Snowden ganhou o que queria

Este bobalhão queria notoriedade e conseguiu. De forma irresponsável.

Morri de rir, quase me engasguei, com a explicação dada por ele para atitude que tomou, de revelar para o mundo o trabalho “sujo” do qual participava de forma consciente.

Este idiota, meninão imaturo e inconsequente disse que  resolveu  divulgar os atos de espionagem “em defesa da liberdade e privacidade das pessoas”. Ficou incomodado com a abrangência da invasão na vida das pessoas e dos países.

Que altruísmo! Quanta humanidade tem este jovem que diz amar o seu país. Eu o indicaria para o NOBEL DA PAZ. Ou quem sabe uma canonizaçãozinha, já que o Vaticano esta pródigo em  nomear santos.

Não acredito numa só palavra deste salafrário. Quer me fazer crer que entrou inocente, que não sabia o que ajudaria a fazer?

É um safardana sobre o qual me recuso a falar mais. Quero que tenha o fim que merece. Uma vida sem privacidade e liberdade, bens que ele tanto presa, a ponto de  quebrar promessa de sigilo em contrato assinado.

Uma demissão pura e simples não servia para ele?  Ficaria com sua consciência tranquila pois deixaria de participar de ações que condenava. E ponto.

Essa coisa de espionagem vem de longe. Escutas com os ouvidos colados atrás das portas, microfones instalados debaixo de mesas, em bocais de aparelhos telefônicos, interceptação (grampos) de linhas, não ocorrem apenas nas ficções das telas cinematográficas. E nas histórias de detetives particulares.

Hoje os meios são mais sofisticados, na mesma proporção do desenvolvimento dos  meios de comunicações. Só isso.

Os USA são uma nação ameaçada por tresloucados e fanáticos religiosos. Têm inimigos declarados e ocultos. É natural que por motivo de segurança de seus cidadãos fiquem de “antenas ligadas” como se recomendava às pessoas para que ficassem atentas a algum problema.

Na indústria, a competição, a disputa por mercados, há toda uma preocupação com espionagem. São novos produtos em fase de pesquisa, desenhos que estão ainda nas pranchetas e agora nos computadores  e que são alvo de interesse dos concorrentes, por motivos que não preciso enumerar.

Bem, acho desnecessário enumerar, mas se o desatento leitor precisa que eu mencione os motivos,  então está sendo aqui e agora rotulado de crédulo, inocente, puro, sem malícia, que desfila de anjo em procissão de prostituta.

O cretino revelar que tem membros do corpo diplomático fazendo papel de espião e isto virar notícia com esta repercussão é inacreditável. Que país não espiona. Todo mundo fiscaliza todo mundo.

E este trabalho “sujo”, feito de forma sub-reptícia, as ocultas, só pode ser feito desta maneira furtiva. Ou vocês acham que espião deveria utilizar crachá informando suas funções?

Alguém chega a um setor estratégico em determinado país, tira do bolso seu cartão de visitas onde se lê : Fulano de Tal, Espião Senior dos EEUU e aí é recepcionado com água gelada e cafezinho. É assim que deveria ser?

Embaixador tem naturalmente, como dever de ofício, em sua job description, a tarefa de obter o máximo de informações possíveis sobre os países onde estão lotados, bem como fornecer informações sobre seu próprio país. Estas última maquiadas. E quaisquer meios são válidos porque fazem parte das regras.

Na fórmula 1, tem espionagem entre mecânicos e desenhistas. Quanto vale para uma equipe antecipar os projetos das concorrentes? Um novo material ou componente que irá influenciar o desempenho?

E assim entre países, mesmo aqueles com os quais mantém boas relações, é fundamental conhecer o pensamento por trás das palavras oficiais.

Se o Brasil não pratica este jogo tenho mais uma razão para me envergonhar. Vão ser tolos e incompetentes assim no raio que os parta.

Sim, eu sou a favor da privacidade, mas de que adianta se nunca mais a teremos. E acho que nunca tivemos em alguma medida. Melhor se adaptar e aprender a conviver com a invasão dos xeretas oficiais e particulares.