Pobre Vasco...

Se derem duas tartarugas para o Roberto Dinamite tomar conta, ele deixará uma escapar. É lento de raciocínio e tem um sorriso de portador de desenvolvimento mental incompleto ou retardado.

Acresce, ainda, e não menos comprometedor, as acusações, com indícios, de nepotismo e favorecimentos.

Não soube, ou não pode, por compromissos escusos e alianças espúrias, cercar-se de gente competente interessada apenas em ajudar o Clube, e não na promoção pessoal e profissional como aconteceu.

Dito isto, resumo numa palavra: despreparado. Seu nível de competência esgotou-se dentro das linhas demarcatórias dos campos de futebol. 

Não soube evitar a catástrofe do rebaixamento. E teve tempo para tal. Duvido se o Eurico permitiria o ocorrido. Se ele trouxe de volta para a primeira divisão o Fluminense, certamente teria força, prestígio e capacidade para evitar a queda do Vasco.

Teria recursos, truques, ilusionismo, macetes que utilizaria, com certeza. E aproveitando brechas dos regulamentos, que conhecia como ninguém. Minto, só não conhecia mais do que o Caixa D'água, controvertido dirigente da federação, seu aliado político.

Adianto que não sou favorável ao retorno do Eurico. Não aprecio o homem  e nem o dirigente, pelos seus métodos autoritários. Mas alguém precisa fazer a parte suja. Para isso ele é talhado. Brigar com ele é bobagem, é falta de visão. Ele tem que ser aliado. Estar ali, stand by, porque poderá ser útil quando alguma tiver que ser feita e outros não fazem  nem com os narizes tampados.

Todo este desabafo de um torcedor frustrado, tem como finalidade chegar à demissão do Paulo Autuori.

Não sei, de verdade, se ele é um bom técnico, estrategista, estudioso e atento as evoluções futebolísticas  mundo afora. Mas tem uma virtude: é torcedor do clube, porque como o sutiã, o primeiro clube a gente nunca esquece.

E parecia bem-intencionado, embora boas intenções, apenas, não sejam  suficientes para se lograr êxito.

Confesso que estava esperançoso com o trio Cristiano Koehler, Ricardo Gomes e Paulo Autuori. E o pateta (Dinamite) fora, como a rainha da Inglaterra, apenas no cargo figurativo de presidente.

E contava com a eficiência profissional dos advogados do clube para tira-lo desta emboscada armada pela Receita Federal. Duvido que quem quer que seja, com um mínimo de boa-fé, queira inviabilizar o Vasco e leva-lo à extinção. Acho que nem o mais crápula dos rubro-negros no fundo quer isso.

Com habilidade, seriedade, transparência, seria possível renegociar as dividas, sejam as privadas, com ex-atletas, sejam as públicas. O clube tem como oferecer garantias.

Todos os vascaínos deveriam estar empenhados em tirar o clube deste imbróglio. TODOS, sejam os dirigentes atuais, sejam o de oposição (se o clube acabar herdarão o quê?), bem como políticos, governador, prefeito, empresários deveriam estar unidos em torno de um só objetivo: tirar o clube desta situação vexatória, incômoda, deprimente, em que se encontra, manchando sua gloriosa trajetória.