Eu gosto demais das auroras e dos crepúsculos. Do terraço de meu apartamento em Jardim Icaraí (Niterói) já fiz centenas de fotos de auroras e crepúsculos em tudo quanto é tipo de situação imaginável: Sol se pondo, Lua nascendo, com ou sem nuvens, com céu azul quase negro, avermelhado de sangue, com avião inserido junto ao Cristo... Já recebi até sugestão de publicar um livro fotográfico temático apenas com essas imagens maravilhosas.
Parêntesis
jocoso, tirado de uma tirinha das cobras do nosso estimado Luís Fernando
Veríssimo. Duas cobras, uma grande e outra pequenina, admiravam o espetáculo de
fim de tarde.
A
cobrinha, extasiada, vira-se e pergunta à sua parceira mais velha e experiente:
"-
Qual é o plural de pôr do sol?"
Segue
um quadrinho de tensa e silenciosa expectativa.
Então
a cobra grande responde:
"-
Crepúsculos!"
Fecha
parêntesis e continuemos. Mesmo mal acomodado em termos da posição de nosso
apartamento no Hotel Rifóles (ver post Natal - 1) eu não sosseguei enquanto não
flagrei uma aurora integral. Como já disse em relato anterior, a posição da
costa brasileira até o Rio Grande do Norte é propícia à observação de auroras,
não de crepúsculos. E naquela latitude, próxima do Equador, isso acontece pouco
depois das 5 da manhã.
Bem,
eu tenho certa idade e costumo ter de me levantar ao menos uma vez para fazer
xixi na madrugada e eis que isso me aconteceu justo às 5 horas de uma manhã
linda. Não consegui me deitar! Peguei minha câmera e fui para a pequena
varanda, torcendo por um bom ângulo. O Sol nasceu oculto pelo prédio, mas ainda
assim colhi uma boa sequência, que apresento a seguir.
O
dia passa e chega a noite. Normalmente eu não fotografaria porque dá trabalho
fazer imagens noturnas convencionais. Há que se usar tripé, fazer contas de
exposição, etc... No entanto, as modernas e minúsculas câmeras digitais operam
maravilhas que me deixam até envergonhado, fotógrafo de formação profissional
que sou. Até com um smartphone atual se consegue resultados significativos.
As
imagens a seguir foram obtidas com uma Sony DSC-WX80 (montada no Brasil) através
do recurso de foto noturna a mão livre. A edição que fiz foi apenas para
redimensionar para postagem e ligeiro ajuste de parâmetros usando um programa
comum do Windows, nada de fantástico nem sofisticado como um Photoshop. Coisa
bem básica.
A
primeira foto foi tirada às 17:38, já essencialmente noite. Às 17:42 eu fiz
questão de me aproximar da iluminação artificial das árvores, feita com
luminárias da rampa de descida para a praia. O efeito foi totalmente diferente.
Na foto da piscina com iluminação
subaquática, 2 minutos depois, minha esposa aparece na barraca bem à direita.
Obrigado por compartilhar conosco estas belas fotos, Freddy.
ResponderExcluirMoro no Rio de Janeiro, estado com latitude moderada, 23º aproximadamente. Estou acostumado a certa lentidão, mas nem se compara à de um nascer ou pôr do Sol no Rio Grande do Sul, onde se desenvolvem ao longo de horas. Dá tempo de admirá-los com bastante calma.
ResponderExcluirPara quem não está acostumado, a velocidade com que se desenvolve uma aurora ou crepúsculo no Nordeste impressiona. É muito rápido! Se bobear, perde o espetáculo!
<:o) Freddy
Parece-me que meu comentário acima ficou mal estruturado, admito. Vamos lá:
ResponderExcluirQuanto mais perto da linha do Equador, mais rápidos são crepúsculos e auroras. A razão é que a trajetória do Sol é perpendicular à linha do horizonte. O tempo aproximado para que o disco solar cruze essa linha é de cerca de 2 minutos!
Quanto mais para os polos (tanto faz hemisfério norte como sul), mais longo o trajeto que o Sol faz para cruzar a linha do horizonte, bem oblíquo, tornando seu aparecimento ou desaparecimento mais demorado.
Tenhamos em mente que o que denominamos aurora e crepúsculo engloba todo um tempo de aproximação do nosso astro-rei da tal linha do horizonte, não apenas o evento aparecer/desaparecer.
As cores e padrões (do qual fazem parte as nuvens e acidentes geográficos próximos) são decorrentes dessa sua lenta ou rápida aproximação da linha do horizonte. Uma boa erupção vulcânica nas redondezas pode tornar as viagens de avião mais complicadas, mas as cores ficam absolutamente lindas!
Resumindo a velocidade com que se desenvolve uma aurora ou crepúsculo:
- Norte/Nordeste: rápido
- Centro-Leste: mediana
- Sul: lenta
- Extremo sul da Argentina e Chile: passo de tartaruga!
Abraço
Freddy
Além das belas imagens o post é bastante informativo/instrutivo.
ResponderExcluirAbraços