Dos mesmos assuntos aqui tratados recentemente.
No dia 10 de outubro próximo, será realizada eleição para a
presidência do STF, para o próximo biênio.
Se obedecida a tradição, o ministro Joaquim Barbosa será
eleito com 9 votos. Isto porque, para
não votar nele mesmo, votará no ministro Lewandowski, que será o
vice-presidente.
O ministro Marco Aurélio Mello colocou em dúvida a condição
de Joaquim Barbosa para presidir a casa, em face do recente destempero verbal
do ministro-relator do mensalão.
E insinuou que poderá haver uma quebra na tradição e Barbosa
não ser eleito. Afinal, disse, haverá eleição e voto e voto.
Respondendo, em tom de indignação, o ministro Barbosa,
através de nota, afirmou que ocupa uma cadeira na corte por mérito profissional e acadêmico, e
insinuou que o ministro Marco Aurélio poderia ter sido indicado por nepotismo,
tendo em vista ser parente do ex-presidente Collor que o nomeou.
Enfim, são farpas para lá e para cá. Há, indubitavelmente,
uma fogueira de vaidades que precisar ser apagada.
O fato é que no dia 18 de novembro o ministro Ayres Britto
completará 70 anos de idade e terá compulsoriamente que se aposentar. Terá
ficado na presidência de abril até novembro, ou seja, 7 meses.
Já o ministro Barbosa, se confirmada sua eleição, pela
tradição da casa ( é o atual vice), deverá cumprir todo seu mandato de 2 anos.
Agora eleições.
Democracia é o menos ruim dos sistemas de governo? Depende.
Eu pessoalmente preferiria uma oligarquia que não fosse tirânica. A ser
composta por empresários bem sucedidos, magistrados com sólidos conhecimentos
jurídicos e militares com forte liderança nas tropas.
Mas, diria, estas pessoas precisariam ser convencidas a
assumir o poder como um dever patriótico, pois não estariam postulando nem o
poder e nem horarias.
Difícil, eu sei, mas fiquei vivamente impressionado com uma
história que li, como apêndice num livro que tratava sobre a Lei de Parkinson, sobre
um método oriental para escolha de um embaixador.
Não vou contar a história, mas resumirei o final dizendo que
a conclusão da banca de seleção, composta por membros de notório saber, e
sabedoria adquirida em anos de vida (Nelson Rodrigues aprovaria), foi a de que
nenhum dos candidatos, todos titulados e interessados na função, preencheria
todos os requisitos exigidos. Foi quando um deles mencionou um nome como sendo a pessoa
de melhor perfil para a função tão importante. Todos acenaram que efetivamente
seria um ótimo nome. Só que, alguém lembrou, ele não se candidatou.
Então aquele que mencionou o nome da pessoa mais qualificada respondeu:
pois é, precisamos convencê-lo a aceitar.
A situação que temos vivido aqui é triste. As opções vão do abominável
ao insuportável, passando pelo imoral e deprimente.
Querem aliança mais espúria, nojenta, do que a composta por Clarissa Garotinho
com o Rodrigo Maia? Parece formação de quadrilha. E é.
Coitados dos cariocas. Fico, entretanto, com um dos
internautas que acessam o blog e que recentemente mencionou que o Eduardo Paes
ainda como o melhor.
E São Paulo? Sabe lá o que seria ter o Haddad como prefeito? Porra,
o cara não soube organizar exames do ENEM. E é indicado por Lula, o Ali Babá.
A ministra Carmem Lucia, do STF, que preside atualmente o
TSE, ao final de seu voto na quinta-feira, fez um breve speech, para dizer que as condenações de políticos não devem representar
desesperança e desestímulo para que votemos, sob considerar que a política é de
extrema importância, e os políticos necessários.
Só não informou onde encontrar políticos éticos, íntegros,
preocupados com o bem comum e comprometidos com as causas públicas.
Façam uma reflexão e respondam para vocês mesmos: quem vocês
conhecem o suficiente, que gostariam de
ver no exercício de uma cargo executivo à nível de governador ou prefeito, ou no
parlamento como deputado ou senador?
Não vale pensar em mim, pois não sou candidato (rs).
Saiba mais em http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/09/28/joaquim-barbosa-sera-eleito-presidente-do-stf-no-dia-10-de-outubro/
Por modéstia, deixo de mencionar a mim próprio.
ResponderExcluir:D Fernandez
Infelizmente não poderia indicar ninguém. Há nas redes sociais uma campanha "Joaquim Barbosa para presidente", mas , embora seja admiradora da atual postura do Ministro, não tenho garantias que ele não mudará ao entrar na vida política partidárias. Temos atravessado umas 3 ou 4 décadas sem líderes. Lastimável.
ResponderExcluirAna Maria,
ResponderExcluirConcessa maxima venia, discordo.
O ministro Joaquim Barbosa seria um absolutista.
Também estou satisfeito com a atuação dele como ministro-relator do mensalão. Fez um ótimo trabalho, dando consistência as teses acusatórias do procurador geral.
Mas tem se revelado uma pessoa irritável, áspera e agressiva, o que não condiz com o perfil ideal de um líder político.
Pode ser que as dores que o atormentam, decorrentes de problemas na coluna, estejam influindo no seu destempero.
Bj.
Volto a sugestão do falecido Leonel Brizola. Ele disse:
ResponderExcluir"A única saída para o Brasil é apostar na educação em massa. Após uns 20 anos, começarão a aparecer no cenário nacional pessoas com base cultural e acadêmica sólida, noção de cidadania, postura ética, nas quais um povo a essa altura mais esclarecido poderá votar e começar a formar um novo cenário político. "
É coisa para nossos netos, mesmo assim se começarem a educar já!
Abraços
Freddy