Sempre acreditei que antigas e respeitáveis instituições resistem ao
passar dos séculos, mantendo-se fortes, importantes e respeitadas, por serem
alicerçadas, melhor, apoiadas, em dois
pilares: disciplina e hierarquia.
Os exemplos mais significativos seriam a Igreja e o Exercito. Todas as
Igrejas e todos os exércitos. Desde a antiguidade.
Em todas as organizações, quando há quebra da hierarquia, que significa
ao mesmo tempo quebra da disciplina, acontece o debacle total.
E tradições (ninguém jamais me convencerá em contrário), precisam ser
respeitadas. Talvez admita algumas exceções episódicas. No geral, se der certo
não havia tradição.
Acho bobagem, por exemplo, modificar embalagem de produto tradicional,
conhecido, só porque o marqueteiro de plantão quer apresentar serviço.
Teria uma infinidade de casos para citar, mas irei fixar-me em um: O amido de milho, da marca Maizena.
Teria uma infinidade de casos para citar, mas irei fixar-me em um: O amido de milho, da marca Maizena.
Ora, num supermercado, um breve olhar nas prateleiras identifica logo a
amarela embalagem da Maizena, que acabou por virar substantivo comum. Ninguém pede amido de milho, ou pede?
Lógico que algumas mudanças em embalagens ocorrem por causa de materiais mais modernos,
ou mais baratos, ou mais leves, etc., mas o visual (cor, formato, tamanho)
deveria ser preservado.
Não busco apoio para meu ponto de vista, até porque pretendo abordar
coisa mais séria do que embalagem de produto de consumo popular. A ideia é só
fixar uma posição sobre tradições, para melhor explicar o cerne do tema que vou
enfrentar.
Quando a Igreja católica resolveu abolir o latim nas missas, colocar os
padres de frente para aos fieis e introduzir cantorias acompanhadas de palmas,
pensei com meus botões: que bobagem, que lambança.
Fui coroinha e embora afastado da igreja católica (e de outras também),
por falta de convicção, achei que se a Igreja Romana estava perdendo fieis e
seguidores, não seria a guinada dada em direção aos rituais e normas de outras
seitas que iria estancar esta perda.
E muito menos resgataria e traria de volta aqueles que se debandaram para
outras religiões, de quaisquer fundamentos teológicos ou filosóficos.
Ir à missa, depois disto, tendo que cumprimentar aos circunstantes, automaticamente,
sem nenhum sentimento, é para mim uma coisa hipócrita. As pessoas nem se olham
e quando o fazem é com desconfiança.
Torci muito pelo cardeal Lefebvre na sua resistência contra estas
inovações que o Vaticano pretendia, e acabou por introduzir, nos ritos e
liturgias.
Para meu contentamento, não porque pretenda voltar às missas, mas porque
ainda é tempo para evitar novas fugas e atrair novos seguidores, estão cada vez
mais comuns as celebrações de missas à antiga, na língua (latim) que sempre foi
utilizada na liturgia, com o padre voltado para o altar, e resgatando todos os
mistérios, os códigos e os dogmas que fizeram do catolicismo a fé religiosa preponderante
no Brasil.
Recentemente, matéria de página inteira em jornal de grande circulação, tratou do retorno das missas às tradições d'antanho.
Recentemente, matéria de página inteira em jornal de grande circulação, tratou do retorno das missas às tradições d'antanho.
Fui à Wikipedia (abaixo) para obter e apresentar um pouco da história do
cardeal que resistiu bravamente, a todo risco, aos novos caminhos, tendo sido
até excomungado por isso. E ele estava certo!
"Marcel Lefebvre foi um arcebispo católico francês
que se notabilizou pela resistência às reformas da Igreja Católica instauradas
pelo Concílio Vaticano II. Foi uma personalidade
polêmica e controversa e um dos promotores do movimento tradicionalista
católico. É, sobretudo, conhecido pela fundação da Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X,
que se dedica à formação de padres e ao apostolado na forma pré-conciliar.
D. Lefebvre integrou a comissão preparatória do Concílio Vaticano II. Terminado o Concílio,
embora tivesse firmado todos os seus documentos, afligiam-no algumas questões
entre as quais a liberdade religiosa e o ecumenismo.
Convencido
de que o Concílio conduzira a Igreja para o erro, Lefebvre colocou-se contra o
que considerava a “protestantização da Igreja” Nos anos seguintes, em repetidos
artigos e homilias, falou contra as novidades trazidas pelo Concílio que, na
sua opinião punham em xeque a tradição da Igreja, e que eram, para ele,
resultado da infiltração do espírito modernista na Igreja."
Saindo do assunto, mas o fato justifica, o mês que hoje está se iniciando, terá 5 sextas, 5 sábados e 5 domingos.
ResponderExcluirIsto só acontece a cada 823 anos.
Podem comemorar!
Mais importante que isso parece-me ser hoje o Dia Mundial da Cerveja, tradicionalmente a primeira sexta-feira de agosto. E o tempo, ao menos em Niterói, parece que se manterá firme, belo.
ResponderExcluirLá vamos nós!
Cheers! Saúde! Prosit!
<:o)
Freddy
Julho de 2016 terá 5 sextas,sábados e domingos.
ResponderExcluirEm 2025 teremos 5 de cada desses dias.
Ué, alguém me passou alguma coisa errada.
ResponderExcluirPubliquei esta informação no ano passado e ninguém disse nada. Publiquei até mesmo a imagem (calendário do mês) que veio no e-mail. Leiam em:
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/11/agosto-de-2014.html
(Selecionar e colar na barra do navegador)
Ninguém pelo visto vai à missa. Mas que é o dia da cerveja todo mundo lembrou. Foram 5 e-mails sobre o assunto.
ResponderExcluirEstou achando que seja rezada em latim, português ou sânscrito, os fieis estão abandonando a Igreja.
Os padres de batina faziam mais sucesso (rsrsrs).
Este post, de dezembro do ano passado, indicado abaixo, é recordista de acessos nos últimos 30 dias, aqui neste blog.
ResponderExcluirMas o comentário da Ana Maria colocou uma dúvida.
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/11/agosto-de-2014.html
Entre no Google e peça o calendário de 2025. Procure agosto e verifique. Aliás, foi o João Danillo que me deu a informação sobre as datas, e apenas conferi no Google.
ResponderExcluirRealmente em 2016 vai se repetir ....
ResponderExcluirQuanto a ir a missa, tenho a impressão que o Vaticano vai ter que trabalhar muito para manter os seguidores, caso continue à margem da "evolução" do planeta Terra.
Obrigado a Ana Maria e ao Riva, que simultaneamente, no mesmo minuto, confirmam que a coincidência não é tão incomum assim.
ResponderExcluirPutz, apesar da propaganda que fiz, ainda não tomei nenhuma cerveja hoje... Estou meio fora de forma e sem estímulo, porque Mary se revelou fã de espumante e inimiga de cerveja. Ela e minha filha, que está de visita conosco desde ontem, já até tomaram um hoje e eu... nada!
ResponderExcluir=8-/
Freddy
O Papa Francisco deve estar comovido com sua preocupação com o futuro da Igreja Católica. kkkkk
ResponderExcluirQuanto a mim, não sendo católica, não tenho dados suficientes para avaliar o custo benefício da volta do latim. À época da reforma, a intenção era obter maior participação dos fiéis. A aceitação foi excelente. A Renovação Carismática que teve como expoente o Pe Marcelo, introduziu maior leveza ao ritual sombrio da Santa Missa.
Mesmo sem ser católica, cantei e orei através da música dos Pe. cantores.
Como diz Belchior na canção "Como nossos pais". não adianta ir contra , o novo sempre vem.
Fui criado católico.
ResponderExcluirFica difícil mudar, mas confesso que algumas dúvidas nasceram com a maturidade e a experiência de vida.
Um dos principais desdobramentos de ser católico é uma tendência adquirida de tristeza no cotidiano. Praticamente tudo que pode dar prazer a uma pessoa é pecado! Sabendo-se viver em constante pecado (mesmo sem nem saber porquê), obviamente ninguém consegue ser feliz.
Difícil é mudar de religião, como disse uma vez o Dalai Lama àqueles que procuram meio que desesperados o budismo como salvação: você perde a sua referência anterior e não consegue uma posterior => ganha um tremendo vazio! A menos que se entregue de corpo e alma ao novo credo - acrescento eu, para amenizar.
Um dia ainda hei de resolver todas essas questões.
<:o)
Freddy
Lamento tanto o encolhimento e, quem sabe, o fim da Igreja, quanto lamentei o teu Fluminense na terceira divisão, ou a Panair do Brasil falir.
ResponderExcluirÉ trite ver o fim de uma organização, uma instituição que fez história desaparecer por incompetência administrativa.
E alguns Papas, cá entre nós, foram tão carismáticos e competentes quanto a Dilma.
Não tenho religião (tenho minha fé)por que como definiu o grande poeta Mario Quinta, "a religião é o caminho mais longo para chegar a Deus".
O que fomos obrigados a fazer .... também fui coroinha em algumas missas do Instituto Abel .... Quintana estava 1000% certo (aplica-se, com certeza)....embora eu não acredite na existência do Cara.
ResponderExcluirAcredito sim na evolução de qqer espécie, aqui e em qqer outro lugar, através da Física, da Química e outras coisas mais.
Agnus Dei, qui tolis pecata mundi, misereri nobis ....
Dominus vobiscum !
ResponderExcluirEt cum spiritu tuo.
ResponderExcluir... dona nobis pacem
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