Foto obtida no Google |
Admito
uma certa ambiguidade no titulo. Daí esclareço. Ou tento.
Deu-se
comigo mas não sei se é um fato comum. Ao meu redor o fenômeno se repete, mas
não significa que seja uma regra.
Tive,
ao longo da vida, diferentes núcleos, vamos chamar de amizades, que se
mantiveram por longos períodos.
Escola,
faculdade, trabalho, clube, vizinhos, estes tipos de relação.
Em
alguns destes casos esta relação foi, ou é, bastante sólida. Velhos amigos,
agora amigos velhos, tanto quanto eu constituíram famílias, casaram e tiveram
filhos.
Nossos
filhos – os meus e os deles - sempre souberam desta amizade. Nós os vimos
nascer e crescer. Mas estes nossos herdeiros não conviveram entre si, em
escolas, faculdades ou atividades profissionais.
Nossos
filhos nunca se comunicaram criando vínculos. Não se conhecem praticamente. Certamente
se cruzarem nas ruas nem se reconhecerão.
Estes
nossos filhos, os meus e dos amigos mais antigos, por sua vez já casaram e
criaram famílias que jamais terão referência sobre a amizade de seus avós.
Estou
falando de amigos que não precisavam avisar quando iriam visitar. Que se
encontravam frequentemente. Iam a shows e a barzinhos com certa regularidade, em casais.
Em síntese conviveram bastante. Mas este convívio, esta camaradagem, não deixou
sucessores entre nossos filhos.
Se
eu fizesse uma pesquisa entre meus filhos, mencionando nomes de amigos meus que
eles conheceram, e perguntasse se eles sabem os nomes dos filhos destes meus
amigos haveria um silêncio tumular.
Para
não exagerar, talvez em relação ao amigo Castelar, falecido no ano passado, o
meu primogênito talvez lembre e acerte os nomes. Se não de todos, porque são
quatro, pelo menos de dois.
Mas
duvido que se reconheçam numa festa ou cruzando na rua.
Este
fenômeno, por assim dizer, é comum? Ou seus filhos e netos têm amigos que são filhos
e netos de amigos de vocês de longa data?
Se
você, leitor, tem amigos que são filhos de amigos de seus pais, por favor
explique como se deu.
Cartas
para a redação.
Também do Google |
Se nem entre primos, com laços sanguíneos, nem sempre as amizades se consolidam, imagine apenas filhos de amigos.
ResponderExcluirTambém não conheço nenhum caso.
Bem lembrado Anônimo. Filhos de primos nem se conhecem como regra geral.
ResponderExcluirEu mesmo conheci, quando ainda pequenos, alguns filhos de primos. Hoje se baterem a minha porta precisarão se apresentar.
Se meus filhos não conhecem meus primos, como iriam conhecer os filhos deles?
Há uma exceção, no caso do Rick Carrano, primo (porque filho de primo) que mora nos USA e vez ou outra da as caras aqui no blog. Isso porque tendo o mesmo nome de meu filho caçula (Ricardo) certa feita, coincidentemente, ficou sabendo pelo contador dele que havia um outro cliente de nome Ricardo Carrano.
Mas nunca se viram.
Laços de família também são muito restritos. Ou não!?
Mas o foco do post é amizade lato senso.
Pensando bem, já se deu a recíproca. Amiguinhos de meus filhos na escola, acabaram me aproximando dos pais deles.
ResponderExcluirAcho que existem casos de toda natureza nesse assunto.
ResponderExcluirDa minha juventude, tenho raros contatos e nem sei se têm filhos, etc.
Mas o ABEL foi o agente catalizador do que vivencio hoje ao nosso redor.
Estudamos lá, nossos filhos também, e o esporte (futebol e queimado) interno provocou (e ainda provoca) uma incrível integração na escola, independente de que turma vc seja.
Fizemos muitas amizades, inclusive com o futebol dos pais, e nossos filhos (de todos nós) até hoje (a maioria com mais de 30 anos) se encontram, viajam juntos, nós também nos encontramos com regularidade, é um grupo muito grande mesmo, se considerar que tenho 3 filhos.
O Facebook - acreditem - tem sido uma ótima ferramenta de contato entre todos nós, filhos e pais, independente do local onde estejam.
Em resumo : da minha juventude não, pouco sobrou de contatos por motivos diversos. Mas o que se formou após o nosso casamento, permanece até hoje.
Não lembro de minhas filhas terem firmado amizade com descendentes de amigos meus anteriores, até porque são poucos. Como já comentado acima, o contrário é verdadeiro: já estabeleci eventual amizade com pais de amigos delas, sejam de escola ou adjacências.
ResponderExcluirOutro dia li algo que calou profundo. Jovens, principalmente adolescentes, jamais aceitam qualquer coisa que venha a eles pronta, sem que tenham tido a oportunidade de testar por si mesmos as alternativas. Não existe a figura de aceitar a experiência alheia. Ruim? Nem sempre: é um dos motores do progresso e da modernização das sociedades, mesmo que à custa deles darem com os burros n'água vez por outra ou quase sempre. Mas eles dizem: faz parte.
Vai daí, serem "forçados" a amizades que não foram de sua escolha pessoal fica difícil. Como nós já somos escolados, velhos e cheios de experiências, já tendo passado também pela mesma fase no passado, fica mais fácil aceitar as amizades que nos são sugeridas pelo constante convívio com pais e amigos de nossos filhos e filhas.
Aceito contestações.
<:o)
O que você coloca, Riva, reforça o colocado pelo Anônimo. Os filhos e seus amiguinhos, acabam por fazer a aproximação com seus pais.
ResponderExcluirDando tratos a bola, lembro que meu pai nunca foi amigo de nenhum pai de amigo meu. Em nunca fui amigo de pais de amigos de meus filhos.
Mas meu filho homônimo tem uns dois ou três amigos que são pais de meus netos.
Mas quero ver quando eles terminarem o curso, no Gay Lussac, se as amizades resistirão.
E para deixar claro, minha tese se refere a amizade mesmo. Como dei exemplo de não precisar telefonar para ir visitar e poder chegar na hora do almoço de surpresa e tudo bem. Ser confidente e ter lealdade e companheirismo em qualquer circunstância.
Tive dois amigos deste naipe (Castelar e Bazhuni), ambos falecidos há pouco tempo. Um deixou quatro filhos e o outro três.
Nossos filhos nunca se cruzaram.
Chegamos a sair, eu, Wanda e nossos filhos, com amigos (Millar, Senna, Cury) e seus filhos, todos pequenos, para passeios em Itatiaia, Quinta da Boa Vista e Zoológico, e shows no Caio Martins e Maracanãzinho.
Depois de crescidos nunca mais se viram ou telefonaram.
O Carlos Frederico tangenciou um ponto importante. Eles querem fazer suas escolhas.
Vou fazer um teste na primeira oportunidade. Pegarei nossos antigos álbuns de fotografias, nos quais existem fotos de meus filhos e filhos de amigos, em nossa casa, na casa deles, e em passeios e perguntarei se eles lembra, pelo menos, dos nomes das crianças.
ResponderExcluirDuvi-de-o-dó!
TUDO ISSO É VERDADE, CARRANO.
ResponderExcluirEU, PARTICULARMENTE, TENHO TRÊS AMIGOS ATÉ HOJE, QUE SÃO FILHOS DOS AMIGOS DE MINHA MÃE, DO TEMPO DE SOLTEIRA, CUJA AMIZADE SEGUIU PARA VIDA ATÉ HOJE.
VOCÊ, CARRANO, SEMPRE RECEBE, POR TABELA, OS E-MAILS QUE DOIS DELES ME MANDAM SEMPRE.
A TERCEIRA, MINHA QUERIDA AMIGA MARIANA, FALECEU COM QUARENTA E POUCOS ANOS. NA VERDADE, DESISTIU DE VIVER, E ERA MINHA COMPANHEIRA DE CARRINHO DE BEBE... MINHA MÃE E D. LUIZA, A MÃE DELA, PASSEAVAM JUNTAS TODOS OS DIAS COM AS FILHOTAS, LADO A LADO PELAS RUAS DO GRAJAÚ. DEPOIS ESTUDAMOS NA MESMA SALA E ASSIM FOMOS PELA VIDA... COLOQUEI O NOME DE UMA DE MINHAS FILHAS DE MARIANNA. UMA HOMENAGEM A ELA. OS PAIS DELA ERAM ALEMÃES E FORAM PARA O BRASIL FUGINDO DA GUERRA.
MEUS OUTROS DOIS AMIGOS, MARCIO E FRANK, PERSISTEM ATÉ HOJE... E O INTERESSANTE É QUE TEMOS AS MESMAS POSIÇÕES POLÍTICAS E OPINIÕES EM GERAL, MESMO NÃO HAVENDO CONVIVÊNCIA FÍSICA REGULAR.
AH, AMIZADE É COISA BOA...E COMO VOCÊ BEM DISSE, SÃO OS NÚCLEOS. HÁ PESSOAS DE QUEM TENHO SAUDADES E ELAS NEM SABEM... AS VEZES SOMOS MAIS AMIGOS DELAS DO QUE ELAS DE NÓS, MAS TAMBÉM VALE A PENA.
BEIJOS
BETH
Tem muitas variáveis neste fenômeno. Proximidade geográfica, interesses comuns, faixa etária etc.
ResponderExcluirConheço casos de namoros entre filhos de amigos e outros, como o Riva, em que pais e filhos dividem os mesmos amigos.
O mesmo em relação a primos. Na minha família não houve oportunidade nem interesse em estreitar laços. Mesmo assim, eu hoje mantenho contato com filhos de primos e alguns participam do face de minha sobrinha.
Pelo visto eu sou o ponto fora da curva (rs).
ResponderExcluirNão posso deixar de registrar que a polícia francesa conseguiu eliminar os terroristas e o sequestrador que causaram mortes de inocentes e pânico entre a população, num atentado bárbaro.
ResponderExcluirLeiam mais em http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/
Mas em especial este trecho do Augusto Nunes, no mesmo link:
“É assim com genocidas africanos, com tiranetes cucarachas e até com o Estado Islâmico, um viveiro de degoladores que Dilma Rousseff acha possível regenerar com meia dúzia de diálogos amáveis e muito carinho.”
Esquentando o papo :
ResponderExcluiro que é ser amigo, para você ?
Caro Riva,
ResponderExcluirVou te responder por e-mail.
Acaba de ser criado o GEP: Generalidades Especializadas Paralelo, com troca de mensagens via e-mail...
ResponderExcluir=8-)
Como devemos conceituar esta manifestação do Carlos Frederico, caro Riva?
ResponderExcluirCiúme? Ironia? Piada corrosiva? Mordacidade? Chiste sem intenção ofensiva?
Amigo Carlos Frederico, a troca de mensagens singulares entre nós é uma ação corriqueira desde que nos conhecemos.
Não preciso citar para você casos em que trocamos mensagens senão confidenciais, pelo menos sigilosas. O mesmo já ocorreu com seu irmão.
Nada nos impede de tratarmos alguns assuntos de maneira restrita.
O que diria a você ou ao Paulo (Riva) poderia não querer dizer num post aberto aos internautas em geral.
Riva, acho que ele queria ser copiado naquele e-mail que mencionei (rsrsrs).
Claro que trocamos e-mails confidenciais, vez por outra sob autorização eles se transformam em comentários ou até posts.
ResponderExcluirSó não precisava dizer...
Fiquei curioso!
<:o)
Freddy disse que é mera curiosidade .... hmmmm .... sei não.
ResponderExcluirFreddy poderia iniciar nos respondendo então, abertamente, a pergunta que coloquei para todos : o que é ser amigo, para você ?
PS : hoje às 8h da manhã estava 18º na minha varanda em Friburgo. E cá estou eu no inferno .....