Por
Carlos Frederico March
(Freddy)
Petrópolis
é uma cidade que sedia algumas cervejarias interessantes. O Grupo Petrópolis
nasceu da Cervejaria Petrópolis e é responsável pela fabricação de uma série de
rótulos tais como Petra, Itaipava, Lokal, Crystal, Black Princess e
Weltenburger Kloster, esta sob supervisão da matriz alemã. A WK já foi alvo de
uma série de 3 posts em setembro de 2012 aqui no Generalidades Especializadas
(links no final do texto).
Além
dessas, destaco a Cervejaria Cidade Imperial (fundada por membros da família
Orleans e Bragança), que produz as excelentes Pilsen, Helles e Dunkel e o carro
chefe da cidade, a famosa Cervejaria Bohemia, fundada em 1853 por Henrique
Kremer, colono de origem alemã e hoje controlada pelo poderosíssimo grupo
multinacional Anheuser-InBev.
Ambas
(Cidade Imperial e Bohemia) estiveram bem representadas na Bauernfest com seus
quiosques sempre repletos de visitantes.
Não vi em canto algum nada sobre cervejas do Grupo Petrópolis, talvez
porque hoje suas fábricas se distribuem por outros municípios.
A
CERVEJARIA BOHEMIA
Seguindo
em nosso passeio a pé pela Av. Koeler, em continuidade a relato iniciado nos
dois posts anteriores desta série, chegamos à Praça da Liberdade. Ao redor dela
podemos, por exemplo, encontrar o Restaurante Luigi e sua pizzaria anexa, admirar
o relógio de flores da PUC ou visitar a exótica Casa de Santos Dumont, todos já
nossos conhecidos de viagens anteriores. Numa das calçadas em torno, temos a
pequena Praça 14-Bis, onde há uma réplica do famoso aeroplano.
Nosso
objetivo, no entanto, era seguir pelas margens do Rio Piabanha desde a Av.
Koeler, dobrando à direita na Av. Roberto Silveira para então acessar a já
citada Rua Alfredo Pachá, onde estava montada a Bauernfest. Vale lembrar que a
festa só começava às 17 horas. Em sendo meio-dia, nossa intenção era outra:
fazer a visita guiada ao interior da Cervejaria Bohemia, recomendação expressa
de nossos amigos petropolitanos e também de minha filha Renata, que já o havia realizado.
Nossa
impressão foi a melhor possível. Em minha exaltação, chego a afirmar que é
coisa de primeiro mundo! Várias alas, iluminação perfeita dos nichos e
ambientes, diversas TVs de LCD com tela de toque proporcionando experiências interativas,
um desbunde!
Mary junto a telas interativas |
Uma das telas de painel interativo sobre tipos de cerveja |
Grãos de cevada, colhidos num dos stands |
O autor num dos salões do tour guiado |
Havia
guias prontos a lhe dar explicações personalizadas sobre o que você quisesse
saber e ao fim de tudo a esperada degustação. Qual cerveja é servida depende do
dia e da disponibilidade no cronograma
de fabricação. As de hoje eram o
refrescante chopp Pilsen geladérrimo numa linda canequinha e uma taça de
cerveja Bohemia Escura na temperatura correta - ou seja, nem tão gelada.
Sala de degustação: chopp pilsen |
A
última sala é onde a gente pode fazer a escolha de fotos que fomos selecionando
ao longo do passeio nas telas interativas para postar em redes sociais, mandar
por e-mail, etc. Não sei exatamente como funciona porque não usei o recurso
disponibilizado, mas é interessante.
Sala multimídia na saída |
O
passeio terminou, como de costume, numa loja de lembranças, que fica anexa ao
bar térreo. Depois de visitar a loja e decidir que o bar não tinha o que
queríamos petiscar, retornamos ao restaurante do terraço, que tem muito mais
opções, além de ser mais requintado.
Não
custa ressaltar que esse restaurante serve a produção da Bohemia na versão
chopp em vez de cerveja engarrafada (exceção da Chocolatier, novidade da
Bohemia no mercado). É uma diferença capital, dado que é mais fresco e contém
menos conservantes. A desvantagem é que nem sempre há todas as modalidades
disponíveis, depende do cronograma de produção da fábrica. Como bônus,
tinha chopp Royale, que não é
comercializado em garrafa!
A
NOITE
Para
terminar o dia saímos novamente com nossos amigos e fomos ao restaurante
Bordeaux, que fica anexo a um casarão dito mal-assombrado, com um acesso típico
das antigas mansões imperiais: aquele enorme caminho circular ajardinado que
leva à escadaria principal da mansão. O restaurante fica numa construção à
parte, bem ao lado do casarão.
Casarão do Bordeaux |
Como
além de restaurante é uma adega para varejo, não esqueça de perguntar aos
garçons quais são as promoções do dia. Poderá ficar surpreso com a relação
custo x beneficio dos itens sugeridos. A comida é boa e os ambientes internos e
o externo são bastante agradáveis. Recomendo sem compromisso.
Créditos:
Imagens de propriedade do autor.
Posts sobre a cervejaria Weltenburger
Kloster:
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/09/weltenburger-kloster-parte-1.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/09/weltenburger-kloster-parte-2.html
http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/09/weltenburger-kloster-parte-3.html
Por mero acaso dei de cara hoje com a edição do Guia 4 Rodas Brasil de 2013. O Museu da Cerveja dentro da Cervejaria Bohemia, objeto do relatado passeio guiado, foi considerado pelos organizadores do Guia como a "novidade do ano 2013".
ResponderExcluirEssa citação, que corresponde a um prêmio dentro dos critérios desse renomado guia, dá noção do quanto a criação do museu foi considerada importante para o turismo brasileiro.
Ainda em Petrópolis, a edição 2013 elegeu o Grande Hotel de Petrópolis, bem em frente ao obelisco da cidade e reaberto ao público totalmente reformado, como o "Hotel do Ano".
É Petrópolis bombando no circuito turístico nacional!
Abraços
Freddy
Fui alertado para um discreto senão. A sigla correta da faculdade citada no texto como PUC, a do relógio no jardim florido, é UCP (Universidade Católica de Petrópolis).
ResponderExcluirObrigado, Bento.
<:o)
Freddy