Fui, quando criança e adolescente, frequentador das salas de
cinema em Niterói (tinha muitas), por três razões básicas: preço de ingresso relativamente baixo,
várias opções na cidade e... por gostar das histórias levadas às telas.
O cine Rio Branco era mais próximo de nossa casa e o de ingresso mais barato. Só era mais caro do que o Imperial.
O cine Rio Branco era mais próximo de nossa casa e o de ingresso mais barato. Só era mais caro do que o Imperial.
Muitas vezes ao voltar para casa vinha conjecturando e me
colocando como o herói. Até o jeito de caminhar eu me recordo de tentar imitar.
Na fase adulta nem tanto, mas continuei indo ao cinema.
Muitas das fitas (assim chamávamos os filmes), eram
adaptações de romances conhecidos. Nestes romances publicados os principais personagens tinham seus
tipos físicos, trejeitos e maneirismos idealizados por nós, a partir de relatos
dos autores.
Com as versões cinematográficas isto mudou, os personagens ganharam cara, gestos e voz na interpretação marcante de alguns atores e atrizes.
Com as versões cinematográficas isto mudou, os personagens ganharam cara, gestos e voz na interpretação marcante de alguns atores e atrizes.
Um deles, memorável,
interpretado por Marlon Brando, é o mafioso Don Vito Corleone. E não menos
brilhante, o filho deste, Michael Corleone, encarnado por ninguém menos do que
Al Pacino.
Alguns personagens importantes na literatura ganharam
representação discutível no cinema. Por exemplo, Joseph K.
elemento principal de “O Processo” de Franz Kafka. Com efeito Anthony Perkins
não compromete, mas está distante do que imaginei com a simples leitura do
livro.
No excelente seriado "The Tudors",
exibido na TV por assinatura e disponível nas locadoras, o personagem Henrique
VIII é representado pelo bom ator Jonathan Rhys Meyers, cujo tipo físico,
entretanto, passa longe da compleição do rei britânico famoso pelos inúmeros
casamentos e pelas decapitações que determinou.
Outro personagem famoso da história do cinema é Richard Blane, interpretado por Humphrey Bogart. Inesquecível, não? Assim como sua partner na história, a linda Ingrid Bergman fazendo a Ilsa Lund Laszlo. Estou falando, claro, de “Casablanca”.
Como é inesquecível para muitos o Rhett Butler, de Clark Gable, em “...E o vento levou”. Não gosto muito de Gable, mas o personagem é ótimo. Em compensação a Scarlett O’Hara, vivida por Vivien Leigh, merece nota 10. Quem não se lembra?
Tem um personagem, recente, que quem gosta minimamente de cinema há de lembrar: James Bond. Mas o vivido por Sean Connery, pois com qualquer outro vira genérico.
Agora um desafio. Não para os cinéfilos, pois estes acertarão
facilmente, mas para os que vão pouco ao cinema. De onde surgiu o personagem e
quem o interpretou na tela? O personagem é Charles Foster Kane.
Tempo! Cinco segundos. Tempo encerrado.
O filme á o premiadíssimo clássico “Cidadão Kane”, e o ator é
Orson Welles.
Um personagem que gosto muito, do faroeste, é o Shane (sem
sobrenome mesmo), interpretado pelo Alan Ladd, no filme “Os brutos também amam”.
Há um filme, muito bom, embora longo, chamado “Assim caminha
a humanidade”, que tem 3 personagens muito bons: Jett Rink, Jordan Bendict Jr. e
Leslie Lynnton Benedict, respectivamente encarnados por James Dean (as mulheres
hão de lembrar do galã que morreu jovem), Rock Hudson e Elizabeth Taylor.
Os roteiros dos filmes citados, originais ou adaptados para o
cinema são bons. Mas os personagens ficaram na memória, acima e além das
histórias.
E nos finais melhores, em “Os brutos também amam” e em “Casablanca”
os heróis, os mocinhos, os personagens centrais, não acabam com as mulheres que
amaram.
Nos últimos tempos meu personagem favorito é o Charles Carson, de Downton Abbey, interpretado pelo ator Jim Carter, perfeito no papel. Se porventura eu ganhasse na loteria (muito dinheiro), a primeira providência seria procurar e contratar alguém com aquele perfil, de preferência na Inglaterra.
Jim Carter (Carson) |
Nos últimos tempos meu personagem favorito é o Charles Carson, de Downton Abbey, interpretado pelo ator Jim Carter, perfeito no papel. Se porventura eu ganhasse na loteria (muito dinheiro), a primeira providência seria procurar e contratar alguém com aquele perfil, de preferência na Inglaterra.
Imagens : Google
Posso opinar pouco, não sou adepto de filmes e fui pouquíssimas vezes ao cinema. Creio que a mais recente tenha sido há pouco mais de 20 anos, descontando os temáticos de Orlando (esses em 1997).
ResponderExcluirSe filme em home theater vale, tenho assistido alguns, mas 95% é desenho animado e ficção científica. Os 5% ficam por conta de alguns blockbusters, como Top Gun e Titanic, e uma ou outra comédia (Woody Allen, Jerry Lewis ou Peter Sellers). "Assassinato por Morte" é um clássico, juntando diversas feras do mundo do riso juntas num só filme.
Para não fugir muito do post, vi O Poderoso Chefão (no cinema). Uma vez só, não o reveria. Minha memória anda fraca, mas acho que vi "E o vento levou..." em VHS. Esse eu gostaria de ver de novo. James Bond eu conheço por ter lido a maioria dos livros de Ian Fleming sobre 007, mas o único filme dele que vi (também no cinema) foi justamente a paródia "Cassino Royale".
Henrique VIII eu só conheço do famoso álbum do multitecladista Rick Wakeman: The Six Wives of Henry VIII.
É claro que eu percebo ser uma exceção, pois o mundo inteiro acha que você tem de conhecer filmes e, principalmente, os atores. Confesso que minha maior dificuldade em Palavras Cruzadas é quando eles perguntam nomes de atores/atrizes. Muitos deles em casas sem cruzamento (ou você sabe ou não) e não constam da ajuda!
<:o) Freddy
Freddy,
ResponderExcluirMuito grato pelo esforço feito para colaborar de alguma maneira fazendo um comentário.
Mas você é um ponto fora da curva. Não ter assistido, por exemplo, Casablanca, um dos filmes mais badalados e que é exibido ad nauseam nos canais por assinatura, revela alguém pouco afeito a cinema. Mas serviriam protagonistas de romances, porque na verdade meu foco eram os personagens e não os filmes em si. Mesmo os atores/atrizes eram secundários do post.
Carrano, se é para falar dos personagens e suas tramas e não dos atores, abre-se um leque imenso, realmente.
ResponderExcluirMesmo assim, eu acho que até farei um ou dois posts sobre minha escassa experiência com cinema.
Sobre filmes e canais por assinatura, saiba que faço questão de escolher planos que não contenham nenhum canal de telecine ou algo parecido.
Ano passado eu ameacei processar a Sky porque tentou maquiar um reajuste na fatura inserindo um canal desses como "opcional". Obriguei-os a retirar o dito cujo mesmo à custa de receber o reajuste na rubrica mensalidade.
Abraços
Freddy
Ai ai. Eu colecionava fotos do James Dean e andei colando algumas na parte de dentro do guarda roupa.
ResponderExcluirMas existem outros personagens e filmes mais atuais que merecem destaque. Só com o Anthony Hopkins eu poderia citar uns 3.
Vamos as explicações. A partir de um personagem ao qual voltarei adiante, resolvi escrever algumas coisa sobre eles. Seriam extraídos das telas de cinema/tv ou de romances. Apareceu até um real (no duplo sentido)porque presente em vários filmes e seriados.
ResponderExcluirLonge de mim pretender esgotar os mais marcantes e haver concordância com opiniões alheias.
O personagem que no momento chama a minha atenção, por vários motivos, é o Carson, do seriado Downton Abbey. Aguardo anscioso a chegada da 4ª temporada (ainda em produção).
Bem, quem me conhece mais de perto sabe que meu sonho de consumo, se rico fosse, seria ter um mordomo (mais do que motorista particular).
E o Carson é, definitivamente, completo.
Quero me dirigir ao Freddy, amigo virtual, parceiro aqui no blog, para dizer que não deveria ser radical. Algumas séries de TV, além de serem muito bem produzidas, têm conteúdo cultural e histórico além de divertirem
ResponderExcluirEssa série mencionada pelo Carrano, chamada "Downton Abbey" é excelente.
É um retrato da aristocracia britânica no início do século pasado, com referências a acontecimentos marcantes como o naufrágio do Titanic, 1ª Guerra Mundial e descobertas então recentes como luz elétrica e telefone. E a trama é muito bem desenvolvida.
Abraços
Endosso sua opinião, Gusmão.
ResponderExcluirJá perdi a conta de seriados que acompanhei ou assisti parcialmente e o "Downton Abbey" está, sem dúvida, entre os melhores. Sucesso no mundo todo.
Agradeço aos estímulos, mas realmente não assisto muito TV. No máximo futebol e mesmo assim de vez em quando.
ResponderExcluirEu ia perdendo o timing dos comentários, mas volto ao tema mordomo, desejo do Carrano. Não sei se já assistiram a excelente comédia "Assassinato por Morte" (Murder by Death", recheada de estrelas tais como Truman Capote, Jamos Coco, Peter Falk, Elsa Lamchester, David Niven, Peter Sellers e Alec Guinness, este no impagável papel de um mordomo cego.
<:O)
Freddy
Sim, eu já. Trata-se de um filme divertido, bem interessante.
ResponderExcluirTambém assisti. Muito bom. Muitos dos personagens são clássicos, que tiveram suas próprias histórias.
ResponderExcluirAbraços
E já que o post se refere a personagens e não seus atores, na minha limitada área que é ficção científica não há como não citar o Dr. Spok, de Star Trek. Imagino que Leonard Nimoy não conseguiu fazer outros papéis, pois basta olhar pra ele (mesmo com orelha normal) que vemos o famoso vulcano!
ResponderExcluir<:o)
Freddy
O Dr. Spok é um bom exemplo de personagem marcante.
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