No outro dia, comentando um post aqui publicado, RC
(seguidor) me remeteu ao significado da palavra alemã Schadenfreude , enviando um link
facilitador.
Na
Wikipédia encontrei o significado e a origem da palavra, designadora do
sentimento de alegria ou prazer pelo sofrimento ou infelicidade dos outros.
Teve origem na junção de duas palavras schaden
(dano, prejuízo) e freude
(alegria, prazer).
Há um
ditado popular com o qual concordo: “Schadenfreude ist die schönste Freude, denn sie kommt von
Herzen, ou, pela tradução disponível “Schadenfreude é a alegria mais bela, já que vem do coração”.
Que beleza! Se existe a palavra é porque
há quem tenha, além de mim, este sentimento e se existe também em outras
línguas do Ocidente, é porque em muitos países este sentimento está presente.
E pouco importa que Schopenhauer a quem
muito admiro pelo pensamento e filosofia desdenhe do sentimento de prazer pelo
sofrimento dos outros, segundo alertado na já citada enciclopédia virtual.
Asseguro que não tenho nenhum sério desvio
de personalidade (padrão social) e nenhuma redução da capacidade cognitiva.
Apenas admito ser tomado por este sentimento, que se contém na palavra schadenfreude, em ocasiões extremas e
pontuais.
Tal ocorre sobretudo quando delinquentes,
bandidos covardes, frios e sanguinários, praticam crimes como os noticiados ao
longo desta semana, e são sumariamente executados nos confrontos com a polícia.
Prefiriria, óbvio, que eles fossem presos
e submetidos a um processo regular e julgamento imparcial. E, claro,
condenados. Afinal alguns de nós somos civilizados.
Mas a hipocrisia de muitos, por razões as
mais diversas e que não se sustentam senão no foro íntimo, é contra a pena de
morte.
A pena de morte é, e cada vez mais me
convenço disto, a única alternativa para reverter o estado de coisas, como a
banalização do crime de homicídio e o estupro de menores.
Acho que nem que fosse por tempo
determinado, por prazo limitado fixado em nossa Constituição, a pena de morte
deveria ser introduzida em nosso sistema penal.
Paralelamente deveriam ser desenvolvidos
programas sociais e principalmente
educacionais de sorte a que as novas gerações que estão por vir
encontrem melhores condições e oportunidades de vida decente, e tendo a ameaça
da punição mais severa se não aproveitassem as chances que lhe seriam
oferecidas.
Hoje, a pura e simples implantação da pena
capital não eliminaria e sequer reduziria os índices de criminalidade por que muitos dos delinquentes não têm o que
perder mesmo.
Mas tendo oportunidades oferecidas pelo
Estado para se desenvolver num ambiente propício a revelar seus dotes, suas
vocações (não índoles pervertidas), com boa educação e oportunidades
profissionais, quem sabe refletiriam e não seriam cooptados pelo crime.
Fui missivista assíduo do deputado Amaral
Neto, voz isolada no Congresso na defesa do pena de morte para certos delitos e
sempre antecedida de processo e julgamento com ampla defesa.
Mas ele não conseguiu convencer seus
pares. Os hipócritas de plantão não admitem inclusive a oitiva do povo, através
de plebiscito, porque sabem que a maioria optaria pela adoção da pena máxima.
Assim como está, fico feliz com a execução
de alguns bandidos pela polícia, em que pese o sofrimento de pais que perdem adolescentes
que fizeram opção pelo caminho da criminalidade. Alguns destes jovens estão tão
fora de controle pelo uso exagerado de drogas ou já atingiram um tal grau de
perversão que não têm limites... e nem recuperação.
Quando sugiro a pena de morte com prazo
certo e programas sociais (dinheiro há, basta acabar a corrupção) com ênfase
para a educação, lembro de um velho Xerife, cujo nome agora não me ocorre, que
levava em uma das mãos um exemplar da Biblia e na outra um Colt 45. Ou ia por
bem ou por mal. Ou conseguia a conversão, na cadeia, ou matava para não
aumentar o risco da sociedade.
Não sou, nunca fui, criminalista. Mas
estou seguro, mesmo não dispondo de dados oficiais, que 99,99% dos bandidos que
são favorecidos com progressão de regime e liberdade vigiada voltam a
delinquir. A matar.
A não ser casos de assassinato por motivos passionais, que nem estariam entre os puníveis com a morte.
Infelizmente estamos na contramão dos
países mais prósperos, como China e USA. E até da Índia cuja economia não para
de crescer em áreas de alta tcnologia. E não demora será potência mundial.
Sou a favor da pena de morte para crimes hediondos.
ResponderExcluirMas não vejo nenhuma chance de implementação no Brasil, por vários motivos, dentre eles :
- a força da igreja católica, totalmente contrária
- a real definição do que é crime hediondo (para mim, praticamente todos são)
- a injustiça da justiça no Brasil - estou cansado de ver aberrações em decisões judiciais. Imaginem o que pode acontecer em um julgamento que envolva pena de morte como sentença
O que nos resta ?
Abrs
Restaria, talvez, mudar de país. Mas para onde?
ResponderExcluirComo dizia a velha piada, a solução dos problemas do Brasil, está no aeroporto (Tom Jobim, Guarulhos, etc).
Mas não vamos baixar a guarda.
Abraço
Enquanto a pena de morte não vem, gostaria imensamente que fossem construídos presídios no interior da Amazônia Legal, cercados de milhares de hectares de floresta e animais selvagens, acessível apenas por avião ou helicóptero.
ResponderExcluirQue cada preso fosse obrigado a trabalhar por seu sustento, para que nós, cidadãos de bem, não tivéssemos que bancar sua permanência no "hotel".
Só isso já me deixaria tranquilo para esperar sentado a instauração da pena de morte.
Abraços e boa semana a todos.
Freddy
Com relação à "Schadenfreude", lembro-me quando mostraram pela TV a filmagem por uma câmera de segurança do atropelamento de um pivete que acabara de realizar um assalto e corria por entre os ônibus na Av. Presidente Vargas. Quando o ônibus passou por cima do meliante, pulei da poltrona e gritei algo assim como "Gol!".
ResponderExcluirÉ isso?
=8-/ Freddy
Que tal exemplo mais, por assim dizer, light?
ResponderExcluirEx: o Alecsandro romper o tendão e ter que ficar um ano fora de atividade. Ou, no próximo ano o Flamengo cair para a 2ª Divisão, com Patricia Amorim e Adriano abraçados?
Concordo com o Carlos Frederico quanto a pena aplicada. Trabalhos forçados que garantam o sustento do detento e a manutenção da estrutura presional. Somente o cárcere não regenera ninguem.
ResponderExcluirQuanto aos exemplos do blogueiro, foram de enorme maldade. Isso é rogar praga simplesmente pq o alvo de sua vingança não lhe é simpático. Está faltando religião em sua vida.
Caro Anônimo,
ResponderExcluirSe viessem a acontecer as situações que mencionei, não conseguiria reprimir minha schadenfreude.