Fui fazer o recadastramento eleitoral. Não que eu tenha disposição para votar, principalmente agora que não sou obrigado. Como disse em
tom de pilhéria, para meu filho, agora
não votarei, mas de título novo.
A questão é que estou com agendamento para renovar passaporte
e como neste país não se pode confiar em regras e normas, vai que me exigem o
titulo novo. Pelo sim, pelo não, fui fazer o recadastramento.
O que me leva a escrever sobre o fato foi verificar como
algumas pessoas têm o senso de oportunidade. Ou são oportunistas, dependendo do
ângulo de avaliação.
O que me pareceu uma iniciativa bem-sucedida, e bem sacada, foi que na saída
do Caio Martins, local que escolhi para o ato, havia um cidadão, com um pequeno
balcão sobre o qual havia duas máquinas de plastificação. Bem no caminho,
passagem obrigatória para quem já estava indo embora de posse de seu novo titulo.
No dia em que fui o atendimento estava tranquilo, sem filas, fluindo bem. Além do
procedimento ser simples e rápido havia vários atendentes, E ainda tínhamos, eu
e minha mulher, a prioridade pela idade. Pelo menos cinco atendentes para as
prioridades.
Voltando ao oportunista, pela módica quantia de R$ 2,00 você
poderia, ali mesmo, ante de colocar no bolso, dobrando ou amarrotando o novo
titulo, platifica-lo para melhor proteção.
Deve ganhar uma boa grana, a julgar pelo interesse de quase
todos que deixavam o Estádio. Só não digo que demorou mais plastificar do que
fazer o novo título porque como mencionei eram duas as maquininhas de
plastificação e os plásticos, como sói
acontecer numa linha industrial bem montada, já estavam cortados e empilhados
no tamanho certo. Era só enfiar o documento entre as duas folhas de plástico, e
enfiar na máquina para soldar nas extremidades.
Outras iniciativas na mesma linha, pode-se observar quando o
trânsito engarrafa, por exemplo, e surgem do nada os vendedores de biscoito. E
bastam os primeiros pingos de chuva para que surjam os vendedores dos
malsinados guarda-chuvas chineses.
Soube por um dos muitos corajosos/fanáticos que foram a primeira
noite do Rock in Rio, que alguns frequentadores levavam garrafas
térmicas com café e chá, sabe-se lá de que erva, vendendo em copinho plástico.
Havia gente, nas vizinhanças, alugando vaga para estacionamento.
As pessoas se viram. Mas as vezes a iniciativa é
mal-sucedida.
Lembro bem que na Copa de 1986, época em que depois dos jogos do Brasil íamos todos comemorara na praia de
Icaraí, fazendo um verdadeiro carnaval, hábito este iniciado em 1970, com a
conquista do tri-campeonato, meu filho Ricardo (então com 16 anos) e mais dois
amigos da escola, resolveram comprar umas caixas de Brahma, colocar num isopor
com gelo e vender na praia.
O lucro seria bem interessante, equivalente a 200% do investido.
E mercado certo. E as chances do Brasil conquistar o título eram boas.
Era um timaço |
A eliminação precoce da nossa seleção frustrou o empreendimento.
Mas as famílias beberam bastante cerveja para afogar a dor da perda.
Esta seleção já havia perdido em 1982. Não se poderia esperar resultado de vitória.
ResponderExcluirFoi vacilo confiar.
João Carlos
O Zico estava presente, não podia mesmo dar certo...
ResponderExcluirAbraços
Freddy
KKKKKKKK!!!
ResponderExcluirTirou da minha boca, Freddy.
Postei no Facebook sobre essa barraquinha na saída do Caio Martins. Vc não deve ter percebido, mas ela está DENTRO da propriedade (antes do portão), e energizada pela infra elétrica do ginásio.
ResponderExcluirO cara não dá NF do serviço, e tudo isso na cara do TRE !
Vc tem dúvida de quem está por trás disso ???????
Quanto à seleção de 86, graças a Deus não ganhamos. Seríamos anestesiados por uma euforia efêmera, às vésperas das eleições ... lembra das promessas não cumpridas pelo PMDB ?
Parabéns Riva. Muito bem observado. Não falei desta utilização indevida de bens públicos de forma particular porque fugia ao escopo do post: oportunidades de negócios.
ResponderExcluirDa mesma forma que não falei da ilegalidade dos camelos que vendem os guarda-chuvas ou os biscoitos. Os tais guarda-chuvas são contrabando, na maioria dos casos, e, pasme, segundo comentam à sorrelfa, por vezes são produtos apreendidos que entram no mercado via os próprios fiscais com utilização de terceiros. Santo Deus!!!
Mas seu comentário foi muito oportuno, São várias as transgressões no caso da platificação.
Esqueceu de dizer que transgride também quem plastifica a carteirinha ou compra o guarda-chuva no camelô.
ResponderExcluirA tal lei da oferta e da procura, que justifica a compra via camelô, é produto da mentalidade capitalista, na qual a busca do melhor uso de seu dinheiro deve ser a qualquer preço.
Coitado do Gerson...
=8-/
Freddy
Voltando ao calçadas livres, estou forçando a memória para ver se me lembro de ter visto algum camelô nas ruas de Gramado-RS...
ResponderExcluirDa última vez que apareceram aqueles ambulantes que vendem capa de chuva e adereços para Natal Luz, o povo reclamou que não tinha mais aquelas boinas com luzes piscando, nem aqueles brinquedinhos maneiros. Eles argumentaram que não lhes foi permitido vender - nem como ambulantes - produtos ilegalmente importados...
Fecha o pano!
<:o)
Freddy