Doutor Rúbis

Rubens

Os mais jovens não fazem a menor ideia de quem estarei falando. Os mais idosos, se torcedores do Flamengo ou do Vasco, certamente se lembrarão do meia habilidoso, exímio cobrador de faltas, que estava no elenco da seleção brasileira na Copa de 1954.

Chamava-se (é falecido) Rubens Josué da Costa e apareceu no cenário  futebolístico atuando num timaço da Portuguesa, a paulista, que contava com Djalma Santos (campeão mundial em 1958), Julinho (seleção nacional e fez sucesso também na Europa), Pinga (jogou na seleção e foi campeão pelo Vasco), e outros bons jogadores.

Quem diria que este clube hoje decadente – Portuguesa de Desportos -  já teve ótimos times. Assim como o América, aqui no Rio.

Mas voltando ao Rubens, ele foi tricampeão pelo Flamengo e já quase ao final da carreira transferiu-se para o Vasco onde atuou durante um ano.

Provavelmente o Zico inspirou-se nele para cobrar faltas, em curva, sobre a barreira. O Rubens foi um mestre nesta arte.

Andrade

Anos mais tarde, outro jogador do Flamengo, também campeão, foi jogar no Vasco quase ao final da vitoriosa carreira. Falo do Andrade um volante (chamávamos half-back ou center-half, dependendo da função em campo) muito aplicado e de bom toque de bola.  Também jogou pouco tempo no Vasco, e já não era o mesmo.

Essas recordações têm uma razão de ser. Ontem o Vasco rescindiu o contrato com o jogador Marcinho, contratado no início da temporada como grande reforço. Não jogou nada e já vai tarde.

Marcinho

Admira-me o Eurico contratar um cara que jogou no Flamengo. Assim como contratou, lá no outro mandato, o ex-jogador Beto, que também tem pele rubro-negra. Também nada produziu no Vasco.

Beto

Estes caras não acrescentam coisa alguma, antes pelo contrário.

Temo que com os resultados ruins o Doriva seja demitido e em seu lugar seja contratado o Petkovic, que já proclamou aos quatro ventos que é torcedor do time dos urubus. E sobre o qual temos a triste lembrança daquele gol resultante de cobrança de falta, no final da partida, que nos tirou o título de campeões já quase comemorado nas arquibancadas.

Petkovic

Não é fundamental, mas ajuda muito quando o jogador é torcedor do clube que vai defender. 

Como tive oportunidade de escrever no post (http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/02/sabara.html), houve tempos românticos quando os jogadores se identificavam com os clubes e ficavam indissoluvelmente ligados aos corações dos torcedores.

Nota do editor: o blog já não é mais o mesmo. Já publica até fotos de jogadores com aquela camisa do time do bonde sem freio. Estamos fazendo concessões, mas morrerá esperando quem acredita que ainda toleraremos o PT.