Por
Carlos Frederico March (Freddy)
A parte da tarde do evento "Brinde à Vindima" começou logo após a sesta, com uma visita guiada aosequipamentos de fabricação de vinhos e espumantes da Vinícola Valduga, conduzida por Eduardo Valdugae seu assessor Jhonatan, que foi nosso mestre no curso de degustação de vinhos e espumantes realizado na 6ª feira.
Autor e esposa no curso básico de degustação de vinhos e espumantes |
Vale relembrar que Eduardo é o elemento da família Valduga responsável pela linha Mundvs, vinhos elaborados a partir de uvas plantadas em vinhedos de propriedade da Casa Valduga porém situados no exterior. A linha Mundvs contém hoje 3 rótulos: Cabernet Sauvignon (uvas do Chile), Malbec (uvas da Argentina) e Alentejano (corte de uvas de Portugal). Inicialmente foi prevista uma estratificação entre Mundvs comum e Mundvs Alto, estes precificados num patamar superior. Hoje em dia a linha está restrita aos vinhos normais, por dificuldade em separar adequadamente as safras e garrafas.
Fomos apresentados aos equipamentos de fabricação moderníssimos, salas de envelhecimento de vinhos em barricas, setores de elaboração de espumante pelo método tradicional, ou seja, demos uma geral em toda a planta principal da vinícola.
Setor de envelhecimento em barricas de carvalho |
Corredor de remuage manual de espumantes |
Sobre a remuage: é uma atividade que faz parte do processo de fabricação de espumante com fermentação na própria garrafa (método champenoise, ou tradicional). Consiste em rodar diariamente ¼ de volta cada garrafa durante todo o tempo em que ela estiver fermentando.
A uma pergunta minha, Eduardo revelou que a remuage manual de garrafas é realizada em apenas cerca de 10% do estoque de espumantes da vinícola. Os restantes 90% são virados por máquinas. Sim, haveria necessidade de um verdadeiro batalhão de empregados para fazê-lo manualmente em centenas de milhares
(já na casa de milhões) de garrafas anualmente.
Visitamos também a planta de recepção de caixas de uvas e separação de bagas, situada num prédio próximo. Provamos vinhos e espumante de barris ainda em fabricação para perceber a diferença entre o vinho em elaboração e o vinho já pronto para consumo. Foram disponibilizadas amostras de Sauvignon Blanc, Tempranillo e de um espumante (por não ter provado, não anotei qual foi). Confesso que nesse estágio de produção não são apropriados para se degustar, mas prová-los é um aprendizado.
Fizemos a seguir a habitual visita à Igreja de Nossa Senhora das Neves, onde o mesmo Remy Valduga nos relatou episódios da colonização e depois o grupo voltou para executar a pisada de uvas. Como já ocorrera em 2011, eu e Mary declinamos de participar. Cá entre nós, pode ser típico e interessante, mas não deixa de ser nojento! Não raro alguém escorrega, leva um tombo e chafurda naquele poço de bagas esmagadas. Argh!!
Pisada de uvas |
A festa terminou com o Jantar Comemorativo. Normalmente programado para ser servido debaixo dos vinhedos centenários, assim como aconteceu em 2011 ele foi transferido - para nossa alegria porque, como já disse na parte 1 deste relato, debaixo dos vinhedos "os garçons são os mosquitos"! Desta feita o jantar foi realizado no Restaurante Maria V e contou com apresentação de danças típicas e declamação de poemas, terminando com o típico sapateado da chula.
Jantar de encerramento da festa Brinde à Vindima
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O prato principal foi churrasco de costela no bafo, com opção de picanha e fraldinha. E assim se encerrou o evento motivador de nossa revisita ao Vale dos Vinhedos, o Brinde à Vindima. Tenham em mente que começamos a beber às 10 da manhã nos vinhedos e só paramos ao final do jantar! Como exclamam os gaúchos: BAH!
Brindando mais uma vez, no jantar (começamos às 10 da manhã) |
Cadê todo mundo?
ResponderExcluirEstão todos na Serra?
Está esfriando um pouquinho e logo, logo, os vinhos serão bem-vindos.
Saúde!
Caro Gusmão,
ResponderExcluirEstou aqui, de plantão, aguardando os comentários pra liberar a publicação.
O bom vinho é sempre bem-vindo, mas admito que nos dias mais frios sabem melhor, como dizem nosso patrícios.
Não há mais o que dizer. A região toda é belíssima. E para quem gosta de vinho, além desta retratada, existem outras vinícolas igualmente bem cuidadas e acolhedoras.
ResponderExcluirHelga
Tbem gosto da Serra. É tri legal. Meus nonos moram lá.
ResponderExcluirOlá Helga,
ResponderExcluirMencione para nós, na sua visão, quais seriam as outras vinícolas acolhedoras.
Bem-vindo, Felício.