DANKE DEUTSCHLAND

Muito obrigado à Alemanha, e em particular aos jogadores de sua seleção nacional, por poupar-nos da possibilidade da humilhação de perdermos, de novo no Maracanã, a partida final da Copa do Mundo da FIFA. Quem sabe como seria o resultado?

E de novo para outro sul-americano, vizinho de fronteira, como foi com o Uruguai.

Além deste agradecimento, quero cumprimenta-los pela organização, disciplina, simpatia e respeito que tiveram conosco.

Os americanos em particular, e Hitler no geral,  fizeram-me antipatizar com os alemães. Desde a infância, quando experimentei restrições ocasionadas pela guerra (faltava trigo, leite, etc) e acompanhava as batalhas sangrentas e destrutivas de cidades em vários pontos do planeta, lendo revistas (edições especiais) e ouvindo o noticiário radiofônico.

O cinema americano passava a ideia de um povo rude, mal educado, impiedoso,  que vivia num pais frio, sem calor humano, fisicamente árido. A guerra acabou! "The war is over".

Fui crescendo e acompanhando o padrão de qualidade dos produtos industriais alemães "feitos para durar toda vida". Máquinas e ferramentas excelentes. Carros fortes e resistentes e carros de alto luxo, sofisticados e de boa performance como os Mercedes.

Comecei a ter informações, na escola e em leituras, sobre Hegel, Nietzche, Schopenhauer e Heidegger, porque (socorrendo-me do tradutor), não por outro motivo o país é considerado "das Land der Dichter  und Denker" ( a terra dos poetas e dos pensadores).

Quem pelo menos não ouviu falar em Goethe, Lutero ou Hermann Hesse, expoentes nas letras e na teologia? Quem nunca ouviu uma obra de Johann Sebastian Bach ou de Ludwig Van Beethoven? 

Quem responder não a estas questões está no blog errado, seguramente (rsrsrs). 

Quando lá estive, visitando algumas cidades, há cerca de dez anos, o que ví foram cidades bem cuidadas, arborizadas e um povo culto, gentil e hospitaleiro.

Por coincidência, temos o registro fotográfico de minha mulher diante de uma churrascaria argentina, onde comemos, em Berlim. Serviço bilingue, castelhano e alemão, no cardápio e no atendimento.

E o blogueiro diante do Museu Pergamon, que visitamos, porque a gente "não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte". Lembram desta frase na música dos Titãs?

Hoje vamos tentar o 3º lugar contra a Holanda. Ou seja, "sobrou para nós o bagaço da laranja", com a devida licença do Zeca Pagodinho. 

E amanhã veremos qual dos Papas tem mais prestígio junto ao Criador: Bento ou Chico?

Ninguém deu a mínima importância para a entrevista do Paul Breitner, ex-jogador da seleção alemã. Em abril do ano passado ele avisou que a Alemanha viria forte, como favorita, e que o Brasil joga um futebol superado, acomodado. A entrevista foi concedida ao canal ESPN e pode ser vista/ouvida em:
http://espn.uol.com.br/video/424404_em-abril-do-ano-passado-craque-alemao-avisou-futebol-brasileiro-dorme-desde-2002

Nota do editor: a entrevista é longa, com uma hora e vinte minutos de duração. O trecho em que Breitner fala do favoritismo da Alemanha e da situação do Brasil, no futebol, está  entre os minutos 20 e 25.