Só os fracos, os acomodados, os preguiçosos, os que não têm um norte, os que não têm metas, são favoráveis a politica nacional para eliminação das desigualdades. No bolo, o famigerado sistema de cotas raciais, por vezes embutida no social.
O edificante exemplo, que personifico na figura do ministro Joaquim Barbosa, ora ouvido e observado sob holofotes e câmeras televisivas, e analisado e submetido ao crivo de jornalistas, juristas e políticos, só não é completo para minha tese, porque entende S.Exa. que o sistema é constitucional e necessário por razões sociais históricas.
Ele não precisou.
Ele não precisou.
Certamente, como magistrado da mais alta Corte de Justiça, o ministro há de me assegurar o direito de pensar em contrário. As cotas são uma emenda pior do que o soneto. Pior, significam a confissão do Estado quanto a sua incapacidade de dotar o pais de ensino público de qualidade.
Vejam a seguir uma biografia bem sintética do ministro Joaquim Barbosa, mas que revela, expõe à luz do sol, que quem quer consegue.
"Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasilia, arranjou emprego na gráfica do Correio Brasiliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84).
Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade.
Embora se diga que ele é o primeiro negro a ser ministro do STF, ele foi, na verdade, o terceiro, sendo precedido por Pedro Lessa (de 1907 a 1921) e Hermenegildo de Barros (de 1919 a 1937)."
N do A: Na internet será possível encontrar uma biografia mais abrangente. Revistas semanais também publicaram recentemente. Esta síntese acima, recebi via email de um amigo.
Há, no meu modo de ver, um ar de soberba que transparece nas últimas imagens desse afromagistrado na TV, na novela do "suposto" mensalão como assinalam os repórteres. Por que "suposto"? Sei não, mas algo me desagrada nesse juiz relator. Talvez seja antipatia gratuita ou preconceito puro e simples. Deixa pra lá, pois daqui a pouco vão me chamar de obscurantista, como já sugerido em comentário ao post da ficcão científica por não acreditar na viagem do homem à Lua.
ResponderExcluirCaro Anonimous,
ResponderExcluirOs repórteres falam em suposto porque o nome correto é Ação Penal 470, sendo mensalão um nome considerado injurioso pelo PT.
Eles - repórteres - deveriam aludir a Ação Penal 470, vulgarmente (ou popularmente) chamada de mensalão. Como já houve o crime da mala; o crime Aida Cury, etc.
De igual sorte, não havendo sentença condenatória, transitada em julgado, não se pode atribuir aos réus a pecha de criminosos.
Há que aguardar o julgamento.
Não são só os letrados (jornalistas, juristas, etc) que estão de olho nele.
ResponderExcluirA sociedade toda espera a condenação.
:D Fernandez
Então, Fernandez, devem ficar de olho não no Joaquim Barbosa, mas sim no Ricardo Lewandowski e no Dias Toffoli, de quem eu espera o ato de dignidade de dar-se por impedido.
ResponderExcluirMas eu ainda ando esperando muito do ser humano.
Por mais que esteja interessado no desfecho do referido julgamento, confesso que estou muito, mas muito mais agastado mesmo com a notícia de que Dilma vetou tosca tentativa de se conseguir aumento um pouco maior das aposentadorias em 2013. Por ela, fica em 4,7%. Autorizou no entanto aumento dos planos de saúde em 9,8% e provavelmente vai aceitar as planilhas de laboratórios para aumento de remédios acima da inflação. É genocida enrustida.
ResponderExcluir>:o(
Freddy
O primeiro crime da mala no Brasil, deu-se em 1928. Quem o cometeu foi o imigrante italiano Giuseppe Pistone e a vítima sua mulher Maria Fea, que de feia nada tinha, segundo foto da época (wikipedia). Quanto a mulher criminosa, lembro de um rumoroso caso nos anos 50... Recordo-me, por relato de meu pai e do rádio na época, a assassina era Aracy Abelha, que matou o marido a machadadas, e o ato ficou conhecido como o "Crime da Machadinha".
ResponderExcluirVeja o que diz um artigo de Napoleão L. Teixeira, Catedrático de Medicina Legal da Faculdade de Direito do Paraná, sob re o caso:
"Houve entre nós, a famosa Aracy Abelha para não falar
em outras. Aracy Abelha comete um crime. É endeusada pela
imprensa. Seu nome é impresso; sua voz é irradiada; é televisionada;
o país se transforma num vasto cenário de novela de rádio. Aracy Abelha é absolvida e tem onde escolher, se quiser,
entre dezenas de homens, que, com ela, querem se casar".
E sabe quem foi o advogado dela? Nada mais nada menos que Natalício Tenório Cavalcanti, deputado morador em Caxias, e "matador" de desafetos, políticos ou não. Uma de suas vítimas foi o delegado paulista Albino Imparato, que Getúlio Vargas, instado pelas elites, destacou para acabar com o reinado de violência de Tenório em Caxias.
Conhecido como "o homem da capa preta",e venerado pelos suburbanos locais,como protetor dos pobres, Tenório andava sempre armado com sua inseparável metralhadora "lurdinha", além de seus capangas.
Enfim, uma figura folclórica que as novas gerações não devem ter noção.
Ao ser entrevistado pelo radialista e apresentador de TV Flávio Cavalcanti (que apesar do nome não era parente),sentindo-se provocado, Tenório mandou jogar Flávio na piscina de sua mansão em Caxias. Uma jogada nitidamente sensacionalista, transmitida pela emissora (Tupi).
Por hoje é só. Crime puxa crime e também puxa pela memória.
Os homens de capa preta estão julgando, no STF, alguns criminosos.
ResponderExcluirTeve mala envolvida, mas de dinheiro.
Lembro dos casos narrados, Ricardo.
Abraço
Há um outro exemplo edificante, que é o do neurocirurgião Ivan Sant'Ana, menino pobre, e negro, que só conseguiu ingresso na faculdade na terceira tentativa de vestibular. Se fosse cotista teria antecipado dois anos sua formatura.
ResponderExcluirSeu feito mais recente foi a operação do operário que teve a cabeça perfurada por um vergalhão. Como sabemos todos a operação foi exitosa.