Jano |
O nome janeiro, dado ao primeiro mês do ano, tem origem em
Jano, ou, em latim, Janus, deus romano,
simbolizado com duas faces, uma voltada para o passado e outra voltada para o
futuro.
Por decisão de Julio Cesar, o imperador, foi fixado o dia 1º
de janeiro, como o primeiro do ano. Este era, também, o dia consagrado ao deus
Jano.
No mundo ocidental, comemora-se o réveillon do verbo
réveiller, (que significa despertar), celebrando o fim de um ano e o início de outro,
chamado de Ano Novo.
Copacabana - Rio de Janeiro |
Uma característica especial deste deus – Jano - representado com dupla face, uma voltada para
frente (futuro) e outra para trás (passado) é que ele era o porteiro da corte divina e, como tal, podia olhar em
direções opostas.
Nesta medida é exatamente o que faço, mentalmente, e penso
que muita gente também, no dia 31 de dezembro próximo das 12 badaladas e antes
do brinde, é agradecer pelas coisas boas que aconteceram e pedir para que o
novo ano traga se não mais, pelo menos as mesmas venturas positivas. Muita
gente assume compromissos e define propósitos que não cumprirão (parar de fumar, fazer
ginástica e coisas que tais). Eu também.
O templo de Jano, durante a paz (incomum naqueles tempos),
ficava fechado, só abrindo nos tempos de guerras. Segundo Ovídio, escritor que fez relatos sobre Janus (em Fastos), tal fato teria como significado não deixar a paz
escapar pela porta aberta e, a contrário senso, permitir aos que retornavam das
guerras pudessem encontrar o caminho de volta sempre aberto.
Este deus não tinha um correspondente na cultura grega,
diferentemente do que ocorre com a maioria de outros deuses romanos, que aparecem na mitologia grega com outros nomes.
Quando eu e minha mulher constituímos uma sociedade comercial,
durante a busca e definição por um nome, chegamos na mitologia romana e, por
associação de ideias, fixamo-nos em JANO. E assim foi. O lado curioso é que
algumas poucas pessoas pensavam tratar-se de meu nome próprio.
Sempre que possível (há que ter mar onde estou na data) gosto
de molhar os pés na praia, como forma de lá deixar as coisas negativas que possa estar carregando e ficar purificado para a jornada do ano que
se inicia.
Ovidio |
Wikipédia
: Públio Ovídio Naso, conhecido como Ovídio nos países de
língua portuguesa (Sulmona, 20 de março de 43 a.C. — Constança, Romênia, 17 ou 18 d.C.)
foi um poeta romano que é mais conhecido como o autor de Heroides, Amores, e Ars Amatoria, três grandes
coleções de poesia erótica,Metamorfoses, um poema
hexâmetro mitológico, Fastos, sobre o calendário romano, e Tristia e Epistulae ex-Ponto, duas coletâneas de poemas escritos no exílio, no mar Negro.
Tem muita gente que não é Deus romano mas tem duas caras. Uma diante de nós e outra quando estamos ausentes.
ResponderExcluirAbraços
Neste início do ano de 2017, relendo esta postagem verifico que é chegado o momento de atualizar o que aqui foi escrito.
ResponderExcluirPor exemplo: ir até a praia para molhar os pés, já não faço há quatro anos. A última foi exatamente em 2012.
E isto porque muita gente se excede na bebida e adota comportamento incompatível com o momento de concentração e reflexão. É muita bagunça, confusão.
Aproveito para um esclarecimento. Não li "Fastos" (Fasti, em latim), poema elegíaco de Ovídio.
A menção que fiz foi objeto de pesquisa.