No Brasil, democracia é sinônimo de desrespeito, de impunidade, de vandalismo, de
liberalidade, de suborno, de fraude, ou seja, simplificando, de esculhambação,
se me permitem a palavra mais chula, mas mais abrangente.
Aqui, democracia é ter horário eleitoral gratuito, momentos em
que somos submetidos aos maiores constrangimentos impostos por figuras
grotescas, com seus textos recitativos mal decorados.
Todos prometendo consertar, regularizar, corrigir e realizar.
No capítulo realizações chegam ao extremo da bizarrice, do esdrúxulo, do
impossível.
Um candidato a deputado estadual, por exemplo, que se propõe
a reajustar o salário-família, benefício contido na constituição federal e que
é matéria de competência federal, está demonstrando uma de duas coisas
claramente: o despreparo para exercer cargo eletivo ou está fazendo propaganda
enganosa, tentando iludir o incauto eleitor.
Por vezes as duas coisas cumulativamente.
O candidato a governador, no RJ, Lidbergh, acaba de prometer o 13º salário do bolsa família, a ser pago aqui no Estado. Pode ser levado a sério?
http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/rj/noticia/2014/09/lindberg-promete-criar-o-13-salario-para-o-bolsa-familia-no-rj.html
O candidato a governador, no RJ, Lidbergh, acaba de prometer o 13º salário do bolsa família, a ser pago aqui no Estado. Pode ser levado a sério?
http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/rj/noticia/2014/09/lindberg-promete-criar-o-13-salario-para-o-bolsa-familia-no-rj.html
Outra coisa é que de gratuita, a propaganda no rádio e na TV,
não tem nada: nós, contribuintes, bancamos esta baixaria, esta pantomima, este festival
de besteiras.
Mas o deprimente não para por aí. Em alguns locais públicos
(em Niterói, no Campo de São Bento ou no calçadão, por exemplo), o cidadão não pode
caminhar livremente, sem ser molestado por partidários à soldo que quase nos
agridem no afã de entregarem panfletos ou santinhos.
E as bandeiras que são agitadas, pouco se importando os “militantes”
remunerados (R$50,00 + sanduiche) se estão esbarrando na sua cabeça ou
acertando o mastro em seu rosto.
Essa festa da democracia não seria perfeita se não houvesse a
presença dos famigerados carros de som. No nível de 110 decibéis (sei lá se não
mais) atormentam nossos tímpanos.
De uns tempos a esta parte, a moda é compor sambas, funks e
marchinhas que enaltecem as virtudes dos candidatos. Tudo igual.
Mas o pior mesmo é a falta de opções para que se possa votar
conscientemente, com esperança. A imagem abaixo, que recebi e uso aqui
esperando que o autor não se aborreça (parece que está no Facebook), traduz
tudo que escrevi.
Um compacto do debate ocorrido na BAND revela como são monocórdios, como só entoam o "samba de uma nota só". Estamos entre o deprimente e o degradante. A piada surrada, velha, batida, ainda se justifica: a saída é o aeroporto.
Vejam e ouçam: https://www.youtube.com/watch?v=QgwAVg8UXhY&feature=em-hot
Está ruim escolher. No entanto, minha meta ainda é tirar o PT do poder. Meu voto será naquele(a) que estiver mais apto(a) a realizar essa meta.
ResponderExcluirDecerto depois a coisa vai continuar ruim, porém não teremos uma continuidade nas mamatas, terão de ser armadas outras e aí a gente vai ter tempo de apontar, denunciar, tentar ao menos minimizar o prejuízo.
O que o PT fez com o Brasil, suas instituições, sua economia e sua imagem no exterior, demorará anos para ser consertado. Se ele continuar, a derrocada será total.
Fora Dilma!
=8-( Freddy
Dunga acabou de descobrir que o time é Neymar e mais 10 imbecis. Tá bom, Diego Tardelli fez uma boa partida e Jefferson mostrou segurança, mas acho pouco... Enquanto não construirmos um meio de campo criativo e veloz, estaremos sempre à beira do brejo...
ResponderExcluir=8-/
Freddy
Vamos gritar, cada vez mais alto:
ResponderExcluirFORA DILMA!!!
Passadas algumas semanas, e analisando o novo e catastrófico cenário político para os brasileiros, cheguei à conclusão que naquele Cessna não morreram apenas os 7 passageiros e tripulantes .... morreu o Brasil.
ResponderExcluirA extensão daquela tragédia é muito maior do que se imagina.
Quando Eduardo Campos era candidato, com certeza teríamos um 2º turno das eleições com Dilma x Aécio Neves. Com grandes chances de uma mudança forte, caso o Aécio se elegesse o nosso presidente.
Com a morte do Campos e a assunção da candidatura pela Sra.Silva, teremos um 2º turno Dilma x Silva, imprevisível .... porém previsível em estagnação da nação ....
- a mesma incompetência/inexperiência em gestão pública administrativa
- a permanência do PT em vários setores da administração pública
- a mesma "incompetência" e radicalismo nas alianças políticas necessárias nas esferas federal-estadual-municipal
- as mesmas caras dos últimos 12 anos sorrindo na TV para a população otária
É o 7x1 na política .... vai ser f.... viver messa M..... aqui.
#simplesassim
De qualquer modo, Riva, a meu objeto é tirar do poder os declaradamente desonesto e incompetentes. Prioridade maximz, como disse o Freddy.
ResponderExcluirRealmente a morte lamentável do candidato Eduardo Campos alterou desastrosamente o quadro político. Mas ainda tenho esperança que algo aconteça nos próximos 15 dias.
Em sua coluna o Gilson Monteiro informa que é cada vez maior o número de pessoas que rejeitam (não aceitam) os panfletos distribuídos no calçadão pelos militantes remunerados.
ResponderExcluirIsso é ótimo. Até que enfim a pessoas estão tendo mais bom senso.
Por outro lado, ele informa que os que aceitam o folheto jogam fora a seguir.
Espero que dentro das lixeiras coletoras, porque senão estarão emporcalhando a rua e entupindo os boeiros.
Agora, como dito num e-mail, restam duas classes no Brasil, que aguardam os próximos acontecimentos: as armadas e as alarmadas...
ResponderExcluir
ResponderExcluirO pior, na democracia, é nos submeter a tirania da maioria. E quem disse que a maioria está sempre certa, com a razão?
Não sei como corrigir e não conheço regime melhor, mas a democracia peca pelo conceito básico: a maioria decide.