6 de setembro de 2014

SE HAY DEMOCRACIA, SOY CONTRA

No Brasil, democracia é sinônimo  de  desrespeito, de impunidade, de vandalismo, de liberalidade, de suborno, de fraude, ou seja, simplificando, de esculhambação, se me permitem a palavra mais chula, mas mais abrangente.

Aqui, democracia é ter horário eleitoral gratuito, momentos em que somos submetidos aos maiores constrangimentos impostos por figuras grotescas, com seus textos recitativos mal decorados.

Todos prometendo consertar, regularizar, corrigir e realizar. No capítulo realizações chegam ao extremo da bizarrice, do esdrúxulo, do impossível.

Um candidato a deputado estadual, por exemplo, que se propõe a reajustar o salário-família, benefício contido na constituição federal e que é matéria de competência federal, está demonstrando uma de duas coisas claramente: o despreparo para exercer cargo eletivo ou está fazendo propaganda enganosa, tentando iludir o incauto eleitor.

Por vezes as duas coisas cumulativamente.

O candidato a governador, no RJ, Lidbergh, acaba de prometer o 13º salário do bolsa família, a ser pago aqui no Estado. Pode ser levado a sério? 
http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/rj/noticia/2014/09/lindberg-promete-criar-o-13-salario-para-o-bolsa-familia-no-rj.html

Outra coisa é que de gratuita, a propaganda no rádio e na TV, não tem nada: nós, contribuintes, bancamos esta baixaria, esta pantomima, este festival de besteiras.

Mas o deprimente não para por aí. Em alguns locais públicos (em Niterói, no Campo de São Bento ou no calçadão, por exemplo), o cidadão não pode caminhar livremente, sem ser molestado por partidários à soldo que quase nos agridem no afã de entregarem panfletos ou santinhos.

E as bandeiras que são agitadas, pouco se importando os “militantes” remunerados (R$50,00 + sanduiche) se estão esbarrando na sua cabeça ou acertando o mastro em seu rosto.

Essa festa da democracia não seria perfeita se não houvesse a presença dos famigerados carros de som. No nível de 110 decibéis (sei lá se não mais) atormentam nossos tímpanos.

De uns tempos a esta parte, a moda é compor sambas, funks e marchinhas que enaltecem as virtudes dos candidatos. Tudo igual.

Mas o pior mesmo é a falta de opções para que se possa votar conscientemente, com esperança. A imagem abaixo, que recebi e uso aqui esperando que o autor não se aborreça (parece que está no Facebook), traduz tudo que escrevi.



Um compacto do debate ocorrido na BAND revela como são monocórdios, como só entoam o "samba de uma nota só". Estamos entre o deprimente e o degradante. A piada surrada, velha, batida, ainda se justifica: a saída é o aeroporto.
Vejam e ouçam: https://www.youtube.com/watch?v=QgwAVg8UXhY&feature=em-hot

8 comentários:

  1. Está ruim escolher. No entanto, minha meta ainda é tirar o PT do poder. Meu voto será naquele(a) que estiver mais apto(a) a realizar essa meta.

    Decerto depois a coisa vai continuar ruim, porém não teremos uma continuidade nas mamatas, terão de ser armadas outras e aí a gente vai ter tempo de apontar, denunciar, tentar ao menos minimizar o prejuízo.

    O que o PT fez com o Brasil, suas instituições, sua economia e sua imagem no exterior, demorará anos para ser consertado. Se ele continuar, a derrocada será total.

    Fora Dilma!
    =8-( Freddy

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  2. Dunga acabou de descobrir que o time é Neymar e mais 10 imbecis. Tá bom, Diego Tardelli fez uma boa partida e Jefferson mostrou segurança, mas acho pouco... Enquanto não construirmos um meio de campo criativo e veloz, estaremos sempre à beira do brejo...
    =8-/
    Freddy

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  3. Vamos gritar, cada vez mais alto:
    FORA DILMA!!!

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  4. Passadas algumas semanas, e analisando o novo e catastrófico cenário político para os brasileiros, cheguei à conclusão que naquele Cessna não morreram apenas os 7 passageiros e tripulantes .... morreu o Brasil.

    A extensão daquela tragédia é muito maior do que se imagina.

    Quando Eduardo Campos era candidato, com certeza teríamos um 2º turno das eleições com Dilma x Aécio Neves. Com grandes chances de uma mudança forte, caso o Aécio se elegesse o nosso presidente.

    Com a morte do Campos e a assunção da candidatura pela Sra.Silva, teremos um 2º turno Dilma x Silva, imprevisível .... porém previsível em estagnação da nação ....

    - a mesma incompetência/inexperiência em gestão pública administrativa
    - a permanência do PT em vários setores da administração pública
    - a mesma "incompetência" e radicalismo nas alianças políticas necessárias nas esferas federal-estadual-municipal
    - as mesmas caras dos últimos 12 anos sorrindo na TV para a população otária

    É o 7x1 na política .... vai ser f.... viver messa M..... aqui.

    #simplesassim

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  5. De qualquer modo, Riva, a meu objeto é tirar do poder os declaradamente desonesto e incompetentes. Prioridade maximz, como disse o Freddy.
    Realmente a morte lamentável do candidato Eduardo Campos alterou desastrosamente o quadro político. Mas ainda tenho esperança que algo aconteça nos próximos 15 dias.

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  6. Em sua coluna o Gilson Monteiro informa que é cada vez maior o número de pessoas que rejeitam (não aceitam) os panfletos distribuídos no calçadão pelos militantes remunerados.
    Isso é ótimo. Até que enfim a pessoas estão tendo mais bom senso.
    Por outro lado, ele informa que os que aceitam o folheto jogam fora a seguir.
    Espero que dentro das lixeiras coletoras, porque senão estarão emporcalhando a rua e entupindo os boeiros.

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  7. Agora, como dito num e-mail, restam duas classes no Brasil, que aguardam os próximos acontecimentos: as armadas e as alarmadas...

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  8. O pior, na democracia, é nos submeter a tirania da maioria. E quem disse que a maioria está sempre certa, com a razão?

    Não sei como corrigir e não conheço regime melhor, mas a democracia peca pelo conceito básico: a maioria decide.

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