Mundo. O que é chamado simplesmente de "Copa do Mundo" (com sede e tudo o mais) é a fase final com as seleções classificadas...

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  4. Muito bem observado. Esclarecimento bastante válido. Na verdade disputam, desde as fases classificatórias (ou podem disputar) os 206 países filiados.

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  5. Ainda sobre Zico. Persistente o cara é... e azarado também!

    http://espn.uol.com.br/noticia/539880_zico-pede-chapa-unica-em-eleicao-do-fla-nao-consegue-e-declara-apoio-a-wallim

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  6. Com certeza inexistem espelhos na casa do Zico

    #simplesassim

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  7. Fátima Bernardes injuriada:

    http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/meio-de-campo/post/apos-goleada-bonner-revela-fatima-injuriada-e-ja-projeta-problema-em-casa.html

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  8. As chances do Vasco mergulhar, de novo, na segunda divisão, são da ordem de 99%.

    http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2015/09/vasco-vai-99-de-risco-de-cair-timao-tem-81-de-chances-de-titulo.html

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  9. Mesmo com 99% de chance de queda, Eurico ainda acredita na salvação do Vasco:

    http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2015/09/eurico-mantem-esperanca-em-evitar-queda-nao-houve-desistencia-ponto.html

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