27 de setembro de 2014

FAMÍLIA



Por
Alessandra Tappes











Família do verbo: Amar, viver, perdoar, sonhar, errar, aprender, cair, levantar.




Todos os dias quando eu acordo preparo com carinho e sono o café da manhã que irei tomar com minha família. Embora eu acorde meu único filho com uma frase só ” João levanta que hoje tu tem curso, 7 hs!” eu sempre recebo um beijo carinhoso do meu pequeno adolescente de quase 1,70  cm e um bom dia dorminhoco...mas deliciosamente carinhoso.

Sigo em paz com minha rotina de mãe, dona de casa, mulher, amiga, empreendedora, companheira, enfim. Tudo que me dá forças é a minha família.

E, posso dizer com categoria q a base q tenho, carrego da família q me criou. A filha do meio que um dia fui ao lado de meus irmãos, junto aos meus pais. A neta das férias escolares na casa das avós Joana e Conceição.

Lembro q minha avó paterna que hoje está ao lado de Deus, fazia café da tarde pra nós com gosto de infância. Batia o café solúvel e fazia “gajetas” com mostarda pra mim, eu amava aquilo. Lembro do meu avô paterno q também se encontra ao lado de Deus cantar “Chegou o General da banda êe, chegou o general da banda ea...” sentada naquelas pernas fina dele. Ficava horas namorando meu avô lustrar os relógios com benzina.

A casa da avó se dividia em 2 cheiros: na frente da relojoaria do avô, aquele cheiro de benzina e a casa toda dela com “alma de flores” (uso até hoje para manter viva a lembrança de criança. Passávamos as férias de dezembro na casa da “avó Joana” e lá víamos nossos tios crescerem, formarem suas famílias, tomarem seus rumos.

Hoje, na bagagem da saudade fica a lembrança da família. Ficam estórias vividas por cada um de nós q jamais serão esquecidas. Ficam mágoas, embora para uns tantos já virou página do passado, e para outros tantos fatos imperdoáveis...Ficam alegrias dos tios em pleno baile de carnaval, ficam tristezas por aborrecimentos mesquinhos, como a briga pelo melhor quarto da casa...

Família pra mim é sinônimo dos verbos amar, viver, perdoar, sonhar, errar, aprender, cair, levantar, tentar, reaprender e acima de tudo esquecer. 

Esquecer? Sim, as mágoas, os ressentimentos. Estamos aqui nesse plano ligados a pessoas diretamente especiais q nós carinhosamente intitulamos de familiares. É preciso aprender a viver com as diferenças uns dos outros, com os defeitos, com os erros, da mesma forma e intensidade q se vive com as virtudes, acertos, e benfeitorias particulares.

Cada um q tomou seu rumo, n apagou sua identidade. Não mudou seu DNA. Mesmo porque, nem tem como....a nossa base, que nos liga, a nossa família, q um dia nos fez tão unidos, pode sim, mesmo em pensamentos nos unir outra vez.

Ame todo o dia sua família. Escute-a. Viva em família. Aborreça-se em família. Seja feliz com sua família. Ria, chore, cante, faça refeições juntos, perdoe, ensine, nunca deixe de escutar, nem q seja a maior besteira q vá ouvir, mas faça a sua parte, você também um dia foi ouvido, elogiado, criticado, incentivado...

Meta-se na vida de cada indivíduo da sua família sem ser invasivo, mas saiba de detalhes, saiba de pormenores. Um dia, esses detalhes, podem ser a única coisa q te resta pra contar pros seus...

Amar está ligado diretamente ao verbo perdoar e perdoar  faz bem a saúde pq resulta em sentimentos de paz, harmonia e felicidade.

Já é fato constatado q o bem estar emocional e espiritual ajuda o corpo a produzir hormônios, anticorpos e vacinais naturais q reforçam o sistema imunológico, combatendo doenças e produzindo saúde.

Exercitem o verbo família!

Pratiquem todos os dias e podem acreditar, faz um bem danado ser família, ter família, lembrar de família, amar a família, viver em família.

A todos meus familiares presentes nesse pequeno mundo em que vivemos.

A todos os familiares que partiram deixando marcas de saudades em nossas vidas.

A todos os Pereiras, Tappes, Santos, Oliveiras, Junqueiras, Silvas...


Imagem: Google

14 comentários:

  1. Concordo por inteiro, Alessandra. E a propósito da relação pais e filhos, ocorre-me Gabriel Garcia Marquez, que de forma inspirada afirmou: “Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro para sempre”.

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  2. Bom tê-la de volta no blog porque gosto da forma como expressa seus sentimentos.
    Parabéns!!!!

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  3. Belo texto, quase auto-ajuda.
    Estou com um comentário pronto, mas não sei se devo postá-lo. Riva diria que é chumaço de éter (não sei aonde). Hoje é dia de São Cosme e São Damião, crianças pra lá e pra cá à cata de doces...
    Imagem que antigamente era bonita, hoje nos lembra arrastões...
    É, tô mal mesmo...
    Mesmo com Vasco 2 x 0 Joinville, pois alegria de vascaíno dura apenas uma noite. Vai depender do Avaí e da Ponte Preta. Ou por outro prisma do Ceará e do Boa Esporte...
    =8-/
    Freddy

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  4. Posta, Freddy, posta o comentário.

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  5. Pois é Jorge, essa mãozinha que nos aperta o dedo nos torna eternos responsáveis. Independente da situação, idade, cor, credo.

    Um dia fomos (e somos) filhos, criados no seio da família. Respeitando pai e mãe, engolindo cada palavra, decorando as normas da casa. Passado um tempo, somos hoje pais, criando a nossa família, querendo mudar um pouco a decoração, mas trazendo na bagagem vícios, retalhos,as fotos de 1900 e guaraná com rolha. De qualquer forma que se decore a casa, que se crie seus filhos, que se faça ao seu molde o seu lar, lá está você em volta dela: da família. Seja grande, pequena, passada, tradicional, moderna, seja a mesma.

    Bom mesmo é ser sempre muito bem recebida aqui!

    Bom voltar e vê-los por aqui.

    Anime-se Freddy. Hoje é sábado, dia de sei lá o que, mas seja feliz.


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  6. Conto depois se consegui superar o surto depressivo.
    Abraços e bom fim de semana.
    Freddy

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  7. E ainda temos aquela máxima : não vejo a hora desse menino crescer !

    Cresceu e a preocupação e sensação de responsabilidade por ele é igual ou até maior ...

    Casou, formando família, tem filhos, e nada muda .... continua aquela pressão no peito quando alguma coisa não vai bem, e ainda por cima agora tem o neto, pelo qual você se sentirá revivendo a maternidade/paternidade e suas responsabilidades ....

    O link é infinito ... em família não existe distância nem tempo para amar, perdoar, aprender, reaprender, abraçar, beijar ...

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  8. A visão de quem tem filhas pode ser diferente: desejamos que elas não cresçam! Que fiquem para sempre sob nossa proteção.
    Mas elas crescem, casam ou se juntam e saem de casa.

    Não me falem de netos, pelo menos por enquanto. Não vou, como antes, dizer que não os quero, acho que evoluí. Mas ainda preciso talvez de uns 20 anos pela frente para me acostumar com a ideia.

    <:o) Freddy

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  9. É.
    Ceará e Boa não colaboraram e Vasco retorna à 4ª posição. Nem penso em título, já vai estar de bom tamanho passar à série A. Podemos esperar, no entanto, muito sofrimento até a derradeira rodada.
    =8-/ Freddy

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  10. Riva Repensando28/09/2014, 10:37

    .... o que é Boa ? rsrsrs

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  11. É a cerveja Antártica. Já viu os comerciais de TV que falam da Boa? No caso era a Juliana Paes (rs).

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  12. Eu conheço um cara muito legal, culto, ex-embratelino e ex- filho da PUC, como eu. Ele diz que vai às reuniões de colegas da faculdade todo ano, apesar de ser sacaneado, pois é uma espécie de "pele", aquele que todos apreciam sacanear (não é um comportamento legal, mas o mundo está cheio desse tipo de gente).

    Ele diz que vai às reuniões e atura as sacanagens só porque não quer perder os amigos. Vocês não acham isso um exagero da parte dele?

    Abraços
    Freddy

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  13. Não sei responder, Freddy.
    Olhe a sua volta e procure identificar um paradigma. Alguém que você entenda que tem um comportamento exemplar. Alguém que você gostaria de ser.
    Olhou? Achou?

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  14. Riva Repensando28/09/2014, 20:45

    Esse negócio de ser pele é aturável quando crianças. Depois é para otário/banana, ou para alguém muito só, que chega ao ponto que o Freddy descreveu. Triste ...

    Mas não entendi a inserção do "pele" no contexto desse post .... voei nessa.

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