27 de outubro de 2012

Pegando o fio da meada


No post anterior pretendi tranquilizar minha mulher no sentido de que me manterei nos estritos limites da legalidade, do exercício da cidadania, criticando sem cometer calúnia ou injúria.

Quanto a difamação (outro delito) não terei sido o desencadeador. Alguns ficarão difamados por seus próprios atos, independentemente de minha opinião.

Casos do ministro Dias Tóffoli, que se comporta como vaca de presépio aderindo sempre ao voto do ministro-revisor.

Ele tem irritado tanto e a tantos que tem seu curriculum circulando na rede numa tentativa de demonstrar o que é óbvio. Ele não tem aparato intelectual, de erudição e cultura jurídica para o exercício da função judicante na mais alta corte.

Faltam-lhe, além dos títulos acadêmicos de doutorado ou mestrado que seja, o saber formal e a sabedoria fruto da experiência de vida.

Pelo curriculum da Wikipedia foi reprovado em duas oportunidades em concursos  para Juiz substituto.

Em suma foi presenteado com nomeação par uma função que é muito maior do que sua envergadura de juiz, que nunca foi antes, e está além (a função) do seu aparato intelectual. Como bem agradecido mantem-se fiel aos seus padrinhos políticos do PT, partido que defendeu, como advogado,  até não muito tempo.

Numa toada próxima encontra-se a ministra Rosa Weber que demonstra visivelmente suas inseguranças. Embora comparativamente tenha mais arcabouço do que Dias Tóffoli mercê de sua experiência no magistério, e judicatura  no Tribunal da Trabalho onde foi juíza concursada.

Para quem não sabe, vale registrar que todos os ministros contam com assessoria de profissionais qualificados (de suas escolhas e nomeação) que lhes dão suporte. Alguns assessores são magistrados experientes. Num processo como este o trabalho da assessoria é fundamental.

Mas um bom ministro com larga experiência de magistratura, boa cultura geral e domínio de pelo menos duas línguas (idealmente francês e alemão), tem ganhos com uma boa assessoria, potencializando-a. Mas se estamos falando de monoglota, sem experiência  de magistratura  (apenas advocacia) e pouca experiência de vida, não há assessoria que supra as deficiências que ficam visíveis.

Tóffoli foi presenteado. Bem,  Marco Aurélio Mello também teria sido. Mas em favor deste registre-se seu empenho em crescer, o bom proveito que fez  da infraestrutura a sua disposição. E principalmente louve-se a equidistância que manteve quando do julgamento, na mesma corte,  do primo (distante) que o nomeara.

O ministro Joaquim Barbosa tem saber jurídico e ilibada conduta até onde conhecido seu comportamento social e profissional, como membro do ministério publico (procuradoria federal).

Mas existe uma versão que o presidente queria nomear um negro. Logo, a cor da pele , a origem racial, foi o critério primeiro. Depois buscou-se um bem qualificado. E chegaram no ministro. Menos mal que possui muito boa cultura e títulos que o qualificam para a função.

Mas faltam-lhe dotes de oratória. Tem dificuldade até mesmo para ler e sua dicção não é boa. Mas é o “mocinho” do filme.

Em contrapartida o ministro Ricardo Lewandowski, antagonista principal no filme, que conta com um fiel escudeiro, tem ótima retórica, e intercala com muita propriedade  a leitura do voto escrito com comentários paralelos de improviso. Revela agilidade mental e fluência verbal.

Como já mencionei em texto anterior, não concordo com o comportamento de S. Exa. e  muito menos com seu propósito absolutório, mas inegavelmente tem arcabouço para a função, sem entrar no mérito dos aspectos éticos e morais.

Assacar aleivosias, fazer acusações levianas me colocaria fora dos limites da livre manifestação do pensamento.

APÊNDICE: A procuradoria-geral da República pleiteou a retenção dos passaportes dos condenados. Não sei se será atendido, ou pelo ministro-relator ou pelo plenário se for levada a este a decisão.
Por outro lado, a caracterização como julgamento político, já sendo alardeada pelo PT, propiciaria o asilo político nas embaixadas das Venezuelas e Bolivias da vida. Logo, reter passaporte será inócuo para evitar a fuga e obrigar ao cumprimento da pena.
Outra medida que está sendo arquitetada é no sentido de que a perda de mandato não poderá ser automática, com a simples decisão do STF. Terá que ser referendada pelo Congresso.
Acabo concordando com os céticos no sentido de que a pizzaria não fechou.
Agora é o seguinte: meu nojo em relação a esta corja só aumenta. Me dá  engulhos a só visão na TV e nos jornais da cara de Dirceu e seus asseclas. Principalmente pela covardia. Depois que se estrepa nas tentativas espúrias de projeto de poder, foge, faz plástica, muda de nome e não assume suas posições. É um poltrão.
  

4 comentários:

  1. Esta pirotecnia vai dar em escuridão.
    Sabe os fogos de artifício que produzem muita luz e depois do efeito bonito tudo se apaga?
    Vai ser assim, pode apostar.
    Abraços

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  2. Pau neles quem, Anônimo?
    Nos réus, mesmo nos julgados inocentes por escaramuças processuais, como no caso dos empates que levaram à decisão absolutória, ou nos ministros que estão dissentindo do povo brasileiro, caso de Lewandowski e Dias Tóffoli?

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  3. De uma entrevista do ministro Lewandowski, publicada no site globo.com (ver link abaixo), depreendo que ele admite ter funcionado como advogado de defesa. Em certo trecho indaga: 12 absolvições é pouco?
    Todo xingamento é pouco para ele.

    Leiam a matéria em http://oglobo.globo.com/pais/lewandowski-xingado-de-bandido-corrupto-apos-votar-em-sao-paulo-6561334#ixzz2Acgcqy2M
    61334

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