17 de março de 2013

Vale dos Vinhedos - revisita 2013 (parte 2)


Por 
Carlos Frederico March (Freddy)



Retomamos o relato com a descrição do evento de dia inteiro, foco principal do pacote adquirido, que é a  festa "Brinde à Vindima". O interesse principal de voltarmos a um tema já explorado em posts  anteriores (16 a 22 de junho de 2011) é justamente confrontar as diferenças entre duas viagens teoricamente similares.


Essa festa de dia inteiro começa de manhã cedo com os convidados se apresentando para o café da manhã paramentados como colonos, com avental e chapéu. Em 2011 a chuva atrapalhou a teatralização programada e tomamos o café no interior do restaurante Luiz V, que fica logo ao lado. 2013 porém nos brindou com um dia de céu muito azul (dito de brigadeiro) e bastante calor. O café da manhã foi, conforme o script original, servido debaixo dos vinhedos centenários da Casa Valduga, onde os "garçons são os mosquitos"!


Café da manhã no vinhedo centenário

Cuidado essencial para quem faz esse passeio: repelente! Muito repelente! Mesmo assim, conforme já noticiado recentemente, pesquisas demonstram que os mosquitos estão se acostumando com o odor do principal componente dos repelentes do mercado. Pude constatar por experiência própria: mesmo tendo passado repelente, fui picado diversas vezes por vários tipos de mosquito e sou alérgico, de sorte que fiquei com a mão direita inchada por uns 3 dias! Minha esposa escapou.

Em complemento ao café, um grupo folclórico tocou e cantou músicas típicas e houve uma apresentação especial com Inês, uma cantora famosa na região, que costuma recepcionar os grupos no passeio da Maria Fumaça entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa.

Tratores com reboque para a colheita e passeios

Depois do café, somos levados em reboques puxados por tratores até um dos vinhedos, para realizarmos a colheita das uvas com nossas próprias mãos. Vale relembrar aqui outro dos destaques do passeio: tivemos como principal cicerone Eduardo Valduga, um dos herdeiros do complexo, que junto com seu pai (Juarez) e tio (João) fazem as honras da casa durante toda a festa. É a cúpula da Casa Valduga junto aos visitantes durante o dia inteiro, o que nos honra sobremaneira. Eduardo foi o motorista de um dos tratores.

Eduardo Valduga ladeado pelo autor e esposa

Quando aqui estivemos em 2011 ficamos quase atolados na lama e colhemos uvas com capa de chuva (vejam relato e fotos em http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/07/visita-ao-vale- dos-vinhedos- iii.html) . Neste ano de 2013 tivemos um clima soberbo! O vinhedo de uvas Isabela (próprias apenas para fabricação de sucos) foi o cenário para a nossa colheita, bem ao lado de um de uvas Cabernet Sauvignon ainda repleto de cachos, em processo de aumento da concentração de açúcar (sua foto consta da parte 1 deste relato). O "sucesso" da colheita foi brindado com abertura de garrafas e mais garrafas de espumante através do recurso da sabrage, sob os vinhedos. Eram apenas 10 horas da manhã (!!).

Autor executando o ritual da sabrage

Esposa do autor (Mary) brindando ao sucesso da colheita

Depois Eduardo Valduga nos levou através de um imenso vinhedo de uvas Marselan (cruzamento de Cabernet Sauvignon com Grenache), cachos ainda presentes, caminhando e dando explicações sobre colheita e separação de uvas até um pequeno celeiro - onde recebi a picada do borrachudo na mão. Todos nós de taças de espumante na mão, que eram sempre reenchidas pelos assessores.

Aula em pleno vinhedo de uvas Marselan



Pausa durante o passeio nos vinhedos de Marselan

Daí retornamos aos reboques para uma visita à Casa de Madeira, onde Juarez Valduga (um dos donos da vinícola e pai de Eduardo) nos aculturou sobre todo o processo de fabricação de geleias e sucos dessa empresa do Grupo Valduga, do qual ele é o responsável mor.

Juarez Valduga dando explicação sobre fabricação de suco de uvas




A parte mais interessante foi seu relato de que a qualidade excepcional dos produtos não estava sendo suficiente para alavancar as vendas. Só quando resolveram investir em design de embalagens é que as vendas deslancharam, passando a crescer anualmente a taxas impressionantes! Ele lamentou ter de admitir que esse artifício de marketing supera o reconhecimento da qualidade dos seus sucos e geleias. Mesmo assim o esmero na produção continua como fator essencial da Casa de Madeira.






Retornamos à Villa onde, como em 2011, o almoço foi servido na Adega Original da Vinícola Valduga, anexa ao Restaurante Maria V, para nós o melhor de todos com seu rodízio colonial de galetos, costeletas e massas com molhos divinos. Vinhos e espumantes incluídos, o que justificou as 2 horas previstas para sesta.

Almoço na Adega Original da Casa Valduga
No próximo post (parte 3), abordaremos a parte da tarde do evento "Brinde à Vindima", seguindo-se uma última parte (4) com um complemento acerca de nossa participação especial no passeio Caminhos de Pedra.

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