29 de setembro de 2012

Mais dos mesmos


Dos mesmos assuntos aqui tratados recentemente.

No dia 10 de outubro próximo, será realizada eleição para a presidência do STF, para o próximo biênio.

Se obedecida a tradição, o ministro Joaquim Barbosa será eleito com 9  votos. Isto porque, para não votar nele mesmo, votará no ministro Lewandowski, que será o vice-presidente.

O ministro Marco Aurélio Mello colocou em dúvida a condição de Joaquim Barbosa para presidir a casa, em face do recente destempero verbal do ministro-relator do mensalão.
E insinuou que poderá haver uma quebra na tradição e Barbosa não ser eleito. Afinal, disse, haverá eleição e voto e voto.

Respondendo, em tom de indignação, o ministro Barbosa, através de nota, afirmou que ocupa uma cadeira na corte  por mérito profissional e acadêmico, e insinuou que o ministro Marco Aurélio poderia ter sido indicado por nepotismo, tendo em vista ser parente do ex-presidente Collor que o nomeou.
Enfim, são farpas para lá e para cá. Há, indubitavelmente, uma fogueira de vaidades que precisar ser apagada.

O fato é que no dia 18 de novembro o ministro Ayres Britto completará 70 anos de idade e terá compulsoriamente que se aposentar. Terá ficado na presidência de abril até novembro, ou seja,  7 meses.

Já o ministro Barbosa, se confirmada sua eleição, pela tradição da casa ( é o atual vice), deverá cumprir todo seu mandato de 2 anos.

Agora eleições.

Democracia é o menos ruim dos sistemas de governo?  Depende.

Eu pessoalmente preferiria  uma oligarquia que não fosse tirânica. A ser composta por empresários bem sucedidos, magistrados com sólidos conhecimentos jurídicos e militares com forte liderança nas tropas.
Mas, diria, estas pessoas precisariam ser convencidas a assumir o poder como um dever patriótico, pois não estariam postulando nem o poder e nem horarias.

Difícil, eu sei, mas fiquei vivamente impressionado com uma história que li, como apêndice num livro que tratava sobre a Lei de Parkinson, sobre um método oriental para escolha de um embaixador.

Não vou contar a história, mas resumirei o final dizendo que a conclusão da banca de seleção, composta por membros de notório saber, e sabedoria adquirida em anos de vida (Nelson Rodrigues aprovaria), foi a de que nenhum dos candidatos, todos titulados e interessados na função, preencheria todos os requisitos exigidos. Foi quando  um deles mencionou um nome como sendo a pessoa de melhor perfil para a função tão importante. Todos acenaram que efetivamente seria um ótimo nome. Só que, alguém lembrou, ele não se candidatou.

Então aquele que mencionou o nome da pessoa mais qualificada respondeu: pois é, precisamos convencê-lo a aceitar.

A situação que temos vivido aqui é triste. As opções vão do abominável ao insuportável, passando pelo imoral e deprimente.

Querem aliança mais espúria, nojenta, do que a composta por Clarissa Garotinho com o Rodrigo Maia? Parece formação de quadrilha. E é.

Coitados dos cariocas. Fico, entretanto, com um dos internautas que acessam o blog e que recentemente mencionou que o Eduardo Paes ainda como o melhor.

E São Paulo? Sabe lá o que seria ter o Haddad como prefeito? Porra, o cara não soube organizar exames do ENEM. E é indicado por Lula, o Ali Babá.

A ministra Carmem Lucia, do STF, que preside atualmente o TSE, ao final de seu voto na quinta-feira, fez um breve speech, para dizer que as condenações  de políticos não devem representar desesperança e desestímulo para que votemos, sob considerar que a política é de extrema importância, e os políticos necessários.

Só não informou onde encontrar políticos éticos, íntegros, preocupados com o bem comum e comprometidos com as causas públicas.

Façam uma reflexão e respondam para vocês mesmos: quem vocês conhecem o suficiente,  que gostariam de ver no exercício de uma cargo executivo à nível de governador ou prefeito, ou no parlamento como deputado ou senador?

Não vale pensar em mim, pois não sou candidato (rs).  

   


  

4 comentários:

  1. Por modéstia, deixo de mencionar a mim próprio.
    :D Fernandez

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  2. Infelizmente não poderia indicar ninguém. Há nas redes sociais uma campanha "Joaquim Barbosa para presidente", mas , embora seja admiradora da atual postura do Ministro, não tenho garantias que ele não mudará ao entrar na vida política partidárias. Temos atravessado umas 3 ou 4 décadas sem líderes. Lastimável.

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  3. Ana Maria,
    Concessa maxima venia, discordo.
    O ministro Joaquim Barbosa seria um absolutista.
    Também estou satisfeito com a atuação dele como ministro-relator do mensalão. Fez um ótimo trabalho, dando consistência as teses acusatórias do procurador geral.
    Mas tem se revelado uma pessoa irritável, áspera e agressiva, o que não condiz com o perfil ideal de um líder político.
    Pode ser que as dores que o atormentam, decorrentes de problemas na coluna, estejam influindo no seu destempero.
    Bj.

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  4. Volto a sugestão do falecido Leonel Brizola. Ele disse:
    "A única saída para o Brasil é apostar na educação em massa. Após uns 20 anos, começarão a aparecer no cenário nacional pessoas com base cultural e acadêmica sólida, noção de cidadania, postura ética, nas quais um povo a essa altura mais esclarecido poderá votar e começar a formar um novo cenário político. "
    É coisa para nossos netos, mesmo assim se começarem a educar já!
    Abraços
    Freddy

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